O Reino Vermelho escrita por SrtaRajaram


Capítulo 14
Demônios e mais demônios




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Arya

Bip-Bip-Bip-Bip-Bip...

O Mundo das Sombras acorda a mim e Aspen exatamente no momento que pedimos. Dormimos por 5h, cerca de 1min no “mundo normal”.

Levanto me espreguiçando, faço um coque com meu cabelo, visto minha jaqueta e vou acordar Damon. Aspen me diz para lhe dar um chute ou gritar em seu ouvido, mas acho que não seria bom para nenhum de nós se ele acordasse bravo, então vou até ele, coloco uma de minhas mãos em seu ombro e chacoalho-o.

—Damon. –Chamo e ele resmunga. –Precisamos ir.

Ele abre os olhos e me fita com aquela íris dourada.

—Ta bom. –Responde e se levanta.

Após comermos algumas barras de cereais que estavam no bolso de Aspen, eu explico a Damon que vamos para o Palácio das Sombras do meu pai e que lá é onde treinaremos e nos abasteceremos para começar nossas buscas mesmo que se passassem meses até que tenhamos algum resultado.

—Eu não avisei meus pais que estamos aqui. –Ele se preocupa.

—Eu disse aos meus pais que estávamos indo para uma praia e que não sabia por quanto tempo íamos ficar. Ele provavelmente já deve ter dito aos seus pais...

—Certo.

Começamos nossa jornada até o outro lado do Mundo das Sombras, um lado muito mais calmo do que o resto do labirinto sem tantos demônios e presos mandados para cá.

Aspen entrou em um portal qualquer e voltou com duas garrafas de água com gás que logo acabaram.

Passamos mais cinco horas fazendo caminhadas e parando ás vezes para descansar ou comer/beber alguma coisa, em uma dessas paradas, Damon e Aspen foram numa fonte próxima para beber água e encher as garrafas, enquanto eu os esperava já que não estava com sede...

Escuto um barulho próximo ao corredor que estou; de início penso ser um demônio, mas escuto passos humanos. Saco minhas adagas azuis e com passos silenciosos sigo o barulho. Vejo dois homens grandes e fortes lutando corpo a corpo e reconheço um. Gavril “alguma coisa”, eu o vi no Palácio Vermelho sendo sentenciado pelo meu pai a passar o resto da vida nesse lugar miserável.

Esse idiota havia estuprado cerca de 13 mulheres em dois meses e uma delas era a própria filha. Era um canalha, assim como Viggo com Staphanie.

Gavril acerta um soco certeiro na lateral da cabeça do outro homem e o mesmo desmaia. Ele se vira e me vê. Instantaneamente guardo minhas adagas e ele sorri.

—Você luta bem. –Elogio com minha melhor voz e cara de falsa que consigo. Felizmente ele acha que é serio.

—Existem outras coisas que eu também faço bem, sabia? Quer que eu te mostre? –Diz chegando perto de mim.

Sorrio e estalo a boca.

—Talvez mais tarde fortão... Vamos lutar primeiro.

—Hã, acho que não vai dar... Não bato em mulheres, principalmente as gostosas como você. –Coloco minhas mãos em seu peito dando um leve empurrãozinho para que ele se afaste um pouco.

—Então acho que só eu vou bater... –Digo e ele ergue uma sobrancelha.

Dou vários passos para trás para ganhar um pouco de espaço. Chuto embaixo de suas costelas com toda a força e ele geme de dor e surpresa. Antes que ele possa até mesmo parar para pensar ou respirar, dou outro chute, dessa vez na cabeça e ele cambaleia para o lado piscando, como se a vista estivesse embaçada. Mais rápida do que antes, chuto suas bolas com mais força ainda e ele urra de dor. O chuto uma última vez bem no meio do seu peito fazendo com que ele caia para trás, sentado.

Chego mais perto do “Gavril, o estuprador” e o soco.

—Isso, foi por ser um bocó.

O soco de novo.

—Isso, foi por ter estuprado 13 mulheres.

E de novo, bem no queixo fazendo-o desmaiar.

—E isso, é por ter achado que eu não sabia lutar.

Me viro prestes a voltar para encontrar Aspen e Damon, mas percebo que eu tinha plateia.

—E então? Vão ficar aí sorrindo e me olhando, ou vão me dar um gole dessa água? –Pergunto.

—Ahh... Agora você tá com sede? –Aspen diz me estendendo a garrafa ao mesmo tempo que Damon.

—Se for pra vocês ficarem disputando pra ver em qual garrafa eu vou beber, já digo que não vou beber de nenhuma. –Aspen abaixa sua garrafa e eu pego a que está nas mãos de Damon.

Bebo três goles fartos.

—Obrigada. –Digo devolvendo a garrafa enquanto ele me dá uma piscadela

—Meus dedos estão doendo. –Reclamo.

—Por que será? –Aspen diz irônico, fazendo uma cara pensativa.

Após mais duas horas de caminhada damos de cara com um demônio chamado Phigot, que anda nas quatro patas, tem unhas enormes, tem dois metros de altura (em pé), com asas, uma cor rosada, sem pelos, com as veias saltadas, um rosto quase humano se não fosse pelas orelhas pontudas que saem de cima da cabeça não do lado, e o pior: nu. Total e completamente nu! Sem querer dizer nada mas... Aquele era macho, sem dúvida!

—Que porra é essa?! –Gritou Damon após analisarmos o monstro por alguns segundos.

—Um Phigot. –Respondo.

—Sabe Arya, quando você só diz o nome do demônio, não ajuda muita coisa!

Bufo e rolo os olhos.

—Ele é como se fosse um vampiro, Damon. Ele suga seu sangue até você morrer... –Aspen explica.

—Como se mata um bicho desses? –Ele pergunta.

—Você arranca o coração dele e joga sal até que ele derreta. –Digo.

—Você tá zuando né?

—Eu gostaria de estar, Damon. –Sorrio. -Se você não jogar sal, ele começa a se regenerar.

Damon suspira alto.

—Legal, bem legal... Sabe, acho que a gente devia ir pra aquela praia...

Aspen e eu rimos.

—É deveríamos...

Saco minhas adagas.

—As presas dele são muito grandes, Damon. Fique longe da boca dele. –Aspen alerta.

—Que bom que você avisou... Eu estava até pensando em por minha mão na boca dele, pra ele sentir meu gosto e saber que eu sou amigo. –Ele responde sarcástico e Aspen bufa.

Cercamos o Phigot por todos os lados e começamos a atacá-lo. Eu pela frente, Damon do lado esquerdo e Aspen do direito. O demônio ruge na minha cara e pelo amor de Hades! Que bafo de gente morta!

—Sabe cara, acho que você precisa conhecer umas amigas minhas... –Digo pra ele enquanto desvio de uma patada. –Uma se chama Escova de Dentes e a outra Pasta de Dentes...

Ele ruge de novo e eu quase vomito.

—Sério? Vai ficar nisso agora? –Brigo com ele acertando com a minha lâmina bem no meio de sua cara.

—Agora você ficou bonito, hein? –Vendo o estrago do corte.

De repente o monstro urra de dor e Damon começa a rir histericamente se afastando.

—Que foi? –Grito pra ele e vejo Aspen segurando aquela parte do bicho. Sabe aquela parte? Pois é! Começo a rir.

—Vocês não têm o que fazer mesmo, né?

—Ué, você fala com um bicho que não te entende... Meu negócio é cortar as bolas... –Aspen diz e começa a rir.

Ele joga o membro do animal longe e começamos a atacá-lo de novo, mas trocamos as posições. Aspen na frente e eu do lado direito.

O Phigot não abre espaço para que eu possa atacá-lo de lado, fica o tempo inteiro mechando as asas e me afastando com elas, que são feitas de ossos super duros onde as minhas lâminas não “entram”.

Puxo sua asa e tento subir nele. Tentativa falha, mas consigo cravar uma das minhas adagas nas costas dele.

Vejo Aspen, finalmente conseguir golpear o pescoço do demônio, deixando-o instável o suficiente para que Damon conseguisse cravar sua espada no coração dele.

—Certo, ele vai ficar “morto” por um tempo. –Aspen diz.

Recuperamos nossas espadas e adagas, prontos para continuar.

—Não quer levar o coração para o Palácio pra colocarmos sal lá? –Aspen pergunta.

—Depende. –Respondo. –Você vai tirar o coração dele pra mim? –Rio.

—Não mesmo.

Continuamos a caminhada e quando estamos a cerca de minutos para chegar no Palácio, outros demônios nos encontram. Dessa vez, Asbithys. Eles queimam as presas até virarem cinzas  e das cinzas eles se alimentam. Dois estão na nossa frente.

Têm a forma de um humano, mas são como se fossem feitos de carvão, seus olhos são alaranjados, e possuem garras e presas enormes. Sem nariz, sem órgão reprodutor, sem orelha, sem coração ou qualquer outro órgão interno.

—Não toque neles, e não deixe que te toquem. Vamos usar a água das garrafas para matá-los. –Digo a Damon antes que ele me pergunte qualquer coisa.

Ele me passa uma das garrafas e eu saco uma adaga apenas. Me aproximo de um deles e o mesmo parte pra cima de mim. Coloco minha adaga entre seu e meu pescoço, como se fosse um escudo. Jogo água na cara dele. O Asbithy começa a se debater e sai fumaça de dentro de seus olhos. O brilho alaranjado dos mesmos se apaga e apenas a carcaça do monstro fica ali.

Aspen teve um pouco mais de trabalho, pois o demônio era maior, mas logo também o mata.

Damon chega mais perto de nós e estamos começando a caminhada novamente, quando escutamos um grunhido atrás de nós. Damon é o primeiro a se virar.

Outro Asbithy está ali e antes que eu ou Aspen façamos alguma coisa ele agarra os braços de Damon e o mesmo urra de dor. O Descaltrin havia queimado a minha perna, ela ainda estava queimada, mas enquanto a queimadura que ele faz é de 1° grau, a que o Asbithy faz é de 3°...

—Me dê a água, Aspen! –Grito desesperada.

—Não tem mais água Arya! –Ele grita de volta.

Tomo uma das garrafas da mão de Aspen e corro para onde o Mundo das Sombras me guia dizendo que há uma fonte.

O braço dele vai virar churrasco queimado se você não for mais rápida. –Aspen fala na minha cabeça.

Ah, obrigada! Você está ajudando bastante!  -Respondo na dele.

Chego até a fonte, pego a água e saio correndo pra lá de novo. Ainda escuto os gritos dele, mesmo estando alguns metros longe.

Jogo um pouco da água na cara dele e o resto, com muito cuidado, nos braços de Damon. Vejo ele trincar o maxilar e morder o canto da boca pra não gritar de novo.

—Desculpe. –Murmuro. –Deveríamos ter sentido ele.

Abaixo minha cabeça e suspiro fechando a garrafa de água. Com um vestígio de força que ele ainda tem nos braços, Damon ergue meu queixo com carinho e diz com uma voz grave e moderada, tentando não transparecer o quanto sente dor.

—Eu estou bem.

O encaro.

Mais uns quinze minutos de caminhada e finalmente chegamos no Palácio das Sombras. Ele fica bem no centro do labirinto. É bem menor que o Vermelho, com menos serviçais e menos quartos/salas e sem guardas. Mas quebra um galho.

Pedimos á alguns servos que levassem Damon para um quarto e dessem todos os remédios e compressas para curar a queimadura.

Ao contrário do Ciclo Negro, aqui não temos um curandeiro que possa cuidar dele...

Eu e Aspen seguimos para a cozinha onde encontramos a Rosa.

—Arya! –Ela exclama ao me ver. –Como vai?

—Bem, Rosa e você?

—Bem também, querida.

—Oi Rosa. –Aspen cumprimenta.

—Meu Demônio! Olha o seu tamanho, Aspen! Ao contrário da Arya que vejo toda a semana, você eu não vejo a anos!

Aspen sorri.

Rosa é a governanta e cozinheira do Palácio. Cabelos loiros, sempre presos, olhos verdes, um sorriso amoroso e magra. Adoro ela e suas comidas.

—Diga a seu pai, que ele precisa vir aqui comer aquele risoto! –Ela me cobra.

—Ah, quando eu voltar a vê-lo digo sim, Rosa.

Ela se retira da cozinha deixando eu e Aspen a sós.

—Ainda está preocupada com ele? –Ele me pergunta indo pegar um copo pra beber alguma coisa.

—Óbvio! Aquelas queimaduras são horríveis, Aspen! –Respondo.

Ele rola os olhos.

—Ele vai ficar bem... É só uma queimadura, não uma estaca no coração. Não precisa ficar trocando olhares quentes com ele por causa disso.

Me aproximo da ilha onde ele está.

—Tudo isso por ciúmes? Sério? –O provoco.

Ele bebe um gole do suco de morango e me encara.

—Talvez.

Suspiro e rolo os olhos.

Aspen se aproxima mais de mim e me prende no balcão com as duas mãos segurando-o envolta de mim.

—Não devia... Você sabe disso. –Digo.

—Não devia por enquanto... Quando vocês casarem, vai acabar gostando dele de uma maneira diferente, se é que não acontecerá antes mesmo do casamento... –Responde com a expressão séria.

Ele aproxima seu rosto do meu e sorri, colando nossos lábios. Passo meus braços entorno de seu pescoço, o trazendo ainda mais para mim. Nos beijamos calmamente, curtindo o momento. Sinto ele sorrir durante o beijo, então eu também acabo sorrindo e ele se afasta um pouco para me ver melhor.

—Eu adoro fazer isso... –Diz com a voz rouca e um olhar de desejo.

Solto um risinho.

—Eu também... –O puxo para mim, colando nossos lábios novamente.

Dessa vez temos mais urgência. Sua língua tenta passar pelos meus lábios e os abro mais para que ele consiga aprofundar o beijo. Ainda consigo sentir um leve gosto de morango do suco que ele estava tomando. Suas mãos saem da minha cintura e descerem a lateral do meu corpo até minhas coxas. Aspen as aperta com força, enquanto eu gemo, e me levanta, para que eu sente no balcão da cozinha, logo, sem parar o beijo, ele me deita sobre o mesmo, ainda apertando minhas coxas, se inclinando em cima de mim.

Começamos a ficar sem fôlego e ele desce beijinhos pela minha bochecha até o pescoço, onde ele lambe e chupa com força. Solto um grunhido, arranhando suas costas.

—Filho da puta... –Digo rindo. –Vai deixar marca!

—É o que eu quero. –Diz dando outro chupão, tão forte quanto o primeiro. –É pra dizer que você é minha.

Ele sobe seus beijos de novo até minha orelha, onde ele beija a parte de trás.

—Eu não sou sua. –Afirmo séria.

—Ah, é... Você é de Damon né? –Cochicha na minha orelha.

Rolo os olhos.

—Não sou de ninguém Aspen!

Ele lambe meu lóbulo.

—Certo. –Diz se afastando. –Vamos parar com a brincadeira então...

Mas antes que ele se afaste mais, passo minhas pernas envolta de sua cintura, fazendo-o se inclinar em cima de mim de novo.

Ele sorri e volta a me beijar.

***

Depois de comer, tomar banho e explicar para algumas pessoas do Palácio o que estávamos fazendo ali, Rosa me pede para levar uma bolsa de gelo e uns remédios para Damon.

Bato em sua porta e ele me atende sem camisa. Perco o fôlego por um instante. Fitando aquele corpo másculo. Saio de meus devaneios quando ele me diz um “Oi” bem seco.

—Ãhn, eu vim só trazer essa bolsa e esses remédios pra você. –Digo.

Ele pega as coisas das minhas mãos.

—Quer entrar? –Ele pergunta ainda seco, então entendo aquilo como um “não quero que você entre, só perguntei por educação”.

—Não, valeu. –Dou um passo para trás prestes a ir embora me perguntando: “Por que demônios, você está bravo comigo”, quando ele bufa e diz.

—Desculpe se estou sendo meio seco. –“meio seco?” penso. –Entra aí.

Ele se afasta da porta e veste uma camisa. Entro e fecho a porta. Olho para seus braços para avaliar o estrago. Estão vermelhos e com bolhas. Sinto uma pontada de culpa.

—Desculpe. –Peço pela... terceira vez? –De verdade.

Ele me encara e aquela impressão de que ele está bravo comigo, volta. Penso que é por causa das queimaduras, mas ele não estava bravo antes...

—Está tudo bem. Eu já disse. –Damon pega a bolsa de gelo que eu havia levado e coloca em cima da queimadura trincando o maxilar. –Além disso, -Continua. –Vou acabar com você nos treinamentos. Uma pequena forma de vingança.

Oh, sim os treinamentos... Havia me esquecido que precisaríamos treinar... Devem ter sido os beijos do Aspen que me deixaram meio atordoada. Sorrio ao lembrar do nosso momento na cozinha.

—Vamos ver Vossa Alteza... Vamos ver...

Passei mais um tempo conversando com ele sobre coisas aleatórias, até que duas serviçais, uma loira e uma ruiva tingida, com cerca de 20 anos, entram no quarto e pedem licença para preparar o banho do “Senhor Arkalis”.

Elas preparam o banho dele e logo saem do banheiro.

—O príncipe vai querer algum tipo de ajuda com o banho? –Pergunta a loira a Damon.

—Ou depois dele... –Completa a ruiva com um sorriso malicioso no rosto.

A raiva me sobe e eu não sei por que! Eu não gosto dele assim, mas ele ainda é MEU noivo. A sensação é a mesma que senti quando o vi beijando a Staphanie. Rolo meus olhos mas controlo minha língua.

—Não. Podem ir. –Responde sem nem olhar para as garotas.

—Mas, alteza, você não gostaria de relaxar? Pode ficar com as duas se quiser. –A ruiva insiste e supõe.

Ah, não! Aí não! Encaro a ruiva com olhar superior.

—Ele disse NÃO. –Respondo em tom autoritário. –Precisa que desenhe?

—Mas...

—Não se preocupe, se ele precisar de uma puta de plantão, para dar pra ele, posso garantir que ele irá te procurar. –Digo abrindo a porta para que elas saiam.

Elas me olham indignadas. Tenho certeza que se eu não fosse a filha de seu Rei elas me responderiam a altura.

Depois que elas saem, olho para Damon e vejo que ele tem um pequeno sorriso. Rolo meus olhos e suspiro.

—Atiradas do caralho. –Digo.

Damon taca uma almofada em mim.

—Gatas pra caralho, isso sim... –Responde.

Arregalo meus olhos e taco a almofada com toda a força nele de volta. Ele se levanta da cama com um travesseiro e começa a me bater com o mesmo. Dou risada e saio correndo para o outro lado do quarto, perto da cama para pegar um travesseiro pra mim.

Começamos uma guerra de travesseiros. Sempre tomando cuidado para não tacar o travesseiro nos braços dele. Em um momento Damon acerta o travesseiro com tanta força na minha cabeça que chega a abrir a costura e aquelas peninhas começam a sair. Finjo um grito e começo a massagear minha bochecha resmungando. Ele abaixa a guarda e chega mais perto de mim largando o travesseiro dele preocupado. Quando ele está perto o suficiente, sorrio e bato o travesseiro com toda a força na cabeça dele.

Não chega nem perto de arrebentar a costura, sou fraca dos braços que barbaridade...

Ele só ri, toma o travesseiro das minhas mãos e vai me batendo com ele pra me encurralar na parede. Me defendo o máximo que posso com os braços rindo feito uma hiena.

Ele finalmente me encurrala na parede e eu acho que ele vai me esmurrar com o travesseiro, mas ele o abaixa e me fita com um sorriso. Mas esse sorriso logo desaparece, como se ele lembrasse de alguma coisa, então joga o travesseiro na cama e se deita de barriga pra baixo nela.

—Que foi? –Pergunto.

—Que foi o que? –Ele devolve com a voz abafada por causa da cabeça enfiada nos travesseiros.

Franzo a testa.

—Nada... Bem vou deixar você ir tomar banho...

Saio do quarto dele e vou para o meu. Vamos descansar algumas horas e depois treinar. Demoramos 12h para chegar aqui, enquanto no “mundo normal”... Vejo o horário no meu celular, se passaram apenas 2min e meio...

Temos bastante tempo aqui até que eles consigam o veneno lá...


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Notas finais do capítulo

A partir de agora, eu vou acabar fazendo mais capítulos da Arya, Aspen e Damon, do que da Héstia, Alaric, Andrew e Simon...
Por que, Bia?
Porque eu que sou a dona da porra toda e eu faço o que eu quiser!
Nãããoo...
Hahaha
Por causa do tempo ok? Vejam só, no capítulo anterior (Porque eu só precisava disso...) eu narrei cerca de uma hora e meia do que eles fizeram lá no Ciclo Branco e nesse capítulo eu narrei 12h do que eles fizeram no Mundo das Sombras, mas apenas 2,5min do cap anterior...
Muita matemática neh?
Foi mal se eu buguei alguma cabeça aí... Hahahaha! ♥
Até! ^-^



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