Tempos de Guerra escrita por PeaceOn


Capítulo 23
Dor


Notas iniciais do capítulo

Galera, esse capítulo saiu um pouco mais curto, pois, se eu fosse fazê-lo junto com o outro, ficaria um capítulo meio grandinho, então achei melhor dar uma cortada. Espero que gostem!
Boa leitura galera!



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Po pegou alguns bolinhos para não ficar com fome e foi direto para a floresta. Ele achou melhor não visar ninguém, pois saberia que caso o fizesse, todos iriam falar para ele não fazer, mas ele não ligava, ele acreditava em Akame.

Enquanto isso, no palácio:

Tigresa voltou correndo para o palácio, tomando o maior cuidado para que ninguém a visse. Assim que ela chegou foi direto para seu quarto. Ela entrou e bateu a porta com força. Tigresa estava com muita raiva, ela sentia a necessidade de jogá-la para fora, então pegou sua mesinha de centro e a arremessou contra a parede, quebrando-a. Em seguida ela se jogou no chão e começou a chorar. Eram lágrimas de raiva e de tristeza, principalmente. A felina sofria como nunca havia sofrido antes, era um sofrimento diferente, ela não conseguia reconhece-lo. Parecia ser um sentimento de abandono, mas ao mesmo tempo, ele não vinha só, pois possuía a companhia de um coração quebrado.

Ao ouvir todo o barulho (o bater de porta, a pancada na parede e etc), Víbora correu para o quarto de sua amiga, para ver se havia acontecido algo. Ao entrar ela ficou surpresa ao ver Tigresa atirada no chão, chorando, tentando esconder o seu rosto.

— Tigresa? (Perguntou Víbora, preocupada)

— Saia daqui Víbora! (Disse Tigresa em meio a suas lágrimas, se virar seu rosto)

— O que aconteceu? (Víbora, se aproximando um pouco mais da felina)

— EU MANDEI VOCÊ SAIR! (Gritou Tigresa, se virando para Víbora)

A serpente levou um susto rápido, mas logo se recompôs.

— Não! Você vai me ouvir agora! (Disse Víbora, se impondo contra sua amiga)

A felina recuou, encostou sua cabeça no chão novamente e tentou voltar a sofrer sozinha. Víbora fechou a porta, para que ninguém as visse, e foi até sua amiga, se sentando ao seu lado. Ela colocou seu rabo sobre Tigresa, como se a abraçasse.

— Tigresa, o que aconteceu? (Perguntou Víbora, com calma)

— O Po... (Disse Tigresa, chorando com mais força)

— O que..? (Disse Víbora, já desconfiando do que se tratava)

— Ele me abandonou! (Disse Tigresa, demonstrando toda sua, dor como nunca havia feito antes)

— Como assim? (Víbora)

— O Po me deixou! (Repetiu Tigresa)

— Mas o que aconteceu? (Víbora)

— Eu não sei! Nós estávamos bem quando eu saí da casa dele. 30 minutos depois, ele apareceu e disse que não poderíamos mais ficar juntos, muito menos sermos amigos... (Disse Tigresa, em meio as suas lágrimas)

— Peraí, vocês dormiram juntos? (Víbora)

— E agora está tudo acabado... (Tigresa)

— Isso é terrível! Mas ele sequer disse o porque? (Víbora)

— Não... (Tigresa)

— Eu vou tentar falar com ele daqui a pouco. Mas agora, relaxe, enxugue essas lágrimas, deite-se na sua cama, descanse um pouco e tente parar de apenas pensar nisso. Com certeza existe uma explicação para tudo isso. (Disse Víbora, sem acreditar que Po havia feito isso, ela sabia o quanto ele era apaixonado por Tigresa)

Enquanto isso, com o dragão guerreiro:

Po estava andando já fazia um tempo. O dia estava passando mais rápido do que ele esperava, quando o panda se deu conta, já estava escurecendo, e ele ainda estava a uma hora do rio.

Após horas de caminhada intensa e algumas (várias) paradas para lanche, Po finalmente avistou o navio. Já eram 21:00 da noite, ele não podia esperar, Akame corria muito perigo.

— Eu esperava um navio mais discreto! (Gritou Po, batendo palmas enquanto ia na direção do navio, para chamar a atenção)

— Dragão guerreiro! Eu comecei a pensar que você não ia aparecer! Vamos, suba no navio, sinta-se em casa! (Disse o mesmo animal que abordará Po mais cedo no restaurante de seu pai)

— Muito obrigado, mas eu apenas vou aceitar seu convite quando ver Akame! (Po)

O animal puxou Akame pela nuca, segurando-a pelo seus pelos, ela estava com suas mãos amarradas.

— AKAME! (Po)

— Po! O que você está fazendo aqui? Vá embora, não se preocupe comigo, eu me viro! (Akame)

— E agora dragão guerreiro, você aceita meu convite? (Animal)

Po assentiu com a cabeça e subiu no navio. Ao pisar nele, dois guardas o abordaram e o seguraram.

— É assim que você recebe seus convidados? (Po)

— Só os mais importantes. (Animal)

Da cabine do capitão saiu um animal conhecido, era sombra.

— Tragam a Akame para mim. (Sombra)

— Você de novo? Não basta eu te derrotar uma vez, terei que derrotar duas? (Po)

O animal levou Akame até sombra, que se encontrava de frente para Po, perto da "beirada" do navio. Sombra a pegou pela nuca com suas unhas, fazendo a felina sentir muita dor, e a colocou de joelhos ao seu lado.

— Por que vocês estão fazendo isso? (Po)

— Você não sabe? Ela não te contou? (Sombra)

Po não respondeu nada.

— Ah, você não sabe. Sua amiguinha aqui, é uma de nós. (Sombra)

— Do que você está falando? (Perguntou Po, pasmo)

— Você sabe, panda. (Sombra)

— É mentira! Ela nasceu em uma vila de pescadores, se mudou para uma cidade grande e sofreu muito. (Po, sem conseguir acreditar)

— Você deve ser muito ingênuo para acreditar na história dessa desgraçada. Mas agora me conte (Sombra rasgou o vestido de Akame), qual foi a história que ela te contou sobre esse machucado? (Disse Sombra, apontando para a cicatriz de Akame no ombro)

— Que o dono de uma quitanda à atacou quando ela tentou roubá-lo... (Po)

— Ha ha! E você acreditou nisso? Esse machucado foi de quando ela começou a nos trair, então eu a peguei e fiz isso nela. (Sombra)

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo, por favor. (Po, cansado de tentar deduzir as coisas)

— Você conta, ou quer q eu conte? (Sombra)

— Po... Eu menti pra você... Eu deixei a vila de pescadores do meu pai para me juntar aos corvos, um sonho meu deu criança... Um sonho estúpido... Quando eu me dei conta da realidade, eu tentei sair, mas... (Disse Akame, até ser interrompida)

— Mas acontece que Akame era muito fiel a nós, uma das melhores devo admitir, e quando ela tentou fugir, nós a capturamos. Nós começamos a torturá-la como punição, porém, após algumas torturas, algo fez surgiu um interesse da minha parte nessa maravilhosa felina (Sombra passou a mão no rosto de Akame, que rosnou para ele), ela nã demonstrava fraqueza, ela não reclama, não chorava... Não implorava pela vida... Então eu decidi que iria torturá-la até ela se render, porém antes que eu conseguisse isso, ela fugiu. (Sombra)

— Você é um monstro! (Po)

— E agora que eu a tenho comigo de volta (Sombra tirou uma adaga de sua roupa), eu posso terminar o que comecei a muito tempo. (Sombra)

O psicopata enfiou a adaga no ombro de Akame, bem em cima da cicatriz, fazendo a felina gritar de dor.

— SEU DESGRAÇADO! EU VOU TE MATAR! (Gritou Po, tentando avançar, porém sem conseguir devido aos guardas que o seguravam)

Enquanto isso, no palácio:

Já eram umas 22:00 da noite, todos os guerreiros já estavam em seus quartos dormindo. Tigresa dormia de forma pesada, e não percebeu um animal que entrou em seu quarto.

O animal era um tigre branco, forte, alto, e que parecia ser jovem. Ele foi até Tigresa, se ajoelhou ao seu lado, deu um doce beijo em sua testa, e com uma de suas mãos, começou a pressionar o pescoço da felina contra a cama, a sufocando.

 

 


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