Chances. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 11
Capítulo 11 - Decisivo.


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que dei uma sumida daqui, admito que eu própria estou decepcionada com minha demora para atualizar minhas fanfics, mas, estão acontecendo tantas coisas no momento; Para começar meu pc queimou, e além de ficar sem ele, perdi todos os capítulos das minhas fics que eu já tinha adiantado, perdi ideias para próximas histórias, e principalmente perdi o conteúdo de um livro original que eu estava escrevendo que era muito importante para mim! Fiquei tão decepcionada com isso sério!
Outra coisa que aconteceu é que entrei em um curso de Marketing que eu queria entrar há muito tempo e isso consome todo meu tempo livre, vulgo domingo (estudo de segunda a sexta e sábado dou aulas de literatura e Língua portuguesa para os alunos que tem dificuldade na matéria na escola, inclusive semana passada tive a honra do meu trabalho ser registrado no cartório e agora posso usá-lo como trabalho comunitário para conseguir intercâmbios gratuitos).
E por último, estamos no período de pré ENEM e eu vou fazer esse ano por experiência ( de novo) então já viu, chuva de simulados.

Enfim, queria compartilhar com vocês as dificuldade que estou tendo para postar, porque além disso tudo estou usando o PC da minha mãe agora que é muito lento.

Mas, vamos continuar tentando, inclusive estou planejando postar logo logo um capítulo de A Love Of Another Life.



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CHANCES.

Capítulo 11 - Decisivo.

Ponto de vista: Bella.

New York era um novo mundo para mim, algo completamente diferente do que eu sempre vi em minha vida; Prédios, trânsito, ar poluído, excesso de tecnologia...Totalmente ao contrário de Forks, que contava com árvores, flores, lagos e balanços para diversão. Era como se Forks fosse algo puro e New York...Algo bem longe disso. Me encontrava um pouco zonza enquanto observava a cidade pela janela do carro de Jasper, e isso nada tinha a ver com a gravidez, aquele lugar só era demais para digerir.

Jasper me olhou de canto de olho e com sua mão livre apertou uma das minhas, mesmo sabendo que ele não veria por estar prestando atenção na estrada enquanto dirigia, sorri para ele. De forma que queria agradecer por tudo que ele vem fazendo por mim. Cavalheiro e perfeito era pouco para descrever. O mesmo vinha me respeitando e me entendendo de uma forma que eu nunca achei que ninguém faria.

 Durante a lua-de-mel em Paris, que ele parecera planejar desde sempre, o mesmo se preocupou em pedir por quartos separados para nós, provando que nunca me forçaria a nada. Passei a admirá-lo ainda mais ali, me perguntando como alguém podia amar alguém tanto assim, a ponto de não pedir nada em troca. Na semana que passou, ele bancou o guia turístico e me mostrou os pontos mais bonitos da cidade luz. Admito que me apaixonei pelo lugar como ele disse que eu iria, quando usou isso como argumento assim que me convenceu a ter a lua- de-mel, que eu não queria por achar exagero.

                Criei boas memórias na Europa, eu era uma garota que nunca havia ido muito longe na  vida e agora descobria o mundo por causa de um cara que me amava mais do que eu merecia. Apesar de tudo, era uma sortuda.

O carro parou de repente, logo percebi que paramos em frente a um prédio espelhado muito elegante. Um rapaz trajando um terno azul escuro engomado abriu a porta do veículo para mim e eu me assustei um pouco.

—Bella, querida, esse é Froy, é um dos empregados dos Biers aqui em NY, ele é praticamente um faz tudo, o mesmo trabalhava na casa dos meus pais, mas, passará a cuidar do apartamento que comprei aqui em Manhattan para nós. — Jasper explicou se aproximando de mim e me abraçando pelos ombros, apenas assenti.

—É um prazer te conhecer, Froy. — falei para o homem que aparentava ser da idade de Jasper e sustentava uma pele tão pálida quanto a de um vampiro. Ele sorriu educadamente.

—Também é um prazer conhecê-la senhora Biers. — me disse e eu engoli a seco. Mesmo tendo ouvido aquele termo por toda viagem, ainda era complicado me acostumar com ele.

—Vamos subir. — Jasper convidou, concordei e fitei meu então marido acenar para Froy antes de me oferecer seu braço para que eu encaixasse ao meu.

Não sei porque, mas, tinha a impressão que Froy seria um grande amigo meu. Seus olhos azuis cheios de sinceridade me fizeram acreditar nisso.

[...]

Dentre os meus receios ao casar com Jasper, estava o de não conseguir honrar o sobrenome Biers. Eu não  vinha de um berço de ouro, não fui educada para ser uma dondoca, e tão pouco tinha talento para me transformar em uma. Sabia que tinha que me acostumar com o luxo, com jantares elegantes e detalhes fúteis, mas, estava disposta a  isso por ele. No entanto, não estava preparada para encontrar um verdadeiro palácio na cobertura que iríamos morar.

 Os móveis brilhavam, a casa cheirava a jasmim, janelas de vidro cobertas com cortinas iluminavam quase todos os cômodos enormes. Eu tinha um time de empregados disponíveis para mim, sendo esses os mais discretos a não questionarem porque Jasper e eu dormíamos em quartos separados e também ganhei um closet repleto de coisas caras e de marcas famosas.

 Como eu não tinha muito o que fazer aqui, Jasper fez questão de preparar uma biblioteca para mim na cobertura para que eu me distraísse enquanto ele estava na faculdade e mais tarde na empresa de seu pai.

       Me acostumar a minha nova rotina foi difícil, mesmo com todo esforço de Jasper que sempre que podia me levava para passear ou encontrava alguma coisa para fazer comigo em casa. Minha gravidez passava-se de modo saudável e volta e meia eu ligava para meus pais e para Rose para comunicar como eu estava.

            Virei amiga de todos os empregados da casa como esperado. E hoje, um mês após a minha chegada a NY me arrumava para almoçar com Jasper em um restaurante perto do Central Park. Ele disse que queria me apresentar a alguém e eu estava ansiosa.

       Não demorou a chegar da faculdade, tomar um banho e me levar até o tal restaurante. Era um ambiente que me agradou, repleto de flores e cores, me surpreendi quando Jasper me encaminhou em direção a mesa que uma ruiva carregando um menino de olhos azuis estava. Ela sorriu para nós quando nos viu e eu passei a mão por meu ventre apenas por costume.

—Bella, essa é Victoria, uma grande amiga da faculdade, fazia tempo que ela queria te conhecer. — apresenta a mulher a mim e eu sorri. Ela era inacreditavelmente bonita e parecia simpática. — E esse garotão é Owen, o filho dela. — contou e de forma automática toquei na cabeça do bebê de bochechas rosadas. O mesmo riu para mim.

—Uau, isso é novo, Owen gostando de alguém de cara. — ela zombou e Jasper gargalhou antes de puxar a cadeira para que eu sentasse, o agradeci com o olhar logo que fiz isso.

—Oh, ele parece ser bem receptivo se me permite dizer. — brinquei agora segurando os dedos gorduchos dos bebê. Meu coração se enchia em saber que amanhã saberia qual era o sexo do meu filho e que daqui a pouco tempo o teria em meus braços.

—Bom, deixarei vocês a sós um pouco, para cumprimentar um amigo meu que avistei na entrada. — Jasper avisa e antes de me deixar me dá um beijo na bochecha. Victoria observou toda essa interação séria.

—Como vai o casamento? — indagou calmamente ajeitando Owen.

—Perfeito. Jasper é perfeito. — é a melhor resposta que tenho, porém não é a mais sincera no momento. Porque no fim as coisas não seriam perfeitas até eu superar o fato de que sempre amarei Edward Cullen.

—Conheço essa expressão; Ela diz; Perfeição quase sempre só tem a ver na realidade com o cara errado. — debocha de modo divertido e eu arregalo os olhos. — Eu sou muito amiga do Jasper, eu sei como são as condições do casamento de vocês e que esse filho não é dele. — ela esclarece e eu fico sem graça. — Não se preocupe, não estou julgando, ou você acha que Owen nasceu de um relacionamento sério? O pai dele, James é um otário. Não sei como pude amá-lo. Mas, sabe como é, as melhores coisas vem das piores. — me explica. —Pedi para Jasper te trazer para me ver, porque imaginei como as coisas devem estar loucas para você aqui. Digo, recém-casada com um cara que não é exatamente o cara por quem está apaixonada, grávida e em uma cidade estranha. Você precisa de alguém para desabafar. — me surpreendo quando ela diz isso.

—Geralmente, desabafaria com Rose, minha então melhor amiga. Mas, tem sido complicado sem ela. — admito.  — Como conheceu Jasper? — indago pois quero saber mais.

—História clichê. Esbarramos no corredor da faculdade, ele viu que eu estava lendo o livro predileto dele e nossa amizade começou. Faço literatura inglesa, na verdade estou quase acabando, o nascimento do Owen há alguns meses atrapalhou um pouco as coisas, mas, estou me resolvendo.  — diz, enquanto paparica o menino que brinca com o guardanapo da mãe.

—E você gosta? De literatura inglesa? — questiono ao perceber que realmente tenho que conversar mais. Victoria sorri assentindo.

—Sim, eu amo o que decidi fazer. E você? — questiona e eu me movo desconfortável.

—Não existem faculdades em Forks. A população de lá é dividida de um jeito peculiar, metade são fazendeiros ricos e a outra metade pobres sem muita ambição, geralmente esses segundos trabalham para os primeiros. — faço minha explicação.

—E isso te limitou a ser igual a eles e seguir o padrão? Antes de sair de lá não tinha nem um sonho maluco que quisesse cumprir? Estamos em NY, tudo é possível aqui. — ela diz olhando em volta animada.

—Nunca fiz algo que...amasse com todo coração, na verdade sempre me senti meio deslocada no mundo. Uma pessoa que nunca quis mais do que já tinha. Minha ingenuidade em seguir essa ideologia foi o que me trouxe até essa situação complicada. — faço meu desabafo.

—E o que você faz para passar o tempo aqui? — questiona um tanto incrédula.

—Leio. Cozinho. Assisto. Consigo ser criativa. — garanto.

—Já tentou escrever? Quando eu estava grávida do Owen fazia isso para relaxar. Deveria fazer também, colocar no papel o que você não ousa dizer nem para o seu próprio reflexo é libertador. — a mesma me aconselha e eu arqueio a sobrancelha.

—Eu não sei...Acho que tem coisas que se eu colocasse no papel tornariam-se reais demais e eu sofreria. — conto para ela e Victoria me olha de modo calmo.

—Às vezes só o que precisamos fazer para seguir em frente é aceitar que por mais que doa temos que enfrentar a realidade, se você fugir dela, ai é que o sofrimento irá aparecer. — me aconselha e eu suspiro.

— Bem...Acho que posso tentar. — o que eu não sabia no entanto, é que o que Victoria me sugeriu mudaria minha vida para sempre. Foi como um divisor de águas. Um dia eu era Isabella Swan sem sonhos e ambições e no outro eu era I.B. Uma escritora renomada que nunca teve seu nome verdadeiro revelado. Eu passei de caipira abandonada para uma Biers reconhecida, mas, isso é história para outro capítulo.

— Em Londres.

Ponto de vista: Edward Cullen.

 

            A neve caia graciosamente e eu a observava pela janela do restaurante onde me encontrava. O lugar era um dos clássicos da faculdade e era frequentado pela elite de Londres, gostava de vir aqui para refletir ou então só para olhar as pessoas sendo felizes ao meu redor. Da porta de entrada uma garota de longos cabelos castanhos quase ruivos apareceu, foi automático, lembrei-me de Bella. Dos momentos bons que tive, da sua risada, da sua positividade e de suas teorias. Céus! Eu amava aquela mulher demais, e deixei escapar por ser um covarde. Deixei mais uma vez meus pais tirarem algo bom de mim e agora sinto que viverei para sempre com esse arrependimento.

Para ela as coisas seriam mais fáceis do que para mim, Bella é incrível, a mesma encontrará sem dificuldades um caminho a seguir melhor do que teria comigo. Eu serei somente um erro na vida dela, uma lembrança ruim, enquanto ela será a melhor escolha que eu nunca fiz na minha.

Os dias longe dela foram tortuosos, meu peito latejava de saudade e eu tinha que sorrir e fingir que não sabia que tinha estragado minha vida ao não lutar por a Swan. Mantinha meu auto controle para não correr até Forks e dizer que se ela me quisesse dane-se minha fortuna ou meu sobrenome. Queria dizer que esses dois não importam, mas, sempre irão importar. É parte da minha má essência. Queria dizer que largaria tudo para dar a ela a felicidade que merece, que enfrentaria qualquer coisa, mas, eu não podia, para isso eu teria que me arriscar, e seu eu me arrisco posso perder e não gosto de perder. E o que tenho, não conseguiria  abrir mão disso, nem por ela.

        Suspirei quando ouvi meu nome sendo chamado repetidas vezes.

—Em que mundo está, cara? — James, meu então melhor amigo indagou. Poderia muito bem dizer a verdade, sobre o que pensava no momento, sobre o que sentia, mas, eu sabia nem para ele importaria. James diria que Isabella foi só a garota das férias e que eu devia superá-la.

        Isabella não foi a garota das férias, ela é a garota da minha vida.

—Nesse mundo. Totalmente concentrado na faculdade. — minto, mas, pela expressão dele é obvio que não caiu nessa. Tanto faz, ultimamente não me dou ao trabalho de tentar ser extremamente convincente com ele, afinal como eu já disse, James não se importa.

Ele estava acomodado em uma cadeira quase a minha frente, e tomava um chá tipicamente londrino, por mais que não parecesse as vezes, James era um britânico clássico, com todos o trejeitos e costumes de um.

—Okay...Vamos pular a parte que você finge que está realmente focado nisso, para a parte que você me diz se vai a festa da irmandade beta hoje. — fala animadamente, suspiro logo de cara.

—Não. Tenho que ir aquela festa do ministro Denali, lembra? — indago, pois havia comentado desse evento semana passada com ele.

James revira os olhos.

—Isso é irritante, não podia simplesmente se recusar a ir? Não sabe qual a intenção dos seus pais ao te levar para esse tipo de coisa? — questiona com deboche.

—Fazer com eu estabeleça bons contatos para o futuro? — arrisco e ele ri com escárnio.

—Não. Fazer com que você arrume um bom casamento, como se você fosse uma daquelas mocinhas do século vinte. — sua zombaria faz com que eu me questione porque ainda continuo sendo amigo dele, no entanto tempos depois acabei descobrindo que James estava certo. Meus pais tinham planos para mim naquela festa e eles definiram todo meu futuro ali.


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Notas finais do capítulo

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