De volta em San Diego, Connor e a Mãe tiveram o apoio dos Fosters e de seus amigos. As cinzas de Adam foram jogadas ao mar que ele tanto gostava. Jane ficou em San Diego uma semana para dar apoio ao filho, depois teve uma emergência no trabalho e precisou voltar.
Jude e Connor se aproximaram mais naquelas férias de verão, e ficaram mais amigos do que eram. Desde que Connor viajou, Jude percebeu que sempre tinha alguém à espreita da casa os observando. Chegou a falar com sua mãe Stef que pediu para um policial passar sempre que pudesse em frente a casa para ver se estava bem. Agora que Stef era detetive, não precisava mais sair nas ruas para fazer patrulha, então pediu esses favores a alguns amigos. Jude achou que tinham parado de serem observados, mas no dia que estavam todos na praia jogando as cinzas de Adam viu alguém olhando por detrás de uma árvore. Após a mãe de Connor ir embora, Jude resolveu contar para Connor que estava sentado na porta da casa.
— Oi Connor - disse ele - Como se sente?
— Queria que as pessoas não agissem como se eu fosse louco me perguntando toda hora como estou - respondeu secamente.
— Desculpa. Volto outra hora.
— Não. Fique. Me desculpe você - tentou concertar - É que isso incomoda sabe.
— Eu sei. Prometo não dizer novamente. Posso sentar?
— Por favor.
— Eu sei que tem sido difícil para você, mas eu estou aqui para te ouvir.
— Eu me sinto culpado pelo que aconteceu - começou o garoto - Sei que não deveria, mas a sinto. Eu deveria ter perguntado para ele como ele estava. Deveria ter conversado com ele mais. Deveria ter sido um bom filho. Se eu tivesse feito tudo isso, talvez ele estivesse aqui agora.
— Eu sei que não podemos voltar no tempo para corrigir nossos atos - começou Jude - Mas o que passou, já foi. Não temos como saber se ele estaria vivo caso te contasse o que ouve. Ele escolheu não te preocupar, ele queria que você se preocupasse com você e nos seus estudos. Temos que respeitar a decisão dele e entender que foi melhor assim do que ele sofrer mais.
— Você tem razão - e então Connor encostou a cabeça no ombro de Jude - Não sei o que seria de mim sem você Judecorn.
Então escutaram um barulho vindo dos fundos da casa e foram ver. Não acharam nada, só a porta da edícula batendo com o vento.
— Lena deve ter deixado aberta - disse Connor
— Provavelmente - disse Jude - Preciso te contar algo. Tenho percebido um cara que fica nos vigiando de longe. Falei para a mamãe e ela pediu para uns guardas passarem de vez em quando. 
— Espero que não seja nenhum serial killer - brincou Connor.

O último ano dos quatro amigos em Anchor Beach começou, e eles já tinham que começar a pensar no seu futuro. Connor estava se recuperando da morte do pai. Cada dia que acordava se sentia um pouco melhor. Um dia os garotos desceram para tomar café e Lena e Stef estavam sérias.
— Sentem-se, precisamos conversar - disse Lena.
— Faz umas semanas que as nossas coisas estão sumindo - disse Stef - como por exemplo algumas coisas na geladeira, o prato de comida que sua mãe deixa para mim quando chego tarde, escova de cabelo, de dente, creme dental, sabonete e entre outras coisas. Queremos saber se é um de vocês.
Os garotos se olharam.
— Não sou eu - disse Connor - Aliás, tem algumas peças de roupas minhas que não estou achando faz um tempo também.
— Nem eu - disse Jude - falando nisso, onde esta meu PSP mãe, faz um tempo que não acho.
— Não sei, procura direito que você acha. Mas o problema não é esse - continuou Lena - É que tem sumido dinheiro de nossas carteiras também precisamos saber se algum de vocês pegou para fazer algo.
— Mãe é claro que não. Jamais faríamos uma coisa dessa - disse Jude.
— Sabemos que não. Mas precisávamos perguntar - disse Stef - Estamos achando que aquele homem que você viu Jude tem as chaves da casa. Porque eu vi um homem ontem a noite nos olhando pela janela da frente. Quando fui ver ele já tinha fugido.
— Vamos trocar todas as fechaduras de casa - disse Lena - Para nossa segurança, e semana que vem vamos receber a visita do pessoal que vai fazer o orçamento das câmeras de segurança.
— Agora vão para a escola - disse Stef - Deixem que cuidamos disso.

Naquele mesmo dia de tarde, Lena e Stef foram ao médico, pois Lena estava tentando engravidar, e iam receber a resposta dos exames que a médica ia trazer.
— Olá meninas - disse a médica entrando no consultório - Ansiosas para o resultado?
— Muito Doutora - disse Stef.
— Antes de eu dizer, saibam que se não deu certo, vocês podem tentar novamente ok?
— Sabemos sim - disse Lena.
— Vamos lá então - disse ela abrindo o envelope - Parabéns Lena e Stef, vocês terão um bebê. Podem comemorar.
As duas começaram a chorar de emoção, pois finalmente iam ter um bebê. Prometeram que não contariam de imediato aos filhos, iam primeiro chamar todos para uma reunião familiar.

Passados alguns meses da conversa sobre as fechaduras, ninguém mais viu o homem espiando pela janela, com a câmera de segurança se sentiam mais seguros. No clube de Teatro, Jude estava se destacando e descobriu um talento que não sabia que tinha, cantar. Estavam no meio de um exercício sobre canto para o clube de Teatro quando chegou a vez dele e a musica saiu naturalmente dele, como se sempre estivesse ali esperando a vez de aparecer. Connor que estava na porta da sala esperando Jude sair ficou surpreso.
— Poxa, não sabia que você cantava tão bem assim - disse ele quando estavam a caminho do refeitório.
— Quem canta bem? - Perguntou Daria se juntando a eles.
— Jude, hoje ele arrasou em um exercício de canto.
— Uau, parabéns - disse Taylor que também tinha se juntado.
— Não foi tudo isso, só fiz diz o que o professor pediu.
— E foi muito bem - disse Connor assim que chegaram na mesa do refeitório.
— Falando nisso, já sabem o que querem fazer de faculdade? - perguntou Taylor.
— Eu quero fazer algo relacionado ao esporte, talvez fisioterapia para atletas - disse Connor.
— Eu quero fazer moda - disse Daria - Tenho bom gosto para isso.
— Pensei em fazer Psicologia - disse Taylor.
— Eu quero fazer algo relacionado à artes, talvez Teatro - disse Jude.
— Já pensou em um musical? - disse Connor - Nossa ia ser show.
— Eu não sei que quero fazer algo sobre canto. Não gosto tanto assim
— Porque não? - perguntou Daria.
— Antes da Callie nascer, minha mãe tentou ser cantora - disse ele - Mas aí ela engravidou do pai da Callie. Alguns anos depois ela tentou novamente, mas aí desistiu de novo pois ficou grávida de mim. Então nunca mais tentou até o dia em que ela morreu. Só cantava dentro de casa para nós, e é que voz linda.
— Não sabia disso - disse Taylor.
— Eu também não - falou Connor - então você tem de onde puxar esse dom.
— Mas e se eu tiver o azar que ela teve?
— Bom, engravidar você não vai - brincou Connor.
— Besta - respondeu - Eu digo e se algo acontecer e eu não puder fazer o que quero?
— Bom, se algo acontecer vai acontecer de qualquer maneira - falou Connor - Você não pode viver a vida com medo de algo atrapalhar seus sonhos. Você tem uma voz linda e sua mãe ficaria orgulhosa de ver você seguindo os passos que ela não pôde - disse isso e segurou a mão de Jude.
— Falei com minha mãe e ela deixou vocês irem lá em casa amanhã para fazermos o trabalho da semana que vem - disse Jude.
— Ótimo. Combinado então - disse Taylor - Preciso ir para o jornal da escola, eles não fazem nada sem mim. Nos vemos amanhã!
Saíram e foram para suas salas.

Connor e Jude estavam estudando juntos quando Lena os chamou para jantar. Desceram e quando já estavam comendo, Jude comentou com suas mães.
— Mães, hoje tive um exercício de canto - disse ele.
— Sério? - perguntou Lena - E como foi?
— Eu acho que bem - disse ele - O professor elogiou, e quando eu estava saindo da escola para vir para casa, ele me perguntou se eu queria fazer o papel principal no musical que ele preparou para esse ano. Disse que minha voz é muito bonita e precisa ser trabalhada.
— Uau - disse Stef - Não sabia que você sabia cantar.
— Nem eu - disse ele - Eu só cantei o que ele pediu.
— E foi muito bem - disse Connor - Eu estava na porta da sala esperando ele sair quando escutei. Foi simplesmente incrível.
— Vamos querer ver isso mocinho - disse Lena - Quando que é essa peça?
— Na semana do Natal ele disse - respondeu Jude - Só que eu não sei se vou aceitar, tem pessoas lá que são melhores que eu.
— Escute meu anjo - disse Stef - Ninguém é melhor do que ninguém, cada um tem o seu dom. Se o seu professor te convidou para o papel principal, então ele sabe o que está fazendo e confia em você.
— E eu acho que vai ser muito bom para você este musical - disse Lena - Quem sabe algum olheiro de faculdade estará lá.
— Não tinha pensado nisso - disse ele - Talvez eu aceite, e quem sabe posso tentar uma carreira em musicais. 
— Pois bem, primeiro precisa estudar muito - disse Stef - E tenho certeza que isso você consegue, aliás, os dois vão conseguir.
— Muito bem, agora os dois vão escovar os dentes e arrumar as camas - disse Lena.
Os garotos subiram, e enquanto Jude arrumava as camas, ficou pensando sobre o que fazer o futuro.