Crônicas de luz e sombras escrita por Luiz Cláudio Rolim


Capítulo 14
Parte 10: Filha amada


Notas iniciais do capítulo

Continuando com Zen e Hasu, espero que gostem e boa leitura.



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Passado alguns meses do que aconteceu, Zen e ela decidem se esconder em viluria na província real, nenhuma pessoa tinha conhecimento dos seus rostos então foi fácil permanecer próximo ao reino. o que restou apenas foi uma máscara nos estábulos do templo e um traidor no clã dos assassinos.

—Nunca me passou pela cabeça que meu próprio filho iria me trair. Dizia o pai de Zen.

—Entendo como é difícil mestre, ele agiu pelo coração, por isso, nos do clã dos assassinos devemos aceitar nossa condição de solitários, caso chegue a usar a máscara negra.

—Meu filho nunca gostou de matar, ele se sentiu obrigado todo esse tempo, mas me trair e fugir com a última mulher do clã bara foi algo que realmente me chocou.

—Continuamos com a busca em províncias próximas ao reino, como não podemos nos distanciar de nossas missões pode demorar um pouco.

—Obrigado por me ajudar. Se me der licença eu irei para meu aposentos.

Em uma cabana na aldeia de virulia.

—Hahaha, agora eu posso ouvir. Por que ela não diz papai?

—Você nunca esteve com uma mulher grávida né Zen. Dizia Hasu rindo.

—Nunca estive com nenhuma mulher a não ser você, todos do clã tamashi são divididos, homens para um lado. Mulheres para outro. O único momento em que se juntam são para casamentos ou fazer pequenos assassinos.

—Como assim clã tamashi?, Esse era o nome do clã dos assassinos?

—Era sim. Meu pai me contou sobre esse nome uma vez.

Pra não entristecer o marido, Hasu então muda de assunto.

—Zen. Já tem ideia de qual nome será sua filha ou filho?.

—É uma garota, meu pai me ensinou que pelo aspecto da barriga eu poderia diferenciar em menino ou menina.

—Não, não. Então como sou a mãe tenho direito de escolher o nome se for filha.

—Mas você pediu que eu escolhesse. Bem querida não posso me atrasar, as minas de carvão precisam de mim.

—Está bem querido, a noite discutimos sobre isso.

Os dois então se beijam para se despedir.

Uma coisa que Zen aprendeu muito bem além de matar, foi a mentir. Ele não trabalha em minas de carvão, teria se tornado um assassino de aluguel que mata apenas por dinheiro. Virou um homem ganancioso. Hasu não tinha ideia de que trabalhar em minas de carvão davam tantos pesos em ouro por isso nunca desconfiou do marido. Naquele momento ele seguia para seu próximo cliente que se intitulava dono de uma organização das sombras chamada de obsidianos. O encontro foi marcado em uma taverna a alguns quilômetros de virulia, ele teria que chegar sem que ninguém o percebesse, poderia por em risco a vida de sua filha e esposa. Chegando a taverna ele vai até o balcão.

—Deseja beber algo senhor. Dizia o homem que parecia ser o dono.

Zen então puxa uma moeda do bolso.

—Que os gritos de agonia alcancem o céu.

—Por aqui, me siga.

Era uma espécie de código para avisar a chegada de Zen ao local indicado. Em um quarto dos fundos estava suchiro e três crianças gêmeas sentadas ao seu lado.

—Sente Zen. Temos que falar de negócios.

—Me de nomes ou algo que tenha que roubar, cada morte será cobrada uma taxa diferente. Me dê nomes, características e eu farei o possível para lhe servir.

—Não desejo que mate ninguém, quero que apenas volte ao templo do reino e me traga algo, sei que conseguiria entrar lá sem que o percebessem, afinal, um assassino de máscara negra é bastante habilidoso.
—Como sabe disso? Por acaso é uma piada?.

—Tenha calma Zen, eu sei de várias coisas. Coisas que se você soubesse sua mente iria explodir de agonia. Sou um homem bastante informado.

—E o que quer que eu traga?.

—Eles o chamam de O medalhão sagrado ou Ponte se preferir. O clã de sua esposa participou de sua construção. Algo que desperta o verdadeiro lado mágico das pessoas se é que me entende.

—Eu o trarei para você. Mas quero que me diga como sabia sobre minha esposa.

—Terá o que quer se me der o que eu quero.

Zen então sai do quarto para cumprir sua missão. Já era noite e ele está no telhado do templo real, conseguiu matar todos os outros 3 máscaras negras que estavam lá e escondeu seus corpos, o medalhão estava no quarto do rei tamashi, que dormia sem saber do perigo que estaria correndo. Ele então entra pela sacada do quarto do rei que estava aberta. Roncava como um porco enquanto um litro de vinho escorria de suas mãos, Zen foi em silêncio até um baú revestido de ouro, seria esse então o local onde estaria o medalhão. Sem pensar ele abre o baú e uma armadilha é acionada, um projétil pontiagudo quase acerta seu rosto, mas como era rápido conseguiu se esquivar arranhando apenas sua bochecha e atingindo a parede do quarto. Com o impacto do projétil na parede o rei acorda.

—O que está acontecendo aqui e quem é você?, Onde estão as máscaras negras?.

—Matei todos. Acho que a única pessoa que diz se você irá viver ou não sou eu.

—Eu conheço essa voz, você é o traidor que invadiu o conselho por causa de duas vadias idio...

Zen então atinge um soco na cara do rei quebrando seu nariz.

—Mais uma palavra e você morrerá não importa o que foi me dito nessa missão.

—T-tudo bem, apenas poupe minha vida. Chorava dizendo o rei suplicando por misericórdia.

Zen então usa uma espécie de bomba mágica dá qual manipula as pessoas a seu favor, era feita apenas pelo clã dos assassinos e sua receita é segredo até hoje. Ele então a joga no chão provocando uma fumaça escura, o rei acaba inalando a substância ficando sem reação como uma marionete. Nessa situação qualquer pessoa poderia dizer o que deseja dá pessoa é isso aconteceria.

—Você não irá se lembrar de nada que viu aqui, seu último pensamento será que estava muito bêbado e se machucou a caminho do banheiro. Que seja selada sua mente.

O rei então desmaia em sua cama como se nada tivesse acontecido. Zen então vai ao local de encontro para negociar com o medalhão.

No local.

—Está aqui seu medalhão, agora me diga como sabe quem somos eu e minha esposa.

—Mas que homem digno de admiração, pelo visto não conseguiu comprir sua missão, o sangue em suas roupas sugerem que teve dificuldades em matar alguém.

—Três no caso. Diga o que quero saber e irei embora, minha esposa me espera.

—Não devo satisfações a um idiota como você, guardas.

Dois homen então seguram Zen pelo braço.

—Seu covarde, esse não era nosso trato.

—Tenha em mente que a confiança em mim é como dormir ao lado de um tigre faminto. Espero que meus homens peguem leve com sua esposa, como seria estuprar uma mulher grávida?. Seria aborto?. Veremos então. Pedirei ao meu Deus quando voltar que dê um bom julgamento a sua alma.

Zen então aciona o mecanismo de suas roupas e uma bomba vai ate a palma de sua mão, ele rapidamente a solta no chão fazendo com que todos na sala entrassem em transe, Zen não poderia ser afetado pois tinha tomado toxinas que impediam a fumaça de manipular sua cabeça.

—Vocês todos esqueceram meu rosto, minha mulher e filha. Nunca saberão quem somos e onde estamos. Essas serão suas novas lembranças.

Todos desmaiam no local, Zen foge levando o medalhão para casa, os quatros conselheiros dos obsidianos não estavam no local e ele temia que eles o conhecessem. Ele então usa sua magia para se transportar até sua casa, chegando lá, abre rapidamente a porta. Hasu se assusta ao ver o marido com manchas de sangue em seu corpo. Ela já tinha ideia que o marido nunca tinha deixado aquela vida de assassino e que todo aquele dinheiro não era das minas.

—Querido o que está acontecendo?.

—Escute Hasu. Preciso lhe contar algo. Eu nunca cheguei a trabalhar nas minas de carvão, virei um assassino de aluguel e tentei sustentar nossa vida com a vida de outras pessoas, me desculpe.

—Não precisa se desculpar meu querido, mesmo você escondendo de mim tudo que aconteceu eu ainda o amo, vamos deixar tudo isso pra lá e seguir nossa vida como pessoas normais.

Derrepente alguns membros do clã dos assassinos junto ao pai de Zen verificavam casa por casa a procura dele, Zen escutou os gritos do seu pai a sua procura, ele então pega o medalhão e põe nas mão de Hasu.


—Querida, quero que você dê esse medalhão a nossa filha quando tiver sete anos de idade.
—Mas por que você mesmo não a entrega?
—Não sei se posso garantir se irei voltar dessa vez.
—Como assim? Disse ela espantada.
—Dessa vez está tudo complicado, não estou em bons lençóis.
—Você sempre conseguiu voltar de situações difíceis.
—Mas agora e diferente, me meti com pessoas que não brincam nesse mundo.
—Então vai nós abandonar?
—Não sei ao certo mas tudo se resolverá hoje.
—Pretende matar, esse é o seu plano?
—É a vida deles ou a nossa, faça o que eu digo e lembre-se, saia dessa aldeia o mais rápido possível, não espere por mim, eu encontrarei vocês um dia.

Zen então pula sobre o telhado de sua casa e pula mais uma vez para árvore grande próxima. Em cima ele podia avistar seu pai com alguns máscaras vermelhas ao seu lado. Ele então pula matando 3 deles com sua rapidez, seu pai como era forte conseguiu o pegar pelo pescoço mesmo numa rapidez extrema.

—Seu avô e você não foram os únicos a se tornarem máscaras negras. Tragam as correntes.

Eles então o acorrentam e o jogam no chão.

—Diga meu filho traidor. Onde está a última mulher do clã bara?.

—Eu a matei.

—Como posso acreditar em você que foi capaz de apontar sua espada para um rei por causa dela?.

—Veja o sangue em minha roupa, eu a matei a pouco tempo por ter descoberto que tinha virado assassino de aluguel, eu joguei seu corpo na floresta, a essa hora os lobos já devem ter comido seu corpo.

—Além de traidor, matou sua própria esposa. Zen, você se tornou uma vergonha para nossa família e clã, por ser meu filho tive sorte para que não o matassem. Você será mandado para prisão de sangue e lá viverá até seus últimos dias de vida.

Hasu escondia-se atrás de algumas árvores para ver seu grande amor ser levado, ela chorava tampando seus lábios para que não fosse percebida, tinha apenas com ela sua filha, a única lembrança de Zen que teria em sua vida toda.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo volta com Aiko na prisão de sangue, boa leitura.



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