Nunca brinque com magia! escrita por Lyana Lysander


Capítulo 1
O grimório de minha avó!


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic de Senhor dos Anéis, espero que curtam!!



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Sempre pensei que as coisa poderiam ser simplificadas se as pessoas parecem e se escultassem quando falam algo para os outros. Contudo a cada ano que crescia eu percebia que isso jamais funcionaria, pois as pessoas falavam coisas que mais machucavam outras por pura maldade, divertimento insano, e mascaravam suas reais intenções de momento com a desculpa de que falaram com raiva, que era coisa de momento ou colocavam a culpa na bebida. 

Meus pais se separaram cedo, antes mesmo de eu nascer, nunca entendi o porque de minha mãe não ter contado logo a verdade para ele, contado sobre nossa religião, ou seita, como meus colegas de classe assim denominam ao me fazerem de chacota. Claro que ele não demorou a descobrir, e se sentiu tão ultrajado que nem a filha quis conhecer, apenas me manda uma pequena quantia em dinheiro por obrigação judicial, e a única lembrança que carrego dele comigo é o seu sobrenome.

—Aura. -chamou a professora e eu despertei de meu monologo interior.

—Presente. -disse afobada e os risinhos ao meu redor começaram.

—Ela estava no mundo da lua como sempre. -disse Raíssa ao meu lado. -Ou será que estava conversando com algum espirito morto, meu primo quem sabe. -ela disse debochada e as risadas correram soltas na sala, até a professora de química ria, mas logo pediu que parecem com esse tipo de gracinhas que era errado, porém ainda mantinha as maças do rosto avermelhadas pela risada.

A aula foi interessante, diferente de meus colegas eu realmente gostava de estudar, era algo que sempre fiz, e provavelmente estava intrínseco no sangue de minha família. 

Trimmmmmmmm

O sinal tocou avisando-nos que era hora do lanche, e eu me vi suspirando afetada por isso, se a escola era algo difícil para mim, isso se dava por causa daqueles logos 15 minutos. Eu não saia da sala para lanchar desde os meus 7 anos quando frequentava o fundamental e acabei esbarrando com uma colega e a dizendo que ela logo receberia noticias ruins, mas que ficaria tudo bem. Ledo engano o meu, quando ela descobriu que a mãe tinha morrido acusou-me de bruxaria e depois de muita confusão, minha mãe teve de me mudar de escola.

Minha avó foi quem acalentou minhas lágrimas e me abraçou forte, explicando-me o porque de eu ter que passar por aquilo.

—Aura minha linda não chore, você não fez nada errado para chorar assim. -ela dizia enquanto alisava minha cabeça com carinho.

—Mas eles... eles me chamaram de bruxa vovó... de aberração... eu não fiz por mal vovó... só senti algo e quando vi já tinha falado... -eu agarrei sua blusa, precisava que ela acreditasse em mim.

Minha mãe tinha me batido, me dito que eu deveria ficar calada sobre essas coisas, que por minha causa ela tinha saído do emprego mais cedo e que não poderia trabalhar até que encontrasse uma nova escola para mim, eu via em seu olhar o quanto ela me odiava.

—Eu sei filha, sei que essas coisas são incontroláveis na sua idade, mas logo você vai crescer e aprender a lidar com isso. -ela me sorriu afável. -E não escute sua mãe, esse é um dom lindo, ao qual você não deve de forma alguma esconder, se sentir que deve dizer algo, apenas diga, os deuses falam através de você Aura.

Na época eu não entendia o que ela queria dizer com aquilo, eu só queria um colo, mas com os anos eu fui aprendendo o que realmente significava aquele dom, e o quanto minha mãe me odiava por tê-lo. Eramos wiccanas, e como tal tínhamos um coven de família onde minha avó era a atual sacerdotisa, e na linha de sucessão eu era a próxima por ter nascido com dons. Claro minha mãe também tinha seus dons (todos em minha família os possua de alguma forma), ela podia sentir e as vezes vê através do véu principalmente nos sabás, mas eu via, ouvia e sentia, não só o que estava através do véu, mas podia sentir nitidamente quando algo de ruim acontecia a alguém próximo. 

Sinto o solavanco em minha cadeira e ao levantar o rosto vi o sorriso sínico estampado no rosto dela.

—Ops foi mal Aura. -seus olhos azuis faiscavam em contrates com seus carnudos lábis avermelhados pelo batom. Ela jogou as madeixas loiras esbranquiçadas por cima do ombro e se virou dando-me uma melhor visão de quem vinha atrás de si. -Ei amor o que você acha de irmos ao cinema esse fim de semana.

—Claro Raíssa, domingo a tarde está bom para você. -eu o olhei e por poucos segundos ele fez o mesmo comigo, mas logo desviou o olhar para ela como se está fosse a única coisa no mundo que importava para si, e provavelmente era. 

—Então está combinado delícia, nos encontramos no Manaíra Shopping as 15h, porque assim teremos tempo de namorar um pouco. -e ela foi até ele juntando os seus lábios. Virei o rosto e me pus a procurar meu lanche, como se a cena ao meu lado não me afetasse, eu não mostraria a ela que me afetava.

José era meu amigo até a pouco mais de um mês atrás quando eu idiotamente resolvi me declarar para ele. Éramos amigos desde que eu me lembro e nossas mães se davam muito bem, ele sempre soube que minha família era de wiccanos, mais nunca pareceu se importar, e talvez não tenha sido os lindos olhos castanhos dele nem os definidos músculos de seu fim de adolescência que o tenham me feito se apaixonar por ele, mas sim, o fato de que ele parecia me aceitar por quem eu era. Contudo, eu logo descobri o quanto eu estava engana. Não preciso dizer o quão traumatizante foi o fora que ele me deu, mas o pior de tudo foi que em menos de uma semana depois ele está namorando com a Raíssa, a menina que sempre me odiou.

Abri o biscoito recheado e coloquei logo um na boca, e enquanto os pombinhos caminhavam para longe de mim eu tomava um gole do meu suco quente de acerola, me segurando para não fazer careta (não era só o gosto do suco que me impelia a isso e qualquer pessoa com o minimo de bom senso saberia).

Eu sabia que algo estava errado, entendia que aquele dia não seria fácil, a nostalgia em minha alma parecia querer me acalmar, me preparar para o que estava vindo. Senti no meu intimo que algo de ruim estava acontecendo, só não sabia dizer com quem, e isso me afligia, não era normal que eu me sentisse assim, sem ter alguém em mente.

O intervalo estava em seu fim, mas antes mesmo de tocar eu os vi, e as lágrimas já caiam por meus olhos.

A diretora, uma mulher já idosa e corpulenta tentava andar apressada vindo em direção a nossa sala, era notável que estava se esforçando para se apressar, e atrás dela vinha um homem com seus 40 anos, seu corpo era esguio, ele caminhava encovado, mas ao levantar seu rosto cansado, seus olhos verde-ocre tão parecidos com os meus me fizeram levantar e o correr ao seu encontro.

—Tio. -ele tentou me sorrir, mas o pesar naquele sorriso aumentou minas lágrimas.

—Pegue suas coisas Aura, precisamos ir. - a dor em sua voz calou imediatamente todo e qualquer questionamento, eu podia sentir de longe seu sofrimento, eu sabia naquele momento, quem tinha partido.

Foi no automático que voltei para a sala e arrumei minhas coisas na mochila, já estava saindo da sala quando tive de  soltar-me de José quando este segurou meu braço me perguntando o que estava havendo. A curiosidade e o divertimento em sua voz, quase me fizeram gritar com ele, mas apenas o empurrei e sai dali com meu tio. Seguimos para o carro com a diretora falando algo com ele, não dei atenção, estava presa em minha dor.

Nos olhamos por alguns segundos antes de ele dá a partida, não havia necessidade de palavras, pois estas não aplacariam a dor.

Quando saímos do carro eu já podia ouvir a música celta tocando lá dentro, e os risos das pessoas e logo respirei fundo.

—Entre pelos fundos Aura, tome um banho e troque-se, sua avó desejou um ritual pagão para seu funeral. Leve o tempo que precisar para preparar sua alma, ninguém a julgará por isso pequena. -abracei meu tio agradecida, e ele como sempre alisou meus cabelos carinhoso. -Não devemos ficar tristes, era o desejo dela. -eu sabia que ele compartilhava minha dor, e tudo que me dizia era como se dissesse para si mesmo, e por isso acenei afirmativamente entendendo.

—Obrigada tio Alisson. -falei mais calma e me dirigi ao fundo da casa.

Assim que entrei a música "O circulo aberto" iniciou, e meu coração bateu mais forte, aquela era uma das musicas favoritas de minha avó. Algumas pessoas cantavam junto e eu subi as escadas cantando com os outros. Tirei a roupa e tomei um banho visualizando a limpeza de minha alma. Escolhi um vestido branco que minha avó tinha me dado no meu aniversário. Ele era rodado até os joelhos e de gola, tinha alguns estrasse na frente formando a palavra amor. Quando me senti pronta, desci as escadas com apenas os pensamentos bons, com nossas melhores lembranças em minha mente.

O réquiem, como é chamado o ritual de funeral, é uma celebração festiva, um momento de relembrar todas as coisas boas na vida daquele que morreu. Nesta ocasião, os amigos dançam e escutam as músicas preferidas do morto, além de servirem o seu prato preferido. As roupas e os mantos utilizados no luto são brancos porque a deusa da face pálida é a senhora da morte e, nos mitos celtas, esta cor representa "o outro mundo". "É aconselhável que o wiccaniano revele em vida aos seus familiares e amigos o desejo de ter um funeral pagão (como minha avó o fez). Ele poderá descrever em seu livro das sombras como deverá ser o seu réquiem, indicando como gostaria que fosse realizada a cerimônia, quais cânticos sagrados deveriam ser cantados, quais textos devem ser lidos, quais as flores que gostaria de ver ornando o seu funeral, além de deixar registradas mensagens para as pessoas amadas que poderão ser lidas durante o rito".

Nós estávamos em frente a cova a qual minha avó seria enterrada, eu me pus a frente e não olhei para minha mãe sabia que ela não estava feliz por eu ser a nova sacerdotisa. Mas eu tinha que fazê-ló.

—Nós nos reunimos hoje em meio à tristeza e alegria. Estamos tristes porque um capítulo se encerrou e, no entanto, estamos jubilosos porque com o encerramento, um novo capítulo pode começar. Nós nos reunimos para marcar o passamento de nossa amada amiga, mãe e avó Aida para quem esta encarnação findou. Estamos reunidos para confiá-la ao zelo do deus e da deusa, para que ela possa repousar, isenta de ilusão ou tristeza até que advenha o tempo de seu renascimento neste mundo. E sabendo que isso será, sabemos também que a tristeza não é nada e que o jubilo é tudo. -após isso conduzi todo o coven em uma  dança em espiral, lentamente fechando o círculo num sentido anti-horário, mas não o fechando de maneira demasiada como a tradição mandava. Não me importei com as outras pessoas no cemitério, todo o meu foco estava na energia ao meu redor, eu devia a minha avó um funeral maravilhoso, como ela assim desejou.

Após isso foi a vez do sacerdote, meu tio Alisson e seus dizeres e assim continuamos todo o rito. Por fim aquando jogamos os lírios que eram as flores favoritas de minha avó a enterramos por completo. Não prestei atenção na leitura de minha mãe sobre o testamento de minha avó, mas puder notar seu ódio ao me entregar o grimório desta, pois ali estava  a prova de eu seria a nova sacerdotisa.

Os dias que se seguiram foram os piores de minha vida, conviver com minha mãe que estava sempre de mal humor, tomar conta do coven, preparar os rituais e ir as aulas, estava acabando comigo,eu estava exausta e triste, completamente triste com o rumo de minha vida.

Naquele dia fazia apenas uma semana que minha avó tinha morrido, e eu já me pegava a beira das lágrimas por mais um discussão com minha mãe. Entrei no meu quarto com tudo e bati a porta a trancando, eu não merecia ouvir aquilo dela, eu sempre soube que eu era seu maior desgosto na vida. Me joguei na cama com o coração em frangalhos, eu só queria sumir, sair daquele lugar, daquela vida. Foi nesse momento que senti uma presença em meu quarto e meus olhos se direcionaram para o grimório aberto de minha avó. Estranhei, eu nunca o havia aberto, conhecia de cabo a rabo o que ali deveria ter, minha avó fez questão de desde cedo me treinar para aquela função.

Me levantei e fui até ele o fechando, mas senti que ali eu poderia encontrar minha solução. Relembrei os velhos ensinamentos, e fechei os olhos me concentrando em uma pergunta muda, no desejo enraizado em meu coração, e só então o abri.

—Abrindo portais. -li o ritual do livro que respondeu ao meu alento. -Esse ritual só deve ser executado se a pessoa tiver certeza do que quer, pois uma vez aberto os portais, estes só poderão ser atravessados de volta mais uma vez. -não entendi bem aquilo, mas puder ver uma nota rabiscada na borda do grimório. 

"Só volte se quiser e quando acabar, jamais tente voltar antes, ou de nada terá valido sua jornada..."

Não entendi nada, eu não conhecia aquele ritual, minha avó jamais havia me falado dele, o que me fez pensa o porque disso, e o porque do grimório ter se aberto exatamente ali pra mim. Sabia que não deveria mexer em algo que não conheço, haviam feitiços além da minha atual compreensão, eu tinha apenas 17 anos e ainda estava sendo treinada. Mas no meu atual estado de nervos aquilo só serviu para me instigar ainda mais, eu precisava mudar, e se aquilo me ofereceria mudanças eu não ligaria para os riscos.

Peguei tudo que precisaria para o ritual, a maioria das coisas eu possuía em meu quarto, mas algumas poucas eu tive de pegar na despensa. Coloquei tudo na bolsa o mais depressa que pude e sai o mais depressa possível de casa, logo chamando um Uber.

O ritual exigia que fosse iniciado a 00:00h e tinha de ser no meio de uma clareira, então pedi que o motorista me deixasse na universidade (sempre fazíamos pique-niques ali), aquele era o único lugar que eu sabia existir uma. Desci do carro e me dirigi ao lugar, tive de esperar os seguranças e as pessoas ao redor saírem para só então entrar em meio as árvores, não queria chamar atenção. Não demorei a achar o lugar e logo comecei a preparar as coisas. Já eram 23:40 e eu tinha pouco tempo, meu coração batia a 1000, a adrenalina entorpecia o medo e a dúvida. Não que a noite e a escuridão me assustassem, pois não me assustavam.

Quando deu a hora fiquei na ponta superior do pentagrama, e em cada umas das outras pontas coloquei algo para representar cada um dos elementos (fogo, terra, água e ar). Sabia que não tinha muito tempo, o fogo logo se apagaria ou chamaria a atenção das pessoas, aquilo era mais do que arriscado. Ditei todas as palavras que ali pedia e recitei todos os cantigos devidos, visualizei o local no qual gostaria de viver, para que o portal para tal lugar se abrisse, mas no fim nada aconteceu. Esperei feito uma pateta em pé por longos minutos até que me deixei cair e chorar, eu realmente tinha acreditado que aquela seria minha salvação, e o fim daquela ultima esperança tinha me deixado mais do que triste, tinha me deixado quebrada. Voltei para minha casa sem limpar o local, apenas apaguei o fogo e peguei o grimório revoltada, indo embora.

—Aura onde estava? -dei de ombros ao meu tio, não estava bem. -Esquece isso, que tal assistir um filme comigo. -eu iria negar, mas ele já me puxava para o sofá. -É o Senhor dos Anéis. -disse empolgado me sentando junto a si. 

Eu mal prestava atenção no filme, me sentia cansada, cansada demais para prestar atenção em algo, tudo que eu queria era sumir dali, sair daquela vida. E foi nesse momento que encostei minha cabeça no ombro de meu tio, e ele se ajeitou para que eu descansasse ali. Foquei minha visão no filme, onde um mago passeava em sua carroça por uma linda vila, eu conhecia a história, já tinha assistido aquele filme, e sorri com o pensamento de que ali sim deveria ser um bom lugar para viver, se eu pudesse era ali que eu viveria. E com esses pensamentos me deixei levar pelo sono.

                                                                                  ***

Senti o sol em minha nuca e pequenas gotas de suor escorrer e me perguntei o porquê de não ter fechado a janela de meu quarto. Suspirei e senti a poeira em meu rosto abrindo rapidamente os olhos assustada, mas nada se comparava ao que estava ao meu redor. O sol não estava tão alto, mais eu não tinha nenhuma noção de onde estava e tudo que meus olhos conseguiam vê era um extenso milharal. Fiquei assustada, como eu havia chegado ali? Olhei-me e procurei qualquer indicio de machucados mas não encontrei nada. 

—Senhor Frodo. -escutei o grito. -Senhor Frodo. -a voz repetia. Segui a voz com o coração louco. -É uma coisa que Gandalf me disse.

—O que ele disse? -perguntou uma voz calma. 

—Não o perca Samwise Gamgi. Eu não tive a intenção senhor. -ele se desculpou, e eu me aproximei mais já saindo ao lado do garoto gordinho não acreditando em meus olhos.

—Sam ainda estamos no Condado. O que poderia acontecer? -o outro perguntou sorrindo e eu já saia totalmente da clareira quando estes se viraram para me olhar e eu para me beliscar (só podia estar sonhando), fomos derrubados por algo, e o gordinho caiu por cima de mim, me machucando um pouco e eu chiei com a dor.

—Frodo! Merry é Frodo Bolseiro. 

—Olá Frodo. -disse um Merry sorrindo. O que caiu por cima de mim rapidamente se levantou sem me dar atenção e logo foi socorrer Frodo.

—Saia de cima dele. Vamos Frodo. - ele ajudou Frodo a se levantar enquanto o outro rapaz depositava várias verduras nas mãos deles, e eu já me levantava quando ele colocou em minhas mãos também. 

—Segurem isso. -ele disse mais de repente parou e me olhou. -E quem seria a senhorita? -ele perguntou abismado.

—Vocês estavam na plantação do velho Magote... -mas Sam não terminou o que dizia quando fitou-me.

—Eu, eu sou, eu... -fiquei nervosa e assustada, eu não entendia o que fazia ali.

—Senhorita, você está machucada? -a voz calma mas preocupada me chamou a atenção, e eu me virei fitando aqueles lindos olhos azuis, e ele me sorriu. Mas antes que eu respondesse ouvimos os latidos dos cachorros. 

—Voltem aqui, saiam da minha propriedade. - os rapazes saíram puxando uns aos outros e alguém agarrou minha mão me puxando também, e logo soltei os vegetais que tinha e desatei a correr. -Vão ver uma coisa quando eu pegar vocês. 

—Não sei porque eles está tão bravo, foram só algumas cenouras, e uns repolhos. -falou Merry enquanto corria.

—E os três sacos de batatas da semana passada. -lembrou o outro. -E os cogumelos da semana anterior.

—Sim, Pipin. -continuou Merry. -O que eu quero dizer é que ele está exagerando. Corram. 

O tal Pipin parou, depois Merry e eu logo fui puxada para trás pela mão, mas poucos segundo depois sentimos o peso atrás de nós, Sam havia corrido com tudo e não tinha conseguido parar batendo em nós com tudo e nos fazendo cair. Rolamos ladeira abaixo e os nossos gritos se misturavam com o som das panelas batendo no chão enquanto caíamos. Mas tão rápido quanto começou acabou e caímos amontoados uns em cima dos outros, cuspindo terra. 

—Foi por pouco disse Pippin. 

—Acho que quebrei algo. -comentou Merry puxando um cenoura realmente quebrada de trás de si.

—Isso que dá confiar num Brandebuque e um Tûk. -resmungou Sam se levantando, e eles começaram a discutir.

—Você está bem senhorita. -olhei para o jovem abaixo de mim e me senti corar, ele havia aparado minha queda e me olhava preocupado.

—Sim obrigada. -respondi envergonhada me levantando, e me limpando.

—Sou Frodo, Frodo Bolseiro. 

—Sou Aura Lopes. -respondi e todos se aproximaram. 

—Me chamo Samwase Gamgi. E eles são Merry Brandebuque e Peregrin Túk.

—Mas pode me chamar de Pipin senhorita Lopes... Que sobrenome estranho. -ele parou pensativo.

—Podem me chamar de Aura. -sorri nervosa.

—É um lindo nome senhorita. -Frodo me disse. -Mas diga-nos o que fazia na fazenda do velho senhor Magote? -todos me olharam curiosos.

—Eu também não sei, acho que estou perdida. -disse aflita.

 

 


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Notas finais do capítulo

Please, me digam o que acharam!!!