Enchanted escrita por Firgun


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Bom, uma one básica. Bem leve e curtinha, clichê á beça e fofinha :3
Amo fazer ones baseadas em músicas. Dessa vez foi:
Enchanted — Taylor Swift ♥

Espero que gostem
Boa leitura



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Capítulo Único  — Foi um prazer conhecer-te 

Lá estava eu de novo esta noite forçando o riso, fingindo sorrisos

O mesmo lugar velho e solitário

Paredes de falsidade

Lucy bufava á toda hora, por estar ali. Estava inteiramente entediada e cansada de tal reunião. Por ter sido uma reunião puramente de negócios, não havia ninguém da sua idade ali. Observou a mão de seu pai segurando sua mãe pela cintura.

Layla era um verdadeiro exemplo de mulher para executivos – assentia suavemente e sorria de modo agradável para todos, como se estivesse á par de todo o assunto chato que aqueles velhos conversavam. Enquanto Lucy... Bem, Jude poderia dizer que sua filha não havia saído como a esposa, apesar da semelhança física.

A loira era completamente além da realidade. Amava pintar, ficava dentro do quarto fantasiando durante horas, as paredes de seu quarto – que um dia foram brancas como neve – estavam todas coloridas de maneira vibrante, com desenhos completamente aleatórios e depois de dois meses, seu pai tinha o trabalho de comprar mais tinta branca para que Lucy pudesse se expressar nas paredes.

Apesar dos seus dezesseis anos, a loira ainda tinha uma alma extremamente inocente, não era como o resto das pessoas de sua escola, como por exemplo.

Lucy era falante, tinha vários amigos. Vivia sorrindo e cantando aos quatro ventos. Mas não essa noite.

A loira tomou o quarto copo de refrigerante e então se esgueirou pela multidão até a porta do banheiro. Notou algumas mulheres retocando o batom e rindo de maneira um pouco embriagada. Quando o banheiro ficou vazio, Lucy olhou para aquela maquiagem no rosto e jogou água no mesmo. Viu o rímel escorrer e a base derreter aos poucos. Com o auxílio de um paninho retirou toda a maquiagem, se sentindo assim, quilos mais leve.

Olhou para o vestido longo na cor champangne, era de cetim e ia até o pé, uma das exigências de seu pai.

Lucy mordeu o lábio quando puxava a barra do vestido corando-o até um pouco acima do joelho. Soltou o cabelo que estava num rabo de cabelo estilizado e se olhou novamente no espelho. Estava enxergando á si mesma ali.

Tirou o sapato de salto alto e segurou-os na mão.

Colocou a cabeça para fora do banheiro e notou que seus pais estavam longe. Tão rápido quanto um rojão Lucy se pôs á correr até a saída, sendo ignorada pelos seguranças que a olhavam confusos a mesma sorriu enquanto corria alegremente pelas ruas vazias e iluminadas pela luz da lua.

O vento gelado batia em sua face fazendo com que alargasse ainda mais seu sorriso.

Andou sem rumo. Acreditava que aquele seria o caminho para sua casa e após vinte minutos andando, deu de cara com um parque de diversões.

Como nunca o tinha visto, concluiu que aquele definitivamente não era o caminho de casa, mas mesmo assim seguiu até a bilheteria tirando dinheiro da pequena bolsa que tinha em mãos. Sentiu a tinta laranja florescente carimbando em sua mão e sorriu para a moça que encarava suas roupas.

Ela não estava vestida para a situação. Mas quem se importava com isso?

[...]

A fila da roda gigante estava gigantesca. Mas sem se importar muito com isso, ela se pôs atrás de um grupo que estava ali e esperou.

As pessoas eram bem barulhentas. Havia um loiro que agarrava uma albina pela cintura, eles formavam um casal bem fofo. Uma ruiva alta sendo acompanhada de um homem de cabelos azuis, eles pareciam os líderes, pois todos pareciam virados em sua direção. Logo do lado tinha uma baixinha com um cara que mais parecia um motoqueiro, ela pulava tanto quanto pipoca na panela. E Lucy sorriu sutilmente notando a carranca do homem que parecia seu namorado.

E então ela pôde notar um garoto que ria de maneira despreocupada enquanto coçava a cabeça, ele era o único que parecia sozinho dali.

Pensando melhor, Lucy os conhecia. Eram da última turma do colégio. Sua amiga Virgo havia comentado algo sobre eles. Mas como os membros da última turma eram como deuses quase ninguém falava deles, á não ser o quanto os garotos eram bonitos – Coisa que as amigas de Lucy não paravam de falar um segundo.

Divagando em seus pensamentos, ela nem ao menos reparou quando seu celular começara á tocar, o que, inevitavelmente atraiu a atenção das pessoas á sua frente.

— Alô? — Lucy escutou o barulho da festa chata e então se arrependeu de ter atendido.

Onde você está? — A voz imponente de seu pai transmitia certa raiva.

— Num... Parque. — Era capaz de escutar seu pai fervilhando do outro lado da linha.

O que você está fazendo num parque, Lucy?

— Isso não é meio óbvio? Estou na fila de uma roda-gigante agora.

Volte para cá nesse instante, Lucy Heartfilia.

— Não. — A loira disse de maneira tão suave que parecia que havia dito “Feliz aniversário” á alguém.

Eu não estou pedindo.

— E eu estou dizendo não. — Ela riu como se aquilo fosse óbvio.

Ouviu alguns barulhos e seu pai esbravejando com Layla. E então escutou algo como: “Ela é sua filha, traga-a de volta.”

Filha? Volte para cá antes que seu pai exploda. — Lucy soltou uma gargalhada.

— Ele não vai explodir mamãe.

Onde você está?

— Estou num parque de diversões. — Disse enquanto encarava as luzes, entusiasmada.

— Lucy! Como você está aí com o vestido que comprei para você? Ele é longo!

— Bom, se essa é sua preocupação... Ele não é mais.

Estou com medo de perguntar... — A voz de Layla transmitia pura repreensão.

— Porque eu o rasguei. Agora ele bate no meu joelho.

EU NÃO ACREDITO LUCY. ESSE VESTIDO FOI CARO DEMAIS PARA VOCÊ RASGAR. — Lucy revirou os olhos enquanto punha o telefone de volta no ouvido. Sua mãe havia gritado tanto que teve que afastar o aparelho para que não explodisse seus tímpanos.

— Não adianta chorar sobre o leite derramado, mãe. — A loira era capaz de escutar sua mãe tendo quase que um ataque cardíaco.

Lucy. Se você não vier agora, eu vou achar você e a mocinha ficará de castigo por dois meses! — Agora seu pai havia assumido o controle do celular.

— Boa sorte, pai. Deve haver uns três parques de diversões na cidade nesse fim de semana. — Lucy disse enquanto encostava-se à grade que guiava a fila até o brinquedo. — Qual era a minha importância nessa reunião? Ficar vendo você andando de um lado por outro do balcão tomando refrigerante? Você disse que seria divertido e, pai, sua concepção de diversão é completamente diferente da minha.

Meia hora. — A voz de Jude estava quase que sombria. — Em meia hora irei te achar e você não saber o que é luz do dia até segunda ordem.

— Até lá então. — E, de maneira corajosa, Lucy encerrou a chamada sorrindo satisfeita. Meia hora daria para fazer bastante coisa. Além do mais, dava no mínimo umas duas horas até seu pai achar esse parque.

O grupo de pessoas estava olhando para a loira. Todos eles ouviram a conversa. Por mais que ela tentasse falar baixo, foi meio inevitável e Lisanna sorria.

— Tudo bem? — A albina interrompeu os pensamentos de Lucy que olhou confusa para a menina de cabelos brancos, ela sorria de modo amigável.

— Sim... — Soprou meio incerta. — Tudo ótimo. — E então sorriu.

— Meu nome é Lisanna Stratus. — Disse enquanto se soltava do namorado e erguia a mão na direção de Lucy, ela olhou meio acanhada na direção da mão.

— Lucy. — E então segurou a mão da mesma enquanto cumprimentava-a sorrindo. — Lucy Heartfilia.

— Você me é familiar, te conheço de algum lugar? — O garoto de estranhos cabelos rosados disse na direção de Lucy, olhando para ela com certa curiosidade.

Olhares perdidos e vazios sumiram quando eu vi o seu rosto

Tudo o que posso dizer é que foi encantador conhecê-lo

— Somos da mesma escola. — As sobrancelhas loiras de Lucy se juntaram, e então ela corou suavemente olhando nos olhos do garoto. — Sou do segundo ano.

— Se divirta com a gente! — A baixinha animada sorria e continuava pulando. — Sou Levy.

Lucy sorriu para eles. — Adoraria.

[...]

O grupo era mais animado que Lucy esperava. Em poucos minutos estava sendo contaminada com a felicidade de Levy e pulava junto com a mesma e nem notou quando chegou a vez deles.

A confusão foi gerada, quando iam decidir quem ia com quem. E quando a loira dera por si estava dentro de um dos carrinhos junta com aquele garoto de cabelo rosa que não falava muito.

Uma atmosfera de constrangimento se formou no pequeno local. E, pela primeira vez, Lucy olhou diretamente nos olhos daquele garoto sentindo uma carga sutil de eletricidade percorrer sua espinha.

Seus olhos sussurraram "já nos conhecemos?"

Do outro lado da sala sua silhueta

Começa a fazer sentido pra mim

A conversa brincalhona começa

Notou a expressão de curiosidade no rosto do mesmo e corou suavemente enquanto virava o rosto na direção da lua. Não dava para ver muito. Apesar da iluminação do parque, ali estava um pouco escuro, sendo apenas iluminado pela luz da lua.

— Meu nome é Natsu. — A atenção de Lucy foi direcionada ao rapaz. — Desculpe não ter dito antes.

— Não tem problema. — A loira desdenhou com as mãos. Enquanto se concentrou no garoto á sua frente. — É natural?

Natsu deixou de reparar nas feições da garota enquanto se dava conta ao que ela se referia.

— Por mais estranho que pareça, é. — Lucy riu da expressão dele. — O que foi?

— Eu gosto. — A loira deu graças á Deus pela má iluminação. Mal dava para notar a vermelhidão em seu rosto.  — Faz você ser meio exótico.

Natsu deu de ombros e notou que sua curiosidade crescia á cada instante em relação aquela menina.

O rosado viu enquanto Lucy se virava na direção da lua. Seu rosto parcialmente iluminado exibia um brilho no olhar, como de uma criança.

[...]

Lucy ria enquanto saía da roda-gigante.

Natsu era uma pessoa infantil e divertida. Em pouco tempo de conversa, ela podia dizer que estava completamente encantada.

Contra todas as suas observações

Rápidas como passar bilhetinhos

E foi encantador conhecê-lo

Tudo que posso dizer é que eu estava encantada em conhecê-lo

A animação quase que infantil vinda de Lucy quando viu os diversos carrinhos bate-bate, fez com que todo grupo fosse até lá, a loira inconscientemente puxara Natsu pela mão enquanto corria animada até o brinquedo.

[...]

Seu pai não a achou. Ou nem tentara.

Eram por volta de onze e meia, o parque estava perto de fechar.

Natsu se ofereceu para levá-la até em casa

Esta noite está vibrante, não a deixe ir

Lucy andava pelo meio-fio enquanto se apoiava no ombro de Natsu. O rosado sorria segurando a mão da mesma. Conseguia escutar a risada feliz de Lucy.

Era como se a felicidade dela o contaminasse e o deixasse dormente quase tão feliz quanto ela.

Estou perplexa, corando todo o caminho até em casa

Vou passar a eternidade me perguntando se você sabia

Que eu estava encantada em conhecê-lo

Ele via a loira se desequilibrando ás vezes e segurava em sua cintura para evitar que ela caísse. A face dela se tornava rubra por um instante antes de ser tomada pela infantilidade.

O caminho todo foi feito num silêncio parcial. Ambos conversavam banalidades.

Lucy sentia seu coração batendo de maneira um pouco mais acelerada no peito enquanto o rosado sorria. Ela não conseguia conter o sorriso de volta que exibia para ele. Estava fascinada.

Com esses pensamentos eles chegaram até o enorme portão da mansão Heartfilia. Lucy se virou contente na direção dele e deu um beijo em sua bochecha o abraçando enquanto ficava na ponta dos pés.

— Foi um prazer conhecê-lo. Obrigada. — Natsu apenas a ergueu um pouco do chão sentindo seu interior aquecer de maneira suave enquanto dava um beijo um beijo na testa de Lucy.

— Nos vemos por ai, Lucy. — E dito isso, ambos seguiram por seus caminhos separados.

[...]

A loira correu para seu quarto enquanto corava e pensava no menino, era um sentimento novo, tão leve quanto uma brisa de verão.

Perguntava-se se ele sentira o mesmo.

A pergunta persistente me manteve acordada

02:00, quem você ama?

Pergunto-me até que eu esteja bem acordada

Agora estou para lá e para cá, querendo você à minha porta

Seus pais não haviam chegado ainda, era tarde. Foi avisado que o evento iria acabar tarde. Ela não estava se importando muito.

Enquanto estava deitada na cama, apenas divagava sobre o sorriso daquele garoto. Estava verdadeiramente perplexa. Não sabia descrever aquilo.

Enquanto isso, Natsu se encontrava dentro do apartamento acariciando seu gato. Foi praticamente inevitável pensar na loira. Sua energia e sua atmosfera suave deixaram-no encantado.

Eu abriria e você diria

Fiquei encantado em conhecê-la

Tudo o que sei é que eu estava encantada em conhecê-lo

Durante o banho, os pensamentos de Lucy conseguiam ser ouvidos por alguém, de tanto que sua cabeça martelava.

Queria tanto que aquilo se repetisse. Queria vê-lo novamente. Já sentia saudades.

Esta sou eu rezando para que essa seja a primeira página

Não onde a história termina

Meus pensamentos vão ecoar o seu nome até eu te ver de novo

Estas são as palavras que segurei ao ir embora cedo demais

Que eu estava encantada em conhecê-lo

Não sabia como descrever, se passaram poucas horas que havia conhecido Natsu. Não tinha como estar apaixonada ou algo do tipo.

Mas ela sabia o porquê dele estar povoando seus pensamentos, estava feliz por conhecê-lo.

E Natsu se sentia da mesma maneira em outro bairro. Não conseguia dormir de tanta ansiosidade. Queria que o dia seguinte chegasse logo, para que tivesse como encontrá-la na escola, saber como tinha sido sua noite, queria saber tudo sobre Lucy. Queria saber seus sonhos, seus temores, queria confortá-la.

Estava estranhando o sentimento em seu peito. Queria vê-la de todo jeito ou então ouvir sua voz... Mas não havia pego seu celular.

Então só restava esperar conseguir encontrá-la dali á poucas horas, e com esses pensamentos se deitou no sofá sendo tomado por doces lembranças enquanto era embalado por um sonho sutil, que ele tinha certeza que seria protagonizado pela loira.

Lucy riu pelo nariz. Nem ao menos sabia se ele tinha uma namorada. Estava tão anuviada que nem ao menos se deu o trabalho de perguntar e nem pensara nisso.

Por favor, não se apaixone por outra pessoa

Por favor, não tenha ninguém esperando por você

Por favor, não se apaixone por outra pessoa

Por favor, não tenha ninguém esperando por você

Deitou-se na cama sentindo os olhos pesarem.

Só bastava esperar até o dia seguinte, queria revê-lo. E então adormeceu com um suave sorriso no rosto e a cabeça lotada de promessas futuras...

Vou passar a eternidade me perguntando se você sabia

Que eu estava encantada em conhecê-lo

 


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Notas finais do capítulo

E então? é uma one bem bobinha. Adoro escrever coisas assim :3

Comentem o que acharam! ♥

Espero que tenham gostado, eu amo essa música.
Até uma próxima. pessoal ♥



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