De vestido escrita por Jubs L


Capítulo 1
Azul claro


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!
^.^



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Entrei no vestiário e encontrei a peça de roupa que eu teria de usar, um vestido não muito curto batendo no meio das minhas coxas, azul claro, não muito justo, sem roupas íntimas, maquiagem ou qualquer outra coisa, ele queria os cabelos soltos, batiam pouco abaixo dos meus ombros.

Ordem dada é ordem cumprida.

Suspirei antes de sair, arrumei minha postura e sem sapatos entrei no quarto, ele estava de costas em pé, provavelmente pegando alguma bebida, o quarto estava a meia luz, a cama de ferro negro, com lençóis escuros, duas mesas de cabeceira em madeira também escuras sustentavam os abajures, o chão acarpetado era vermelho, as paredes levavam um papel de parede vermelho um tom meio queimado, sem janelas.

Ao escutar a porta sendo fechada ele se virou me olhando dos pés à cabeça, pude perceber que respirou mais fundo soltando um suspiro em seguida, seus lábios ficaram entre abertos, pude ver a mão que segurava o copo de whisky tremer levemente. Era jovem tinha 22 anos, seus cabelos eram encaracolados castanho claros, pele bronzeada, eu já o conhecia, assim como ele também me conhecia.

Me aproximei lentamente, a passos firmes e olhando-o nos olhos, por mais que ele desviasse seu olhar do meu, seu corpo estava tenso não era necessário tocá-lo para perceber isso. Seu olhar varria o cômodo, passava ligeiro por mim, o quarto grande me fez dar uns 20 passos antes de chegar nele. Para mim, era maravilhoso deixá-lo tenso, era uma sensação prazerosa, não era raro, a maioria ficava assim, mas várias eram as razões para ele estar assim, essa situação para mim era quase natural.

Peguei seu copo de bebida e o apoiei na mesa onde ficavam algumas bebidas e um freezer, ele não se movia, mas agora me olhava como se me analisasse, diferente das outras vezes que nos encontramos. Podia imaginar o que ele via, olhos negros um pouco puxados, pela minha descendência oriental, meus lábios finos, que foram extremamente observados como nunca por ele, eu tentava passar serenidade naquele momento, sabia que poderia ser difícil.

Segurei sua mão e olhei para seus dedos, levando-os até meus lábios beijando-os, ele respirou fundo antes de suspirar novamente, não pude evitar o sorriso presunçoso que se formou.

— Tá tudo bem? — perguntei em uma voz leve, quase sussurrada.

Ele de imediato trouxe os olhos aos meus e em um gesto rápido concordou com a cabeça, fechando os olhos. Levei sua mão até minha cintura e a segurei ali, minha outra mão repousava em seu ombro e me aproximei mais, umedecendo meus lábios com a língua,  minha respiração estava regular, eu tentava passar tranquilidade. Beijei sua bochecha e repousei outro beijo em seu pescoço, ele encostou a testa no meu ombro e segurou firme minha cintura com as duas mãos, só então retirei minha mão da dele.

Passei o nariz traçando um caminho do pescoço até encostar o meu no nariz dele, rocei nossos lábios até tomar atitude de segurar o seu lábio inferior, passando minha língua no lábio dele, vi seu olhos sendo fechados e meu corpo sendo puxado para ter contato um com o outro, pude sentir a ereção dele. Quando o beijo teve de fato início, ele conseguiu dominar o ritmo. Levei minhas mãos aos botões de sua camisa abrindo um por um, até poder escorregá-la por seus ombros.

Tive o pescoço tomado por ele, nada que me marcaria, suas mãos começaram a passear pelo meu corpo e sentir cada parte dele, mas nunca procurando um contato mais íntimo. Tomei seus lábios novamente e passei a percorrer seu corpo também com as mãos, sem censura, como ele fazia.

Segurei em sua cintura, umedecendo meus lábios, comecei a andar para frente, fazendo com que ele caminhasse de costas, nossos corpos ficaram colados, pude ouvi-lo suspirar, senti suas costas ficarem tensas, a medida que a apreensão lhe crescia.

Suas mãos foram até minha cintura, as minhas seguraram sua face a levantando e tomando aqueles lábios com volúpia. Não foi um beijo doce, conseguia sentir resquícios de bebida alcoólica na boca do meu parceiro, assim como suas mãos, seu beijo também era tímido apesar de passar excitação.

Quando ele caiu sentado na cama, fiquei de joelhos e desamarrei seus sapatos, retirando-os em seguida assim como suas meias, subi as mãos passando pelas suas coxas e parando no cós da calça, abrindo-a. Ele se levantou e deixou a calça escorregar a chutando para longe em seguida, não permitiu que eu retirasse sua cueca, ele logo a retirou também.

Talvez mais nervoso do que ansioso, se aproximou de mim beijando meus lábios até suas mãos descerem na barra do meu vestido.

Senti as mãos leves, pele fina com dedos compridos, deixando em evidência a insegurança, passando de forma extremamente leve na pele de minhas coxas, era de certa forma algo agoniante, aquilo me fez suspirar lentamente de forma trêmula, o vestido que eu usava foi sendo levantado em um ato lento, tudo nele era como pluma. Ao sentir seus dedos chegarem na parte de trás das minhas coxas e contornarem com a mesma suavidade de antes as nádegas ao traçar um caminho na minha lombar, senti um frio inexplicável, era de dentro para fora, não existiam borboletas na minha barriga, pareciam existir pedras de gelo, transformando o ato quase em uma tortura.

Quem disse que eu também não poderia sentir nervosismo?

Fechei olhos e me concentrei, ergui os braços e senti o vestido passar por minha cabeça.

Ao abrir os olhos mirei os que estavam à minha frente, não conseguia ver a cor por estar na penumbra, mas tinha consciência de que eram castanho claros, sua cabeça abaixou assim que o olhei, seu olhar passou pelo meu corpo e não posso negar que a sensação sempre foi maravilhosa, independente da pessoa que me olhasse, mas os inseguros me fascinavam.

Tomar a atitude de me despir não me surpreendeu, esperava isso dele, mas sentir sua timidez se sobrepondo a ousadia me decepcionou de alguma forma, talvez por já conhecê-lo. Quando o beijei, se derreteu em minha boca, puxei seu quadril pra mais próximo sentindo nossos corpos nus, suas mãos travavam em minha cintura como se não existisse mais nada para baixo, já minhas mãos aproveitavam cada pedaço daquele corpo, ainda me beijando ele abraçou minha cintura, seu pênis latejava, passei minhas mãos em toda extensão das suas costas parando na sua bunda e a apertei forte, minhas unhas curtas provavelmente deixaram marcas ali, ele gemeu mais forte e aquilo foi quase como se uma luz verde se acendesse na minha mente, segurei sua cintura e fiz com que ele sentasse novamente na cama.

— Deita de costas — pedi olhando para baixo enquanto erguia seu rosto com um dedo.

— É para você ficar de quatro — retrucou de forma insegura me encarando confuso.

— Era, mas seu corpo pede outra coisa — sussurrei em seu ouvido ao me abaixar.

Em seguida olhei em seu olhos passando confiança, nos conhecíamos, mas nunca estivemos em uma relação assim. Ele foi se arrastando para o meio da cama ainda de frente pra mim. Subi na cama de joelhos e esperei até que ele deitasse de bruços.

Era uma visão excitante, seus músculos estavam tensos, ele tinha uma bunda generosa, seria um desperdício não tocá-la, minhas mãos deslizaram de seus tornozelos pela sua perna inteira, pude sentir ele travando quando cheguei em seus glúteos, mas os pulei passando a mão em toda a extensão das costas, me deitando sobre seu corpo, colando o meu no dele o máximo que pude, beijei seu pescoço e o chupei sem deixar marcas.

Adoraria, mas não podia.

Beijei sua nuca e fui revezando entre mordidas e lambidas até chegar na sua bunda. Passei a língua de baixo para cima abrindo-a levemente, pude perceber o choque dele com minha atitude, mas não recuou, apesar de seus músculos continuarem tensos. Continuei a usar a língua ali, até chegar em sua entrada, ouvi um gemido contido, e seu quadril levantou levemente me dando maior abertura, minhas mãos pressionavam sua bunda e coxas com firmeza.

Me afastei um pouco ficando em pé e indo até a mesa de cabeceira me preparar, ele levantou a cabeça me olhando e viu quando colocava a camisinha no meu pênis, voltando para cama com um tubo de lubrificante. Ele deitou de barriga para cima assim que eu pedi, o beijei mais uma vez e coloquei um pouco de lubrificante nos meus dedos, introduzindo apenas um dedo dentro dele, até ele relaxar, e comecei a colocar mais um. Eu fazia com calma, já tinha passado pelo que ele estava passando, tinha consciência que não era apenas prazer.

Ele ficava com os olhos fechados, as mãos nos cabelos, às vezes os puxando pelo prazer, seus gemidos eram contidos. Quando senti que ele estava relaxado, retirei meus dedos de dentro dele. Foi uma surpresa quando ele mesmo se colocou de quatro.

Pude observar seu rosto ganhar uma coloração levemente avermelhada de prazer após olhar para trás, me coloquei de joelhos e alisei suas costas, coloquei um pouco mais de lubrificante no meu pênis e o encostei na entrada dele, forçando um pouco.

— Se não quiser continuar é só falar.

— Só, vamos terminar com isso, eu confio em você — ele sussurrou de cabeça baixa, sua voz falhava um pouco.

Em seu corpo nada escapou dos meus toques, minhas mãos não deixaram nenhum centímetro de pele sem carícias, leves arranhões, alguns apertos e beliscadas. Minha boca, assim como a dele, não parou um segundo, fosse para soltar gemidos que enchiam o quarto, beijar, morder, lamber, chupar.

Foi bastante tempo naquela cama, rolamos por ela toda, foram várias posições, o prazer foi mútuo, os gemidos, as investidas, o trabalho foi muito bem feito. Ficamos deitados na cama durante um tempo depois de tudo, ele ao meu lado deitado de bruços olhando em minha direção, mas eu não tenho certeza se realmente me olhava, fiquei de barriga para cima e às vezes olhava em sua direção e ele não se movia.

Depois de uns 15 minutos me levantei e fui para o banheiro encontrando minha roupa lá, diferente do quarto o banheiro era bem iluminado e com cores claras. Tomei uma ducha e comecei a me vestir, sai fechando o cinto.

— Eu não sabia que você era gay — ele disse baixo quando me viu saindo do banheiro.

— Eu não sou gay, Dário. — Passei a mão no cabelo o jogando para trás, o olhei seriamente até me abaixar sussurrando em seu ouvido. — Eu sou aquilo que me pedem pra ser.

Passei a mão em sua cabeça tirando sua franja da testa e ali depositei um beijo.

— Isso pode acontecer de novo? — perguntou segurando minha mão antes que eu a afastasse.

— Desculpa, mas esse não é o tipo de coisa que eu curta — falei sorrindo e me afastei segurando meus tênis e a camiseta pendurada no ombro. — Pode ficar o tempo que precisar.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso pessoal, espero que tenham gostado!
Obrigada por ler!
E até a próxima!
;)



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