Bulletproof Daughter escrita por Jéssica Sanz, Jennyfer Sanz


Capítulo 12
A devoradora de açúcar


Notas iniciais do capítulo

Voltamos!
E falando em voltar, queria saber se tem algum problema diminuir um pouquinho a frequência, (e até se vocês preferem rápido ou devagar) porque as aulas estão voltando, e com elas as responsabilidades que certamente vão tirar nosso tempo.



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Os Park contaram a Yonseo e Sehun o que Namjoon havia dito na última vez que se viram, enquanto Hoseok observava aquilo tudo com toda a atenção.

— Ele disse muitas coisas às quais não demos ouvidos, porque achamos ser puro fruto da insanidade — disse o Sr. Park.

— Ele acusou o médico de todas as formas — explicou a Sra. Park. — Disse que Chung Ho mentiu sobre Jin estar morto. Naquela época, ainda não sabíamos do Jin, então achamos isso completamente impossível!

— Ele disse que Chung Ho mentiu para afastá-los do Jin. Ele não gostava dos meninos, não gostava da amizade deles. Ele disse pra nós que Jin estava vivo, e estava certo. Se estava certo sobre isso, todas as outras coisas que ele disse também podem ser verdade.

— Quando ele deu o primeiro surto de insanidade, lá no hospital, — lembrou Sehun — ele chamou Dr. Kim de assassino, e disse que ele “matou o Bangtan Sonyeondan”. O que isso significa?

— São eles — disse a Sra. Park. — Os sete. Esse era o nome do grupo. Namjoon o acusou de ter matado todos os outros.

— Mas ele estava insano! Eu conversei com ele, ele não queria viver!

— Porque estava sozinho! — Disse a Sra. Park.

— Sehun — disse Yonseo. — Se Dr. Kim tivesse matado os outros meninos, e se foi descoberto por Namjoon, chamá-lo de insano não seria uma excelente alternativa para escapar?

— Isso faz sentido — disse o Sr. Park. — Vamos lá, supondo que seja isso: Jin sobreviveu, Chung Ho mentiu, meu filho morreu por acreditar nisso e por aí vai. Você, Sehun, sabe melhor que ninguém que a morte de Hoseok foi fruto da de Jimin. Depois, Jungkook e Yoongi morrem na mesma noite, Taehyung se suicida e Namjoon tenta o mesmo, mas de repente surge no quarto de Jin atacando o tio dele. Por quê? Porque ele descobriu a mentira de Chung Ho. Jin estava vivo, e tudo começou porque ele supostamente estava morto. Então, ele fica com raiva e ataca Chung Ho, que usa isso como argumento para declarar a loucura de Namjoon. Para se proteger de suas futuras acusações.

— Perfeito — disse Hoseok, orgulhoso. — Foi exatamente isso!

— Eu acho que foi exatamente isso — disse Yonseo. — Agora, precisamos de provas. — De repente, ela olhou para o lado, e viu que Sehun parecia muito incomodado. — Sehun? O que houve?

— Nada. É que… É tão difícil acreditar... Até ontem, Dr. Kim era mais que meu chefe, era a minha inspiração. O médico em quem eu me espelhava. Eu queria ser como ele — Hoseok bufou. — E agora… Ele é um assassino?

— Namjoon sabia que ia morrer — disse a Sra. Park, que lacrimejava sem conseguir encarar ninguém. — Ele disse “Chung Ho quer me matar”. Isso não seria nada, se ele estivesse vivo.

— Ou se não tivesse morrido no manicômio, sob os cuidados do Dr. Kim — disse Sehun. — É inacreditável… Mas parece ser a verdade. O problema, realmente, é que não podemos provar nada.

— Então, estamos na mesma — disse o Sr. Park. — Ainda existem alguns mistérios, talvez resolvê-los nos traga alguma luz. Vocês disseram que pararam no caso de Hoseok.

— Nosso próximo caso seria Jungkook, e esse é realmente um caso que me intriga muito — disse Sehun.

— Por quê? — Perguntou a Sra. Park.

— Porque é um mistério, como disse o Sr. Park.

— Por que um atropelamento é um mistério? — Perguntou a Sra. Park, novamente.

— Vou mostrar quando terminarmos de comer.

Mais tarde, no sofá da sala dos Park, Sehun abriu a ficha médica de Jungkook.

— Fui atrás de tudo que pudesse me ajudar a entender esse atropelamento. E nada faz sentido. Tenho o relatório completo do legista, tenho fotos do corpo, tenho até raios X. E tudo é muito estranho. Jungkook foi encontrado com muitos, muitos ferimentos externos, mas a causa da morte em si foi interna: falência de órgãos internos por hemorragia. As fotos mostram que ele estava cheio de manchas roxas e com vários sangramentos, alguns coagulados, outros não. As feridas sugerem que ele esteve em uma luta. Uma luta em que ele atacou pouco, mas foi muito atacado. As radiografias não mostram muita coisa a princípio, mas eu analisei bem e encontrei algumas rachaduras, que significam pontos de impacto. E não acho que tanta coisa seja fruto de um atropelamento.

— Você precisa mapear quais dessas coisas são do atropelamento, e investigar as que não são. Essa tal luta parece muito suspeita.

— E misteriosa — completou Sehun. — Mas como vou mapear isso tudo?

— Por que você não tenta uma reconstituição da cena do atropelamento?

— Isso seria perfeito, Sr. Park, mas não faço ideia de como posso conseguir isso.

Sr. Park sorriu.

— Eu resolvo isso num minuto.

— Ele trabalha na contabilidade da delegacia, então tem uns contatos — explicou a Sra. Park, enquanto o marido já fazia uma ligação.

— Oi, sabe se a Minji tá aí hoje? Ah, que bom. Acho que vou fazer uma visitinha.

— O nome dela é Jeon Minji — disse o Sr. Park, dirigindo o carro de Sehun.

— Ela é parente do Jungkook? — Perguntou Sehun, imediatamente.

— Não. Ela já me disse que não o conhecia, eles só têm o mesmo nome de família. Minji é uma policial tecnicamente jovem, mas não se enganem. É uma das melhores da delegacia.

— Quem sou eu pra falar de idade? — Perguntou Sehun.

— Ela tem um interesse especial no caso como um todo, mas nunca me disse o motivo.

— Ela sabe que seu filho está envolvido? — Questionou Yonseo.

— Sabe, sabe sim. Mas não acho que seja por isso, ela nem conhecia o Jimin... O que nos interessa é que ela será de grande ajuda.

O Sr. Park levou os dois mais novos (e Hoseok, sem saber) para o seu local de trabalho. Quando chegaram lá, ele perguntou pela tal Minji na recepção, e disseram que ela estava em um interrogatório.

— Ah, isso vai ser divertido. Vocês vão ver como ela é parada dura.

Sr. Park os conduziu pelo interior da delegacia, o que deixou Yonseo um pouco ansiosa.

— Fica calma — disse Hoseok, e ela tentou. — É só uma delegacia.

Eles foram para um corredor onde era possível ver o interior de uma sala pela janela de vidro. Também dava para ouvir pelo transmissor. Havia um rapaz sentado na cadeira, enquanto a jovem policial andava inquieta pela sala.

— Vou perguntar pela última vez. Quem invadiu a loja?

— Eu não sei. Não tenho nada a ver com isso.

— Tá. Então é assim — a expressão dela era mortal. Abriu a gaveta da mesa, pegou uma foto e a bateu na mesa com um estrondo. — E isso aqui não é a assinatura do 7.

O rapaz sorriu de modo travesso.

— Você sabe que eu tenho como provar a ligação dessa pichação com a sua gangue. No entanto, eu sei que não foi você, JB. Isso não é o tipo de coisa que você faz. Então, você tem duas opções. Ou abre o bico e me diz quem foi que invadiu e destruiu a loja, ou eu prendo você.

O tal JB riu.

— Vai me prender? Pelo quê? Escuta aqui, Jeon, você sabe muito bem como funciona a irmandade. Protegemos uns aos outros. Não é essa ameaça mentirosa que vai me fazer um X9.

— Por que acha que é uma ameaça mentirosa?

— Você não pode provar, bae! Não tem como, principalmente porque NÃO FUI EU, como você mesma insistiu em dizer.

— Não. Você não é o culpado, JB. Mas, infelizmente pra você, declarou na gravação que sabe quem é o culpado, e isso te torna um cúmplice — o sorriso de JB desapareceu. — E assim, eu consigo uma prisão preventiva. Bang! — Disse ela, imitando a arma com a mão direita. Depois, pegou a foto e o saco de balinhas que estavam sobre a mesa e saiu da sala, dando lugar aos outros policiais que o prenderiam. Enquanto entravam, Minji deu de cara com o Sr. Park acompanhado pelos jovens.

— Ah, annyeong! — disse ela, enquanto pegava algumas balinhas e as jogava na boca. — Tava assistindo meu show, Ajuushi?

— O melhor show de todos. Quero te apresentar Yonseo e Dr. Sehun. Estão interessados naquele caso.

— Ah — disse ela, enquanto mastigava. — Venham comigo.

Minji os levou até sua sala e pediu que sentassem, enquanto abriu o arquivo de metal.

— São parentes de alguém, ou…

— Eu sou irmã de Kim Taehyung, e o Dr. Sehun foi médico de Jung Hoseok e Kim Namjoon.

— Ah, sim — ela pegou uma pastinha num lugar já decorado do arquivo, a jogou sobre a mesa e finalmente sentou em sua cadeira. Pegou mais um pouco de balas em um potinho de vidro que tinha na mesa. — Querem balinhas?

— Não, obrigado. Infelizmente, o fato de eu ser médico me faz evitar o açúcar puro.

— Que vida sem graça — comentou ela, num tom de brincadeira, enquanto abria a pastinha. — Estão atrás de algum óbito específico?

— Jeon Jungkook — disse o Sr. Park.

— Ah, sim. O atropelamento — disse ela, passando as folhas.

— Eles querem uma reconstituição — esclareceu o senhor Park. Minji levantou o olhar para ele.

— Oh — disse ela, levemente surpresa. — Isso pode nos trazer algumas respostas.

— Muitas respostas — falou Sehun. — Eu tenho todas as fichas médicas de Jungkook. Ele parece ter lutado antes de ser atropelado.

— Ou levado uma surra — disse Yonseo, com tom muito racional. Hoseok olhou para ela, preocupado.

— Bom, vamos precisar isolar o local do acidente…

— Com aquelas fitas amarelas super legais das séries policiais? — Perguntou Yonseo, animada?

— Não, um cone resolve — respondeu Minji, pegando mais um punhado de balinhas. Ela falava de jeito engraçado enquanto mastigava.

— Você não tem diabetes com esse açúcar todo? — Perguntou Sehun, apavorado.

— Na verdade, tenho hipoglicemia.

— Ah, tá explicado — disse o médico.

— Como eu gostaria de poder resolver a narcolepsia comendo doce — sussurrou Hoseok para si mesmo. — Se bem que… É, é mais ou menos por aí.

— Continuando, — disse Minji, — também vamos precisar do carro e do atropelador. Pra nossa sorte, ele tem colaborado bastante. Vocês podem amanhã?

— Sim — disseram os dois.

— Ótimo. Vou ligar pra ele e ver se marcamos pra amanhã.

Minji ligou para o motorista, que realmente pareceu bastante simpático no telefone. Minji anotou as informações num bloquinho. Quando desligou, ela virou a folha do bloquinho e escreveu de novo, dessa vez com endereço.

— Ele tem uma vontade de ajudar que é impressionante. Acreditam que ele vai “desmarcar um compromisso” pra ir amanhã?

— Que bom — comentou Yonseo.

Minji destacou a folha e deu a Yonseo.

— Aqui. Nos vemos amanhã — disse ela, levantando e mexendo na pasta. — Ah, também vou xerocar as fichas do Jungkook e do Agust D, pra vocês levarem. Eles morreram na mesma noite e em locais bem próximos, então deve haver alguma relação.

— Agust D? — Perguntou Sehun. Hoseok parecia chocado.

— Ah, você deve conhecer como Min Yoongi, talvez até como Suga.

Sehun e Yonseo trocaram um olhar rápido. Minji foi para a porta e a abriu, esperando seus visitantes passarem. Eles foram para a sala onde tiravam xerox. Enquanto esperavam o processo, Hoseok falou.

— Tem que perguntar sobre o Agust D. Suga nunca usou esse nome enquanto estava com a gente, só quando era um rapper solo, em Daegu!

Yonseo hesitou um pouco, mas finalmente tomou coragem.

— Minji, será que posso perguntar… Você conhecia o “Agust D”?

— Eu conheci o Agust D, apenas; nem Yoongi, nem Suga.

Minji não falou nada mais sobre o assunto. Entregou a eles as xerox e se despediu.

Enquanto Sehun levava Yonseo para casa, ela olhava as fichas.

— Agust D — disse ela, divertida.

— Que bang foi esse do Agust D que eu não entendi nada?

— Pelo que eu sei, Agust D é o nome que ele usava quando era rapper solo, em Daegu.

— Você adora colar, hein! — Comentou Hoseok, no banco de trás.

— Deve ser quando ele era mais novinho, então — supôs Sehun. — Eles devem ter sido amigos de infância. O que é uma ironia, alguém que tem hipoglicemia ser amiga de um cara que é chamado de Suga.

— Será que é uma ironia? De onde será que Suga tirou esse nome?

— Ai, queria que algum amigo meu fosse tão bom a ponto de escolher “Placebo” como seu nome de palco — comentou Hoseok.

— Olha, eu vou acreditar — disse Sehun, rindo. — Todos os seus palpites parecem certos, moça. Então, qual a programação de amanhã?

— Temos a reconstituição às duas da tarde. Depois, podemos tentar fazer o mapeamento.

— Na minha casa ou na sua, gata?

Yonseo bateu em Sehun com uma falsa cara de brava.

— Aish! Eu tô só brincando, Yonseo!

Ela riu.

— Na minha casa. Minha tia não deve se importar.

— Ok. Então, amanhã vamos conhecer o nosso piloto. Qual é o nome dele, mesmo?

— Byun Baekhyun.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam dos nossos novos personagens? Pra quem é IGOT7, a participação do grupo tá só começando.



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