Crônicas de luz e sombras escrita por Luiz Cláudio Rolim


Capítulo 7
Parte 6: Os três sacerdotes


Notas iniciais do capítulo

Voltamos com Aiko nesse domingo, devido alguns imprevistos ele teve que sair um pouco tarde, espero que gostem e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/722157/chapter/7

Aiko tinha acordado cedo, dormiu dentro de uma cavidade feita numa grande árvore com o seu poder, nela, tinha colocados palhas e folhas secas para que ficasse mais confortável, apenas com uma leve dor no pescoço ocasionada pelo noite anterior ela se contorcia, mexia os braços para frente e para trás, esticava-os, como sua mãe a ensinou, não aliviava a dor mas aquecia toda musculatura. Em meio ao brilho intenso do sol ela sente seus olhos incomodados, o balançar do vento nas folhas e o som dá água em um rio próximo fazia o lugar parecer encantador, apenas parecer, não se sabia ao certo quantas cidades ou aldeias foram levadas pelo fogo, os obsidianos atuavam sem se preocupar por todo o reino deixando a guarda do rei em alerta, os inimigos não eram simples humanos e seus exércitos das sombras podiam se infiltrar em qualquer lugar. Charbano tinha vários lugares estratégicos em que qualquer pessoa ou grupo que quisesse atuar suas práticas maléficas teria sucesso, o poder é uma das causas do sucesso, qualquer dono de taverna ou casa no campo sabe o tamanho das riquezas que tem os obsidianos. -Me entregue sua casa por essa noite e conseguirá viver sem que seu dinheiro acabe. Isso que diria um deles, algo impossível de ser recusado, os únicos corajosos a negarem suas terras sumiram dias depois junto de suas casas, um acidente provocado pelo destino, quem tem o poder também pode ter a verdade.
Caminhava então até a rota mais próxima, suas pequenas pernas se escondiam em meio a vegetação alta dá floresta, suspirava, mas sabia que não era hora de descansar, de todas as esperanças que teve jogar fora, Aiko decidiu escutar seu único grito de fé, um homem misterioso que apareceu em sua mente e mostrou que ainda seria capaz escapar daquela situação, não era algo normal de se pensar que uma voz surgiu em sua mente lhe oferecendo ajuda mas ela sentia que era uma voz de confiança, Mizei disse para ela não acreditar em estranhos mas ela não considerou ele em nenhum momento estranho, o motivo mais certo pra seguir em frente, estavam conectados mesmo sem saber.

Templo central dos obsidianos:

—Deveriamos ir atrás da garota, irmãos.

—Nós vamos.

—Eu não estou afim. Discutiam os três.

—Será que vocês poderiam calar essa boca, eu, o grande mestre suchiro não consigo pensar dessa forma.

—Vamos pedir desculpas irmãos.

—Nós vamos.

—Eu não estou afim. O primeiro do lado direito do trono então fala novemente.

—San, você nunca está afim de nada irmão?

—Desculpe ichin, mas é que não estou de bom humor. O do meio logo começa a chorar.

—Não chore girley, logo iremos reviver nosso pai, aquele que nos concedeu a verdadeira liberdade.

—Eu não estou chorando, ichin seu idiota, estou apenas com os olhos suados.

—Olhos suados? De onde tirou isso mané? Hahaha.

—Cale a boca San, vocês não entendem, San você também está chorando.

—Eu sei, desculpe girley
—Não chore san.

—Obrigado ichin.

—Eu não sei onde estava com a cabeça pra trazer três idiotas órfãos como vocês para serem meus dicipulos, parece que nem o tempo pode os transformar em homens, quanta idiotice para mentes tão promissoras. Ichin então fica a frente do trono, ajoelhado ele fala.

—Mestre, todos somos gratos por seu enorme coração, sem o senhor jamais teríamos conhecido nosso verdadeiro Deus e pai, irmão do Deus de luz, Dono por direito do trono divino...

—Sua lealdade é de impressionar, ichin, vocês são importantes nesse processo da volta de nosso pai, por isso dei a vocês o posto de sacerdote, os mais fortes e destemidos. Girley então olha para ichin como se fosse um sinal, ichin rapidamente interpreta o que o irmão desejava, era o que discutiam a horas enquanto estavam em seus aposentos.

—Querido mestre, meus irmãos e eu sabemos que não é a hora certa, mas a algo que as pessoas de fora dizem sobre um doce saboroso feito de cacau.

—Você fala de chocolate, certo?

—Isso mesmo, como fomos abandonados não tivemos a chance de provar essa especiaria que todos falam ser um presente céus, perdão pela forma que falei. Se referir aos céus para suchiro era uma espécie de insulto.

—Vou reconsiderar o que disse. Se quiser Chocolate terão que seguirem minhas ordens, quero que guie seus irmãos até a prisão de sangue e mate o assassino Zen.

—Pensei que o deixaria apodrecer o resto da vida na prisão.

—Infelismente temo que ele já esteja ligado a criança e planeja algo, aquele homem guarda vários segredos sobre nós, ainda não o matei pela sua sorte de ter sido pego pela guarda real, como temos vários passarinhos dentro da prisão, fiquei sabendo que ele se comunicava com alguém alguns minutos antes do templo de Mizei ser atacado, um dos guardas viu um círculo de magia dentro da cela, certamente ele já deve ter tido contato com a criança.

—Isso é algo bastante preocupante mestre, não se preocupe, vamos nos encarregar de acabar com a raça daquele verme.

—Faça isso e terá todo chocolate que quiser, podemos ter o melhor do reino.

—YEAH!!!. Gritou Girley com tom de entusiasmo, todos olham sério pra ele até que ichin dita a ordem.
—Se preparem irmãos, vamos até a prisão de sangue.

Aiko finalmente consegue encontrar uma rota que ligava todo o reino. Mercantes, pescadores, pessoas de importância na sociedade... Todos usavam aquela rota para se ligar aos principais pontos do reino, essa rota tinha aproximadamente dez quilômetros se estendendo até o final da província de charbano, apartir dela poderia se visitar outras províncias vizinhas e também ao palácio do rei, dentre outras paradas se encontra a prisão de sangue, ganhou esse nome pela forma que ela trata os prisioneiros, feita somente para assasinos e estupradores, todos são colocados em uma sessão de tortura da qual o chão frio e empoeirado da prisão ganha um tom vermelho, o cheiro forte do local faz todos os guardas usarem máscaras para trabalharem, não havia higiene e nem muito menos banheiro, tudo era feito a forma que preferir.
Na primeira carruagem a passar, Aiko avista um homem gordo e meio alto a carregar o que seria feno para alguns animais, ela se esconde entre alguns matos ao lado de uma arbustos até que nem a visão dele e nem do cavalo desse para ver, ela então corre e consegue pular se tudo acontecer como planejado, ela conseguirá ver a prisão assim que se aproximar, planejava em sua mente uma forma de não ser vista pelos guardas e não chamar atenção do lado de dentro dela.
—Eu vi você pulando garota, digamos que eu não vi mas senti o momento em que pulou em minha carruagem, achou que eu não escutaria pelo rangido das rodas?

—Eu só quero chegar a onde minha mãe está, acho que ela já deve está preocupada.

—Sua mãe?, Creio que ela não está fazendo todos os seus deveres. Esse ferimento no braço e esses arranhões, pelo que você passou garota?. Aiko então olha pra baixo como se recusasse dizer.

—Olha garotinha, eu não sei pelo que passou mas se realmente deseja rever sua mãe eu não vou lhe impedir de ficar nessa carruagem, apenas se esconda e tome cuidado, alguns caras estavam procurando uma garota na última cidade que passei. Espero que não seja você quem eles estão caçando.

—Existe várias garotas no reino, poderia ser qualquer garota, Disse aiko.

—Talvez, mas pela descrição me pareceu muito com você, olhos claros, cabelos curtos e pretos, aparenta ter sete anos... Eu ri por saber que estavam procurando uma garotinha de sete anos por ser perigosa daí eu me deparo com você, certamente você deve ter sete anos.

—Sou eu quem eles procuram, mas não posso me deixar ser pega, eles querem fazer algo maligno com o medalhão que carrego e temo que a vida de vários inocente estejam em perigo.

—Você não soube garota, já foram quatro cidades e três aldeias destruídas por o que acreditam ser seres das sombras, todos eles também procuravam a mesma coisa, uma garota pequena.
É aí que o sentimento de culpa volta a pesar sobre Aiko, ela não tinha ideia do que estava acontecendo, e algo teria que ser resolvido.

—Moço preciso de sua ajuda somente até chegar a prisão de sangue.

—E sua mãe?

—Ela morreu alguns dias atrás, desde o início eu estava indo para prisão.

—Eu posso te ajudar mas preciso que fique abaixada aí, se alguém me perguntar. Direi que não a vi por essa região.

—Muito obrigado, mas por que está me ajudando? não notou que sou uma criança ?

—Criança essa que fala como adulto, apenas fique bem calada e abaixada no feno, eu avisei quando chegarmos em frente a prisão.

—Tudo bem, disse Aiko antes de tentar descansar um pouco em meio ao feno em que se escondia. Ela estava indo pra prisão sem saber o quanto a ligação entre ela é Zen eram fortes.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A seguir com a história teremos dois especiais e o próximo capítulo interinamente novo, fiquem ligados e boa leitura



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crônicas de luz e sombras" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.