Conseqüências de Uma Traição escrita por NelianeMalfoy


Capítulo 4
O Tempo


Notas iniciais do capítulo

Será pra qual casa a Gina entrou? Nesse capítulo já tem a resposta, pois vai começar as aulas.



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A semana passou rapidamente, com aulas puxadas de vôo, no qual a ruiva se saiu muitíssimo bem.

 

O dia em que Gina faria o teste finalmente tinha chegado. Naquela manhã a herdeira do mestre de poções levantou-se cedo, tomou um caprichado café da manhã junto com sua avó e rumou até o laboratório de seu pai. Estava ansiosa para fazer a prova que seria realizada àquela tarde, se esforçaria ao máximo para passar. Desceu as escadarias, atravessou o grande salão, parando em frente à entrada do laboratório, batendo duas vezes na porta.

 

– Entre, filha! – Snape falou calmamente.

 

Virgínia entrou vagarosamente no recinto, e encarou o enorme caldeirão borbulhando um líquido amarelo. Aproximou-se da mesa que ficava no lado esquerdo e sentou-se sendo observada por seu protetor.

 

– Não precisava levantar tão cedo, o teste é somente à tarde – Murmurou Severus, passando as mãos em uma toalha, se afastando do caldeirão.

 

– Por mais que eu quisesse dormir, não iria conseguir, estou muito nervosa – Explicou mexendo em um livro que estava em cima da mesa.

 

Snape se aproximou de seu armário, onde guardava todas as suas poções e de lá tirou um frasco contento um líquido esverdeado, e voltou-se para a filha.

 

– Tome isto! – Despejou a poção em uma xícara e deu para a herdeira beber.

 

– O que é isso? – Perguntou curiosa.

 

– Poção para acalmar os nervos, beba tudo!

 

– Obrigada, até que tem um gosto bom – Falou sorrindo a garota depois que engoliu o líquido.

 

E assim a manhã passou, com uma Gina bem mais calma, por causa da poção. E preparada para o grande teste. Apesar de seu pai aparentar tranqüilidade, ela podia notar que ele estava um pouco tenso.

 

Quando marcou no relógio duas horas em ponto, Virgínia e Severus já se encontravam em Hogwarts na sala do Diretor, conversando com ele os detalhes da prova. Dumbledore estava muito ansioso para aplicar o teste. Pelo que sentiu a ruiva parecia ter a inteligência do pai, pelo pouco que pode notar no diálogo que teve com ela.

 

– Minha cara, menina! Está preparada? – Alvo ajeitou-se na cadeira.

 

– Sim, senhor! – Respondeu confiante.

 

– Bem, agora vá até aquela mesinha ali – Apontou com a mão, uma mesa no canto esquerdo do escritório – Seu exame está lá, você tem duas horas para responder as questões, duas horas para fazer a prova prática de poções, uma hora para transfiguração e o teste de vôo poderá fazer depois.

 

A garota fez como o diretor disse. Fora até a mesinha e começara a responder as questões. Sentia-se feliz por seu pai tê-la ensinado tão bem. As perguntas estavam muito fáceis. O teste de poção não foi muito diferente, conseguiu acertar todas as poções da prova. Configuração pelo que pouco sabia errou uma questão, porém nada que a fizesse perder muitos pontos. Na hora do teste de vôo, fora muito elogiada pela professora, por realizar o teste com perfeição. Depois de concluído o teste, Dumbledore, com a ajuda dos outros professores corrigiu a prova.

 

Logo em seguida o velho diretor pôde dar os parabéns a Gina, por ela ter consigo passar com um aproveitamento de 90%. Deixando Snape muito feliz por sua filha poder pular um ano.

 

Passou-se um curto tempo após o teste e setembro tinha chegado, juntamente com o início das aulas. Gina estava empolgada com a situação que a esperava, como também o reencontro com seus irmãos e principalmente Draco. Ele a escreveu dando os parabéns quando soube pelo seu padrinho que ela tinha conseguido ingressar no segundo ano.

 

Seus longos devaneios foram interrompidos pela voz de seu pai, que batia a porta, pedindo se ela já estava pronta.

 

– Estou sim! – Abriu a porta e desceu a escadaria juntamente com ele até a sala de estar, onde Jenny estava.

 

– Boa sorte, minha neta! Espero que fique na Sonserina.

 

– Obrigada, Vovó! – Abraçou a velha senhora ternamente.

 

– Não se preocupe mãe, tenho certeza que ela ficará na minha casa. Andei conversando com aquele chapéu seletor – Falou sério.

 

– Ótimo! Creio que você tem que ir. O trem saí daqui a pouco – Lembrou a matriarca.

 

– A Virgínia não vai de trem, ela vai via flú comigo – Confessou secamente.

 

– Papai eu queria ir de trem, lá eu iria ver Draco e meus irmãos – Protestou à ruiva.

 

– Não sei se você vai gostar de ver seus irmãos, eles com certeza iriam falar mal de mim – Alegou o mestre de poções.

 

– Eu prometi ao Draco que o veria no trem! – Cruzou os braços.

 

– Você poderá vê-lo todos os dias, já que você vai ficar na mesma casa que ele! Não tente minha paciência, Gina! – Sussurrou friamente.

 

– Está bem, vamos então – Concordou, não querendo afrontar mais ainda seu pai.

 

– E mais uma coisa, durante as aulas me chame de "Professor Snape", depois quando terminarem pode me chamar de "pai" – Instruiu cuidadosamente.

 

– Sim, eu farei o que me pede. Podemos ir, não quero chegar atrasada na minha seleção – Respondeu transparecendo um pouco de irritação. Esse gesto deixou o patriarca surpreso, pois sua herdeira era mais parecida com ele do que imaginava.

 

– Venha comigo – Pegou na mão da garota e a conduziu até a lareira, com a outra mão jogou o pó de flú na lareira – Hogwarts, Sonserina.

 

No minuto seguinte, ambos estavam diante do salão comunal da Sonserina. Gina apenas ficou olhando tudo com muito cuidado, estava admirada com o requinte do local. Severus ao ver o olhar de contemplação de sua filha, deu meio-sorriso, sabia que ela iria gostar dali.

 

– Vai ser aqui que você vai ficar após a seleção.

 

– Aqui é muito bonito! Como você tem tanta certeza que vou ser selecionada para esta casa? – Inquiriu curiosa.

 

– Você é uma Snape, e seu gênio é parecido com o meu. Preciso enumerar mais adjetivos? – Indagou divertido.

 

– Não. Onde você permanece durante a noite?

 

– Me siga!

 

Enquanto isso, o trem chegava ao seu destino deixando os alunos perto do colégio. Hagrid e Argo Filc estavam à espera deles para os conduzirem ao grande salão comunal. Draco, como sempre, acompanhado de Crable e Goyle. No outro lado, o trio inseparável cruzava os portões da escola e subia as escadarias, juntamente com os novatos e veteranos.

 

– Aonde será que está minha irmã? – Cochichou o ruivo para seu amigo, Harry.

 

– Ela deve ter vindo antes com o Snape.

 

– Ainda não acredito que aquele seboso é pai da minha irmã, como ela é azarada! – Resmungou Rony incrédulo.

 

Eles estavam tão absorvidos pela conversa que não repararam que um garoto de olhos cinzentos acompanhava atentamente o que tinham dito. Somente o notaram quando este se intrometeu.

 

– Acorda! Weasley! Quem é azarado nessa história é você, pelo menos sua irmã não precisa usar roupas de segunda mão e tem um pai que pode bancar as coisas para ela – Falou debochado, provocando risadas de seus colegas sonserinos que o acompanhavam.

 

– Ora! Malfoy nojento, eu lhe quebro a cara – Tentou pegar o loiro pelo colarinho da roupa, mas fora segurado por Minerva.

 

– O que é isso? Nada de brigas aqui! – Sussurrou a bruxa da grifinória.

 

– Nos vemos por aí! – O sonserino declarou, antes de entrar no grande salão e sentar à mesa de sua casa, que já estava cheia.

 

Harry, Hermione e Rony acompanharam a diretora da Grifinória até sua respectiva mesa, sentaram-se emburrados pelo ocorrido e ficaram procurando Gina por todos os cantos. De repente a ruiva apareceu acompanhada por seu pai e por outros novos alunos que seriam selecionados pelo chapéu seletor, McGonagall, como sempre estava junto.

 

– Fique tranqüilo Ron, a sua irmã não vai ser selecionada na casa daquelas cobras – A menina de madeixas castanhas tentava acalmar seu amigo.

 

– Não sei Hermione! Estou com um mau pressentimento.

 

– Rony, tudo vai dar certo. Ela não pode ter mudado tanto no pouco tempo que ficou com ele – O menino que sobreviveu tentou suavizar o clima tenso.

 

– Desde pequena ela era diferente de nós – Filosofou Fred.

 

– Talvez tenha saído igual ao morcegão ali, nesse caso ela vai ficar na sonserina – Complementou Jorge.

 

– Vocês querem ficar calados! – Se alterou o ruivo mais novo.

 

Nesse momento da discussão, os alunos começaram a serem chamados para a seleção, até chegar à vez de Virgínia que sorriu meio-nervosa e olhou para Draco, que lhe deu uma piscadela. Aproximou-se do banquinho, sentou-se e esperou o chapéu ser colocado em sua cabeça.

 

– Humm, é inteligente, astuta e quer ter poder e além do mais é uma Snape, quem diria, o nosso mestre de poções tem uma filha – Murmurou o chapéu surpreso – Não tenho nenhuma dúvida em lhe colocar na SONSERINA! – Gritou a última palavra. Arrancando aplausos da mesa dos sonserinos e um breve sorriso de seu pai.

 

Gina após sua seleção foi até a mesa de sua casa e Draco levantou-se e deu-lhe um abraço demorado, para em seguida dar espaço para a ruiva sentar ao seu lado. Rony acompanhava tudo vermelho de raiva, não podia crer que sua irmã estava sendo abraçada por um Malfoy. Quando o jantar acabasse iria ter uma conversa com ela.

 

– Não disse que você iria vir para a nossa casa! Só acho que seu querido irmão pobretão não gostou – Comentou o loiro.

 

– Realmente ele está mais vermelho que um tomate – Concordou sorrindo.

 

– Vamos estudar juntos. Seu irmão já sabe disso? Que você conseguiu pular um ano? – Questionou curioso.

 

– Não sabe, nem imagino como vai ser a reação dele.

 

– Interessante, acho melhor você falar algo, ele está vindo para cá – Cruzou os braços.

 

– Eu não acredito nisso, o que será que ele quer? – Bufou, vendo seu irmão ficar diante dela.

 

– Gina, que decepção! Como que você pode abraçar esse aí? – Apontou raivoso – Já basta à mamãe ter tido um caso com seboso do Snape e agora você é selecionada para a imunda da sonserina.

 

– Cale a boca! O Snape é meu pai, não se refira a ele desse jeito! Minha casa é tão digna quanto a sua. Agora saía daqui! – Gritou chamando atenção de Severus que levantou da mesa dos professores e se aproximou de onde ela estava.

 

– Dê o fora, pobretão! Sua irmã é uma garota inteligente e digna de estar aqui!– Malfoy rosnou.

 

– Você não manda em mim, seu cretino!

 

– O que está acontecendo aqui? – Sibilou friamente o professor de poções.

 

– Ele está incomodando Virgínia e lhe ofendeu, senhor. A senhorita Snape estava apenas lhe defendendo – Respondeu Draco.

 

– É mesmo, senhor Malfoy? – Interrogou olhando feio para Rony.

 

– Sim, senhor!

 

– Vinte pontos a menos para a Grifinória e volte para seu lugar, senão tirarei mais vinte pontos e darei uma detenção.

 

O ruivo imediatamente voltou a sua mesa sem reclamar, pois não queria ser punido e perder mais pontos para sua casa. O jantar transcorreu normal, sem mais nenhuma briga.

 

Depois de terem acabado a refeição. Todos os alunos foram conduzidos até seus quartos. Gina fora até o salão comunal da sonserina conversando com seu novo amigo sobre como foi às férias, e detalhou a prova que teve que fazer para ser aceita no segundo ano.

 

Draco sorria ao ouvir a narração dela, pelo menos agora teria uma companhia ao seu nível de inteligência. A ajudaria a se adaptar ao ritmo das aulas e seria seu amigo.

 

Na manhã seguinte, Gina acordou cedo, com os primeiros raios de sol que apareciam no horizonte, sendo assim a primeira a acordar no dormitório. Aproveitou esse fato para ir tomar um banho demorado e se vestir para descer até o salão da Sonserina à espera do horário do café da manhã e para ver Malfoy.

 

Nesse mesmo instante, um menino de madeixas loiras saía do banho, vestia sua melhor roupa e se olhava no espelho para conferir seu visual. Não demorou muito para abrir a porta que dava à escadaria que levava a sala comunal e descer. Sempre se sentira sozinho nesse horário, pois dificilmente alguém acordava cedo assim. Gostaria muito que a filha de seu padrinho tivesse esse mesmo hábito para lhe fazer companhia, pensou enquanto descia. Ao chegar perto do sofá se defrontou com a ruiva de cabeça baixa lendo um livro, então um sorriso no canto da boca brotou na sua face.

 

– Que boa surpresa! – Falou antes de sentar no lado da jovem Snape.

 

– Ah! Não me diga que levanta tão cedo desse jeito, como eu? – Sorriu encantada com a situação.

 

– Sim, gosto desse horário, porque posso fazer coisas que não poderia na presença dos outros – Explicou.

 

– Posso saber o quê? – Pediu curiosa.

 

– Pode sim, gosto de ler sossegado, porém ás vezes é um tédio não ter uma pessoa ao nível de inteligência para conversar.

 

– Entendo, e eu me encaixo nesse requisito? – Fechou o livro e o encarou.

 

– Você não sabe o quanto! – Respondeu deixando a ruiva corada.

 

– Qual vão ser as duas primeiras aulas hoje? Poções, não?

 

– Sim, vai ser poções. Você vai ver que legal, o seu pai humilhando os grifinórios e tirando ponto deles. A propósito, o Weasley vai saber hoje que você vai estudar com a gente, quero só ver sua reação – Comentou com ar maldoso no rosto.

 

– Espero que ele não dê outro escândalo! – Confessou.

 

De repente o diálogo entre os dois fora interrompido por alguns colegas de casa que começaram a descer as escadarias e a encher a sala, deixando a dupla que conversava sem mais liberdades para comentar o que queriam. Não demorou muito para rumarem até o salão comunal para comerem a primeira refeição do dia. Gina viu seu irmão de longe a observando, porém não deu muita bola e continuou a conversar com Draco.

 

No final do café da manhã, os alunos levantarem-se e foram até suas salas de aula. Virgínia acompanhou seu amigo até as masmorras, onde teriam as duas primeiras aulas. Logo atrás deles vinham Rony, Hermione e Harry, cochichando sobre o estranho fato de Gina não ir junto com o pessoal do primeiro ano até sua sala e sim acompanhar Malfoy até o segundo ano.

 

Adentraram rapidamente na sala sombria e sentaram-se em dupla. Após alguns minutos, o professor entrou bruscamente no lugar. A ruiva que não era acostumada a isso, levou um susto e Draco segurou sua mão. Esse gesto deixou seu irmão que presenciou a cena, raivoso.

 

– Bem, abram seus livros na página duzentos, leiam e depois faremos a poção da juventude provisória – Rosnou, quando viu Granger levantar a mão.

 

– O que foi? Está com dúvida sabe-tudo? – Inquiriu sarcástico.

 

– Senhor! Eu acho que a irmã de Rony está na sala errada, ela não deveria estar no primeiro ano?

 

– Não! Ela está no lugar certo – Sibilou friamente.

 

– Mas como? Se ela recém entrou no colégio – Bradou o ruivo.

 

– A Senhorita Snape é muito inteligente, por isso passou numa prova especial e tem todo direito de estar aqui. Não quero mais nenhuma pergunta! Pela interrupção idiota de vocês vou tirar quinze pontos da grifinória – Cruzou os braços e estreitou os olhos.

 

A aula transcorreu bem, até começarem as disputas para responder as perguntas feitas por Snape sobre a poção que iriam fazer. Draco como sempre ficava provocando Harry e Hermione levantava o braço insistente para ganhar pontos para sua casa.

 

– Qual é a utilidade da poção da juventude provisória? – Olhou envolta para ver quem se oferecia para responder. Ficou muito satisfeito ao ver sua herdeira levantando o braço – Sim, Senhorita Snape.

 

– Serve para deixar uma bruxa ou um bruxo jovem por um determinado tempo, de no máximo quatro dias, é muito usado por bruxas quando vão a festas.

 

– Muito bem, vinte pontos para a sonserina.

 

E assim, transcorreu a aula, Gina e Hermione disputando, quem sabia mais, e não fora apenas nessa matéria, em todas as disciplinas a garota continuou competindo com a bruxa nascida trouxa. Esse fato agradou Severus que deu alguns presentes para a filha em compensação pelo seu esforço, por ter ganhado pontos para a Sonserina.

 

Draco e Virgínia começaram a estudar cada vez mais juntos, os dois viviam sentados à beira da lagoa da lula gigante, conversando e rindo de alguns grifinórios e zombando das reações da Granger quando não conseguia acompanhar a ruiva no raciocínio.

 

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Continua

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Notas finais do capítulo

N/A: Muito obrigado a todos que estão acompanhando a minha fic. Por favor, me deixem comentários me dizendo o que estão achando da minha fic. Bjs!



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