Jojo's Bizarre Adventure: The Next Door escrita por Kraft Work


Capítulo 9
Mr. Boombastic - Part 1


Notas iniciais do capítulo

Kyle finalmente derrotou Slowhand, mas aparece Wallace! Onde ele estava?!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/722634/chapter/9

     -Ahmm...    Hm? O que eu estou fazendo aqui? - Wallace acordou na cama do seu quarto.- Ah, é mesmo. Aquela merda do Kyle me mandou para cá.

     Ele olhou ao redor, tudo estava claro e silencioso como sempre. Ele passou mais 1 minuto observando a calma do lugar e pegou o controle da tv. No momento que apertou o botão de ligar, foi bombardeado com a notícia sobre o vídeo de sua luta com Kyle.

     -Nãonãonãonãonãonãonãonãonão... ISSO NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO!!! AGORA, ALÉM DAS PESSOAS ACHAREM QUE EU TENHO ALGUM PROBLEMA MENTAL, EU AINDA FICO NA MIRA DE OUTROS USUÁRIOS DE STAND!!

     Nesse momento ele ouviu passos e vocês se aproximando do quarto, e então viu a maçaneta girando.

     -Merdamerdamerdamerdamerdamerdamerda... Se eles me verem vão me reconhecer como o cara do vídeo!- Ele imediatamente se cobriu com a coberta, de modo que parecesse que a cama estava apenas desarrumada e que não tinha ninguém lá. Ele também deixou uma brecha para ver o que estava acontecendo.

     -...será seu quarto.- Dizia o médico que acabou de entrar. Ele estava sendo seguido por um casal de aparentemente 40 anos e uma garota que parecia ter 7.

     -Obrigado, doutor, nem sei como agradecer. - Disse o homem do casal. Ele parecia cansado.

     -Agora nossa filha pode descansar por um tempo. O-Obrigada. - Disse a mulher do casal. Ela também parecia cansada e seus olhos estavam bem vermelhos.

     -Não precisam agradecer. Eu acho ridículo que um dos melhores hospitais do país está sem quartos vazios, mas acho mais ridículo ainda as pessoas que querem ficar em um quarto único. Ainda bem que a sua filha não é quem nem aqueles pacientes que querem quarto e serviço exclusivo. A humildade nasce em casa.

     -Estamos gratos pelo elogio. Se conseguirem alguma nova notícia, nos avise imediatamente.

     -Não precisa nem pedir. Faremos o máximo para suavizar a...  situação. - Respondeu o médico. Deu para perceber que as feições do casal pioraram e eles pareciam estarem prestes a desabar.

     -Agradecemos por tudo. Adeus. - Agradeceu o marido.

     -Até mais! - Se despediu o médico. O casal foi embora e o doutor fechou a porta. Ele andou até a garota e se abaixou, apoiando as mãos nos joelhos. - Olá, querida. Seus pais me disseram que seu nome é Judy.

     -Sim, é esse mesmo. - Respondeu a garota, com um ar inocente.

     Wallace apenas observava aquela conversa, querendo saber o que estava acontecendo. O médico fez mais algumas confirmações, e, após todas, Judy perguntou:

     -Doutor, por que meus pais estão tão estranhos?

     O médico não sabia o que responder.

     -Bem...  hummm...    digamos que...    eles tiveram uma surpresa.

     -Que tipo de surpresa?

     -Uma bem...     inesperada.

     -Mas surpresas são legais, e eles estão tristes!

     -Mas essa surpresa os perturba muito.

     -Por que os perturba?

     -Porque eles descobriram que você não vai...   – Ele parou por um momento, escolhendo bem as palavras. - ...mais estar com eles.

     -EU NÃO VOU MAIS VER ELES?!!

     -NÃO, VOCÊ VAI! Mas eles não vão mais te ver.

     -Eles não vão me ver? Que legal! Vou poder comer o que quiser e ver tv até tarde!

     -Vai sim, Judy! Vai sim.

     -E eu poderei fazer eles rirem! Rir é o melhor remédio!

     -Rir...  é o melhor...    REMÉDIO!! Tive uma ideia! Me espere aqui! - Ele correu, saiu do quarto e fechou a porta.

     Judy sentou na cama e Wallace via tudo no anonimato do outro lado do quarto. Tudo estava silencioso, como no início do dia. De repente, Judy se levantou e começou a encarar a cama de Wallace.

     - O que essa pirralha está pensando em fazer? – Pensava Wallace.

     A garota abriu um sorriso e começou a correr em direção a cama de Wallace.

     - A não, ela vai... - Pensava Wallace, antes de Judy se jogar em cima dele. – AHHHRRRRRGG!! MINHA COSTELA!!

     - AHHHH!! QUEM É VOCÊ?

     - O OUTRO PACIENTE DESSE QUARTO!! O MÉDICO NÃO FALOU ISSO COM VOCÊ?!!

     - ELE FALOU, MAS EU NÃO ACHAVA QUE ELE ESTAVA FALANDO SÉRIO!!

     - VOCÊ É IDIOTA??! POR QUE ELE IRIA DIZER ISSO DO NADA?!

     - EU NÃO SEI!!!

     - Ah, esquece. Estou falando com uma criança, afinal de contas. Eu sou Wallace.

     - OLÁ, WALLACE!! EU ME CHAMO J...

     - Eu sei o seu nome.

     Wallace foi andando de volta para a sua cama. Ele não achava que ela o reconheceria, e também havia a possibilidade de ela nem ter visto o vídeo.

     - Ei! Você não é aquele garoto da tv?

     -Fu... deu... – Sussurrou Wallace. Estava confirmado: Judy viu o vídeo e o reconheceu. E agora? Como ele resolveria a situação? Após quase um minuto pensando, Wallace se vira de volta para Judy.

     - Sim, sou eu.

     - HAHAHAHAHAHAHAHAHA VOCÊ FEZ UMA DANÇA BEM ENGRAÇADA!!

     - NÃO ERA UMA DANÇA! EU ESTAVA SENDO ESPANCADO POR UMA CRIATURA QUE VOCÊ NÃO CONSEGUE VER!!

     - TÁ COM VERGONHA!! TÁ COM VERGONHA!!

     - CALA A PORRA DÁ BOCA!!

     Judy de repente empalideceu. Ela havia parado de gritar e encarava Wallace.

     - Você falou.

     - O quê? Porra?

     Ela fez “Sim” com a cabeça.

     - A minha mãe disse que não se deve falar essa palavra porque ela é um palavrão.

     - Ela é a sua mãe, não a minha.

     - Mas porra ainda é um palavrão.

     - Então porque você falou?

     - Eu...  eu...   FALEI UM PALAVRÃO!! A MINHA MÃE VAI ME MATAR!

     - Ela não parecia disposta a matar você naquele estado.

     - MAS ELA VAI!!

     - Em algum momento da sua vida ela já falou que ia te matar?

     - Bem, não.

     - Viu só! Se ela fosse te matar teria avisado primeiro!

     - É, verdade.

     - Bom, eu vou sentar na minha cama e ler um livro. Tentarei te ignorar. *Humph! Crianças são tão convencíveis. *

     - Tá bom.

     Wallace foi fazer o que disse que ia fazer, enquanto Judy pegou um caderno (ninguém sabe da onde) e começou a desenhar.

     - Nossa, os livros de Stephen King são os melhores. – Pensava Wallace. Mesmo ele tentando se convencer de que estava gostando disso, ainda sentia um pouco de tédio. Aquilo estava cansativo que ele resolveu fazer outra coisa. Mas o que? Ele olhou para Judy desenhando, se levantou e foi ver o que era. Ele chegou perto e observou: parecia ela, feliz, junta de seus pais, também felizes, mas a atenção de Wallace foi puxada para as estranhas caixas no fundo.

     - O que são essas coisas no fundo?

     - Eu não sei, mas a minha mãe diz que são “maquínas”. Sempre vi elas por toda parte.

     *Ela deve estar querendo dizer máquinas. * - Pensou Wallace. - *Ela também falou que sempre viu elas, então ela precisa de máquinas desde que nasceu? Qual é o problema dessa criança?

     Wallace então olhou para o prontuário na frente da cama de Judy. Os pais dela eram divorciados e ela tinha 7 anos. Ela realmente necessitava de máquinas, pois nasceu extremamente fraca e com uma estimativa de vida de no máximo 10 anos. Aonde era para

     *Nossa...  * - Pensou Wallace.

     - PRONTO, TERMINEI!!- Gritou Judy. Wallace olhou para o seu desenho e viu que agora tinha uma janela com um sol no fundo.

     - É, ficou bom...

     - OBRIGADO!!

     -  ...mas pode ficar melhor.

     - Hm?! Mas como?!

     - Bem assim.

     Então Wallace mostrou a ela todos os erros no desenho enquanto ensinava como desenhar bem, e ali os dois ficaram por vários e vários minutos. Judy parecia ficar cada vez mais confortável e Wallace compreendia cada vez mais as pequenas coisas. De repente, a porta abriu:

     - Eu voltei, Judy! Oh, vejo que você e Wallace já se conheceram! Já que as coisas pareciam estar meio tensas, resolvi trazer uma pessoa aqui.

     - Olá, Judy! – Disse uma voz estranha vindo da porta.

     Judy encarou o dono da voz com um olhar de terror:

     - AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!!!!!!!! TIRE ELE DAQUI!! TIRE ELE DAQUI!!!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Referências:
Judy: É uma referência a música Hey Jude, dos Beatles.

Desculpa pela demora, eu estava em tempo de prova e acabei ficando de recuperação, o que fez demorar mais tempo do que o previsto. Mas agora eu estou aqui e voltei aos trilhos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jojo's Bizarre Adventure: The Next Door" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.