Preço do Amanhã escrita por Cristabel Fraser, Sany


Capítulo 10
A Drop In The Ocean


Notas iniciais do capítulo

Boa noite tributos rss, é com muito carinho que venho postar mais um capítulo de PA pra vocês e em especial as queridas Viviane Eve e a Vanessa Santiago, minhas lindas dedicamos este capítulo de hoje a vocês. Agradecemos a linda recomendação que nos ofertaram. Obrigada mesmo pelo carinho e também agradecemos as demais que vem dando todo o apoio a fic e a nós autoras, queríamos poder postar todo FDS, mas temos rotinas, então por enquanto terá que ser, como está, de 15 em 15 dias. Vamos ver o que acham do capítulo de hoje...

Boa leitura.



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Uma gota no oceano,

Uma mudança no tempo,

Eu estava rezando,

Para que você e eu,

Pudéssemos ficar juntos,

É como desejar a chuva,

Enquanto eu estou no meio do deserto,

Mas estou te segurando,

Mais perto do que nunca,

Porque você é meu paraíso...

...Na maioria das noites quase não dormi,

Não pegue de mim,

O que você não precisa...

...O paraíso não parece mais,

Estar longe, não agora,

O paraíso não parece estar longe,

O paraíso não parece mais,

...Porque você é meu paraíso,

Você é meu paraíso.

 

(A Drop In The Ocean - Ron Pope)

 

Pov Peeta

Imagens desconexas invadem minha mente. A princípio não fazia ideia em que lugar eu me encontrava, mas quando forcei minha visão notei que era o quarto, no Centro dos Tributos, estava me arrumando para a entrevista. Mas...não é qualquer entrevista é a minha primeira antes dos primeiros Jogos. Não compreendo o porquê de estar aqui. Imagens da Katniss ao meu lado e girando no palco, conseguindo a atenção e encanto do público passam como um flash. Sei que tenho que protegê-la, ela precisa voltar pra casa.

Após a entrevista e a grande revelação de que era apaixonado por Katniss Everdeen, ela fica extremamente irada comigo e ao me empurrar e o vaso machucar minhas mãos, me insulta de uma maneira que nunca imaginei A raiva em seu olhar me machuca, ter meu amor não pode ser tão ruim, pode?

— Me fez parecer fraca! Eu nunca amaria você. Nem aqui e nem em outra vida.

A dor causada por aquelas palavras é imensa e me quebra um pouco mais. O que eu podia dizer naquele momento? Seus olhos demonstravam desprezo. E não há nada que possa fazer, não posso obriga-la a me amar, e mesmo que pudesse não o faria. Não voltarei daquela arena, sei que minha morte foi decretada no momento em que meu nome foi sorteado.

De repente a cena muda e a vejo chorando com desespero. Sobrevivemos aos Jogos, estamos juntos, mas sei que tudo é um teatro. Katniss não me ama, sente carinho, nada mais. Vejo a dor que sente, os pesadelos que a assombram. Quero me aproximar e abraça-la, mas como se tenho receio dela me querer longe.

— O que aconteceu? Por que está assim? – Foi meu questionamento para seu estado.

— Oh, Peeta... não posso falar pra você... é horrível e... – Ela treme e isso me desespera, então me aproximo dela e a tomo em meus braços e começa a chorar ainda mais.

— Shhh... estou aqui. Não se preocupe com mais nada. – Tento acalmá-la, mas parece que não consigo isso. Inútil, imprestável, as palavras que tantas vezes ouvi de minha mãe fazem todo sentido agora. Não sirvo pra nada, não sirvo para Katniss, nunca serei o suficiente para ela.

— Cuide da Prim e da minha mãe. Elas não têm ninguém... – suspira profundamente e lamenta. – Eu sinto muito, Peeta... sinto por tudo o que te fiz passar... – Então aproxima seus lábios dos meus e me beija. Sinto o sabor de suas lágrimas. – Mas não posso te amar... ninguém pode te amar... você não devia estar aqui.

Como se acabasse de submergir das profundezas das águas, abro os olhos e noto a escuridão. Passo as mãos pelos meus cabelos e noto que estão um tanto úmidos. Viro a cabeça para o lado e lá está ela, dormindo profundamente. Percebo que tudo não passou de um sonho ruim e confuso. Meu coração está acelerado, mas posso sentir as batidas começarem a bater no ritmo normal. Katniss está ao meu lado, está bem e a salva.

O que ela tinha feito de tão culposo, que pediu para que eu cuidasse de sua família? Para onde estava indo? Sacudo a cabeça tentando espantar as imagens, foi apenas um sonho.

Sabendo que não conseguirei voltar a dormir. Levanto com cuidado para não atrapalhar seu sono e caminho até meu ateliê - meu pequeno espaço onde perco a noção do tempo e esqueço de quase tudo - ali onde sempre vejo um pedacinho do céu e onde me perco retratando ela na maioria das vezes. Sempre que tenho um pesadelo, ou não consigo dormir coloco para fora as imagens que invadem minha mente, me ajuda a aliviar a tensão. E, é exatamente o que faço. Não sei por quanto tempo faço isso, até escutar passos apressados e uma Katniss ofegante se materializar em meu campo de visão.

Ela nunca vem até aqui e posso perceber a surpresa em seus olhos enquanto percorrem a tela onde há pouco pintava. Em seguida olha as demais telas e sua imagem está estampada em praticamente todas. Quando pergunto como está, se aconteceu alguma coisa, ou se teve um pesadelo, pois é exatamente isso que parece, ela pronuncia meu nome em um sussurro e me abraça. Só de tê-la em meus braços sinto um alívio inexplicável que sinto sempre que está próxima. Alguns segundo depois ela se afasta e me olha de um jeito terno e quando vou perguntar se está bem, avança para frente me beijando. Mas não é qualquer beijo, é um beijo mais intenso que começa a despertar em mim o que venho tentando segurar há muito tempo. Correspondo seu ato beijando com a mesma intensidade.

Nunca me permiti imaginar que ela sentia essa necessidade por mim. E em meio ao beijo entramos em uma área desconhecida. Meu irmão tinha conversado muito comigo sobre isto e sinceramente passei a imaginar como seria estar com ela desta maneira há muito tempo. O que não imaginei era que seria aqui e agora. Senti receio em tocá-la e tomar a iniciativa, mas seu pedido e a necessidade que precisava de mim, fez com que eu tomasse estremo cuidado em amá-la.

Sei que depois desta noite, depois de tê-la assim tão próxima e tão intimamente me viciaria ainda mais por ela facilmente, mas se tratando dela sei que tenho que esperar, dar espaço.

— Eu amo você, Katniss. – Não pude deixar de expressar meus sentimentos. Tudo que senti durante anos se intensificou nessa madrugada. Em resposta senti seus lábios beijarem delicadamente meu ombro e entendi que mesmo não me respondendo igualmente, só o fato de ter se entregado a mim como acabou de fazer mostra que também sente algo.

Me desencaixo com cuidado e deito de modo que, silenciosamente se aconchega a mim, deita a cabeça sobre meu peito e sua mão pousa sobre a minha. Puxo um lençol que se encontra próximo ao encosto e abro nos cobrindo.

Como estamos cansados o sono não demora a vir.

→←→←→←

Abro os olhos com certa dificuldade. Os raios do sol atravessam a vidraça da claraboia e pela altura do sol, não é tão cedo. Katniss se encontra mais aconchegada a mim e sua respiração é tranquila. Mexo minha cabeça para o lado afim de observá-la e uma mexa de seu cabelo se encontra sobre o rosto. E ali em meio a várias versões que pintei dela, vejo que nenhuma poderia retratar tamanha beleza.

As imagens da madrugada invadem minha mente e não tem como não sorrir com este pensamento. Tê-la como minha mulher de verdade foi a experiência mais incrível que tive na vida. Ela foi espontânea e parecia sentir tantas sensações durante nosso momento que, pensei em como seria bom se, a partir de agora pudéssemos viver um casamento de verdade. Provar ao presidente que não tem o porquê nos ameaçar. Pensar que ela pode vir a me amar um dia, que sente algo e que apesar de tudo podemos ser felizes juntos é mais do que um dia pude imaginar. Sinto a felicidade invadir meu peito como há muito não acontecia. Ter Katniss a noite passada entre meus braços, é a realização de um sonho, um sonho ousado que vinha se distanciando aos poucos, da nossa realidade, mas que agora parecia mais próximo.

Mas, e as outras famílias, como ficariam? Os Jogos Vorazes continuariam rolando. Mais crianças inocentes continuariam participando dessa doentia competição de perto e tanto Katniss quanto eu, não poderíamos fazer nada a não ser tentar trazer um deles de volta para casa. Tornar nosso casamento real só ajudaria a atravessarmos este circo de horrores em que entramos. Tento afastar estes pensamentos e institivamente retiro com cuidado a mexa de seu cabelo que lhe atrapalha. Procuro aproveitar ao máximo este momento. Aos poucos ela se mexe e também abre os olhos com dificuldade. 

— Oi. – Com a voz enrouquecida e um tanto baixa me salda.

— Oi. – tento aproximar nossos lábios e se esquiva aparentando confusão. Seu olhar é um tanto constrangido.

— Oh, meu Deus Peeta! – Exclama baixinho e vejo a coloração tomar conta de seu rosto. – Aconteceu mesmo?

— Não se preocupe... – Katniss puxa o lençol, para cobrir seus seios, que escorregou ao forçar o corpo a se sentar e não comento que me lembro de cada curva de seu corpo. – Não precisamos falar sobre isso agora. – Tento explicar de uma maneira que não se constranja ainda mais.

— Eu... – Ela coloca o cabelo atrás da orelha e acabo me sentando também.

— Tá legal, se não quiser que façamos mais isso, eu vou entender... – assente com a cabeça e morde os lábios.

— Eu...eu... preciso... – fecha os olhos e franze a testa e passo minha mão sobre a pele de seu rosto.

— Tudo bem, entendi. Precisa se levantar. – Eu até queria rir de seu jeito atrapalhado, mas procurei entende-la, sabia que precisava de um tempo só dela, sabia que iria negar o que tinha acontecido e que em breve encontraria uma desculpa para o que aconteceu, pedira para esquecermos. – Sempre que precisar, estarei aqui. – talvez dizer isso só deixe claro o quanto era extremamente louco por ela, o quanto poderia parecer tolice me manter disponível sempre. Mas essa era a realidade, amava tanto Katniss que independe de ser tolice, de não ser correspondido estarei aqui para ela sempre.

— Obrigada. Posso me levantar com o lençol? – Em tom sem graça me questiona.

— Claro, vou recolher minhas roupas e descer para preparar o café. – novamente assente com a cabeça e envolve o lençol de modo que lhe tampa por inteiro. Katniss recolhe ligeiramente sua roupa que se encontrava no chão e sai. Acabo rindo sozinho com seu constrangimento. Me levanto e recolho minhas roupas e vou em direção ao banheiro social.

→←→←→←

As semanas correm e Katniss continua contida. É possível notar que ela tenta não se afastar, mas isso acontece inevitavelmente. Sei que está com vergonha do que aconteceu e que não quer falar sobre o assunto. Penso várias vezes em abordar o assunto, mas sei que seria pior, então, tento manter as coisas o mais normal possível embora as lembranças daquela noite estejam nítidas em minha mente e deseje que ela possa se repedir todos os dias. Como sempre dou espaço a ela e deixo que sinta a liberdade de conversar quando quiser.

O engraçado é o tempo que leva fora de casa. Quando não está na casa de sua mãe, está com Haymitch, ou na floresta caçando e recolhendo plantas medicinais. Ela sempre vai dormir bem depois que me deito ou muito antes, sei que ainda tem pesadelos, mas sempre que acorda assustada se mantem afastada.

No jantar tento puxar algum assunto, como do tipo que eu gostaria de conhecer o lago que tanto escutei Prim comentar que o pai a ensinou a nadar, mas parece adiar isso, sei que ela só não quer ficar sozinha comigo por tempo demais.

— Sei que sou péssimo ao caminhar na floresta e com essa prótese não parece boa ideia, né? Desculpe-me, foi idiotice pensar que podia ir até lá – eu falava como um tagarela que nem percebi a carranca a qual me encarava. – O que foi?

— Nunca mais diga isso. – De alguma forma ela parece nervosa.

— Dizer o que, Katniss?

— A forma como disse que, com a prótese é pior ainda, na questão de fazer barulho na floresta. Sinto-me culpada por isso e nem sei o que...

— Ei! – A corto pousando minha mão sobre a sua que havia abandonado os talheres, de repente ela estava começando a surtar e não queria isso. – Já disse que se não fosse aquele torniquete que fez, eu nem aqui estaria mais.

Ela não parece convencida, então levo sua mão até meus lábios e deposito um suave beijo.

— Tudo bem, qualquer dia te levo até lá.

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Katniss não marcou ainda um dia para irmos até o lago e procuro não ficar ansioso quanto a isso. Vejo como uma oportunidade de fazer as coisas entre nós voltarem ao normal.

Mais um mês se passa e fico cada vez mais envolvido com meu pai na padaria. Sei que olhando por um lado não preciso trabalhar, pois a quantia que recebo do governo cobre todas as despesas, mas gosto de ajudar meu pai. Quando estamos juntos ele conversa bastante comigo e ainda tem o habito de me contar histórias antigas. Esdras também é uma presença constante e sempre gostei da companhia dele, que de alguma forma está cada dia mais dedicado ao trabalho na padaria. Sei que é por Delly e fico feliz em ver o bem que minha amiga faz a ele. Não que costumasse ser irresponsável, contudo agora sinto que tem um motivo para não desistir de nada, um motivo para lutar a cada instante. Ainda não comentei nada do que aconteceu entrei eu e Katniss. Penso que na hora certa irei contar.

Ao retornar para casa lá estava Katniss, de banho tomado e cheirosa com nosso jantar sobre a mesa. Sempre reclama que não é boa com isso, mas desde que Mary ensinou alguns pratos tem se saído muito bem no preparo e sei que é a forma dela de tentar se reaproximar, a forma de dizer que quer voltar ao que tínhamos antes.

Fui até ela e perguntei curioso o que tinha no cardápio.

— Frango assado com batatas, salada de legumes ao vapor e creme de milho. Espero que goste, pelo menos tentei seguir todas as dicas que Mary me ensinou. – diz toda sem jeito e minha vontade e de abraçar e beijá-la. Dizer que tudo estará perfeito, mas ao invés disso, digo:

— Pelo cheiro tudo deve estar uma delícia, mas será que dá tempo de tomar um banho rápido? Estou cheirando a coberturas de glacê dentre outros doces. – Ela sorri e assente.

Rapidamente me arrumo e quando me sento à mesa é quase impossível não demonstrar o quanto estou faminto. Tudo, exatamente tudo que preparou estava perfeito. O difícil foi parar de comer, mas me lembrei de que quando estávamos na arena e comemos com vontade quase passamos mal depois, então me limito a apenas repetir uma vez e com moderação.

— O que achou? – Está apreensiva, mas pudera desde que sentei para comer quase não troquei uma palavra com ela.

— Está tudo perfeito, Katniss. Adorei e meus parabéns você é uma perfeita cozinheira.

— Exagerado.

— Não é sério, está tudo muito saboroso. Não é todos que conseguem deixar o frango assado no ponto certo – comento lembrando quando comia esse prato em casa. – Minha mãe nunca conseguiu deixar no ponto. Geralmente meu pai via isso, pois ou ela deixava passar ou ficava com aquela aparência branca, sabe...?

— Tudo bem, fico feliz que tenha gostado. Vou separar em uma vasilha um pouco de cada prato que preparei e levar para o Haymitch, nem sei como ele deve estar, já faz uns três dias que não vou lá visita-lo. – fala de forma prática e rápida.

— Posso ir com você?

— Claro.

→←→←→←

Mais alguns dias haviam se passado e estávamos voltando a nossa normalidade, mas Katniss andava muito estranha. A colheita estava chegando e não pude deixar de associar essa mudança de comportamento à chegada de mais uma edição dos Jogos. Prim estaria mais uma vez na colheita, sem contar que teríamos que voltar a Capital como mentores em alguns dias.

— Katniss? Está se sentindo bem? – Bato levemente na porta do banheiro, de uns dias para cá todas as manhãs tem sido a mesma reação. Ela acorda com embrulho no estômago e corre para o banheiro e vomita a bile, pois nem é preciso ingerir nada para que isso aconteça.

— Não se atrase por mim, Peeta. Vou ficar bem. – Ela destranca a porta e passa rapidamente por mim voltando a se deitar. A pele esta pálida e começo a cogitar que esteja ficando gripada novamente.

— Eu posso ficar aqui com você. Ligo para meu pai e...

— Seu pai está cheio de encomendas. Vi a lista que você trouxe na semana passada. Não se preocupe ficarei bem. – Caminho até a cama e deito de frente para ela e acaricio seus cabelos.

— Talvez fosse bom procurar um médico, algumas pessoas que pegaram a gripe tiveram uma recaída depois, talvez seja o caso – ela revira os olhos, como se o que acabasse de dizer fosse exagero.

— Não é nada Peeta, provavelmente algo que comi e não fez bem. Estou bem.

— Talvez você pudesse permanecer aqui. Haymitch pode ir comigo esse ano. – Sugiro referente aos Jogos, provavelmente o presidente diria não a um pedido assim, obviamente queria que Katniss e eu estivéssemos como mentores novamente, mas involuntariamente comecei a pensar em possibilidades para que ela não precisasse ir.

— O presidente nunca permitiria isso, ele vai nos querer em frente às câmeras novamente. É melhor você ir, seu pai precisa de ajuda. – diz esboçando um fraco sorriso.

— Qualquer coisa me liga. – peço antes de sair com a sensação de que não era certo deixa-la sozinha. A lembrança de como ficou nos Jogos anteriores vem em minha mente, não seria fácil, mas passaríamos por isso de novo. Juntos.


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Notas finais do capítulo

E o que acharam? Katniss sendo Katniss, mas deem um descontinho, surpresas e mais surpresas estão por vir, fiquem ligadinhos que próximo capítulo PROMETE. Rss... beijinhos, mais uma vez obrigada pela interação e retorno de vocês. Sany e eu estamos simplesmente felizes. Cada comentário é lido com muito carinho e respondemos sempre que temos uma brechinha, ok? Tenham todos uma ótima semana.

PS. Não deixem de nos visitar na coletânea, ok? Link aqui embaixo...

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