Necromante escrita por Kuromori


Capítulo 7
Capítulo 6: Mercenários e Dungeons




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/722655/chapter/7

(PDV Umbra)

 

Eu encarei boquiaberto a televisão. Masmorras, algo muito comum no meu mundo, e mais conhecido como "dungeon" nos RPGs deste mundo, são locais onde magia se junta naturalmente e cria locais cheios de monstros fortes, itens poderosos e materiais raros.

 

Geralmente, somente aqueles com o atributo correspondente podem entrar, por exemplo, eu poderia entrar em masmorras negras e brancas, mas não poderia entrar em uma vermelha ou azul. Claro, há várias exceções, porém, a mais comum são as masmorras "neutras".

 

Formadas por mana neutra, elas criam monstros formados pela religião local. Devido a minha vasta experiência com masmorras, eu posso diferenciá-las somente com um olhar. Como ela surgiu o Tibete, eu creio que a crença popular dos Yetis vai afetar a masmorra.

 

Ok, eu vou deixar essa para os humanos, mesmo que ela vá criar um grande impacto na economia. Eu posso criar a minha própria masmorra no final das contas. Eu também posso entrar em qualquer tipo de masmorra, já que eu sou usuário em todas as cores de magia.

 

Claro, com minha própria masmorra eu poderia acabar com qualquer necessidade de comprar materiais, mas mover o dinheiro no mercado vai criar uma economia estável, e eu ainda posso monopolizar todo o mercado sobrenatural a qualquer momento.

 

Enfim, eu tenho que criar um incentivo para a exploração das masmorras, então acho que eu vou contratar alguns mercenários habilidosos. Se eu os armar de forma apropriada, e dar um treinamento básico, eles poderão explorar a masmorra e me trazer alguns artefatos.

 

Afinal de contas, eu estou curioso para ver o que tem lá dentro. Claro, eu não vou monopolizar essa masmorra, mas sim incentivar sua exploração. As masmorras são consideradas uma fonte infinita de dinheiro, já que os monstros renascem depois de um tempo e os artefatos são gerados com o tempo.

 

Claro, desde que o núcleo da masmorra não seja destruído. Se ele for destruído, a masmorra será destruída. Claro, se essa masmorra for destruída, eu simplesmente vou criar outra em algum lugar até que eles percebam suas características. Tudo a seu tempo.

 

Depois e pensar um pouco, eu começo a considerar algumas coisas. Eu preciso de certos materiais se eu quiser criar minhas melhores armas e armadura. Eu também preciso de um celular, já que usar magia todas as vezes será inconveniente.

 

Eu também tenho que ver com meu pai onde a escola para nós, crianças especiais, será construída par que eu possa construir uma casa no mesmo país. Claro, vou construir uma grande mansão.

 

Ah, tanto a se fazer... eu não posso esperar para desfrutar do meu trabalho duro...

 

Quando eu chegar ao ensino médio, eu já terei o primeiro lugar no negócio de armas e materiais sobrenaturais. E também eu terei tempo o suficiente para proteger meu irmão e irmã.

 

Ok, hora de sair. Eu tenho que falar com meu pai, preciso contar algumas coisas para ele. Tipo, sobre a fábrica, etc.

 

(dez dias depois)

 

Eu acordo quando eu sinto alguém sacudindo meu ombro. Eu acordo grogue e olho em volta enquanto coço meu olho direito. Que avião é esse... ah, eu me lembro, eu estou no Tibete.

 

— Mestre Umbra, chegamos. - diz a mulher de cabelos brancos ao meu lado.

 

Ela é a atual pesquisadora chefe do novo Departamento de Pesquisa Mística e Sobrenatural, e futura diretora da escola na qual eu vou estudar. Vinte e dois anos, cabelos brancos lisos até a cintura, seios fartos, pele pálida e rosto bonito. Cerca de um e oitenta de altura, oitenta e cinco com salto.

 

Olhos azuis tão claros que são quase brancos. Ela está usando uma roupa parecida com a minha, camisa branca social de botão e calças sociais pretas. A camisa dela está para dentro da calça, fixa pelo cinto de couro preto, igual ao meu.

 

Nós não planejamos isso, então é um pouco estranho. Bem, a minha está para fora da calça e eu estou usando sapatos sociais de couro pretos. Eu bocejo.

 

— Sério? Quanto tempo eu dormi? - eu pergunto, sonolento.

 

— Algumas horas, o suficiente para chegarmos sem problemas. Estamos dez minutos adiantados. - ela me responde, séria.

 

Ora, ora, como ela é educada. Depois de falar com meu pai nós discutimos que seria uma boa ideia se nós falássemos da minhas habilidades e da fábrica com o conselho mundial. Então, depois de alguns dias de negociação, foi criado o Departamento de Pesquisa.

 

Eu não sou o diretor, eu recusei o posto. Mas ainda assim eu sou a autoridade máxima no Departamento. Apesar do conselho ter apontado essa mulher, Misasagi Misaki, ou melhor, Misaki Misasagi, eu acho que o conselho está levando o departamento a sério.

 

Mesmo que ela seja uma cientista recém-formada, ela parece ser esperta e absorve muito bem meus ensinamentos. Ela se tornará uma excelente diretora para o departamento. Ah, eu ainda tenho o monopólio da fabricação de armas.

 

Basicamente, eu sou uma entidade separada e independente do Departamento e posso agir de forme independente. Enfim, eu recusei o apoio do Departamento, que eles guardem dinheiro para os equipamentos e pesquisas. Esta... expedição... é financiada por mim.

 

Nós saímos do avião e pegamos nossas malas.

 

— O que faremos agora, Mestre Umbra? - ela me pergunta em inglês.

 

— Primeiro, estabelecer uma base. Temos que encontrar um hotel para descansar. Depois nós vamos entrar em contato com os contrabandistas para trazer as armas e chamar os mercenários. - eu respondo naturalmente.

 

— Contrabandistas e mercenários... eu não achei que eu iria ter que lidar com eles nesta linha de trabalho... - diz Misaki, desanimada.

 

— É melhor se acostumar, eu lido muito com eles, então eu já me acostumei. E também, eles são bem úteis, na minha opinião. Vamos, estamos perdendo tempo, e tempo é dinheiro. - eu digo, animado.

 

— Eu não acredito que estou ouvindo isso de uma criança... - ela murmura, supostamente para que eu não escute.

 

Não que eu não entenda, ter que lidar com foras da lei quando se é uma pessoa pacífica é dureza.

 

— Né? Eu não me sinto uma criança quando eu faço este tipo de coisa. Porém, minha aparência trai minha personalidade. Este é um dos motivos de eu estar te trazendo agora. - eu disse.

 

— O que você quer dizer? - ela perguntou, franzindo as sobrancelhas.

 

— Quem você acha que var fazer as negociações? - eu pergunto, sorrindo maliciosamente para ela.

 

Ela faz uma cara de surpresa e suspira, desistindo.

 

— Se acostume... - ela disse para si mesma.

 

Eu dei uma curta risada.

 

— Não se preocupe, você vai se acostumar logo. Vamos Misaki, temos que encontrar um lugar para ficar.

 

(algumas horas depois)

 

Depois de nos registrarmos em um hotel, nós vamos para as ruínas. Nenhuma autoridade ou mídia em volta, do jeito que foi combinado. Eu me viro para Misaki.

 

— Hora de trabalhar. Eu vou me esconder, e vou manter contato via magia. Aqui, o dinheiro. - eu disse, entregando um grosso rolo de dinheiro para ela. - Faça o que eu disser sem hesitar, a mínima hesitação pode criar um grande problema.

 

Eu disse seriamente. Ela pegou o dinheiro e assentiu para mim nervosamente. Eu sorri e sinalizei para que ela se abaixasse. Ela se abaixa, curiosa. Eu toco o topo da cabeça dela e começo a acariciar seu cabelo sedoso. Ele me olha surpresa.

 

— Não precisa ficar tensa, vai ficar tudo bem. Eu não vou deixar nada perigoso acontecer com você.

 

Eu disse, tirando minha mão. Eu me afasto um pouco dela, para perto da entrada da dungeon. Usando magia negra, eu desapareci para dentro de uma sombra. Uma das muitas utilidades da magia negra, é versátil quase inapropriada para combates de longa duração.

 

Por isso que eu conquistei várias magias através de rituais profanos e aprendizado normal. Eu ativo uma magia que me permite me comunicar via telepatia com meu alvo.

 

— Consegue me ouvir? - Eu pergunto, por telepatia.

 

— Sim! Eu consigo, sem problema! 

 

— Ótimo, repita tudo o que disser quando eles chegarem.

 

— Sim!

 

Depois de alguns minutos, os contrabandistas chegaram em um caminhão mais abaixo da nossa posição, já que a entrada da Dungeon está no meio de uma das montanhas. Um deles sai e vem até Misaki, perguntando.

 

— Sou encontrado no passado, sou criado no presente, mas o futuro nunca me mudará. O que eu sou?

 

— A história.

 

Ele sorri.

 

— Olá, senhorita, é um prazer encontrar um comprador disposto a pagar tanto assim por tais armas! O pagamento principal já foi transferido, o que resta agora é pagar a taxa de entrega...

 

Misaki pegou o rolo de dinheiro que eu dei para ela mais cedo e jogou para o homem, que rapidamente contou o dinheiro e se curvou, voltando e ordenando seus subordinados para trazer os caixotes com as armas dentro para nossa posição, indo embora logo depois.

 

Eu sai da sombra, e abri os caixotes ao mesmo tempo usando telecinese.

 

— Essas são as famosas armas?

 

Misaki perguntou, pegando uma metralhadora de dentro de uma das caixas. Eu me aproximei dela e assenti.

 

— Armas de Composição Sobrenatural, ou ACS. Ótimas contra qualquer coisa que se mexa, pelo menos melhor que qualquer arma comum. - de dentro de outra caixa, eu peguei um cristal retangular e joguei para ela, que pegou no ar. - E sua munição, basicamente, energia concentrada o suficiente para assumir uma forma cristalizada, indo contra uma das leis da física, transformando energia em matéria e vice versa quando a energia do cristal acaba.

 

— É isso que eu não entendo, magia é capaz de distorcer as leis da física?

 

Eu sacudo a cabeça.

 

— As leis das física são limitações criadas por nós, já que nós não sabemos como manipular essas coisas... bem, na verdade, até um tempo atrás as leis da física eram válidas aqui, mas com o surgimento da magia tudo mudou.

 

— Realmente... essas coisas... são incríveis...

 

— Né? Magia é algo incrível, mas não é algo que não se consiga entender. Na verdade, é melhor tratar magia como um tipo novo de ciência. Claro, magia é algo usado para quebrar limitações, e se limitar a regras na magia vai causar uma parede que irá te impedir de avançar em seus conhecimentos.

 

— Entendido!

 

Ela diz animada. Uma das coisas que eu gosto nela é que ela não me pressiona para ensinar sobre magia, mas escuta tudo o que eu falo com atenção sem perder uma única palavra. Uma excelente aprendiz, eu diria. Com magia, eu crio um manto com um grande gorro que esconde parte do meu rosto.

 

— Ok Misaki, hora de se concentrar. Você vai agir como a contratante do grupo de mercenários, e eu vou agir como seu guarda costas. Se eles perguntarem, eu sou um "escravo" capaz de usar magia. Se eles perguntarem sobre o motivo de você os contratar, explique que eu tenho limitações, e será melhor se você tiver alguns mercenários armados.

 

— O-ok.

 

— Ah, eu vou conjurar uma ilusão em você, mudando a cor do seu cabelo, algumas feições do seu rosto e a cor dos seus olhos.

 

— Neste caso não seria melhor ter feito isso antes com o traficante...

 

— Eu usei uma ilusão diferente nele, ele já esqueceu quem o comprador era. Ele sabe que vendeu para alguém, mas não lembra sobre você, nem mesmo detalhes sobre você. De qualquer forma, os mercenários estão chegando, siga o plano.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Necromante" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.