Ligações Perigosas escrita por Maria Gellar


Capítulo 1
Prólogo - A Família Vitter


Notas iniciais do capítulo

Avisos Paroquiais Antes da Leitura:
1. A história é contada do ponto de vista da Annelise.
2. O sobrenome Vitter lê-se "vaiter".
3. História criada para três temporadas, porém, tudo dependerá do interesse das leitoras.
4. Por favor, não seja um leitor fantasma, comente nem que seja breve! Quem já acompanhou minha fic, sabe que adoro interagir com minhas leitoras ♥
5. Esta é a minha segunda fanfic, a primeira foi Conflicted - Um recomeço.
6. Eu não sou a melhor escritora de todos os tempos, por isso, peço desculpas se a história decepcionar ou se encontrarem erros de ortografia. Eu escrevo de coração, viu?
7. Vídeo inspiração da história nas Notas Finais (assistam, muito fofo e com uma música linda!)
8. Espere uma história de amor um pouquinho clichê!

OBS: na capa, a Annelise Vitter.

Aproveitem a leitura!



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Ligações Perigosas: esta expressão teria sido utilizada pela primeira vez na literatura Francesa, por Montesquieu ao referir-se a alianças internacionais temerárias ou imprudentes.

O salão no Hotel Plaza em Nova Iorque estava lotado de pessoas bem vestidas e segurando taças de champanhe na mão. Os candelabros enormes davam um toque de requinte na decoração. A música clássica tocando ao fundo e os garçons servindo petiscos caros de camarão e outros sabores.

A festa estava sendo oferecida pelo meu pai, Roger Vitter, o fundador e presidente da Vitter’s Indústria, fornecedora número um de materiais de construção em todo o país.

Meu pai criou seu império do nada e se dedicou arduamente à empresa, logo, vivemos cercados de luxo e tudo o que o dinheiro pode comprar.

Minha mãe, Felícia, é casada com ele há 17 anos, porém, contando os anos de namoro, eles estão juntos há 22 anos e com certeza são meu exemplo de amor verdadeiro.

Eu, com apenas 19 anos, já tinha frequentado mais festas de gala do que posso contar, o que havia se tornado um tédio, devo dizer.

Mas quem sou eu? Meu nome é Annelise Vitter, mas todos me chamam de Anne. Meus cabelos escuros lisos descem até um pouco mais dos meus ombros; meus olhos possuem uma cor peculiar, meio mel esverdeado; tenho a pele branca e sou magra, não muito alta; meu nariz é fino e combina perfeitamente com minhas feições; e, por fim, tenho um sorriso branco e alinhado que somente os procedimentos mais caros de ortodontia poderiam fornecer.

A vida que eu levo certamente não é o que a maioria está acostumada. Eu, literalmente, posso ter tudo o que eu quero e quando eu quero.

Eu estou no segundo ano na Billiard School, um colégio particular de altíssimo padrão e tiro somente notas altas; faço parte do Comitê do Baile; já fui rainha do baile de primavera; e não gosto muito de baladas e qualquer outra coisa que me exponha. Tento manter a discrição uma vez que meu pai é visado pela mídia desesperada em pegá-lo em algum escândalo.

Sim, eu já deveria ter me formado, entretanto, fiz um intercâmbio de um ano na França e outro de mesmo período na Alemanha, o que acabou atrasando o término do meu ensino médio.

Enfim, posso afirmar que sou a típica patricinha de Nova Iorque e filha perfeita, sempre seguindo as regras, sempre sendo educada e sempre mantendo a reputação. Isso diante os outros, porque, no fundo, eu sou uma pessoa bem diferente.

Uma pessoa diferente que está esperando o momento certo para se revelar.

Apesar de parecer que riqueza facilita tudo, acredite, não é assim, pois o dinheiro e o poder trazem inimigos.

Não é novidade que os concorrentes do meu pai tentam a todo custo lançar uma Oferta de Aquisição hostil para tomarem o controle da empresa, porém, meu pai jamais a venderia, nem por todo o dinheiro do mundo.

Além de seus concorrentes, há diversos bandidos tentando roubá-lo de todas as maneiras.

Esse é um dos problemas de ser uma família notória: sua vida é um livro aberto e todos sabem o dinheiro que possui.

Roger já sofreu alguns atentados bem como tentativas de extorsão, mas graças ao trabalho da polícia, nenhum deles foi bem sucedido.

É irônico, não é? Ao mesmo tempo em que você tem todo o dinheiro do mundo e o céu é o limite, você não pode usufruir completamente dele justamente porque existem pessoas que querem o que você tem.

Bem, eu estava parada ao lado da porta do banheiro feminino no Plaza, olhando-me no enorme espelho com molduras douradas, ajeitando meu cabelo que estava solto.

— Annelise, você está linda! — disse Elizabeth, uma das amigas de minha mãe.

Ela tinha cabelos loiros claros e curtos, arrumados em um leve topete para trás e tinha algumas rugas em seu rosto. Elizabeth segurava uma taça de champanhe que estava pela metade.

— Olá, Elizabeth! Obrigada, você está muito elegante também! — falei em meio a um sorriso.

Nisso, um homem aparentando seus vinte e cinco anos com cabelos loiros e olhos azuis se aproximou, dizendo:

— Com licença, será que eu poderia roubar esta bela jovem um minuto?

Ele estava se referindo a mim, claro.

Fiz uma expressão confusa, afinal, eu nunca havia o visto.

— Oh querido, nós começamos a conversar agora. — respondeu Elizabeth com gentileza — Será que não poderia voltar em outro momento?

— Receio que não.

Após dizer isso, o misterioso homem sacou uma pistola do seu terno e atirou em Elizabeth na barriga.

O salão gritou um “oh” em uníssono, apavorados com o barulho de tiro disparado.

Uma forma circula em sangue começou a se formar na roupa de Elizabeth no local onde o tiro a atingiu e ela posicionou a mão em cima do machucado, tentando estancar o sangue e, em seguida, caiu no chão.

Prontamente, o homem loiro me puxou de forma brusca pelo braço e apontou a arma para minha cabeça.

A essa altura, todos estavam olhando para nós dois, afinal de contas, era dali que o tiro havia sido disparado.

Meus pais estavam a apenas alguns metros de distância e minha mãe abraçava meu pai de lado, totalmente apavorada, chorando.

Eu fiquei imóvel com a respiração descompassada, nervosa com que o que poderia acontecer.

— Ninguém chega perto ou eu mato ela! — gritou o homem encostando a arma em minha têmpora.

— Vamos nos acalmar, ok? — disse Roger dando passos lentos em nossa direção — O que você quer?

— Dinheiro! — respondeu sem hesitar e meu pai continuou tentando se aproximar com a minha mãe ao lado — E você fique aí, não dê mais um passo!

O salão de festas agora estava transformado num cenário de terror. Os convidados estavam afastados de nós e encolhidos no canto, temendo que o maluco atirasse novamente.

— Eu posso te dar dinheiro, mas você tem que soltar minha filha. — Roger estava com a voz calma e com os olhos vidrados em nós, mal piscava.

— Acha que irei aceitar sua oferta tão fácil? — ele deu uma gargalhada — Ela vai comigo!

No momento em que o homem iria se virar para me conduzir para fora do Hotel, um dos seguranças do Plaza deu uma coronhada por trás na cabeça dele que caiu no chão, largando a arma.

Andei para trás e acabei tropeçando em meus próprios pés, pois queria ficar o mais longe possível daquele maluco!

Felícia e Roger correram até mim, descendo para falar comigo que ainda estava no chão, aterrorizada.

— Filha, você está bem?

Eu apenas assenti, não conseguia falar.

Minha mãe abraçou-me de lado e meu pai abraçou a nós duas fortemente.

Assistimos ao misterioso rapaz ser algemado e levado por dois seguranças para fora do Hotel.

Ficamos alguns minutos ali parados, abraçados, tentando nos acalmar do incidente que havia acontecido.

Todos os convidados começaram a murmurar e alguns vieram nos ajudar.

Não era preciso palavras para saber que a festa tinha acabado.


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Notas finais do capítulo

Link vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=iVoTIuEGrgY

Bem, o prólogo serve apenas para introduzir o resto da trama e, início de história geralmente é bem parado né?
Espero que tenham gostado! Posto a continuação quando alguém estiver acompanhando
Beijos no coree



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