Flor de Cerejeira escrita por Lanna Harvelle


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas florzinhas! Tudo bem com vocês? Espero que sim.
Bom, espero que vocês gostem do prólogo e continuem acompanhando a fic.
Qualquer erro que tenha passado despercebido por mim, me visem, OK?
Criticas construtivas são bem vidas, Ok?
Boa leitura florzinhas!



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Prólogo

O tempo estava péssimo na cidade de New York, não tão péssimo quando a vida da flor despetalada, que andava sem um rumo específico. As lágrimas de Sakura se misturavam com as grossas gotas de chuva que caiam sobre ela. Suas roupas estavam encharcadas, mas esse era o menor de seus problemas. Sakura só queria esquecer as memórias de momentos atrás, o que parecia ser impossível com todas aquelas lembranças fervilhando em sua mente.

            Sakura olhava para Neji, esperando uma resposta do namorado. Ele estava imóvel olhando para o papel a sua frente, não esboçava uma única reação. Sakura se perguntava se ele estava entendendo o que continha no papel. É claro que ele estava entendendo, não era burro, muito pelo contrário, era extremamente inteligente. Mas então, por que a demora por uma resposta? Isso já estava a deixando aborrecida.

            Como se lesse os pensamentos da namorada, Neji ergueu a cabeça e a olhou.

— Quanto tempo? — Ele perguntou de forma séria.

— Três semanas no máximo. — Respondeu.

— Tem certeza que...? — Ele a questionou sem terminar a frase pedindo aos céus que ela dissesse que não.

— Neji eu curso medicina, acha mesmo que não sei dizer se estou grávida ou não? — Exaltou-se. — E o exame está aí.

— Isso não é nada bom. Não podemos ter um filho agora, eu não posso! — Retorquiu massageando as têmporas como uma forma de se manter calmo.

— Eu não gosto dessa situação tanto quanto você. Eu não estou preparada para ter um filho com 19 anos, mas não tem nada que possamos fazer. — Sakura murmurou sentindo os olhos se encherem de lágrimas.

—Na verdade, tem sim! — Disse Neji. — Você pode abortar.

Ao ouvir aquelas palavras, instantaneamente Sakura levou a mão direita em direção a barriga. Os dois haviam cometido um erro, mas não podiam apagar esse erro matando um ser frágil e indefeso que ainda nem sequer era um bebê. O seu bebê.

— Oque? — Sakura perguntou ainda em choque por ouvir aquelas palavras siando da boca do namorado.

— Você me ouviu Sakura, você tem que abortar, não podemos ter essa criança.

— Como assim não podemos? Não é como se não tivéssemos condições de criar esse bebê. Não podemos fazer isso, é cruel.

—Você não entende não é mesmo Sakura? — Neji a questionou. — Não temos condições! Nossos pais têm. Eu não sou o dono das empresas Hyuuga e você não é médica. Oque acha que nossos pais vão dizer quando ouvirem essa notícia? Com certeza não irão aplaudir de pé e ficarem felizes. Você tem que abortar Sakura.

— Eu.... Não. Não posso fazer isso. — Falou chorosa.

— Se não quiser abortar não precisa. — Disse Neji. — Mas eu não irei assumir essa criança.

— Você não pode fazer isso Neji! — Se desesperou — Você não pode me abandonar bem agora.

— Não só posso, como vou. — Ele rebateu.

Sakura respirou fundo e engoliu o choro, não iria desabar em lágrimas, não na frente dele.

— Então vai embora. — Falou com firmeza. — Saia daqui! — Gritou para que Neji saísse de seu apartamento. E assim ele fez sem ao menos olhá-la.

Assim que a porta se fechou Sakura caiu de joelhos no tapete da sala chorando. Estava sozinha a partir de agora.

Sakura estava parada em frente ao New York Presbyteriam Hospital, seu local de trabalho. Por ironia do destino, ela era estagiária da médica ginecologista obstetra, Tsunade Senju. Como ela havia ido parar ali? Não fazia ideia.

Sakura entrou no hospital molhando o chão branco. O local não estava tão cheio, havia poucas pessoas ali esperando para serem atendidas. Ela se direcionou a recepção, onde Shizune estava ao telefone.

A visão de Sakura começava a ficar embaçada, sentia como se tivesse um enorme peso em seus ombros. Não devia ter saído na chuva daquele jeito. Mas o que poderia fazer? Tsunade era a única que podia ajuda-la agora.

— Shizune... — Sakura chamou a amiga. — Preciso falar com a Tsunade, agora!

— Sakura? Você está bem? — Soltou o telefone e perguntou preocupada.

— Não! — A rosada respondeu se apoiando no balcão. Suas pernas ficaram moles ela caiu no chão sentindo tudo a seu redor desaparecer em uma escuridão.

oOo

Sakura abriu os olhos sentindo uma pontada na cabeça. A core branca da sala incomodava um pouco a sua visão, mas nada que não pudesse suportar. Uma dor aguda em seu braço direito indicava que estava sendo medicada com soro.

Ela conhecia muito bem aquele local, era um dos quartos do hospital. Lembrou-se que havia desmaiado na recepção, na frente de Shizune. Certamente não fora uma boa ideia sair na chuva naquele estado em que se encontrava.

— Olha só quem acordou! — Tsunade falou entrando no quarto com um prontuário em mãos. — Como está se sentindo?

Sakura olhava Tsunade a procura de algo que a denunciasse. Será que ela sabia sobre a gravidez? Esse era o pensamento de Sakura desde que a mulher entrara no quarto. Era bem provável que Tsunade já soubesse, era uma médica experiente, a melhor que Sakura já conhecera.

— Um pouco tonta, mas estou bem.

— Isso é bom, comparado ao estado que chegou aqui. — Tsunade comentou em quanto verificava o soro de Sakura. — Aparentemente você passou por um grande estresse, e o cansaço deixou seu corpo debilitado, que lhe deixou desacordada por quase dois dias.

— Dois dias? — Ela perguntou arregalando os olhos.

— Sim, mas não precisa se preocupar com isso. Temos outra coisa com a qual devemos nos preocupar, não é mesmo? — Tsunade falou com a sobrancelha loira arqueada.

— É, temos. Você já sabe? — Sakura perguntou de cabeça baixa.

— Sim, eu realizei exames de rotina em você e acabei descobrindo. — Contou Tsunade. — Sakura, devido ao estado em que vocês estava, fui obrigada a contar a sua mãe o que estava acontecendo. Vou deixar que Mebuki entre para que vocês duas possam conversar.

Sakura apenas assentiu e viu sua chefe sair do quarto. Ela manteve os olhos presos na porta em quanto esperava Mebuki entrar. Por mais que fosse apenas alguns minutos, eles eram agonizantes. Como ela reagiria? Oque faria? E quando soubesse que Neji não queria o bebê? Esses pensamentos pipocavam em sua cabeça. Não sabia o que sua mãe diria, e isso a deixava nervosa.

— Sakura? — Uma mulher loira aparentando ter seus quarenta anos a chamou.

— Mãe! — Sakura falou já com lagrimas em seus olhos. Mebuki andou em direção a cama e abraçou a filha.

— Está tudo bem minha filha. — Mebuki tentou acalmar a filha que soluçava em seu ombro. — Eu sei Sakura que esse não foi um bom momento para você ficar grávida. Mas eu quero que saiba que você tem a mim, eu vou te ajudar em tudo que precisar neste momento. — Disse limpando as lágrimas do rosto de Sakura.

— V-você não es-está furiosa? — Sakura perguntou tentando conter os soluços e a as lágrimas.

— Mas é claro que não! Você é a única pessoa que tenho em minha vida desde que seu pai se foi. E eu sou sua mãe, é meu dever te proteger e ajudar, não estaria fazendo meu papel de mãe se te abandonasse em um momento difícil como este.

— Obrigada mãe! — Sakura abraçou sua mãe sorrindo. Era tão bom ter o apoio de alguém, principalmente da sua mãe. O que iriam dizer, se iria ser difícil criar um bebê aos 19 anos, se Neji iria assumir ou não o filho. Sakura não estava mais preocupada, nada mais importava. Ter Mebuki como seu porto seguro já bastava. No fim, não estava sozinha como havia pensado quando Neji saiu pela porta a deixando sozinha no apartamento.


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