Preço do Amanhã escrita por Cristabel Fraser, Sany


Capítulo 1
Someday


Notas iniciais do capítulo

BEL- Boa noiteeeeee cá estamos a linda Sany e eu a Bel com aquele tipico frio na barriga em lançar um novo projeto e bem, aproveitando que hoje faz exatamente dois anos que estou no nyah e PA está sendo aquele enredo de sonho realizado, clichê eu sei, mas é isso kkkkk. Bem, sejam mais que bem-vindo e embarquem nesse universo que amamos, terá novos acontecimentos...para mim é um prazer ter essa fic compartilhada com a Sany essa garota extraordinária do bem e cheia de ótimas ideias. Aqui está um recadinho dela...

SANY - Ano novo fic nova... E eu praticamente invadi a fic da Bel kkkkkk. Quando a Bel falou sobre esse enredo foi paixão imediata e não preciso nem dizer o quanto feliz fiquei quando fui convidada a participar desse projeto. Estou na torcida para que vocês gostem de ler tanto quanto estamos gostando de escrever.
Espero que gostem do capítulo...



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Como diabos nós fomos terminar desse jeito?

Por que nós não fomos capazes de ver os sinais que perdemos

E tentar "virar o jogo"?...

... Algum dia, de alguma forma

Vou fazer com que tudo fique bem, mas não agora

Eu sei que você está se perguntando quando...

... Bem, eu espero que já que estamos aqui

Que nos poderíamos terminar dizendo

Coisas que nós sempre precisamos dizer

Então poderíamos acabar ficando

Agora a história é contada assim

Exatamente como uma novela

Vamos reescrevê-la com um final apropriado

Em vez de um horror de Hollywood...

...Algum dia, de alguma forma

Vou fazer com que tudo fique bem, mas não agora...

(Someday – Nickelback)

 

 

Uma última vez para o público?

 

Nunca de fato, era a última vez. Sempre teria mais um beijo. Outro sorriso. Uma foto a mais. Aquele teatro não teria fim. Ele sempre parecia tão sincero, mas eu sabia que não podia lhe dar esperanças de um futuro comigo. Eu mesma não entendia o que estava acontecendo. Os acontecimentos recentes não me permitiram pensar direito no que realmente sentia por ele. Tudo aconteceu tão rápido. Entramos na arena como inimigos, lutando cada um por sua própria sobrevivência, pelo menos era o que eu achava. Então, o jogo havia mudado, nos aliamos e em pouco tempo passei a lutar pela vida dele, tanto quanto lutava pela minha.

A ideia das amoras, foi totalmente impensada, uma loucura, um ato de desespero em meio a injustiça que estavam fazendo conosco. Eu havia lutado tanto para mantê-lo vivo, não era justo. Porém, era uma questão de justiça, não de amor, pelo menos não da minha parte. Foi só depois que, notei que ele não sabia de nada. Para ele era real. A verdade o magoou, eu sei, mas não havia o que fazer.

Ele me amava e tinha lutado por mim o tempo inteiro, tentando me manter viva, me protegendo. Os jogos foram uma confusão. Um espetáculo para o público. Já para mim, foi uma verdadeira batalha, onde não sabia o que era real; e o que não era. Apesar de tudo, ele não pareceu zangado quando segurou minha mão – o que na minha opinião foi pior – talvez não fosse certo. Ainda assim, segurei firme seus dedos entrelaçados aos meus, abominando o momento em que teria que soltá-lo.

Algumas semanas longe das câmeras e nossa relação não era nem de perto das melhores. Mas a visita inesperada do presidente, foi um lembrete, suficiente para que eu soubesse, que nosso romance não poderia acabar. Não quando os murmúrios nos distritos, não estavam agradando em nada o governo. Não quando, a população da Capital, ainda nos via como um lindo casal feliz. Eu não tinha mais escolha. Não quando as pessoas que amava, estavam em perigo, o show tinha que continuar.

Depois disso, veio a Turnê da Vitória e com ela as câmeras, e mais uma vez ele se mostrou uma pessoa melhor do que eu e me pediu – mesmo não merecendo – para sermos amigos. Disse a ele que não era muito boa com amigos, mas Peeta, como sempre, vê o melhor nas pessoas insistiu. Então, acabamos deixando nossas diferenças de lado. Isso foi bom, me ajudou bastante a lidar com o medo que vinha sentindo, desde o dia que o presidente Snow veio até minha casa e me disse para convencê-lo do meu amor por Peeta.

Tudo ocorreu rápido demais. Gale se sentia no fogo cruzado. Ele demostrara sentimentos e atitudes que nunca pensei, que existisse por trás de nossa amizade. Isso me incomodava e muito, pois, namoro, casamento e filhos estavam fora do padrão que eu tinha planejado em minha mente. Mas isso não durou por muito tempo.

A turnê foi suficiente para que, enfim, entendesse algo que Haymitch vinha tentando sutilmente me dizer. Eu não tinha mais escolha sobre minhas ações. Peeta e eu sempre seríamos fantoches na mão da Capital. Teríamos que ser sempre o casal perfeito. Nosso “amor” nunca poderia acabar. Um pedido de casamento em rede nacional, era o mínimo, e nem de longe convenceu o presidente Snow dos meus sentimentos pelo Peeta.

Ainda consigo me lembrar de cada palavra dita na biblioteca da mansão presidencial.

— Minha cara, senhorita Everdeen, acha que todos os distritos estão mesmo, acreditando nesse seu joguinho tolo? – Estou petrificada o suficiente para não pronunciar coisa alguma, então, ele prossegue: — Inocência sua pensar assim. Mas talvez, Caesar esteja certo, e eu tenha que formular uma nova lei para incentivar sua mãe, a permitir que esse casamento aconteça antes dos trinta. Aliás, por que não pensarmos em algo mais rápido? Algo para este ano, assim que completar dezessete? O que acha? – Ele levanta a questão, meneando a cabeça de um lado para o outro.

— Estou noiva, não estou? – Como se não bastasse, um nó se forma em minha garganta. Infelizmente Peeta não está aqui ao meu lado. E, mais uma vez, encaro o “bom” presidente sozinha.

— Claro que está. – Ele ri de forma conspiratória. — Mas reafirmo que, antes de tudo, devemos pedir a benção de sua mãe.

— Sim, e devo dizer que ela se alegrará por mim – digo, num tom um tanto sarcástico.

— Tenho certeza disso. Assim como tenho certeza de que, a senhorita vai fazer questão de se encarregar pessoalmente, para que ela fique muito animada com seu casamento.

— Quero fazer uma pergunta – ele assente. — Quando nos casarmos, como ficarão nossas famílias? Minha mãe e irmã, não tem para onde ir.

— Não se preocupe com isso. Abrirei uma exceção para vocês. A casa que estão agora, é sua, então elas podem continuar lá, e após o casamento a senhorita pode se mudar para casa do Sr. Mellark. – Claro que, eu me mudarei, já que, a família do Peeta tem uma casa no centro. Não há necessidade de morarem com ele.

A imagem de estar casada e morando sozinha, debaixo do mesmo teto que Peeta, me assombrava em certo aspecto, mas logo me lembro de que ele, acima de suas qualidades, também é um jovem de muito respeito.

— Obrigada por isso. – Sorrio de forma teatral, mas tento transmitir gratidão junto.

— Farei qualquer coisa para ver a paz, reinar novamente em Panem, desde seu fiasco com as amoras.

Ah! Claro, as amoras. Ele nunca irá se esquecer disso, até eu mesma, o convencer.

— Sinto muito por aquilo, mas como disse na entrevista naquela manhã, não suporto a ideia de viver sem ele.

— Isso é tão profundo, vindo de uma garota que está interessada em outro. – Sinto um frio correr pela minha espinha.

— Com todo respeito presidente Snow, não tenho contato com outro, além do meu noivo. – Aliso meu anel de noivado entre os dedos.

— Sim, vamos acreditar nisso, mas o que acha de voltar para sua festa de noivado antes que todos estranhem, que não esteja na companhia de seu noivo? – dito isso, me levanto colocando mais um sorriso de gratidão em meu rosto e retorno para o salão principal.

Imaginar que minha vida daria uma tremenda reviravolta era pouco, perto do que estava passando depois daquela conversa. Normalmente após a Turnê da Vitória, o tributo vencedor era deixado de lado por um tempo e o foco era os preparativos para os próximos jogos. Porém, esse ano as câmeras se voltaram para o nosso casamento – que acontecerá pouco antes da colheita deste ano – acompanhando cada momento. Minha mãe não entendia o motivo de tanta pressa. Ainda assim, aceitou um pouco relutante dar sua benção em uma breve entrevista. Depois disso, minha vida parecia um verdadeiro espetáculo televisionado.

Experimentei o que deveria ser o décimo vestido de noiva. Todos, criações de Cinna. Quem diria que um dia eu, Katniss Everdeen, estaria realizando esta tarefa.

— Pronto, o que acha deste? – Cinna pergunta, após fechar o último botão que ficava nas costas, enquanto me olho no enorme espelho que trouxeram da Capital especialmente para isso.

— Gostei, mas você não acha que deixam meus seios um pouco avantajados demais? – Sinto meu rosto enrubescer.

— Então, como demoramos um pouco para vir. Tive que fazer esse aumento, mas pelo visto a senhorita engordou de lá para cá. – Novamente sinto minhas bochechas pegarem fogo, já que se engordei um pouquinho, o culpado tem um nome e sobrenome, Peeta Mellark.

— Foram muitos pães de queijo. Acredito que seja este o motivo. – Ele vira meu corpo segurando-me pelos ombros para ficar de frente.

— Continuo dizendo que, se pudesse apostar, apostaria em você. Aliás, não só em você, mas nele também. Peeta, é um bom garoto. Sei que apesar de tudo, vocês serão felizes juntos. Tenho certeza que ele te ama.

É complicado pensar nisso agora. Antes, quando não sabia o que Peeta sentia por mim, tudo parecia ser mais fácil. Um tempo em que ele apenas me observava de longe. Como na época da escola.

Fico um tempo em silêncio antes de ir para o outro cômodo, onde o fotógrafo me aguarda para mais fotos. Tudo no casamento era um espetáculo e eu não teria voz em praticamente nada, incluindo o vestido, que seria escolhido pela população da Capital.

Effie, entra no cômodo que está servindo de vestuário, assim que termino a sessão de fotos.

— Ah, Cinna. Você já contou a ela as novidades? – Arregalo meus olhos, tentando não imaginar quais seriam essas “novidades”.

— Trouxemos alguns catálogos de decorações para o casamento. – Mais detalhes para o casamento, onde no fim, minha opinião não contará em nada.

— Tudo bem, mas gostaria que Peeta estivesse comigo. – Não aguento mais isso, e no fundo, sei que a presença dele me fará sentir melhor.

— Como quiser, querida. Então o esperaremos. – Effie caminha para o canto onde Octavia, Flavius e Venia estão.

— Está mesmo tudo bem com você? – Cinna amigavelmente apoia uma mão em meu ombro e me lança um olhar preocupado. Eu quero contar tudo a ele. Que não consegui convencer a ninguém, sobre meu romance com Peeta, mas sei que não posso envolver mais ninguém nisso. Já é perigoso o bastante para os que estão envolvidos.

— Sim, está tudo bem. Só estou um pouco nervosa com tudo isso. – Tento sorrir.

— E, é para estar. Não é todo dia que vemos uma garota e um garoto de dezessete anos se casando, não é? – assinto, e logo escuto a porta principal se abrindo e uma Prim muito empolgada entrar no cômodo onde estamos.

— Katniss, cheguei! – Ela se aproxima de mim dando-me um forte abraço. — Espero que a sessão de fotos não tenha terminado. Quero ver alguns dos seus vestidos.

Prim está animada com tudo. Mal sabe ela que se eu não desempenhar meu papel direito, todos nós estaremos perdidos.

— Por hoje é só querida, mas amanhã de manhã experimentarei mais alguns. – Ela parece entender e abre um enorme sorriso.

— Katniss, telefone para você. – Minha mãe entra me avisando. — É o Peeta.

Vejo um nítido sorriso no rosto da minha equipe de preparação, e tento demostrar animação, antes de caminhar até o escritório para atender o telefone. Ainda não me sinto muito confortável neste cômodo. Só em lembrar que, minha primeira ameaça por parte do presidente Snow começou aqui, me arrepia.

— Oi – digo, pegando o aparelho.

— Oi. Liguei para saber como você está? A equipe já chegou?— Após a turnê, ele vem se mostrando cada vez mais atencioso comigo. Sempre procurando saber como estou. Sem contar que todos os dias deixa pães-de-queijo fresquinho para mim, antes de ir para a padaria. Isso já virou um hábito. Ele não precisa trabalhar, mas gosta de ajudar o pai.

— Sim, chegaram ainda pela manhã e acredito que passarão a noite por aqui. – Escuto um “hum-hum” da parte dele e já emendo o que tenho em mente. — Peeta, venha jantar aqui em casa hoje. Preciso que veja algo comigo.

— Tudo bem. Vou levar a sobremesa.— Ele ri. — Até mais tarde.

— Até.

Ainda bem que Peeta não está mais indiferente a mim. Sei que o magoei várias e várias vezes, mesmo assim, ele sempre vem me perdoando e relevando a maioria das minhas atitudes injustas desde então. Em meio à loucura que está minha vida nos últimos meses, a única certeza que tenho é, de que não teria conseguido chegar até aqui, sem ele.

 


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Notas finais do capítulo

E o que acharam? Pessoal essa fic acontecerá muitos eventos inéditos aguardem e esperamos vocês no comentários, Sany e eu agradecemos a cada um de vocês. Tenham um ótimo FDS. Beijos.