No oceano do amor escrita por Alyssa Sullivan


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Nessas últimas semanas tive a agenda bem corrida. Mas sempre q eu puder vou estar atualizando a história.



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O marujo virou-se para encarar a pessoa. No susto ele se cobriu rapidamente com as mãos suas partes de baixo. Bella pegou o vestido que estava do lado e colocou na frente de seu corpo.

— Se estiver bom não precisa parar por minha causa. Estou apenas de passagem – Nanny aproximou-se do rio e encheu o seu odre – Não vou ficar. Não se preocupem.

A amazona foi andando para longe. Depois dela desaparecer de vista.

— Você acha que ela vai contar para alguém? – perguntou Edward.

— Acho que não. Não sei! – a amazona tratou de se vestir rapidamente – sei que estamos demorando muito para voltar!

O forasteiro passou sua mão em seus cabelos.

***

Edward estava exausto do passeio pela manhã. Ele ainda não entendia porque deveria temer tanto que as amazonas soubessem do relacionamento dele com Bella. Mas uma coisa era certa elas não queriam que ele saísse da ilha, porém o marujo não sentia que aquele local fosse o seu lar. Nunca na sua vida ele tinha sentido tanta saudade de casa, da sua irmã, do seu pai, do sr. Gibs que era um cachorro velho que não gostava de brincar e passava o dia todo dormindo, sentia falta até da sua madrasta. Era uma mulher boa, no entanto viajante a via como uma intrusa em sua residência.

O sol estava perto de se pôr e pouco a pouco as amazonas encerraram as suas atividades. Edward entrou em sua cabana e para sua surpresa havia uma mulher em sua cama.

— Quem está aí?

A mulher sentou-se de costas para o marujo. Aparentemente ela estava nua.

— Não acredito!

— Estava esperando por você – era a mesma garota que tinha tentado lhe agarrar no riacho.

— Eu quero que você saia daqui! – Edward usou um tom forte.

— Por quê?

Edward soltou a respiração. Ele olhou para o lado como estivesse procurando as palavras.

— Não sei o que te prometeram... mas não vou fazer parte disso. Eu vou sair dessa cabana e quando eu voltar espero que tenha ido embora.

— Mas...

— Você me entendeu? – perguntou o marujo a interrompendo.

A garota arregalou seus olhos azuis.

O forasteiro saiu da tenda seguindo sem rumo.

***

Rosalie usava um pedaço de madeira para se apoiar enquanto andava em meio as ervas. Ela usava uma bolsa de lado. O lugar parecia uma pequena plantação.

— Você deveria está descansando – a fala de Bella assustou um pouco Rosalie que estava concentrada na atividade.

— Eu estou ótima!

Rosalie se abaixou com dificuldade para pegar.

— Estou vendo! – Bella usou um tom sarcástico.

Rosalie continuou colhendo.

— Tem uma coisa que aconteceu...

Bella fez uma pausa.

— Conta!

— A Nanny viu eu e o Edward juntos.

— E?

— Nós estávamos ... é ...

— Ah! Entendi – Rosalie levantou-se com dificuldade – Vocês têm que sair o mais rápido possível dessa ilha. Agora que elas estão sabendo que ele está totalmente saudável vão usar ele como um animal para procriação.

— Mas ela pode não ter contado para ninguém!

— Acha mesmo que ela não contou? Ela fez alguma promessa para você por acaso?

— Não, mas ela parecia tão calma quando nos viu.

Rosalie se aproximou de Bella.

— Isso não significa muita coisa. Ela pode ter ficado calma porque viu que ele já estava fazendo o seu trabalho. Com certeza vão colocar ela para se deitar com outras. E depois que ele já tiver feito o trabalho dele, elas vão descarta-lo – Rosalie se aproximou ainda mais da amazona – Não vão deixa-lo sair da ilha. Vocês têm que fugir o quanto antes!

***

— Renée! – chamou Bella enquanto entrava em sua tenda.

Renée estava sentada em uma cadeira envolta da mesa.

— O que houve? – a amazona apenas levantou a cabeça.

— O que eles lhe disseram? Está tudo pronto? – Bella aproximou-se da sua mãe.

— Quase! Em um ou dois dias vai está tudo pronto.

— Não temos tempo! A Nanny viu eu e o Edward juntos no riacho.

Renée arregalou os olhos e tapou a boca com a mão.

— Então a partida dele vai ter que ser hoje. Nem que ele tenha que ficar um dia inteiro na Ilha de Pedra.

— Como nós vamos chegar até Ilha de Pedra sem sermos percebidos?

— Vamos ter que planejar isso. Os dois vão ter que sair separados. Marca um ponto de referência para se encontrarem. E se virem você voltando temos que ter uma boa desculpa – Renée se aproximou da filha tocando o rosto dela.

— Eu não vou voltar – sussurrou Bella.

— O quê? – Renée se afastou da filha.

— Eu prometi ao Edward que iria com ele.

— Você não vai! – a amazona usou um tom áspero.

— Eu já decidi! Desculpa não ter avisado antes.

— Você só pode ter enlouquecido!

Renée esfregou a mão no rosto.

— Eu não vou voltar atrás na minha decisão.

— Você não conhece nada do mundo dele. Não sabe quais são os riscos. Lá é muito diferente daqui. Se um animal ameaçar a sua vida, você o mata, mas você não pode fazer isso e os são piores do que animais.

— Você está certa quando diz que eu não conheço o mundo dele. Mas eu vou me arriscar! – Bella se aproximou da mãe – Eu sempre quis saber como era o mundo lá fora. Eu amo o Edward e confio nele.

— Você o mal conhece, como pode dizer que o ama e confia nele? Você é uma menina que ainda não sabe o que é o amor.

— Eu sei muito bem o que eu sinto!

Renée riu sem humor.

— Eu pensei que quando construíssem o barco o forasteiro iria embora e nossas vidas voltariam a ser como antes.

— O Edward me deu um propósito maior. Eu posso ter uma vida que eu jamais imaginei.

— Eu não vou lhe ajudar nessa loucura. Se quer tanto faça sozinha.

— Eu faço!

***

Edward estava sentado em uma rocha e com um graveto na mão ele desenhava um lugar. Rosalie aproximou-se calmamente e tocou no seu ombro.

— Edward, a Bella pediu para lhe avisar que de madrugada vocês vão fugir do acampamento. Eu vou ajudar vocês!

O marujo inclinou a cabeça para trás com a notícia.

— Pensei que fosse demorar mais um pouco.

— Temos pressa! A menos que você queria ser tratado como um animal. Aconselho vocês irem embora o quanto antes.

— Entendo - Edward afirmou com a cabeça.

— Agora vou lhe explicar como vai ser.

***

Tanto para Bella quanto para Edward o tempo demorava a passar. A amazona pegou algumas facas e um pouco de alimento. O forasteiro colocou algumas roupas dentro de um saco. Pouco a pouco as amazonas iam para suas cabanas para repousar. Algumas mulheres continuaram a fazer guarda ao redor da vila caso algum animal perigoso decidisse invadir o local. O sinal para que eles saíssem de lá seria quando acendessem a fogueira na colina próxima, mesmo de longe era possível ver uma fumaça. Um ritual que as amazonas começaram a fazer quando chegaram na ilha, as mais novas não sabiam a origem.

Edward saiu da sua cabana e elevou seus olhos para a colina. Um sorriso cresceu em seu rosto quando avistou a fumaça. Ele entrou na cabana para pegar a suas coisas. Mas quando o marujo virou-se para a porta, a mesma garota de cabelos castanhos e olhos azuis que vira outras duas vezes naquele dia está diante dele.

— Você é muito insistente!

— Eu sou a mais dedicada de todas! – a garota deu alguns passos em direção a ele.

— Pelo menos desta vez você está vestida – Edward sorriu.

— Para onde você vai? – perguntou a garota depois de ter percebido que ele estava com uma bolsa.

— Eu vou... – Edward tento se concentrar para dizer algo plausível – Eu me esqueci de pegar uma armadilha malfeita. Acabei de me lembrar, não quero que outras amazonas acabem se machucando.

— Por que não deixa para amanhã?

— Sou muito perfeccionista. Então... eu vou agora...

A desculpa não era tão convincente, mas era o que ele tinha. O marujo estava bem perto da porta.

— Por que não fica mais um pouco – a garota invadiu o espaço pessoal dele. Tocou em seu peito.

— Eu preciso sair!

— Eu vou com você.

O marujo só queria que aquilo terminasse rápido. Porém não conseguiu pensar em mais nada.

— Você me acha feia?

Edward franziu o cenho.

— Não, você é linda!

— Então, por que você não quer está comigo? – a garota o encarou.

O forasteiro respirou fundo.

— Eu ... - o marujo titubeou — Realmente,  eu não tenho motivos para não querer está com você. Como a matriarca disse: “As regras do Continente não se aplicam aqui”.

Edward colocou sua bolsa no chão. Ele apoiou sutilmente suas mãos na nuca da amazona e a puxou para que os seus lábios se tocassem. O beijo foi intenso, suas línguas se moviam freneticamente. Ela segurou nele na cintura. Os seus corpos estavam em atrito. Quando estavam quase sem ar os dois se afastaram.

— Eu só... – começou Edward ainda ofegante – Só me dê alguns minutos que tiro aquela armadilha e depois eu volto.

A garota balançou a cabeça.

— Você me espera?

— Sim! – disse balançando a cabeça.

Edward colocou a bolsa nas costas e saiu o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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