Just a Fool - Dramione escrita por Mad Hatter


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa é minha primeira One-Shot, e primeira história Dramione.
Me apaixonei pelo casal a muito tempo, e sempre tive vontade de escrever algo para eles, e agora que a inspiração veio, não pude deixar a oportunidade passar.

História inspirada na música Just a Fool, de Christina Aguilera e Blake Shelton.

Não tem a letra aqui porque quem coloca a letra inteira no meio da história e deixa tudo sem contexto me deixa muito irritada, então é isso aí.

Qualquer erro, elogio, crítica, enfim, qualquer coisa, é só enviar comment que eu vou responder o mais rápido possível.



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Hermione Jean Granger, 21 anos, solteira, solitária e no momento deprimida. Esse era meu perfil nessa Quinta-feira fria de Novembro, e depois de um tempo sentada em frente á lareira, apenas decido que preciso sair. Não para me divertir com Harry, Ron ou Gina, mas para tentar realmente afogar as mágoas. Na verdade não estava saindo para beber, e sei que é ridículo fazê-lo, mas tinha falsa esperança de que o visual escuro e vazio de qualquer bar da cidade me deixariam mais disposta a qualquer coisa, e talvez os meus problemas magicamente se resolvessem...

Esse foi um pensamento engraçado o suficiente para me fazer soltar um riso cansado: Sou uma bruxa. Meus problemas se resolveriam magicamente... Se eles se tratassem de qualquer outra coisa além de Draco Malfoy.

O chão sujo do bar encoberto de uma mistura de poeira, lama e neve me deixa ainda mais deprimida do que antes, mas isso não me impede de entrar e me sentar no balcão, e antes de perceber, já pedi o 2º  copo. Sei que não deveria estar aqui, mas não consigo ir embora. Não conseguiria até me convencer de que o dia seguinte seria melhor, mesmo sabendo que estava me enganando completamente. A dor recente da rejeição ainda pesava em meu peito, e não sumiria tão cedo.

Segui com os olhos o veio da madeira do balcão até o fim. Me sentia anestesiada, porém meu coração saltou sob os ossos quando meus olhos encontraram os azuis acinzentados do homem sentado á minha esquerda.

Apenas nos encaramos por um tempo que pareceu longo demais. Em seu rosto eu podia ver que estava tão arrasado quanto eu, porém não tinha certeza quanto ao motivo... Será que também sofria por mim como eu sofria por ele? Será que também tentava se convencer que não daríamos certo, que não éramos bons juntos?

— Olá, Granger.

Desviei o olhar para a prateleira de bebidas atrás do bartender.

—Malfoy.

Dei um gole longo na bebida em minha mão, tentando prolongar o silêncio o máximo possível.

Não funcionou muito. Nem para me acalmar, nem para manter o silêncio.

— Como está?

Encarei-o com raiva.

—Como você acha que estou? Você foi embora, você simplesmente... – Respirei fundo. Ele não valia essa discussão. Não mais. – Quer saber? Esqueça. Não tem o direito de fingir que se importa depois de tudo. – Me levantei arrastando o banco alto e marrom onde me sentara, e obriguei minhas pernas a fazerem um caminho rápido até a saída, até sentir sua mão agarrando a parte de trás de me cotovelo.

—Solte-me, Malfoy. Não pode me obrigar a ouvir o que quer que seja que tenha a dizer.

Ele olhou em meus olhos, magoado.

— Eu sei, e sinto muito. Deveria deixar você ir agora, mas nós dois sabemos que você quer me ouvir, sabe-tudo. Sua sede de conhecimento não vai te deixar sair daqui sem saber o que tenho a dizer. – Terminou, sorrindo de lado.

Um sorriso verdadeiro em público, pela primeira vez em muito tempo. E, droga, ele tinha razão.

— O que quer? Seja rápido.

Ele virou as costas e caminhou de volta ao balcão, sentando. Olhou em minha direção, apontando o banco a seu lado e virando meu copo pela metade em sua boca, fazendo uma careta de confusão, mas esquecendo-se disso logo em seguida, voltando a olhar para mim.

Caminhei de volta também. Maldito!

Ele abaixou o copo devagar. Eu começava a ficar irritada com seu falso conforto.

— Diga, Malfoy. Estou cansada desse teatro.

— Aí está o problema. Eu também cansei desse teatro. – Draco finalmente virou o corpo para mim, endireitando a coluna e adquirindo um tom sério. – Estou cansado de tentar me convencer que não sinto nada além de atração por você. E, antes de qualquer coisa, quero deixar bem claro que só estou falando isso porque me encontro um pouco alto no momento, Granger, e que se não fosse por isso jamais estaria dizendo isso, mas... – Ele respirou fundo antes de continuar, enquanto meu coração martelava cada vez mais forte dentro do peito – Hermione, eu passei o último mês vagando nos bares da Londres bruxa e trouxa, me embebedando e tentando me convencer de que tinha feito a coisa certa te deixando para trás, tentando me convencer de que muito me faltava para que algo entre nós desse certo... Mas percebi que a única coisa que realmente me faltou esse mês foi você. E, Merlin, me sinto um tolo por estar dizendo isso em voz alta, mas eu... Quero você comigo. Quero poder acordar todo dia ao seu lado  pensando em como sou feliz por tê-la de todas as formas que posso ter. E estou cansado de fingir que sou indiferente a sua presença em minha vida, pois desde o fim de Hogwarts, desde que você veio atrás de mim juntar meus pedaços no chão... Não sei se conseguiria seguir minha vida, quebrando a cara em cada obstáculo, se não tivesse você pra me consertar depois.

Ele terminou seu discurso com os punhos apertados sobre o balcão, os nós dos dedos brancos com a força que ele aplicava sobre eles. Seu maxilar duro. Ter sido rejeitado por todos, mesmo antes da guerra, o havia tornado um homem duro consigo mesmo, principalmente quando se tratava de expor seus sentimentos para alguém. Minha mão tomou vida e agarrou a dele, o fazendo fechar os olhos e respirar fundo novamente.

— Eu a amo, Hermione. Você sabia disso antes mesmo que eu descobrisse, mas preciso que saiba que eu sei também. A amo, e não quero mais mentir para mim mesmo, nem pra você.

Fechei meus olhos. Uma lágrima solitária escorreu pela minha face e Draco a secou com a ponta do polegar, segurando meu rosto.

— Diga algo, por favor.

— Eu... Eu também o amo, seu tolo, idiota... – Ele sorriu para mim, e encostou seus lábios no meu em uma carícia lenta, que expressava nada mais que saudade. – Eu o amo tanto... – sussurrei, entre seus beijos.

Voltamos a nós um pouco depois, já recuperados do drama que rondava nossas vidas a tanto tempo... E dando lugar a outro.

— Porque veio a um bar se pretendia beber água, Granger. – Ele perguntou, sorrindo divertido. O riso em meus lábios se perdeu, e eu engoli em seco. Draco viu meu rosto e o seu próprio tomou uma expressão preocupada. – Hermione? Está bem? Que que eu cham...

—Eu estou grávida, Draco.

E então seu rosto perdeu a cor.


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Notas finais do capítulo

E então? Ficou bom? :P



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