O Reino Vermelho escrita por SrtaRajaram


Capítulo 4
Arghonere


Notas iniciais do capítulo

Oie! Mais um capítulo pra vcs!
O garoto da foto é o Simon.
*-*



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Enquanto Arya estava na festa...

Alaric

Depois de uma hora esperando o tal do Simon, ele finalmente chega.

É um garoto de mais ou menos 20 anos com cabelos pretos bagunçados e olhos verdes meio azuis.

Ele é bonito pra caramba!

—Oi- Digo pra ele.

Ele me olha sério.

—Vamos logo, não tenho o dia inteiro.-Diz num tom ríspido.

Meu deus... Será que todos os Possuidores são assim? Chatos e sérios?

Entramos num HB20 prata.

Simon dirige com calma e estamos num silêncio mortal dentro do carro.

—Então...Quantos anos você tem?- Pergunto pra tentar puxar conversa.

—Vinte- Ele responde, seco.

—Hmmm...Legal, eu tenho 19.

Ele bufa.

Ta bom... Pelo jeito ele não gosta de conversa.

Eu vou morrer se ficar nessa droga de carro mais 3h sem nada pra fazer...

—Posso ligar o rádio?-Pergunto.

Simon me fita enquanto estamos parados no sinal.

Quando volta a ficar verde ele torna a visão pra frente e continua dirigindo como se nada tivesse acontecido.

—Ok Surdo, quem cala consente.

Ligo o rádio e começo a cantar as músicas que eu sei.

Depois da décima música ele se enche e fala:

—Meu Maldito Demônio!! Essa viagem vai ser um inferno!

—Vai mesmo. Você está no carro- Respondo na lata.

Ele estreita os olhos e me encara.

—Você tem a língua afiada demais pra alguém docinho do Ciclo Branco não acha?

—Não sou um docinho o tempo inteiro, Simon.

—Como é que você ainda não foi banida de lá?

As pessoas do Ciclo Branco precisavam ser "docinhos" o tempo inteiro... Quem não pudesse ser assim, era banido.

—Meu pai me protege, e sempre tomo cuidado pra não agir assim com pessoas que me entregariam.

—Hum. Você é primeira Libertadora que eu não mato.

—Nossa! Estou me sentindo lisonjeada agora!- Digo com sarcasmo revirando os olhos.

Simon

Essa tal de Alaric definitivamente não é uma Libertadora comum.

Por que é que alguma coisa nela me atraía?

—Um Príncipe como você não deveria ter outras preocupações do que me levar para casa?

—Minha família tem muitas dívidas com a família Larke. Não só financeiras como também de favores. Só estou pagando um deles.

Paramos em um posto pra abastecer e comer alguma coisa.

Quando entro na loja do posto vejo quatro Libertadores e já sei que vai dar merda.

Alaric e eu comemos e logo que saímos da loja os Libertadores nos seguem.

Sei que vão me atacar então já adianto as coisas: me viro e ataco.

Acerto três e quando estou prestes a acertar o quarto Alaric se enfia na minha frente e é atingida. Ela cai no chão e eu mato o outro Libertador.

Me agacho ao lado dela, sua cabeça está sangrando onde o raio Negro bateu, ela está se contorcendo de dor.

—Mas que droga!!! Porque você tinha que se meter?!- Grito pra ela.

Pego ela no colo e a coloco no banco de trás do carro. Bato a porta com muita força.

—Puta que pariu!!!

Não há nada que eu possa fazer...  Preciso leva-la depressa para o Ciclo Branco, lá eles possuem remédios e outras coisas para ajudá-la.

Alaric

Deus!!! Como dói. 

Estou tendo alucinações, vendo coisas horríveis, sinto dores de torturas que nunca passei, consigo falar com os mortos é como se as trevas conseguissem me corroer, é como um ácido! 

Simon me larga no banco de trás e começa a dirigir muito rápido.

Minha vista escurece e eu desmaio tendo pesadelos com demônios.

Acordo não sei quanto tempo depois. 

Não, elas não foram embora. Mas é como se eu estivesse me acostumando com elas...

Não, eu não quero isso! Eu não quero as trevas! Saiam de dentro de mim! -Penso.

Olho para Simon. Ele está com os olhos fixos na estrada, ofegante, seus lábios formam uma linha reta: ele está com raiva.

Ele matou quatro dos meus... Eu estou com raiva!

—Por que você não me mata de uma vez?! Sou só uma Libertadora normal, assim como aqueles que você matou sem dó nem piedade lá atrás! Vocês são monstros!- Grito com raiva pra ele.

Ele faz uma curva e para bruscamente o carro quase me fazendo cair do banco.

VOCÊ ESTÁ BRAVA COMIGO?!— Ele vocifera- TEM CERTEZA DISSO?! NÓS SOMOS OS MONSTROS?! VOCÊS INVADEM NOSSAS CASAS E ATACAM TODOS NÓS ACHANDO QUE DE ALGUMA FORMA A PORRA DA MAGIA BRANCA DE VOCÊS VAI NOS AJUDAR, MAS ADIVINHE SÓ ALARIC, NÃO AJUDA! NÃO AJUDA! NOS MATA! A MAIORIA DE NÓS AMA A MAGIA NEGRA! QUANDO VOCÊS NOS ATACAM ELA VOLTA 3 VEZES MAIS FORTE! E SE HOJE NÓS SOMOS TÃO SÉRIOS COMO VOCÊ NOS JULGA, É POR CAUSA DE VOCÊS!- Ele passa as mãos nos cabelos para se acalmar.

Ele me olha com raiva e diz:

—Alguns de nós morrem pelo excesso de Magia Negra, minha mãe morreu assim... E esse maldito excesso é causado por vocês.-A raiva dele passa.

—Eu sinto muito não fazia ideia de que isso acontecia.-Falo.

—Se algum dos nossos precisasse de ajuda, procuraria ajuda.-Ele afirma.- E sobre matar você... Você não é uma Libertadora normal... Uma Libertadora normal não fala como você, uma Libertadora normal não aceitaria ajuda de um Possuidor, uma Libertadora normal já teria tentado me "libertar" das trevas, uma Libertadora normal já estaria morta com a quantia de Magia Negra correndo dentro de você. Não sei o que você é, mas com certeza não é  uma Libertadora normal.

Depois de mais uma hora mais ou menos chegamos às portas do Ciclo Branco.

Ligo para os meus pais e peço para eles nos encontrarem nos portões.

Minha mãe aparece correndo e me abraça com força.

—Eu estava tão preocupada!- Ela fala.

Meu pai me abraça e pergunta:

—O que houve com você?

—Ah... É uma longa história... Eu fui empurrada....

—Uma história que ela pode contar depois que se livrar das trevas...- Simon me interrompe.

Que trevas?!— Meus pais exclamam juntos.

—Simon teve que matar alguns Libertadores no caminho e eu me meti na frente sendo atingida.- Explico.

—Então você atacou a minha filha?- Acusa meu pai para Simon.

—Não foi culpa dele!- Me entrometo rápido.- Por favor não brigue com ele.

Meu pai se acalma.

—Obrigada por trazê-la de volta, Simon. - Minha mãe se apronta.- Gostaria de entrar?

—Não eu não posso, obrigado.- Ele responde e entra no carro para ir embora.

Corro até sua janela.

—Hey, a gente podia se ver qualquer dia desses né?

—Eh docinho... Eu te ligo.

—Como vai achar meu número?

—Eu tenho meus contatos- Ele fala piscando pra mim.

Sou uma garota atrevida e não ia me contentar com isso então dou um beijo em sua bochecha.

Por um segundo tenho a impressão de ver a sombra de um sorriso em seu rosto, mas foi tão rápido que pode ser até minha imaginação me pregando uma peça.

Saio de sua janela e ele vai embora.

Arya

Acordo com alguém dizendo meu nome e alguém lambendo minha cara.

—Anhh-Gemo- Só mais 5 minutos...

—Nem cinco, nem três nem dois, mocinha... Você tem um palácio pra visitar hoje.-Ouço a voz carinhosa da minha mãe.

Pego minha cachorrinha Mel no colo.

—Obrigada por me acordar sra. Elizabeth- Ironiza Héstia rindo.

—Não tem de que querida. -Rebate minha mãe rindo também.

Levanto e começo a me arrumar.

Coloco um vestido de gala preto e um salto agulha também preto.

Afinal é um palácio...

O Reino Vermelho também possui um palácio, porém é meu pai quem passa mais tempo lá.

Dou um beijo na bochecha da Héstia que ainda ta deitada.

—Tenha um bom dia dorminhoca!- Digo pra ela.

—Tenha um bom dia também!

Desço as escadas da minha casa e dou de cara com Aspen.

—Bom dia ruivinha.

—Bom dia Aspen.

—Quantos Libertadores vocês mataram ontem?

—Sei lá... não contamos, mas acho que uns trinta. Como ficou sabendo que fomos matar Libertadores?

—A Líris viu vocês duas saindo de casa e veio me chorar as pitangas.

—Teria sido mais legal se você estivesse lá... Mas eu nem quis perder meu tempo em te convidar...- Digo pra cutucá-lo.

Ele solta o ar.

—Você está linda.- Elogia sorrindo.-Damon é o cara então?- E sua expressão fica triste

—Sim Damon... Obrigada! -Sorrio para ele.- Preciso ir o pai ta esperando lá fora... Tenha um bom dia Aspen.

—Você também Arya. Tô de olho nesse Damon, hein!-Ele fala sério e u dou risada.

Meu pai me deixa em frente aos portões do Reino Roxo.

—Você ta um pouco adiantada Arya... Passe em umas lojinhas do Reino pra perder tempo. -Diz meu pai.

—Que horas são?- Pergunto

—9:00. Marcamos com eles ás 10:00.

—Ok. Vou dar uma andada por aí...

—Bom dia minha princesa.- Ele sorri pra mim. - Arghonere.  (te amo)- Ele fala na língua dos mortos.

—Arghonere pastii pa   (te amo pai) - Respondo sorrindo.

Desço do carro pronta para encarar um dia e tanto...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado *-*

Roupa da Arya:
https://ae01.alicdn.com/kf/HTB161PDJpXXXXayXXXXq6xXFXXXp/Vestidos-De-Gala-Black-Sexy-Long-Evening-Dress-Side-Split-Chiffon-font-b-Formal-b-font.jpg

Make da Arya:
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/f4/e1/bd/f4e1bd6ec4e943974e27ae4c37239872.jpg



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