Estava um dia agradável lá fora, o sol já dava bom dia, com seus raios um pouco forte, já anunciando que o inverno foi embora, acordei disposto, apesar de não ter problemas em acordar cedo.
Levantei e fui fazer minha higiene matinal, logo fui tomar meu café da manha, café amargo e forte sempre foi o meu preferido, nunca gostei de doces. Naruto diz que eu pareço um velho por não ter os mesmos gostos de muitos jovens por ai. Na minha infância meu irmão Itachi gostava sempre de me levar em padarias onde tinha vários e vários doces de todos os tipos, mas ele sempre saia de lá com raiva por eu não comer nada.. oque posso fazer se no lugar de Nescau eu prefiro café amargo? Ou no lugar de doces eu prefiro uma boa bebida que desça quente? E no lugar de um bom suco natural de frutas eu prefiro e amo um suco de tomate? Prazer sou Sasuke Uchiha o estranho, mas o queridinho de muitas garotas. Nada querendo me gabar claro! Mas quem resiste a um Uchiha de barriga tanquinho, pele pálida, cabelos negros quase azul e com 20 anos. Chega de falar de mim agora, preciso trabalhar.

— bom dia Sasuke, o senhor Itachi Uchiha seu irmão, já esta a sua espera. – diz a secretária do meu irmão.

— onde ele esta Ino? – ela me olha estranho me medindo dos pés a cabeça. – Oque foi ?

—Andou bebendo de novo Uchiha Sasuke? – ela diz como se fosse uma mãe dando bronca em um filho, eu até acho engraçado o jeito da loira.

— um pouco. – mentira, foi muito – porque quer saber? Vai correr e contar para meu irmão?

— Claro. Olhe só para voc..

— Calada, quer me dizer onde o babaca de meu irmão esta? – Eu digo interrompendo ela, antes que ela desse um discurso sobre Sasuke e as bebedeiras nas noitadas de final de semana.

— Na sala dele – ela diz se afastando com uma cara emburrada. Ino é a maior fofoqueira e puxa saco de Itachi, ela sempre fala tudo que eu faço para meu irmão. Achando que assim vai ter uma chance com ele.

— eu deixei a loira de lado e estava já no elevador dando alguns cliques nos botões numéricos. Como sou mal educado! esqueci de dizer sobre meu local de trabalho, eu trabalho em uma empresa, cujo dono é meu Irmão Itachi Uchiha, e Obito Uchiha eles criaram a empresa desde sua adolescência, aos 16 anos de Idade, no começo foi difícil, mas com a inteligência e força de vontade deles, eles conseguiram levantar a empresa Sharingan’Cars, tanto que hoje ela é uma das empresas mais conhecida, e de marca respeitada. Estou sendo mal educado novamente, como pude esquecer de dizer a minha função, eu cuido da administração, a Sharingan'Cars é uma empresa que serve para fabricar carros. Nós aqui da empresa escolhemos o material no qual usamos nos carros, cada peça é feita por nós, então enviamos os modelos que usamos para Obito analisar e dizer se pode ou não começar a fabricar, então se a resposta for sim, enviamos para a Fábrica Uchiha‘Cars.
Assim que o elevador parou no andar, dando de cara logo em frente a sala do poderoso Itachi, eu dei duas batidas leve anunciando que estava entrando, não esperei ele dizer “pode entrar” apenas entrei. A sala dele é muito bem confortável, o ambiente contém três poltronas de couro, cor preta, e uma enorme mesa de vidro bem reforçada, em uma cor preta fosca, as paredes de cor cinza com alguns enfeites de vidro retangular, e uma enorme janela dando uma vista ótima.

— Bom dia maninho – Ele diz com um sorriso leve – Pelo oque vejo você andou aprontando de novo. – diz debochando. – E a Ino quase pula em você, estou certo?

— Hum

— Sasuke?

— Oque foi? -Eu digo levantando as sobrancelhas mostrando logo que não estou afim de muita conversa. - Sua secretaria metida disse que quer falar comigo!

—Ei, olhe lá, Ino não é metida! mas isso não vem ao caso agora.

— Hum -Seco

— Bem.. Eu preciso que você visite a fábrica, ocorreu alguns erros por lá, alguns trabalhadores não estão sabendo resolver um erro que ouve em uma das maquinas – Ele suspira cansado. - Você poderia ir lá, e ver se precisa de uma maquina nova?

— Hum

— Isso é um sim? – Ele diz pensativo, então eu balanço a cabeça que sim. – Obrigado maninho, já pode se retirar.

— Escute Itachi – Ele me olha atento – Não pense que eu vou fazer sempre favores para você! – Ele da uma leve gargalhada, então eu sai deixando aquela Hiena rindo sozinho.
Não parece, mas Itachi e eu nos damos muito bem, apesar de sermos irmãos.
Eu sai de sua sala, peguei novamente o elevador, e fui para o estacionamento do prédio, algumas garotas no caminho sempre mandava beijos para mim, e quando não eram beijos, era sorrisos junto com algumas piscadinhas. Claro eu as ignorei, até porque até hoje nenhuma me chamou atenção quanto aquela garota dos olhos verdes, tão verdes quanto uma esmeralda, tão linda e delicada quanto uma cerejeira. Desde aquele dia que eu a vi, meu coração nunca mais foi o mesmo. Alguns minutos eu já estava em frente meu carro, tirei as chaves do bolso, sentei no banco do motorista, e dos fundos, bem lá no fundo do banco de passageiro, escondidinho, eu tirei uma garrafa de vodka, onde pura eu tomei quase todo aquele líquido da garrafa, uns 20 goles foi o suficiente para me deixar tonto. Fiquei por ali mesmo sentado tomando aquele líquido, ao mesmo tempo escutando a música Sweet Child O'Mine de Guns N Roses, aumentando mais o som e começando a cantar tudo embolado conforme a bebida ia fazendo efeito.

Now and then when I see her face
De vez em quando eu vejo seu rosto

She takes me away to that special place
Ela me leva para aquele lugar especial

And if I stare too long
E se eu olhasse por muito tempo

I'd probably break down and cry
Provavelmente perderia o controle e choraria
Oh, oh! Sweet child o' mine
Oh, oh! Minha doce criança

Oh, oh, oh, oh! Sweet love of mine
Oh, oh, oh, oh! Meu doce amor
Não demorou muito para que eu chegasse a metade da garrafa, minha visão já estava turva, eu já estava começando a perder a razão tendo um ataque de risos em seguida, conforme ia cantando, as batidas da música me deixavam cada vez mais tonto, mas eu não me importava, esse momento era meu, ali era meu eu, o jeito que eu me expressava, a bebida e a música faziam um par perfeito nesse ritmo. Se passaram quase uma hora, eu já havia parado de beber, e a música ia pulando para outra conforme ia acabando. resolvi ligar o carro, e ir para a fábrica Uchiha'Cars. Não conseguia manter o controle, pulei varias faixas de pedestres conforme acelerava o carro, a situação não estava nada boa, já podia imaginar as multas chegando em casa e Itachi gritando, eu estava a 180 km por hora, sem me dar conta de que estava na calçada, mas, foi então que, eu não consegui parar o veículo no momento em que um garotinho ia passando na calçada, paralisando no instante em que me viu, seu rosto era de pânico, e ele temia pela morte... Foi nesse momento em que eu virei o carro para a direção da rua me desviando do garotinho, e foi nesse exato momento em que um outro carro ia passando, eu acabei indo na direção dele em alta velocidade. Batemos o carro! sim batemos o carro de frente, e eu não vi mais nada, apaguei completamente.
Acordei com a visão meia embaçada, não conseguia dizer ao certo onde eu estava, as paredes eram brancas, e havia janelas, deixando a sala bem iluminada, posso jurar que talvez eu esteja em um hospital. Eu estava me sentindo completamente quebrado, e minha garganta queima. Ouço alguém se aproximando na porta, e a maçaneta gira.

— Boa tarde – Ela diz em um tom amigável, vestida toda de branco com um decote leve deixando os seios enormes um pouco expostos. – Vejo que acordou! Sou a enfermeira Tsunade. Estive te zelando enquanto sua médica esteve fora.

— Oque aconteceu comigo? – sinceramente não lembro de nada.

— você sofreu um acidente de carro ontem de tarde, foi muita sorte você estar vivo! – Ela diz checando a minha pressão. – E por sorte não quebrou nenhum osso, só alguns ferimentos leves.

— Eu estava dormindo desde ontem? – Eu jurava que foi hoje o ocorrido.

— Você quase sofreu uma convulsão, tivemos que te medicar, os remédios eram fortes, e isso ajudou muito você apagar. – Ela diz dando uma pausa e tomando folego. E você tomou soro, tudo isso enquanto dormia. – Se me der licença vou checar seus exames no laboratório agora. – Ela imediatamente sai do quarto, e fala com alguma mulher ao lado de fora, eu não consigo escutar ao certo oque elas conversam, então a outra voz entra na sala.

— Boa tarde Uchiha Sasuke. Sou sua médica que cuidou de você!
Meu coração disparou, quase saindo pela boca. É ela! Eu não sei oque aconteceu aqui, ou se foi obra do destino. A garota dos olhos verdes esta parada bem na minha frente.

— Boa tarde. – Eu não sei oque dizer, ou fazer! Minhas mãos estão suadas.

— Como você esta? – Ela diz dando um sorriso lindo, e meu Deus! Que olhos lindos.

— Bem.. Estou com sede – Idiota.

— Oh, como sou desastrada, vou pegar sua água. – Ela se aproxima de uma mesinha no canto da sala, onde contém um filtro de água, e alguns copos descartáveis, em seguida pega um deles e logo enche de água, vindo em minha direção novamente. – Pronto, aqui está! – Ela sorri e me entregou.
Aguns

— Me chamo Haruno Sakura. – Ela me olha enquanto bebo a minha água. – Logo suas visitas irão entrar. Eu estou muito impressionada com sua recuperação – Ela pausa e olha para o teto pensativa – Pena que não posso dizer o mesmo do outro paciente.

— Que paciente? – Meu Deus eu matei alguém.

— O paciente chamado Deidara. Ele estava no outro carro que bateu junto ao seu. – Ela suspira. – Ele teve um braço quebrado, e alguns ferimentos, nesse momento esta em outra sala se recuperando. – Ela diz séria. – Por isso eu digo você teve muita sorte de não sofrer nenhuma fratura ou algo do tipo, aliás você e ele poderiam até morrer.

— Você acredita em destino? – Eu solto as palavras sem ao menos perceber a loucura que estou dizendo. Droga.

— Não sei ao certo. – Ela diz pensativa.

— Eu acredito e sabe porque? – Ela faz um gesto para eu prosseguir. – Se não fosse pelo destino, eu não estaria aqui agora lhe vendo pela segunda vez em minha vida. - Pronto me entreguei.

— Você então se lembra de mim? – Ela diz confusa

— Uma vez no metro, a alguns messe atrás. – Ela me encara séria e sorri.

— Sabe, eu me lembro desse dia, eu estava tão concentrada em minha leitura, me senti vigiada! Eu percebia você me encarando, então fiz o mesmo.

— Você acredita agora no destino? – Imediatamente a porta se abre, e um ser invade a sala.

— Sasuke! Maninho, como você está? Soube do ocorrido e vim imediatamente para hospital. – Ele me abraça, e vejo Sakura saindo da sala nos deixando a sós.

— Eu estou bem – Eu quero matar esse infeliz que estragou o clima.

— Tem ideia de como você me deixou preocupado? Olha parabéns, eu te peço um simples favor para ir até a fábrica, e você se embebeda e quase morre no caminho?? – Ele da um sermão de irmão mais velho.

— Me deixei levar por ela.

— Por ela? Você se deixa levar por ela? Uma simples mulher que você viu e nem ao menos sabe o nome dela? – Irritado.

— Ela se chama Haruno Sakura, a doutora que estava aqui a pouco, a qual eu havia visto a meses atrás, a mulher que bagunça meu coração, a mulher que acabou de sair por aquela porta! – Eu digo irritado. – Ele me olha surpreso.

— Parabéns para você então que encontrou a tal mulher que queria. Mas isso não vem ao caso agora, você tem ideia de como me senti quando minha secretária veio em minha sala dizendo “ Sasuke sofreu um acidente e esta no hospital” tem ideia Sasuke? – Ele cospe todas as palavras em cima de mim.

— Desculpe. – Seco.

— Desculpas não vão resolver nada. Peço por favor que não repita tamanha bobagem novamente – Ele leva as mãos ao rosto. - Sabe, desde que papai e mamãe morreu, você é tudo oque restou em minha vida! – Ele imediatamente vira as costas e me deixa sozinho na sala.
— Sasuke – Sakura entra na sala um pouco nervosa, provavelmente ficou assustada com os gritos de Itachi. – Vim para dizer que você esta de alta, poderá deixar o hospital quando quiser, já conversei com seu irmão, ele esta resolvendo a papelada agora.

— Obrigado, peço desculpas pelo oque acabou de acontecer aqui. – Ela me olha se recuperando do susto.

— Não tem problema, é natural o irmão dar um sermão no mais novo. E ele esta certo; não faça isso de novo. – Diz me encarando tímida.

— Então você escutou tudo? – Me mate.

— Eu e o hospital todo. – Ela da uma gargalhada, e então me encara novamente nervosa.

— Você deve estar me achando um idiota não é? – Ela sabe da bagunça que fez comigo.

— Sim. – Sorri – Mas um idiota fofo.

— Aceita sair comigo qualquer dia desses? – Eu digo tentando ser o mais natural possível.

— Mas é claro. – Ela sorri tímida.
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Alguns dias depois.
Eu estava concentrado em minha roupa e pensando em meu encontro de hoje a noite. Estava muito nervoso com as mãos suando, e um pouco trêmulo. Logo teria que passar na casa de Sakura para busca- lá de carro. Sim ela aceitou que eu dirigisse, apesar do acidente de dias atrás.
Não demorou muito, eu já estava bem ali em frente a porta dela tocando a campainha. E ela atendeu me dando o mais lindo sorriso. Se o mundo acabasse hoje, eu morreria feliz.
Eu levei ela em um restaurante muito refinado, onde todos me conheciam, e por incrível que pareça, conheciam ela também. O restaurante dos Hyuuga, era um dos mais conhecidos em Konoha, pelo excelente sabor, que encantava a todos.
Sakura e eu fomos atendidos por Hinata Hyuuga, uma das donas do restaurante. Ela mostrou uma mesa disponível para nós.

— Você sempre vem por aqui? – Sakura me pergunta surpresa.

— As vezes venho almoçar aqui após o trabalho. – Eu digo dando uma olhada no cardápio.

— Estou surpresa, eu também frequento aqui, mas nunca te vi. – Ela tira a minha atenção.

— Você topa sair comigo novamente depois daqui? – Ela deve me achar um maníaco.

— Sim – diz me olhando confusa.

— Sabe tem umas coisas que eu preciso te dizer. – Eu a encaro. – Mas não quero dizer aqui.

— Tudo bem, eu aceito ir onde você quiser. – Ela da um sorriso e novamente se concentra no cardápio.
Umas das garçonetes veio entregar nossos pedidos. Ela usa dois coques nos cabelos, um avental acima dos joelhos, e um vestido comportado, e adequado para o local. Sakura e eu agradecemos pelo serviço muito bem atendido. Enquanto jantávamos, Sakura não parava de dizer o quanto amava ser médica, e o quanto deu duro para estar onde esta. Nessa conversa eu pude conhecer mais a rosada, ela também teve o privilégio de me conhecer desde o zero. A conversa foi ótima e eu não deixava e não conseguia para de olhar a garota dos olhos verdes que estava bem na minha frente. Foi incrível. Eu então fiz o convite para sairmos dali e ir para o tal lugar que eu havia posposto a pouco. Paguei a conta e deixamos aquele lugar. No caminho enquanto eu dirigia, ela se deu o luxo de escolher uma música, e comentava o quanto amava escutar Paramore. Eu me deixei levar pelas conversas dela e o modo de como ela dizia soltando tantos sorrisos, e tudo para mim. Não percebi mas já estava em frente o campo. Sim um campo, meu lugar preferido, o lugar que vive isolado, onde eu venho de vez em quando ter meus momentos de Sasuke solitário. Parece clichê mas é a verdade.

— Aqui realmente é lindo. – Diz descendo do carro.

— É sim, por isso é meu lugar favorito. – Eu logo me sento em um banco próximo dali.

— Da para ver a cidade quase toda daqui de cima. – Ela e senta junto a mim.

— Sakura. – Digo buscando forças para poder falar. – Oque acha disso tudo? Digo de você e eu. – Eu digo encarando o céu estrelado.

— Acho que esta sendo algo novo para mim, e eu estou gostando disso tudo. – Ela encara as próprias mãos.

— Eu te trouxe aqui por um motivo, por algo muito importante em minha vida na verdade. – Ela novamente me encara um pouco tímida. – Oque eu tenho para te dizer, pode mudar as nossas vidas, para boa ou ruim.

— Você esta me assustado. – Diz nervosa.

— Sakura eu estou apaixonado, completamente louco por você. – Ela arregalou os olhos, e estava pronta para me dizer algo, mas eu a impedi. – Desde aquele dia no metrô, eu me encantei por você, nos seus olhos me encarando eu te vi por dentro, a pessoa doce que você é.

— Sasuke.. – Ela tenta falar mais eu novamente impeço.

— Tudo oque eu quero, é que me deixe entrar em sua vida, e se você dizer não! Eu entendo, te levarei para a sua casa e nunca mais falamos nisso.

— Sasuke.. – Ela segura a minha mão e me encara. – Você pode entrar em minha vida! – Bastou aquelas simples palavras para eu selar nossos lábios, meu coração acelerou e pude sentir o dela. Paramos os beijo e ela novamente me encarou sorrindo. – Sobre aquela sua pergunta que você me fez no hospital. – Ela acaricia meu rosto. – Sim, eu acredito em destino! Pois eu também me apaixonei por você.