Estava em sua casa olhando a mordida em seu pescoço, não se lembrava quem tinha feito aquilo, mas sabia que era um vampiro após ouvir as histórias de Klaus. Limpava a ferida com cuidado, o local ainda estava muito dolorido e com uma aparência bem feia. Ouviu baterem na porta de casa e apressou-se em achar um lenço para cobrir o pescoço, ela não podia mostrá-lo para ninguém.

Atendeu a porta e viu Klaus esperando-a, ele tinha um sorriso no rosto e entrou contando animado algo que tinha acontecido, mas assim que viu o lenço cobrindo seu pescoço e sentiu o cheiro de sangue sua expressão mudou.

— Gwen... - Seu tom era um misto de raiva e preocupação. Ele se apressou em tirar o lenço antes mesmo dela poder reagir e viu a mordida, seus olhos ficaram escuros de raiva - Quem fez isso com você?

— Eu não sei.

— Ele te compeliu?

— Eu não sei... Acho que sim? - Respondeu receosa e ele parecia pensar em quem seria culpado.

— Eu acho que já sei quem fez isso com você, love, pode ter certeza que ele vai pagar por isso - Disse andando até a porta.

— Não, Nik, por favor - Ela pediu segurando seu braço.

— Eu tenho uma reputação a zelar, sweetheart, não posso deixar isso passar.

— Não mate ninguém, por favor.

Ele parou por um momento e olhou fundo nos olhos dela, seus olhos estavam inundados de lágrimas por vê-la machucada, ele não queria vê-la naquela situação. Sentiu os braços de Gwen envolvendo-o e correspondeu seu abraço sentindo seus corpos encaixarem perfeitamente. Perderam um bom tempo naquele abraço, enquanto ela se sentia protegida, ele sentia seu coração bater mais rápido novamente, sentia uma conexão com ela e uma necessidade de protegê-la e fazê-la feliz a todo custo.

— Gwen - Começou enquanto se separava dela - Eu tenho um jeito rápido para curar o seu pescoço, mas pode não ser muito agradável...

— Como? - Ele mordeu seu pulso e ofereceu à ela.

— Meu sangue vai te curar.

Ela ficou sem reação por alguns instantes, mas escolheu aceitar a proposta. O gosto era estranho e a ideia de estar bebendo sangue a dava náuseas, mas ao mesmo tempo aquele contato mais íntimo com ele gerou novas sensações e um vínculo inquebrável. O efeito do sangue foi rápido e ela sentiu seu pescoço voltando ao normal.

— Obrigada - Agradeceu e ele sorriu.

— Antes de eu ir, eu gostaria de convidá-la para jantar na minha casa amanhã.

— Eu gostei da ideia - Respondeu e ele não pode conter um sorriso largo.

— Estarei te esperando, sweetheart— Deu um beijo em sua testa - Mas agora tenho que ir e garantir que ninguém jamais rele em você novamente.

—0-

Damon bebia uísque em frente à lareira quando percebeu uma movimentação diferente na casa, Elena estava tomando um banho e Stefan, que estava sentado no sofá, também percebeu a movimentação. O moreno deixou o copo em cima de uma das mesas e andou a procura de quem estaria ali, mas sentiu seu corpo chocando-se com força contra a parece e uma mão segurando seu coração. Quando abriu os olhos viu que era Klaus, Stefan levantou-se para ajudá-lo, mas parou ao ouvir o Original.

— Um passo e eu arranco o coração dele fora, Stefan - Disse com a voz fria sem perder o contato visual com o moreno - Se você chegar perto dela novamente eu não vou pensar duas vezes em te matar da maneira mais lenta e dolorosa o possível.

— Não vai acontecer de novo - Damon respondeu com a voz debilitada.

— Eu sei que não - O loiro tirou a mão de seu peito de sorriu vitorioso - Isso vale para qualquer um que encostar nela - Disse olhando para Stefan e para Elena que assistia assustada das escadas. Voltou seu olhar para Damon e segurou seu pescoço com força - A única razão de você estar vivo é que eu prometi a ela que não mataria ninguém hoje, mas não me tente amanhã - Completou e sumiu pela porta.

— O que você fez? - Elena perguntou preocupada.

— Eu fui atrás da amiguinha dele e aproveitei para fazer um lanchinho.

— Você está louco? - Stefan falou aumentando o tom de voz.

— Eu posso até ser inconsequente, mas você já parou para pensar que agora temos um jeito de ter Klaus nas nossas mãos?

— O que você está querendo dizer com isso? - Elena parecia entender sua ideia.

— Nós podíamos pegá-la para termos uma arma contra ele, se ele não fizer do nosso jeito ela morre.

— E depois todos nós morremos também - Stefan respondeu como se fosse a ideia mais estúpida que já tivesse ouvido.

— Mas se a mantermos viva e sob nosso controle ele tem que nos obedecer - Elena rebateu gostando da ideia.

— Vocês realmente querem fazer isso?

— Vale a pena tentar - Damon sugeriu - Só precisamos deixar a poeira baixar.