The Nights escrita por Bárbara Szabo


Capítulo 3
Initiation Cerimony Part 1 - Fun


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo sz
Espero que gostem desse cap, e desculpem as coisas indo muito lentas, logo melhora sz



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— Você é louca, Jannie! - Afirmou Randy, rindo da garota.
A ruiva riu também, aumentando mais a música. Estava passando The Days, de Avicii, no rádio. - Eu só amo o Avicii demais! - Acrescentou, cantando o refrão muito empolgada.
— Okay. Só presta atenção na estrada que está tudo bem. - Brincou, apoiando o braço na janela e olhando para a menina, que havia lhe mostrado a língua brevemente.
Ele riu daquilo, a observando de um jeito bobo. Não conseguia explicar porque sentia-se tão bem perto dela, e porque o seu jeito maluco o deixava tão empolgado também. Nunca havia sentido isso com alguém que acabara de conhecer.
Jannie o olhou de canto algumas vezes, então riu um pouco sem jeito, ficando vermelha com o fato de que ele a observava fixamente. - Que foi?
— Nada. - Disse simplesmente, ainda a olhando. Havia notado o rubor da garota, ficando de um jeito ainda mais bobinho.
— Você está com uma cara de drogado. Tá passando mal?
— Não… Ou sim, sei lá. - E riu um pouco.
Ela franziu o cenho, com um sorriso confuso. Então acelerou mais o carro, fazendo Randy sentir um frio na barriga. E assim passou direto por um sinal vermelho, desviando rapidamente de um carro e dobrando a direita.
A ruiva o olhou com um sorriso enorme e um olhar aventureiro. Enquanto o garoto estava segurando no painel do carro, numa mistura de terror e diversão total. Não se sentia assim, irresponsável e despreocupado, a muito tempo, desde o primeiro ano como ninja. E podia dizer, se sentir assim era bom. Ou talvez fosse apenas a embriaguez de se estar com ela.
— Você ultrapassou o sinal vermelho! - Disse com a voz um pouco elevada, numa mistura entre a aflição e a diversão.
— A sirene está ligada, eu posso! - Retrucou com ar de superioridade. - É só o Orace não ficar sabendo… - E riu em um pequeno desespero.
— Você é mesmo louca! - Randy tinha um sorriso doce no rosto, enquanto olhava para ela, corando um pouco e sentindo um frio estranho no estômago. Agora não por causa da velocidade do carro.

『 。。。 』

Enquanto isso, na Arrow, todos estavam reunidos na sala. No sofá, da esquerda para a direita, estava: Jake, Spud, Zack, Alfeu - Qual havia colocado o braço descaradamente sobre o ombro do menor; e Danny. Howard havia se sentado na poltrona, com o ego um pouco elevado. E Mikase estava no meio da sala, diante deles.
— Bom… Ainda falta um chegar, mas vou começar assim mesmo. - Disse, respirando fundo, um pouco nervoso. - Esse é o meu primeiro ano como o responsável da república, então eu não sei muito o que falar… - Sorriu sem jeito, passando a mão na nuca. - Mas, enfim, irei começar pelas regras. Primeira: Nada de importunar seus colegas de quarto e de república com brigas fúteis, opiniões fúteis, peguetes fúteis e desfiles semi-nus pela casa. Peço que limitem cada uma dessas coisas mencionadas, e demais pegações, a seus quartos. - Ele viu Alfeu erguer as sobrancelhas em sarcasmo, sentindo o rosto queimar e tratando de desviar a atenção. - Segunda: tudo o que vocês bagunçarem, vocês limpam. E cada um terá tarefas marcadas na casa, para não ser injusto com ninguém. Quem não as cumprir, ficará trancado do lado de fora por uma noite. Terceira, e não menos importante: A chave da república. - Ele começou a distribuir um chaveiro com duas chaves para os novatos. Uma era da república, e outra do quarto. - Não as percam. Não as emprestem. Não as deixem de lado aqui, ou alguém pode trancá-la no cômodo. Fui bem claro?
Eles concordaram com a cabeça, examinando as chaves. Então Danny ergueu a mão, e Mikase fez sinal de que podia falar.
— Eu tenho uma dúvida… Como funciona essa cerimônia de iniciação?
— É quando os veteranos se juntam para, digamos… “Trollar” seus calouros.
— Uma grande aglomeração com música, bebidas de quinta, algumas disputas, pessoas sendo meladas e pagando diversos micos. - Resumiu rapidamente o loiro. - Às vezes a república tem um mico próprio.
— Catninja… - Disse Jake, um pouco baixo.
— Exatamente. - Falou Mikase, um pouco sem jeito.
Howard riu, imaginando o tamanho da coincidência se Randy fosse o Catninja. - Quem foi ano passado?
— Nosso querido Naiaty! - Alfeu se ajeitou no sofá, olhando o outro com um sorriso divertido, enquanto encostava os lábios na cabeça de Zack, afim de provocar o indígena.
Mikase fechou a cara, olhando o outro. Desejava arrancar o loiro de perto do menor e lhe quebrar a cara. Mas ao perceber que todos o olhavam sentiu o rosto queimar. - Vamos apenas… Esquecer isso. - Disse pausadamente.
— Okay, mas quem vai ser dessa vez? - Perguntou Zack, fingindo que Alfeu não mexia em seu cabelo.
E nesse momento, a campainha tocou. Mikase foi atender, vendo um aflito garoto de cabelos arroxeados do lado de fora.
— Desculpe…! Eu acabei perdendo o ônibus. - Disse Randy um pouco ofegante. Após fazer sua credencial, sai correndo em disparada para a Arrow. - Estou muito atrasado?
O moreno olhou para os outros por cima do ombro, sorrindo.
— Acabamos de encontrar. - Disse Alfeu em um tom maldoso, com o mesmo sorriso divertido no rosto.

『 。。。 』

Randy se olhava no espelho, se sentindo extremamente ridículo, desejando se enterrar no chão. Ele tinha vestido a fantasia que mandaram, que nada mais era que uma roupa baseada no uniforme do ninja, mas com pelos, cauda, orelhas, focinho e patinhas de gato. E para completar, um laço com um guizo pendurado em seu pescoço e bigodes.
Ao lado dele estava Mikase, Alfeu e Howard, este último prendendo o riso. E o resto do pessoal estava aglomerado na porta do quarto.
— Ele parece combinar com a roupa do ninja… - Observou o moreno, o olhando.
— Está perfeito! - Disse entre risos o gordinho.
— Sorria! - Alfeu tirou uma foto. - Vai para a página da Universidade.
Randy choramingou. - Ninguém merece…
— Calminha Cat. A tarde mal começou. - O loiro colocou os braços sobre o ombro dele, o levando para fora do quarto.
— E para entrarmos no clima, vamos beber umas doses rápidas! - Mikase desceu.
Os outros desceram logo depois.
— Beber…? - Sussurrou Jake, olhando o amigo um pouco inseguro.
— Vocês já beberam? - Perguntou Zack, chegando perto dos dois.
— Não. - Respondeu Spud.
— Vocês não são obrigados se não quiserem, okay?
Eles concordaram com a cabeça, um pouco mais aliviados. Jake não sabia se era uma boa ideia misturar álcool a seus instáveis poderes de dragão.
Eles chegaram a sala, onde Mikase havia pego uma garrafa de whisky.
— Quem aqui já bebeu?
Zack, Alfeu, e Howard levantaram a mão.
— O quê?! - Perguntou Randy um pouco surpreso.
— Uma vez, numa festa com a Debbie… - Ele olhou rapidamente para o amigo, que ainda estava surpreso. - Ah, não me julgue Catninja.
— Bom, para tudo tem uma primeira vez… - Mikase começou a colocar um pouco de whisky em oito copinhos. Pegou um e depois estendeu a bandeja para eles. - Se quiserem, é claro.
Alfeu, Zack e Howard pegaram um.
— Por mim, tudo bem. - Danny pegou também.
— Acho que não tem problema em um pouquinho… - Randy pegou. Estava um pouco apreensivo, mas não tinha nada demais se não exagerasse.
— Hm… Eu passo. - Disse Jake, olhando de canto para o copo.
— Eu vou fazer companhia ao meu maninho. Passo também.
— Melhor. - Alfeu pegou mais um.
Mikase colocou a bandeja sobre a bancada e pegou o que sobrou.
— À Arrow! - Disse o moreno, erguendo os copos.
— À Arrow! - Repetiram os outros.
E todos viraram em uma só golada. O loiro mal terminou um, logo virou a outra dosagem, enquanto Mikase respirou fundo antes. Danny sentiu a garganta arder, fechando os olhos um pouco forte, trancando a respiração, e ao soltá-la outra vez, sentiu um queimor sair por seu nariz. E Randy sentiu uma grande vontade de tossir ao sentir o líquido descer pela garganta, tentando controlar o máximo que pode.
E após mais duas rodadas, saíram da república. Cada qual com uma sacola com algumas “munições”. Nas ruas do campus uma grande movimentação de pessoas descia para o pátio da Universidade. “A Arrow” acompanhou os outros. Randy se encolhia, torcendo para que ninguém o reconhece-se em baixo da máscara.
O local de culminância estava um tanto lotado, sorte que o terreno era bem grande. Perto ao chafariz, um pequeno palanque foi improvisado. Trevor, o monitor, não demorou a subir, com um microfone em mãos. Levados pelos dois veteranos, os garotos se aproximaram mais da fonte.
— Universitários de Norrisvile! - Começou, recebendo uma salva de palmas e urros dos estudantes. - Hoje uma nova etapa começa na vida de vocês! - Mais urros entusiasmados. - Ou apenas continua, para os que já são daqui. - E mais um coral de urros, provavelmente dos veteranos. - Desejo a todos um ótimo ano letivo, e é com grande orgulho que digo: VAMOS COMEÇAR ESSA FESTA!
A multidão inteira gritou em uníssono: Que comece a festa!
— Que comece a festa! - Mikase e Alfeu pegaram cada um em uma perna e em um braço de Randy, o balançando e jogando-o não muito alto no chafariz.
E esse foi o estopim. De repente uma música alta começou a tocar de uns grandes caixas lá perto, e os jovens começaram a brincadeira. Jogavam pancake de diversas cores, tinta, farinha, e estouravam ovos nos outros. Em uma área perto a grama algumas pessoas estavam jogando jatos de mangueira, molhando qualquer um que passava por perto.
Nesse tempo Randy já havia se erguido, arrumando a máscara-capuz no rosto, que acabou descendo para seus olhos por estar molhada. E antes que pudesse sair, alguém pulou sobre ele, o derrubando na água outra vez. O coral dos alunos comemoraram aquele fato.
O garoto tentou sentar, mas a pessoa ainda estava parcialmente sobre si, o limitando a ficar meio deitado e meio sentado. E quando ajustou a máscara, se surpreendeu ao ver quem era, corando. -Jannie?
A garota afastou o cabelo do rosto, então sorriu para o outro. - Oi de novo, CatRandy! - Brincou ela. Estava com as mãos apoiadas em cada lado dele, com o rosto um tanto perto. Aparentemente ela levou numa boa, no entanto, o garoto estava completamente constrangido com a aproximação.
Mas, resolvendo agir normalmente, ele riu. - O que te trás a mim?
— Não sei muito bem. - Ela riu, se virando e ficando sentada ao lado dele. - Os goles de Gim me deixaram maluca!
— Então vamos ter que te internar de vez! - Ele se ajeitou, rindo da cara emburrada que ela fez.
— Primeiramente, eu quero que você vá se foder. - Tentou o provocar, voltando o rosto para ele com um sorriso de canto.
— Hey! - Ele jogou água nela. - Olha a língua hein! - E riu, virando o rosto para ela também, ficando cara a cara.
— Por quê? O gato aí quer comê-la? - Perguntou, aproximando mais o rosto do dele.
Randy corou com o que ela disse, ficando a olhá-la com o mesmo frio na barriga de antes. Estava se sentindo confuso. Jannie era tão envolvente e descontraída, e vê-la assim tão perto o fazia querer só extinguir o resto da distância que faltava entre os dois.
— Acho que eu acabei fazendo isso hein. - E riu, olhando fixamente os olhos azuis do outro, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.
Randy riu também, tratando de afastar aqueles pensamentos. “Isso só pode ser o álcool.”, pensou. De repente, a fonte foi ligada, espirrando água para todos os lados. Os dois começaram a rir com a breve chuva, e ao ver outras pessoas entrarem, trataram de se levantar, começando a brincar com a água.

『 。。。 』

Uma garota de cabelos negros e curtos, agora manchados de tinta e farinha, assim como sua roupa; chegou perto da mesa de bebidas. Ela respirou fundo, cansada, apoiando o quadril na mesa. Pegou um copo de vodka e se pôs a olhar a multidão. Por incrível que pareça, estava até se divertindo. Ela deixou um risinho escapar, e quando ia bebendo, foi interrompida por um garoto.
— Samantha Manson gostando de festa estilo fuzuê? - Era Danny, que havia chegado perto em ar debochado. Também estava bem sujo e encharcado.
— Daniel Fentom falando fuzuê? - Ela deu um breve risinho, dando um gole da vodka.
O moreno, que havia parado ao lado dela, olhou para aquilo, analisando. - Que bebida é essa?
— Vodka. - Disse em descaso.
Quando ia bebendo outra vez, Danny tomou o copo de suas mãos.
— Hey! Devolve! - Ela se esticou, tentando pegar, mas ele havia erguido o copo acima da cabeça.
— Beber faz mal.
— Mas eu não faço isso sempre. - Sam apoiou o braço em seus ombros para ter apoio, se impulsionando para pegar o copo.
— Você não vai beber. Eu não deixo. - Disse Danny com um sorriso, colocando a outra mão em suas costas.
— Haha, papai! - Resmungou ela, desistindo, mas ainda com o braço nos ombros dele.
— Eu tenho que cuidar de você pequena. - Sorriu, aproximando um pouco o rosto.
Sam, que estava de cara fechada, corou um pouco com aquilo. - Não pedi por isso.
— Não importa, e shiu! - Danny começou a se aproximar do rosto de Sam, que recuou um pouco.
Ela colocou a mão em sua testa, o impedindo de prosseguir. - O que há com… - E parou, cheirando o ar perto de sua boca. - Você bebeu?
— Sim. - Riu empolgado.
— Ahr! E por que eu não posso? - Perguntou indignada, cruzando os braços.
— Não quero essa sina para você. - Dramatizou, bebendo o copo dela.
— Maldito! - Ela lhe deu uma cotovelada no estômago, se afastando.
— Ai Sam! Deixa de ser malvada!
De costas para ele, a gótica lhe mostrou o dedo do meio, mas não houve resposta. Alguns segundos depois, a garota só se viu envolvida pela cintura por ele, tendo o pescoço mordido de leve, a arrepiando.
— Sam… - Sussurrou seu nome no pé do ouvido, a fazendo congelar de vez. E então beijou o começo de suas costas, que graças ao seu cabelo curto deixava a área a mostra, lhe causando leve tremulência.
A garota estava totalmente corada, sem saber o que fazer. Danny abraçado a ela, lhe fazendo tudo aquilo a deixava inebriada.
— O que pensa que está fazendo? - Perguntou ao voltar a si, se soltando do abraço. Mas antes que se afastasse, ele a puxou pela mão, a abraçando de frente desta vez, encostando a testa na dela.
— O que acha hein? - Sorriu malicioso, a apertando um pouco mais contra si. - Se solte um pouco mais Sam, estamos numa festa!
— Você está completamente alterado… Acho melhor parar por aqui. - Alertou, mas foi em vão.
O garoto beijou o canto de sua boca, subindo uma mão por suas costas até a nuca. - Relaxa! Só quero me divertir.
Ao ouvir aquilo, ela sentiu uma ira lhe queimar o coração, o empurrando. - Se divertir… - Repetiu um pouco indignada, voltando rápido para o meio da multidão, o deixando a chamá-la para trás.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Digam para a tia aqui sz
Comentem e façam um escritor feliz



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