—“Soldado! Os rebeldes estão nos cercando! Briggs e Wallot estão mortos! Volte para sua posição!”

Isso foi a única frase que eu conseguia ouvir no meio da destruição. Um grito forte, desesperado, quase estridente, o único som discernível dentre tantos outros. Vejo soldados caindo pelos blasters rebeldes como peças descartáveis, naves voando por cima de nossas cabeças atirando umas nas outras, uma granada térmica explode ao meu lado me lançando para longe. Depois de um longo zumbido, finalmente ouço meu comandante:

—“Mas que droga -ele diz, irritado- Soldado Brook, recomponha-se e lute!”

Finalmente minha mente volta ao normal. Pego meu blaster e começo a atirar como fui ensinado. Começo a ver os rostos dos rebeldes, alguns até choram enquanto correm loucamente em direção a nós. Consigo derrubar uns quatro ou cinco rebeldes quando meu comandante olha para mim novamente:

—“Brook, atire naqueles rebeldes!”

Vejo um grupo de rebeldes mortos caídos.

—“Senhor, mas eles já estão mortos!”-digo com uma voz trêmula

—“O senhor é médico? – disse ele enquanto atirava em alguns corpos- Então atire naqueles corpos para que eles não levantem e atirem na gente!”

Eu não estava acreditando no que via. Claro que sabia que como um soldado eu teria que tirar muitas vidas. “Mas isso... é doentio...”- penso enquanto continuo atirando sem pensar. Olho para meu esquadrão e percebo que metade já estava morto, sobrando apenas cinco de nós. A invasão na praia de Kashyyyk estava sendo pior do que eu pensava. Ouço um grupo de tie-fighters voando rapidamente para cima de nós. Apenas tenho tempo para ouvir o Comandante Grung gritar:

—“BROOK! ABAIXE-SE!”

E o clarão veio.

Após o clarão, começo a sentir meu corpo pesado e estranho, tendo quase certeza de estar morto. Começo a pensar em tudo que passei até agora, quando finalmente começo a recuperar a visão do clarão.

—“É... -pensei- esse inferno só está começando"