Message in a bottle escrita por Tais Oliveira


Capítulo 1
A walk to remenber


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gurias, vim aqui postar essa one-shot, cujo enredo surgiu em minha mente inesperadamente... nesse fim de semana comecei a reler meu livro favorito "Uma carta de amor", do meu divo Nicholas Sparks. ♥ Neste, o protagonista redigi cartas, a esposa falecida. E, como de súbito, em minha vida vejo tudo OutlawQueen, logo tive a ideia de escrever um capítulo único... Agradeço a Nat, pelo design da capa, e por betar a fanfic.
Dedico esse capítulo a todas vocês, leitoras que eu amo de paixão.
Espero que gostem. Boa leitura!



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  O céu está cinzento, e a brisa, apesar de leve, está fria. Um dia trivial em Storybrooke. Caminho lentamente pelo cais. Ao lado posso avistar o navio de Jones em perfeito estado. O mesmo que ele fora capaz de trocar para conseguir encontrar Emma em meados do ano anterior. Swan fora capaz de recuperá-lo e retribuir seu gesto nobre para com ela.

Existem dias que vejo ambos tão felizes juntos, que chego a invejá-los. Como gostaria de tê-lo aqui comigo, para dividir minhas angústias, enquanto tenho uma cópia minha vagando pela cidade, ou, até mesmo, compartilhar minha alegria ao ver Henry crescendo, feliz, vivendo seu primeiro amor.

Todavia, ambas opções são nulas. Robin Hood não está aqui para que juntos possamos compartilhar nossas vidas. Amo um homem que fora capaz de sacrificar sua própria vida para que eu vivesse a minha.

Antes de adormecer, vislumbro sua figura se opondo entre mim e Hades, em frente ao olimpo. Levando sua vida e todos nossos sonhos com ele. Quando a saudade se torna demasiada, lhe escrevo cartas, cartas de amor.

 Divagava em pensamentos, até recordar-me os reais motivos que me trouxeram até aqui. Coloco minha mão direita dentro do bolso do meu casaco pesado de inverno. Deste, tiro uma garrafa de vidro transparente, mediana, e a minha carta.

Suspiro.

Antes de colocá-la dentro do objeto, resolvo reler, pela última vez.

“ Querido Robin,

 

 Palavras não são capazes de mensurar o que sinto, porém, escrever ajuda a aliviar a dor. Essa é a terceira carta que venho a lhe redigir neste período de seis semanas. Talvez eu lhe escreva pelos próximos três, ou trinta anos. Não sou capaz de afirmar. No entanto, posso dizer-lhe: sinto sua falta.

 Seu aroma de floresta esvanece de meu travesseiro à medida que o tempo decorre. Toda vez que caminho nas ruas de Storybrooke, procuro pelo seu rosto, mas, não sou capaz de encontrá-lo.

Meu coração bate dentro de meu peito, me mantendo viva, no entanto, foi para você que eu lhe entreguei, naquela noite na floresta, enquanto tentávamos derrotar minha irmã. Eu o confiei a você. Carregava comigo a certeza que, desde que nossos destinos se cruzaram, pertenceríamos um ao outro, sempre.

Apesar, de não estarmos mais juntos, tenho a convicção de lhe afirmar que meu coração será sempre seu. Não importa a distância coloquial posta entre nós dois. Sei que o seu também me pertence, desde aquela noite em que me procurasse na cripta, proferindo que seu coração o levara até mim.

Toda vez que me sinto só, à noite, sinto a sua voz sussurrar em meus ouvidos, a canção que dançamos juntos no baile de Camelot, apesar de minha idade, fora com você que fui capaz de possuir a dádiva de minha primeira dança. Como você me disse naquela noite: “não temos uma canção propriamente dita, nossa vida é uma canção. ”

Meses depois, sou capaz de afirmar que nossa vida foi uma canção alegre e melódica, na mesma medida.

Solitária no quarto ás escuras, pondero; qual fora a razão que o destino encontrou para nos separar? Não sou capaz de encontrar uma resposta plausível. Nunca serei.

Você é intitulado como ladrão, entretanto, lhe roubaram de mim. Digo que o mesmo destino que fora capaz de nos unir, é capaz de me ferir.

Me pergunto até quando serei apta a viver em um mundo que você não faça parte? E, quando não encontrar nenhum vestígio seu no meu travesseiro? Quando não serei mais capaz de escutar seus sussurros em noites solitárias? O que acontecerá quando não for mais capaz de sentir seu toque em meu rosto, através do vento que decorre da janela entreaberta?

Oh, querido, o que será de mim?

 Anseio pelos seus elogios quando visto aquele vestido vermelho que você tanto gostava. Suas mãos percorrendo as nuances de meu corpo em noites cálidas. Seus abraços que tanto me acalmavam quando beirava o desespero.

Oh, querido, o que será de mim?

Certamente nenhum de nós possui essa resposta. A dor de sua ausência não irá amenizar jamais. Existem lembrança demais, estas o destino não pode apagar. Eu vou protegê-las.

Almejo encontrá-lo, em um dia ensolarado, no paraíso. Já que você partiu antes que pudéssemos realizar este ato aqui em Storybrooke. Nesta noite, lhe escrevo mais uma carta, enquanto espero o que o destino reserva para mim. Ademais, lhe afirmo que essa história jamais findará.

 

 

                                                                                                 Com amor,

                                                                                                                 Regina. “

 

 

 

  Uma lágrima silenciosa torna a escorrer pela minha face, assim como na noite anterior. E em todos os dias que se sucederam, desde a morte de meu amado. Eu realmente não sei o que o destino reserva para mim, só desejo encontrar Robin em breve.

Neste instante, a maré do mar, tão azul quanto os olhos dele, oscila com destreza. Eu sei que é hora de fazê-lo. Sendo assim, enrolo a carta com cuidado, e a deposito no recipiente, o qual fecho com uma rolha fortemente.

Lanço a minha mensagem em uma garrafa ao mar, deixando que a oscilação deste levasse consigo minha dor, meus anseios, minhas recordações, e, principalmente, meu amor. Um amor para recordar, que fora tirado de mim de forma súbita. Tampouco tive a chance de dizer-lhe: eu te amo.

Só espero um dia poder fazê-lo, fitando seu olhar penetrante, enquanto serei inundada pelo seu aroma de floresta. Aguardo por esse dia, porém, enquanto ele não chega, continuarei a lhe escrever cartas de amor.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Gostaram? Deixem seus comentários, deixem um sorriso no rosto desta escritora... :)
Bom, para quem não me conhece sou Tais, (apaixonada por OutlawQueen) amo escrever, e tenho uma fanfic que posto semanalmente : https://spiritfanfics.com/historia/quatro-estacoes-6960233

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Beijoss, nos vemos no próximo capítulo de Quatro Estações. ;)