Tempos de Guerra escrita por PeaceOn


Capítulo 20
Você quer?


Notas iniciais do capítulo

Galeraaa, mais um capítulo! Desculpa estar demorando mais para postar os capítulos, mas é porque minhas aulas voltaram, e agora estou tendo que dosar meu tempo entre estudos, escrever capítulos, desenhar e produzir músicas, por isso estou demorando mais para postar os capítulos. Me desculpem também por esse capítulo ser mais um capítulo sem ação, porém como estou planejando muita ação para os próximos capítulos, estou aproveitando esses para aprofundar melhor a relação entre Po e Tigresa. Espero que todos gostem desse capítulo!
Boa leitura galera!!!!



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Tigresa acordou antes dos outros guerreiros, por volta das 5:00 da manhã. Ela foi para o pátio para tomar um pouco de ar. Ao chegar nele ela se surpreendeu ao ver Sábio fazendo um kati (sequência de movimentos no kung fu, é como uma """""dança"""" no kung fu, que os passos são formados por golpes, defesas, e bases do kung fu) que ela nunca havia visto, ele era complexo, suave, bonito. Tigresa ficou impressionada com Sábio o fazendo, era como se a brisa fosse uma extensão de seu corpo, e ele se movia de acordo com ela.

— Isso é lindo. O que é? (Disse Tigresa, mantendo distância de Sábio para não atrapalha-lo)

— Um kati do norte, minha esposa que me ensinou, ela o chamava de "dança da água". Todas as manhãs nós fazíamos ele juntos, e, quando ela morreu, eu decidi continuar fazendo, para nunca me esquecer de que ela sempre estará comigo. (Disse Sábio, sem parar de fazer o kati)

Por mais que o lobo não demonstrasse, Tigresa sabia o quanto ele sofria por causa de sua esposa, e, além disso, ela estava muito maravilhada pelo kati.

— Você poderia me ensinar? (Tigresa)

— Claro, mas antes, me responda uma coisa. (Disse Sábio, completando o kati e se virando para Tigresa)

— Sim? (Tigresa)

— Você está feliz desse jeito porque decidiu deixar de ser tão durona, ou porque você gostou de beijar o panda? (Sábio)

— O que? Não... Como você sabe disso? (Perguntou Tigresa, envergonhada)

— Eu tenho minhas maneiras de descobrir as coisas, mas não se preocupe, eu não vou contar para o Shifu. Agora, venha ao meu lado. (Sábio)

— Obrigada... (Disse Tigresa, ainda envergonhada)

Tigresa se colocou ao lado de Sábio. Ela era rápida, pegou os movimentos após três repetições, agora apenas faltava aprender a dar a fluidez que Sábio dava aos movimentos.

— Tigresa, por hoje está bom. Agora, eu sei que você está com muitas dúvidas, eu posso sentir isso, então por que nós não vamos dar uma volta para conversar um pouco? (Sábio)

— Está bem. (Tigresa)

Os dois foram andar pelo leito do rio que passava pelo vale. O que Sábio disse era verdade, dês de sua última conversa, a felina havia ficado com muitas dúvidas, e aproveitaria o momento para perguntar tudo que queria.

— Eu não entendi uma coisa na sua história, você criou esse grupo? (Tigresa)

— Há muito tempo atrás, eu e um amigo éramos grandes lutadores de kung fu da China, talvez os melhores. A China andava sendo atacada por piratas, exércitos de outros impérios, bandidos, dentre outros criminosos. Eu e meu amigo decidimos nos juntar e começar a treinar guerreiros para ajudarem o Imperador. Porém eu era jovem, eu era estúpido e imaturo, nós criamos esse grupo de mercenários, que servia para fazer trabalhos com alto risco, para o Imperador não sacrificar seus homens, eles nos chamavam. Nós fomos muito importantes nessa guerra, expulsamos os exércitos, eliminamos os piratas e bandidos, enfim, salvamos a China. Lei e um outro mercenário, um dos melhores por sinal, perceberam que se a gente quisesse, poderíamos derrubar o Imperador. Eles dois falaram comigo e com meu amigo, porém nós dissemos que não, que não criaríamos uma ditadura. Os dois se estressaram com a resposta, na noite do mesmo dia, Lei foi até o quarto do meu amigo e o matou enquanto ele dormia. O amigo de Lei foi ao meu quarto, por sorte, eu estava com insônia naquela noite, e vi o amigo de Lei vindo em direção ao meu quarto com uma faca na mão. Eu consegui surpreende-lo e nocauteá-lo. Ao sair dele, vi Lei saindo do quarto do meu amigo, carregando seu corpo morto em seu ombro. Na hora eu percebi que todos haviam se virado contra mim, e tive que fugir. (Sábio)

— Esse amigo do Lei, quem era ele? (Tigresa)

— Eu não sei, até hoje eu nunca vi seu rosto, porém agora ele deve estar morto. (Sábio)

— Por que? (Tigresa)

— Foi ele quem matou minha esposa... (Sábio)

— Meus pêsames... E por que vocês se intitularam de corvos? (Tigresa)

— Nós não nos intitulamos de corvos, o inimigo nos intitulou. (Sábio)

— Como assim? (Tigresa)

— Após algumas missões bem sucedidas, nós começamos a ser conhecidos, os inimigos começaram a nos temer. Os corvos são animais muito presentes em mitos, alguns diziam que os deuses, na hora das batalhas, se transformavam em corvos, outros diziam que os corvos eram encarnações do inferno, de almas condenadas, ou de demônios. Como nós nos adaptávamos a qualquer tipo de bioma, montanhas geladas, desertos secos, florestas, até mesmo na água, e vestíamos preto, eles começaram a nos chamar de corvos. E depois de um tempo, sempre que se ouvia o nome "corvos", os inimigos tremiam.

— Isso é impressionante... (Tigresa)

— Já está de manhã, você tem que treinar. Vamos voltar. (Sábio)

— Essa é a história do famoso fantasma? (Perguntou Tigresa, querendo saber se havia algo mais para ela descobrir)

— Tigresa, há muita coisa que você ainda não sabe, porém acredite, é melhor você continuar sem saber... (Sábio)

A curiosidade de Tigresa estava muito grande, porém ela preferiu não ficar insistindo para que Sábio falasse, pois se ele dizia que era melhor ela não saber, com certeza ele não falará isso da boca para fora.

Tigresa voltou para o palácio junto de Sábio. Ela encontrou seus amigos tomando café na cozinha. Tomou café com eles e foi treinar.

O dia foi passando, Tigresa queria conversar com Po e vice versa. A felina, esperta como sempre, pediu que Po fosse treinar com ela em uma parte da colina do palácio, onde eles teriam muita privacidade.

Os dois subiram até uma parte "plana" da colina, onde havia um pequeno lago.

— Tigresa, nós precisamos conversar... (Po)

— Eu sei... (Tigresa)

— O que aconteceu ontem... (Po)

Tigresa tomou coragem e falou, pela primeira vez, o que realmente sentia.

— Foi o melhor momento da minha vida! (Disse Tigresa, se aproximando de Po)

O panda arregalou seus olhos, estava surpreso com o que Tigresa acabará de falar, ele certamente não esperava por isso.

O panda a puxou para perto de si. Ela o olhou nos olhos, dando um sorriso encantador. Po correspondeu o sorriso e a empurrou no lago.

— Po! (Disse Tigresa, um pouco furiosa com o panda)

Po riu e pulou no lago. Os dois ficaram um de frente para o outro, se abraçando, apenas sentido o bater do coração  deles.

Os dois se divertiram um pouco no lago, jogaram água, nadaram um pouco, riram, se sentiram como nunca em suas vidas. Os dois saíram do lago para se secar, porém Tigresa parou Po segurando seu braço, o puxando e o beijando.

Enquanto eles se beijavam, Tigresa ouviu uma voz que vinha das escadas que levavam para aquele lago.

— Tigresa, você viu o Po? (Disse Shifu, subindo as escadas)

Tigresa no susto se separou de Po e deu um golpe em seu peito, o empurrando e fazendo com que o panda caísse da colina, em direção ao vale.

— Não... Eu não o vi... (Disse Tigresa, nervosa ao ver Shifu aparecendo pela escada)

— Certeza? O garça disse que vocês estavam treinando aqui em cima. (Disse Shifu, desconfiando da felina)

— Nós estávamos, porém ele foi embora faz um tempo. (Disse Tigresa, ainda nervosa)

— Está bem. Já está escurecendo, então é melhor você ir parando de treinar para se preparar para o jantar. (Disse Shifu, indo embora)

— Sim mestre. (Tigresa)

Os guerreiros pararam de treinar, tomaram seus banhos e foram jantar. 

Po e Tigresa não se falaram muito durante a janta, apenas ficaram trocando olhares. Todos, após o jantar, foram dormir, pois estavam exaustos.

No outro dia...

Os guerreiros acordaram cedo para treinar, pois passariam a tarde se preparando para o baile. Começaram seu treinos as 8:00 da manhã. Cada um treinava em um local do palácio, Garça e Víbora no pátio, Macaco e Louva Deus treinavam próximos a colina, Tigresa treinava no salão, e Po treinava próximo a cozinha.

As 9:00 da manhã, Po parou de treinar e foi falar com Tigresa.

— Tigresa... Você está ocupada? (Perguntou Po, interrompendo o treino da felina)

— Não, pode falar. (Tigresa)

— Então... A gente tem passado por muita coisa, principalmente nos últimos dois dias... E eu queria saber... O que você gostaria para o almoço? (Disse Po, se enrolando)

— O que eu... (Tigresa não estava entendendo nada) O que for mais fácil pra você... (Disse Tigresa, ainda sem entender)

— Está bem, obrigado. (Disse Po saindo do salão o mais rápido que podia)

Naquela manhã, Po foi falar com Tigresa mais duas vezes, porém assim como a primeira, não deram muito certo. Quando estava próximo da hora do almoço, o panda foi tentar mais uma vez.

— Tigresa, desculpa te atrapalhar de novo, mas você tem um minuto?

* Uow! Quatro vezes no dia, ele está ganhando confiança. Talvez ele finalmente pergunte se eu quero ser sua namorada! * (Pensou Tigresa, torcendo para que ele perguntasse isso)

— Então... Eu sei que nós somos bons amigos... E tem uma coisa que eu venho... (Disse Po, se enrolando cada vez mais)

—... Querendo perguntar pra você? Eu sei. Você já tentou três vezes, na verdade. (Completou Tigresa, tentando fazer Po falar)

— Bom... Então... Você gostaria de ser... Ah, esquece... Eu vou fazer o almoço... (Disse Po, se enrolando mais ainda)

— AH NÃO! VOCÊ NÃO VAI! VOCÊ QUERIA ME PERGUNTAR ALGO, ENTÃO PERGUNTE! (Gritou Tigresa, se enfurecendo)

Po se apavorou com a pressão e saiu correndo, e Tigresa saiu atrás.

— POR QUE VOCÊ ESTÁ CORRENDO? (Gritou Tigresa, enquanto perseguia Po)

— Correndo? Quem está correndo? Eu não estou correndo! Eu apenas preciso chegar em um lugar muito rápido! (Gritou Po, enquanto fugia de Tigresa)

Po a despistou quando saiu do palácio. Ele achou melhor almoçar com seu pai, porém foi surpreendido ao encontrá-lo andando na rua.

— Pai? O que você está fazendo aqui? (Po)

— Po! Que bom que você está aqui, eu estava com preguiça de subir todas aquelas escadas! Tem um animal te procurando no restaurante, ela diz te conhecer. (Ping)

— Ela?

— Sim, ela. Agora vá! E tente fazer com que ela compre muita sopa e tofu! (Ping)

Po foi para o restaurante de seu pai para encontrar a tal animal. Ao chegar, ele se deparou com uma fêmea sentada em uma mesa para dois, sozinha.

— Po, quanto tempo! (Disse fêmea, abaixando seu guarda chuva e revelando seu rosto)

— Song? (Disse Po, surpreso)

 

 

 

 


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