Undertale do Humor 2 - Monstros Na Superfície escrita por FireboltVioleta
NO DIA SEGUINTE...
TORIEL: (botando um bolo de fubá quentinho na mesa) aqui, Bia. Para comemorar sua chegada à superfície!
AUTORA: (erguendo um olhar do tipo “você-tá-tirando-uma-com-a-minha-cara”) o que aconteceu com tua torta de canela e caramelo?
ASGORE: (palitando os dentes com o tridente) Toriel achou melhor adotar uma receita humana por enquanto, para começarmos a nos familiarizar com a comida do mundo superior.
SMYLE: (cutucando seu pedaço com expressão de azia) ou seja, temos que comer essa gororoba (rosna baixo e começa a esmagar o bolo com seus punhos) VOCÊ É O INIMIGO DOS MEUS SONHOS E ESPERANÇAS ALIMENTÍCIOS! MORRA, BOLO MALDITO!
UNDYNE: (com os olhos brilhando de orgulho, enquanto Calibri fica com aquela expressão de bunda sem lavar) meu orgulhinho!
Lilith chega aborrecidíssima na mesa, apanhando a faca de manteiga na mão e sacudindo-a ameaçadoramente.
ASRIEL: uau, Lili. Aonde foi a rota genocida?
LILITH: (virando-se de tal modo que a faca quase acerta o olho de Asriel) tô avisando, tio Azzy. Se a sua filha continuar me atazanando, vou meter meu cutelo na bunda dela!
AUTORA: (dividida entre rir e tacar um espadim na fuça de Lilith) qual delas?
LILITH: quem mais? A linda e futura herdeira do trono, Asria Dreemurr.
Bia engasga com o suco de laranja, e Undyne tem que fazer um suplex com a coitada para que ela desengasgue.
AUTORA: (choramingando) o que… Asria? Herdeira? (olha para Asriel) desde quando?
SANS: (dá de ombros) sabe como é. Seguindo as leis reais, ambas disputaram uma batalha pelo trono, até uma ser derrotada. Biriel acabou perdendo.
AUTORA: e você deixou as duas fazerem isso, Azzy??
ASRIEL: (rindo) relaxa, amor. Não foi nada demais. Nenhuma delas se feriu gravemente.
CHARA: mas eu sim (revira os olhos, entrando na cozinha e abraçando a filha) eu estava bem no meio do caminho quando Biriel me tascou aquele Shocker Breaker na jabiraca.
TODO MUNDO: (risos)
SANS: aí, Smyle! (liga o aparelho de som, que começa a tocar uma versão de Metralhadora)
BIRIEL: (surgindo do nada no meio do cômodo) AI MEU DEUS! MINHA MÚSICA! NINGUÉM SAI! (arfa, arrastando Smyle e começando a dançar a coreografia)
Humano tá bolado
Undyne tá correndo
Quer pegar sua alma
E vai acabar perdendo
Já pega tuas lanças
Tra, tra, tra, tra ,tra
E toda a Guarda vai no trá
Tra, tra, tra
Tra, tra, tra, tra ,tra
E toda a Guarda vai no trá
Tra, tra
A Alphys nem vai ver
Tra, tra, tra, tra ,tra, tra, tra, tra, tra
E toda a Guarda vai no trá
TODO MUNDO: (assovios e aplausos)
UNDYNE: (tapando os olhos) eu mereço…
SKY: LINDA! GOSTOSA!
BIRIEL: (arregalando os olhos com geral) o que tu disse, Sky?
SKY: (embaraçado) eu quis dizer… prendada… e garbosa. È, é isso.
SANS: (rindo) aham. Tô sabendo, filhão.
METTATON: (Achando graça) acho que o meu sobrinho está querendo queimar no inferno.
Bia mastiga o cereal com desnecessária violência – provavelmente imaginando que Sky é uma das bolinhas de chocolate.
PAPYRUS: (entrando do nada pela porta da casa e quase matando todo mundo do coração) OLÁ, MONSTROS E HUMANOS! EU, O GRANDE PAPYRUS, VOLTEI!
AUTORA: (fungando) já percebi…
METTATON: (se jogando nos braços de Papyrus e lhe dando um enorme beijo na boca, enquanto Gaster passa por trás do casal) que saudade, querido!
CALIBRI: papai! (vai cumprimentar Papyrus)
RUBY: (parando de cutucar o quinto olho do irmão e se voltando para Gaster) e aí, vovô? Como foram de viagem?
GASTER: foi… interessante (sorri) Underfell é meio assustador… e o de Underlust é muito… peculiar.
Um silêncio mortal domina a cozinha – pelo menos até Chara dar a primeira risada.
CHARA: vocês foram para esse universo? (abre uma cara maliciosa) não me admira que Papyrus tenha demorado.
AUTORA: (exclamando alto, antes que Papyrus e Chara comecem a tacar ossos um no outro) alguém pode me passar o queijo?
SANS: claro, Bia. Tá na mão (passa travessa pra Bia, que corta uma fatia e come)
LILITH: (cheia das maldades) e aí, tia Bia? Gostou do queijo de cabra?
Pela segunda vez no dia, Bia volta a engasgar.
UNDYNE: (levantando seus olhos do Manual do Napstablook) e lá se vai o diafragma da Bia outra vez.
CHARA: (repreendendo a filha – embora esteja na cara que também quer rir) Lilith!
LILITH: mas é queijo de cabra, mamãe! A vovó Toriel que comprou!
AUTORA: AHHHHH, LILITH!
ASGORE: (suspirando, vendo Bia tentar tacar o pão francês na cara da sobrinha) é tão bom tomar café da manhã com a família…
SANS: (acotovelando Papyrus) mas fala aí, cara. Adivinha a marca do meu celular novo?
PAPYRUS: sei lá… um Moto G?
SANS: não… é um… “SANSUNG”.
PAPYRUS: (enquanto todos riem) AHHHHHH, SANS! PELO AMOR DOS TEMMIES!
SANS: (cutucando Asriel) qual é, Azzy. Fala que ele não precisa ficar com os nervos à flor da pele.
ASRIEL: Sans… não. Pelo. Amor. De Deus.
AUTORA: (achando graça) não faz nem dois dias que eu voltei e esse povo já está começando a ficar retardado de novo. Meu Santo Ink…
CHARA: é. E você sabe o que via acontecer se fizermos burrada de novo, certo?
UNDYNE E SANS: (abraçados e cantando) VAI DAR MERDA, VAI DAR MERDA, VAI. VAI DAR MERDA, VAAAAAAI. VAI DAR MERDA, VAI DAR MEEERDA…
AUTORA: ok, ok. Nada de burradas.
CHARA: e nada de piedade.
AUTORA: (erguendo uma sobrancelha) ai não prometo nada. Todo mundo merece misericórdia e uma segunda chance. Por isso tenho piedade.
CHARA: (lixando as unhas) isso é muito bonito e tal, Bia… e sabe que sou sua fã número 87 e tudo… mas o que você vai fazer quando se defrontar com alguém que não cederá ao seu perdão. E se um dia se deparar com alguém cruel e insensível? O que vai fazer?
AUTORA: (baixando o olhar sombriamente) prefiro esperar que isso nunca aconteça.
SMYLE: (interrompendo a tensão que começou a pairar na mesa) mãe… quando eu vou entrar pra Guarda Real da superfície?
UNDYNE: (mordendo o lábio) em breve, querida. Falta pouco… logo, você finalmente estará pronta.
SANS: não fique chateada se nunca chegar a esse ponto, Smyle. Guerreira que se preza não guarda rancor..
Balançando a cabeça, Bia e os demais assistem Smyle começar a correr atrás de Sans, desaparecendo corredor afora. Logo em seguida, estala os dedos, fazendo a tela se apagar, fechando o capítulo e fazendo tudo sumir numa fumaça azulada.
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