Still Alive escrita por Jubs Malfoy


Capítulo 37
Não ligo muito




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O sol de final de inverno aqueceu a pele de Lis, e ela se permitiu sentir a luz e o calor acariciando-a, ignorando o silêncio que reinava entre o trio. Nikolai havia convencido Kaleen a acompanhá-los no passeio pela propriedade naquele dia, e como a ruiva não estava muito disposta a jogar conversa fora, eles formavam um grupo bem quieto enquanto caminhavam pelos jardins.

Na clareira a oeste do castelo, algumas pessoas montavam pilhas e mais pilhas de madeira, algumas pequenas o suficiente para serem puladas, outras feitas para que o fogo alcançasse o céu. Lis balançou a cabeça. Aquilo seria uma piada do que era o verdadeiro Festival da Lua; a começar pelo lugar: nunca se faziam essas festas fora da Corte D’Noir.

— O que são essas fogueiras? — uma parte distante de Lis ouviu a outra garota perguntar, com curiosidade.

— Você não prestou atenção mesmo no que eu te falei, não é — uma leve irritação temperou a voz calma do rapaz — são para o Festival, amanhã à noite. Você experimentou até o vestido.

— Ah — a voz dela voltou à apatia de sempre.

Faltava pelo menos uma hora para o sol se pôr, e uma luz alaranjada pintava o céu, competindo com os mais diversos tons de azul, fazendo-a lembrar o fogo que os dragões soltavam não muito longe dali.

Lis não dormira a noite inteira. Depois que Nikolai a deixou no quarto, tudo o que ela pôde fazer era pensar no quão perigoso era que eles tivessem dragões em suas mãos, o quanto aquilo poderia arruinar tudo, caso a fuga dos seus amigos tivesse consequências inesperadas. Os Pelletier poderiam, com raiva, mandas as bestas voarem para a Inglaterra e, independente de qual lado ganharia, as perdas seriam imensuráveis. Somente o pensamento fez suas mãos tremerem, e ela teve que escondê-las nas dobras do vestido verde escuro, para que os irmãos Pelletier não as vissem.

Passos esmagando o cascalho da pequena trilha a tiraram de seu torpor, e seu avô cumprimentou Nikolai e Kaleen com um aceno de cabeça. Ela o via pouco ultimamente; com todas as responsabilidades do casamento apressado, Lis mal tinha tempo para falar com alguém que não fosse a florista, o cozinheiro ou a futura sogra incrivelmente irritante. Somente perto de Delphine Pelletier, ela se permitia pensar no quanto sentia falta da Gina.

— Será que eu poderia ter um tempo com a minha neta? — os dois murmuraram em concordância e Lis sorriu levemente ao aceitar o braço que Arcturo ofereceu e andar para longe dos outros dois.

Demorou um tempo para que ele ousasse falar de novo.

— Seu futuro sogro veio me perguntar sobre o dote — Lis arqueou uma sobrancelha, encarando-o, e o velho bufou — Você tinha, entre todos os lordes, que se casar com Nikolai Pelletier…

— Achei que ficaria feliz por não ser um mestiço inferior — ele bufou de novo, com uma careta amarga.

— Não posso te dar o dote que merece; não quando ele vai parar nas mãos daquele homem — ela deu de ombros.

— Não ligo muito. Por mim, pode dar aquele pedaço de terra pelo qual ele vive brigando, e não faria diferença — ele balançou a cabeça, diminuindo o passo.

— E então você ficaria presa ao castelo Pelletier. Aquele idiota nunca construiu outra casa além dessa; os filhos homens que se casam permanecem aqui — ele torceu os lábios — Vou colocar o terreno da fazenda em seu nome, e você fica bem longe daquele bastardo até ele morrer.

O ódio nas palavras dele a fez olhar em sua direção, os olhos esbugalhados. A fazenda era um terreno enorme, com plantações, um pequeno rebanho de ovelhas e uma mansão de dez quartos. Era a parte do condado mais longe do território Pelletier, com o de D’Noir inteiro entre eles. Seu avô, no entanto, já tinha o olhar voltado para as fogueiras apagadas.

— Sua mãe sempre sonhou com esse festival para o casamento dela, é uma pena que não pôde tê-lo — Lis não tinha palavras; quem era aquele, e o que fizera com seu avô?

Aquilo despertou o interesse dela. Também sonhava com aquilo desde que descobrira a tradição, mas nunca esperara que acontecesse daquele jeito, que doesse tanto pensar nas fogueiras que seriam acesas no dia seguinte e em todas as pessoas que estariam lá, em homenagem a ela.

— Sabia que a tradição manda que todos no castelo têm o direito de vir?

E os prisioneiros tinham o dever. Sim, ela sabia. E também sabia onde o avô queria chegar com aquilo.

— Você os chamou? — ele assentiu.

— Apenas não sei se virão. A Weasley não pareceu muito feliz com a idéia.

Ela assentiu, apenas. Havia se tornado uma pessoa muito calada, nos últimos dias. Não dizia mais que o necessário, para as pessoas necessárias. Também não sorria muito ultimamente, não de verdade. Os sorrisos mecânicos e ensaiados não contavam, para ela. O avô pareceu percebeu que ela não diria nada, e continuou em uma voz baixa.

— Tomei a liberdade de mandar um convite para o seu pai. Uma chave de portal individual e temporizada… Tive a impressão de que não havia comunicado ele sobre casamento.

As palavras a atingiram como um murro no estômago. Ela havia tentado falar com pai, escrever para ele, contar sobre o que estava acontecendo, mas… Não podia mentir, não para ele. Severo saberia que tinha algo errado nas primeiras linhas da carta, tentaria resolver o problema, mas não poderia. Se ele pudesse, se os ingleses tivessem uma forma de fazer aquilo, de impedir, ela não estaria naquela situação, em primeiro lugar.

Fora que, todas as vezes que sequer começara a escrever, suas emoções fervilhavam ao ponto de ebulição, o papel pegava fogo e o tinteiro voava para a parede, sua magia inteira e completamente fora de controle. Antes que destruisse o quarto inteiro na tentativa, e chamasse atenção para si, ela desistiu.

— Obrigada — ela respondeu tão baixo, que ele provavelmente nem havia escutado. Arcturo lhe lançou um olhar preocupado; ele estava um homem de surpresas naquele dia.

— Sem sarcasmo, sem respostas afiadas… Você tem certeza de que está bem? — ela respirou fundo, e os dois pararam perto de um arbusto florido. Infelizmente, ficava perto demais das rosas francesas, o que ofuscava seu aroma delicioso.

— Estou indisposta, apenas. Nada que precise se preocupar.

Uma meia verdade. Ela estava se sentindo indisposta ultimamente. Também, pudera. A única refeição que não se alimentava feito uma idiota era o café da manhã, que, por ser após seus secretos treinos diários — não era porque fingia ser uma dama indefesa e fraca, que precisava ser, realmente, uma — era o único horário em que a fome sobrepujava a ansiedade e o enjôo. As noites quase insones também não ajudavam, e levantar da cama pela manhã era sempre um desafio; ela ficaria o dia inteiro na cama apenas olhando para o teto com muita facilidade, não fossem os seus “deveres”.

O resultado era a tontura e a fraqueza que sentia ao final do dia, além do rosto ligeiramente mais fino que o normal, assim como o corpo mais magro — um processo que começara na internação de James, e seguira em frente com certo vigor graças aos hábitos pouco saudáveis.

— Acho que você deveria comer e descansar, ou vai acabar desmaiando por aí — uma pequena parte de Lis, que ainda se importava, percebeu a preocupação na voz dele, mas sua parte mais instintiva apenas brigou com ela, gritando que ele tinha razão.

— É, acho que eu deveria mesmo.

Lis ouviu seus instintos, e comeu apesar da falta de apetite, além de pedir para uma jovem curandeira lhe preparar uma poção para dormir. A garota não era muito mais velha que ela, e arregalou os olhos quando percebeu o que os cortesãos não percebiam, o que a maquiagem escondia. Além da poção do sono, preparou um tônico nutritivo, e se recusou a deixar o quarto de Lis até que ela tivesse tomado até a última gota do segundo.

Enfim, lhe deu uma pequena dose da poção, vigiando-a de perto. Lis sabia que ela tinha receio de que tomasse mais que a dose recomendada, e se envenenasse de propósito. A ideia, no entanto, não era nada confortável. Uma grande quantidade daquela poção lhe causaria alucinações e pesadelos vívidos até que seu coração parasse. Não era uma morte muito agradável.

Quando acordou, o sol já estava alto, e uma criada colocava o almoço em sua mesa de refeições. Lis olhou para a torta e o prato de legumes que estava em sua mesa, resmungando. Nunca que aquilo manteria sua energia até o festival. Se estivesse em casa, estaria comendo um almoço reforçado e em grande quantidade para suportar os preparativos ritualísticos da festa, e então, lhe dariam carne com molho, pães e bolos uma hora antes da comemoração, para que conseguisse ficar de pé e dançar a noite inteira. Aquele almoço era uma piada.

Incrivelmente, ela estava com fome, e não se importou em ser gentil quando pediu comida decente a uma das criadas. Algo que a sustentasse, e não aquele lanche inútil. Ela não fazia ideia do porquê de estar tão irritada, mas, era maior que ela, e aquelas garotas bisbilhoteiras estavam começando a lhe dar nos nervos.

Depois de comer adequadamente pela primeira vez em dias, pegou o papel com um calendário improvisado que escondia na escrivaninha e riscou mais um dia. Cinco dias até o equinócio de primavera. Cinco dia até o casamento. O festival era tradicionalmente feito na lua nova, quando o céu não tinha nenhuma luz além das estrelas, o casamento acontecia exatamente cinco dias depois, uma das poucas coisas importantes naquele costume que fora realmente atendida.

Ela poderia se importar com os preparativos rituais, mas já que nada estava certo mesmo, se enfiou debaixo dos lençóis, sentindo um sono e uma moleza repentina, e uma necessidade imensa de dormir. Foram as melhores horas de sono que teve naquele lugar.  Quem sabe ela estaria começando a se acostumar. Ou quem sabe fosse o corpo dela precisando de uma trégua. O que importava é que as criadas tiveram trabalho para acordá-la horas depois.

O banho foi rápido, e as garotas a fizeram usar um óleo com cheiro de jasmins, além de, magicamente, fazerem desenhos e arabescos em sua pele, com os símbolos da sua casa entrelaçados em tinta preta que não borraria. A tinta estava em todo lugar do seu corpo, cobria seus seios, a barriga lisa, a parte interna das coxa. Cada lugarzinho estava cheio de desenhos.

Por cima daquilo tudo, o vestido que ela desenhara, embora não fosse bem um vestido. Um cinto de corrente de prata envolvia seu quadril nu, segurando as duas faixas de tecido que começavam abaixo do umbigo e subiam, cada uma cobrindo um seio e então se uniam atrás, prendendo novamente no cinto e, como na parte da frente, se juntavam em uma faixa só, cobrindo suas partes íntimas.

Não ficava nada para a imaginação através do tecido preto. Apesar de transparente, a cor não deixava ver muito do que deveria estar coberto, mas o que não estava… pudor não fazia parte do vocabulário dela mesmo… as criadas haviam trazido uma coroa de flores brancas e Lis, com um sorriso inocente, a lançou no fogo. Ela não usaria nada branco. Nada. Faltavam alguns arranjos que ela mesma faria, então deixou que as criadas corressem atrás de outra coroa, cuidou do que tinha que cuidar e pegou no baú, escondido, o último detalhe que faltava. A única coisa de que não abriria mão naquela noite.

 

***

 

James não entendeu nada quando os guardas o tiraram da cela e o levaram para um lugar onde os criados tomavam banho. Foi o primeiro banho decente dele em dias. No final, uma camisa de algodão rudimentar e uma calça marrom simples o aguardavam, assim como o guarda negro, que também parecia revigorado com roupas limpas e brilhantes.

— Hoje à noite acontecerá o Festival da Lua, e todos os prisioneiros em posse da família devem comparecer para honrar a noiva — ele deu de ombros, apenas analisando cada lugar onde passavam, embora não desse para ver muito. A clareira para onde o levaram era perto dos banhos. As fogueiras já estavam acesas.

James não foi amarrado, mas tinha consciência de que não deveria levantar da cadeira reservada a ele na orla da festa, distante de onde a movimentação já começava. Na melhor das hipóteses, o guarda o pararia e traria de volta, na pior, a cadeira estaria enfeitiçada para explodir ou algo parecido. Então, ele apenas aceitou e permaneceu sentado, observando as pessoas.

Todas as mulheres usavam branco, os homens usavam roupas como as dele, alguns usavam linho em vez de algodão. Alguns casais hesitantes começavam a dançar enquanto os músicos arriscavam algumas músicas. Todos pareciam esperar, no entanto, por algo ou alguém. Com o pôr do sol, a música se tornou animada e todos pareceram despertar do torpor. James olhou rapidamente ao redor procurando o que causara aquilo, e então ele viu….

Ele a viu. Ela chegou ao lado de Nikolai, vestindo preto. Não que ela estivesse usando muita roupa. Duas faixas cobriam seus seios, outras duas cobriam as partes inferiores e desciam até as canelas, mas o resto… o resto era coberto por desenhos em tinta negra como a noite, fosca, como se sugasse a luz; se James olhasse de certo ângulo, podia ver através do tecido, percebendo que os desenhos continuavam até mesmo embaixo dele.

Para completar o conjunto, pequenas borboletas prateadas flutuavam ao seu redor e uma coroa de flores negras adorava seu cabelo ruivo. Tudo aquilo a deixava quase etérea, como se não fosse humana, mas um espírito. No pescoço, o colar que ele dera a ela; como ela conseguiu fazer com que até mesmo as partes brancas ficassem negras e sem vida, ele não sabia. Apenas vê-la usando-o lhe trouxe uma vertigem horrível.

Havia algo diferente nela, também, como se uma sombra cobrisse seus olhos e a sua presença. James não sabia dizer se era impressão dele, ou o peso da traição que caía em seus ombros.

Nikolai usava roxo. Enquanto Lis era um espírito, ele era um Ken (boneco trouxa que sua tia Hermione costumava chamar de quilometrosexual) fora de época, completamente artificial. Aquela não era sua cor. As mãos do francês se apegavam à cintura da garota, e James precisou de todas as suas forças para não vomitar diante da cena. Ele tirou os olhos dos dois e se inclinou para o guarda, interessado, pela primeira vez, em saber o que fazia ali.

— O que é essa festa, afinal? — o senhor levantou uma sobrancelha, surpreso, ou intrigado, talvez.

— Uma preparação para o casamento. Uma tradição há muito extinta da Casa da Noite, mas o Lorde a reviveu para agradar a noiva.

— E quem… quem é a noiva? — ele desconfiava da resposta, mas seu coração se recusava a acreditar até ouvir a confirmação.

— A única de preto. A Dama da Noite — ele parou e olhou para James, sorrindo como se lembrasse com quem estava falando — Mas você a conhece. Lis D'Noir Snape — o sorriso se desmanchou e ele estreitou os olhos ao observá-la — Usam sempre preto, todas elas, nesse tipo de festa, para representar a noite eterna à qual o nome as destinou. Algumas usam branco, como a lua, mas parece que esse não é o caso.

James a olhou. Aquele era o caso, ou um dia já fora. Ele tinha noção de que o branco era importante para a família dela, e ela o usava… No baile, no festival durante o verão, naquela noite; não preto, branco. O que tinha mudado? James balançou a cabeça; já tinha problemas suficientes sem ficar lembrando do baile ou da última noite que tiveram juntos.

Aqueles olhos azuis o encararam e algo relampejou neles. Culpa? Remorso? James não ligava. E tentou não ligar quando o francês a pegou pelo queixo, obrigando-a a desviar o olhar do preso para o Lorde. Potter esperava que ele a beijasse, ou fizesse algo que demonstrasse sua posse, mas ele apenas sorriu, ferino, e entregou a ela um cálice de pétalas de flor, uma flor tão escura que James não sabia se era azul ou negra, e ela bebeu o que quer que estivesse nele.

Você usa preto, não roxo como alguns que eu já vi aqui. Por quê — uma careta se desenhou no rosto dele.

— Sirvo aos D’Noir, não aos Pelletier. Minha cor é o preto, minha bandeira é a noite.

 

James assentiu. Ele sabia que o Arcturo estava interessado nele, mas não se permitiu pensar nos motivos para nunca haver um soldado Pelletier guardando-o, para sempre ter algum guarda do Conde com ele. Algo estalou em sua mente.

— Disse que os prisioneiros eram obrigados a comparecer. Onde estão os meus primos? — outra careta.

— Os senhores Weasley são... — ele hesitou, como se não gostasse da palavra — hóspedes do Cormand. Recebream o convite e recusaram, como é seu direito — James bufou e abaixou o olhar. Quando olhou novamente para cima, seu coração quase parou.

Lis veio em sua direção, desfilando com aquele não-vestido, o corpo incrivelmente belo que forçou James a desviar o olhar para não lembrar quão bem ele conhecia aquelas curvas. Os olhos azuis estavam vidrados, e ela passou direto por ele, como se não o reconhecesse, para falar com o guarda, um sorrisinho misterioso no rosto.

— Jean, você veio! — Ah, então era esse o nome dele.

— Milady… — James não deixou de reparar na hesitação e preocupação no rosto do homem. Lis olhou para James, nenhum reconhecimento no rosto. O que aquele cara tinha dado a ela? Quando reparou, ela tinha dois cálices nas mãos: um daqueles de flor e um de bronze.

— Aceita Fatale Nuit, querido Jean? — a voz dela saía arrastada, como se a língua dela estivesse pesada.

— Receio não poder, mademoiselle, estou trabalhando — ela fez um biquinho, e olhou para o Potter.

— Pena que prisioneiros não poder tomar da Bebida da Noite, mas… — ela esticou o outro cálice — um pouco de vinho é sempre bem vindo — o sorriso dela foi como uma facada no coração de James, os olhos enrugando nos cantos.

O Potter percebeu uma pequena comoção a alguns metros deles. Kaleen estava em um vestido branco, que a fazia parecer um cadáver, e discutia aos sussurros com Nikolai. Enfim, ela avançou e chegou ao lado de Lis, sem um sorriso sequer no rosto.

— Venha, Lis, vamos dançar — a ruiva assentiu e se deixou ser arrastada para longe dele. Por um segundo, ela o olhou, parecendo terrivelmente triste, então confusa, mas algo que a outra garota disse a fez rir e beber mais do cálice que ela tinha em mãos antes de avançar para as fogueiras, o centro da dança.

James não pensou no que acabara de acontecer; não pensou no porquê de ela estar se casando ou de precisar estar completamente bêbada para não parecer estar indo ao próprio enterro; ao invés disso, deu um longo gole no vinho, sentindo a queimação em sua garganta. Não pensaria naquela noite, apenas beberia o quanto pudesse e ficaria em uma ressaca horrorosa no dia seguinte. Ele não se importava com mais nada.




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