Tempos de Guerra escrita por PeaceOn


Capítulo 17
Confiança


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo está mais curto e um pouco mais parado, pois ele será uma base para o próximo capítulo, mas mesmo assim, vale a pena ler e é bom ser lido, para que o próximo capítulo possa ser entendido, espero que gostem!
Boa leitura galera!



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— Você vai conseguir salvar ele né? (Perguntou Tigresa enquanto chorava)

— Desculpa Tigresa, mas eu não posso garantir nada, o veneno de escorpião amarelo vai paralisando o corpo aos poucos, ao chegar em um órgão vital, não tem nada que possa ser feito. (Disse Fala Macia em um tom triste)

— Por favor Fala Macia, ele não pode morrer! (Tigresa)

— Eu vou tentar "segurar" o veneno dando para ele um remédio, enquanto isso irei preparar uma bebida que pode curá-lo, mas eu já aviso, as chances são muito pequenas. Agora Tigresa, saia da sala, vá respirar um pouco de ar fresco, e se acalme. (Fala Macia)

— Eu não vou deixá-lo! (Disse Tigresa, abraçando Po mais forte ainda)

Fala Macia se aproximou da felina e colocou sua mão no ombro dela.

— Tigresa, saia um pouco, vai ser melhor pra você, e não se preocupe, ele está em boas mãos. (Fala Macia)

Tigresa saiu da sala. Ela não queria sair do lado do panda, porém sabia que seria melhor deixar Fala Macia trabalhar. Ao sair, Tigresa ficou surpresa ao ver Sábio vindo na sua direção.

— Sábio? (Tigresa)

— Tigresa, você está bem? Como o Po está? (Sábio)

A felina exitou em responder, estava muito trite para falar sobre. Sábio entrou na casa de Fala Macia, foi até a sala onde estava Po e colocou sua mão sobre o panda.

— Corvos. (Sábio falou sozinho)

Só de tocar em Po ele percebeu que ele havia sido envenenado com veneno de escorpião amarelo, e como os corvos eram os únicos que usavam o veneno do animal na lâmina de suas armas, ele logo deduziu que os corvos haviam causado isso. Ele deixou Po e saiu para falar com Tigresa)

A felina dava socos em uma árvore, tentando ignorar toda sua dor e seu sofrimento interno.

— A árvore não é um oponente digno mestre Tigresa. (Disse Sábio, se colocando na frente da felina)

Os dois começaram a lutar, Sábio apenas defendia os golpes de Tigresa, enquanto ela batia repetidamente.

— Você o salvou Tigresa. (Disse Sábio, enquanto desviava de socos)

— Não, eu falhei! (Tigresa)

— Tigresa, você não... (Foi tudo que Sábio conseguiu falar antes de ser interrompido)

— Ele está morrendo! E eu não posso fazer nada! (Disse Tigresa, aumentando a força e a potência de seus golpes)

— Você precisa se acalmar Tigresa, mesmo estando desacordado, ele consegue sentir as coisas ao seu redor, se ele sentir que você está tensa, apreensiva, isso não será bom para ele. (Sábio)

— Eu não sei o que fazer. (Tigresa)

— Primeiro, pare de aumentar a força dos seus golpes, minha mão está começando a doer. Segundo, sente-se e relaxe. (Sábio)

Tigresa fez o que o lobo falou, ela se sentou ao lado da porta da casa de Fala Macia, e Sábio se sentou ao seu lado.

— O Shifu e os outros sabem do que aconteceu? (Tigresa)

— Eu já mandei um mensageiro avisá-los, porém os quatro estavam procurando por Po, então até o mensageiro chegar, imagino que eles devam vir hoje de noite. (Sábio)

Enquanto isso, com os quatro:

Eles já haviam procurado em todos os lugares, hospedarias, negócios, Garça havia voado pelas vilas, porém não encontraram nada que pudesse levá-los a Po. Os quatro se encontraram em uma vila e decidiram voltar para o vale para falar com Shifu, já que a busca não estava dando resultado.

Todos estavam voltando juntos, pelo leito de um rio (o mesmo rio que passa pelo palácio). De um lado dele havia a floresta, e do outro um imenso paredão, que se seguia por todo o rio.

De repente um assassino pulou de uma moita em direção a Víbora, Garça que estava ao seu lado, a defendeu, se jogando contra o assassino, ele o pegou com suas pernas e o jogou contra o chão com suas asas, prensando seu pescoço contra o chão com uma de suas pernas.

Muitos arqueiros surgiram de cima do paredão e começaram a atirar nos quatro. Alguns assassinos saltaram de moitas para atacá-los também. Os quatro pegaram esses assassinos e os colocaram na sua frente, usando-os como escudo.

— Temos que ir para o rio! (Gritou Víbora)

Todos correram para o rio com os assassinos na sua frente. Eles largaram os assassinos e saltaram no rio, alguns arqueiros largaram seus arcos e saltaram para tentar pegá-los, enquanto outros continuaram atirando de cima.

Os quatro estavam com problemas, eles tinham que nadar contra a correnteza, que mesmo não sendo muito forte naquela parte do rio, atrapalhava eles, e ao mesmo tempo lutar com os assassinos.

Um deles pulou em cima de Macaco com uma faca, tentando acertá-lo. Macaco se desviou e conseguiu desarmar o assassino, ele enrolou sua calda no pescoço do assassino e o colocou para dentro d'água.

Um dos assassinos atacou Louva Deus, que saltou da planta em que ele se apoiava e pulou no pescoço do assassino, acertando um nervo na nuca que o paralisou. Ele continuou saltando de planta em planta, pois não conseguia nadar.

Outro assassino atacou Garça, ele estava com uma espada, e tentava acertar espadadas em Garça. Em uma delas, Garça pegou as pernas do assassino debaixo d'água e o puxou para o fundo, no susto o assassino largou a espada, Garça a pegou e o acertou com ela.

Por último, um dos assassinos tentou atacar Víbora, que por conseguir nadar bem, foi para o fundo, deixando o assassino perdido, ela subiu de repente e se enrolou nele, o levando para o fundo e o afogando.

Os arqueiros ainda estavam atirando contra os  quatro, então eles começaram a nadar pelo fundo, para não serem acertados. Macaco segurava Louva Deus em uma de suas mãos, pois seu amigo não sabia nadar. Muitas flechas passavam pelos guerreiros enquanto eles nadavam no fundo, mas por sorte, nenhum deles foi acertado.

Após um tempo, eles despistaram os assassinos, que desistiram de seguí-los. Eles continuaram seu caminho até chegar no palácio. Assim que eles chegaram, foram falar com Shifu.

Shifu estava no pátio, falando com um mensageiro.

— Mestre, nos desculpe, mas não encontramos nada. (Garça)

— O Po já foi encontrado, porém ele está em um péssimo estado, foi acertado por uma flecha venenosa. Ele está em uma vila que fica a algumas horas daqui, nós vamos ver como ele está. (Shifu)

— Sim mestre! (Todos)

Enquanto isso, com Tigresa:

Já estava chegando o final da tarde, Tigresa e Sábio continuavam sentados do lado de fora da casa de Fala Macia. Po ainda estava desacordado.

Após uma hora e meia, Shifu e os quatro furiosos chegaram.

— Tigresa, você está bem? Onde está o Po? (Shifu)

— Ele está ai dentro. (Tigresa)

Shifu entrou para ver como Po estava.

— Tigresa! O que aconteceu com o Po? (Perguntou Víbora preocupada)

— Eu deixei que ele fosse acertado por uma flecha venenosa... (Disse Tigresa, em um tom muito triste)

— Não carregue essa culpa, você está fazendo de tudo para que ele sobreviva. (Disse Víbora, tentando ajudar a amiga)

— Não se preocupe Tigresa, o Po é durão. (Disse Macaco, tentando ajuda-lá também)

Todos estavam muito preocupados, porém acharam melhor não entrar para não atrapalhar a médica.

Já estava escurecendo, então os guerreiros foram buscar uma hospedaria para ficar. Eles encontraram uma muito boa, ficava em uma rua ao lado da casa de Fala Macia.

Todos estavam muito preocupados com Po, porém acharam melhor deixar ele e Fala Macia sozinha, então foram todos para seu quarto.

Tigresa estava muito preocupada com Po para dormir, ela saiu e foi ver como Po estava.

Ao chegar na casa de Fala Macia, a felina pegou uma cadeira e se sentou ao lado de Po. Uma hora depois Sábio apareceu.

— O que você está fazendo aqui?É melhor você ir dormir. (Sábio)

— Com todo respeito mestre, mas eu não confio em você para deixá-lo sozinho com Po. (Tigresa)

— E por que não? (Sábio)

— Me desculpe mestre, mas você simplesmente apareceu, e misteriosamente você entende melhor do que ninguém sobre os corvos, você conhece suas armas, suas táticas, tudo. E eu não quero te acusar, mas nós ainda não descobrimos quem é o traidor do vale. Fora que eu não tenho ideia de qual a sua história, de onde você veio, nada. (Tigresa)

— Eu compreendo sua desconfiança Tigresa (ele pegou uma cadeira e se sentou na frente de Tigresa). Está na hora de eu te contar a minha historia Tigresa. (Sábio)

 

 


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