Never Let Me Go escrita por Rosa


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Heeey Floreees! Bem, mais um capítulo fresquinho pra vocês. E é com ele que eu começo a me despedir de vocês, porque essa fanfic chegou ao fim. Hoje a música do capitulo é Never Let me Go da Lana Del Rey. Essa música é especia música deste capítulo de hoje, porque foi com ela que eu comecei a idealizar a fanfic.



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“ If you love me hardcore, then don't walk away

It's a game boy

I don't wanna play

I just wanna be yours

Like I always say

Never let me go ”

 

 

Naquela manhã quando acordou Carol sentia-se muito aquecida por um par de braços fortes a envolvendo e um ótimo travesseiro humano. Ela esfregou seu rosto no pescoço dele e deu um beijo lá.

 

— Bom dia, mulher. – Ele beijou o topo da sua cabeça e começou a passear suas mãos pelo corpo dela.

— Bom dia. – Ela subiu mais em seu corpo e já podia sentir a ereção matinal do caçador.

— Bem, eu já estou começando o dia de uma forma muito bem e espero que continue bem assim.

 

Ele rolou com ela na cama, deixando-a por baixo e começando a distribuir beijos pelo seu pescoço. Carol acariciava seus cabelos castanhos enquanto seu homem a acariciava de outra forma. Satisfeito de beijar o pescoço e os seios expostos da mulher, Daryl a beijou na boca.

 

—Hey, precisamos conversar. – A mulher murmurou contra a boca de um caçador bem apressadinho.

—Porra. Sério, Carol? – Afastando-se incrédulo ele olhou pra ela. – A conversa pode esperar. – Ele voltou a beijar seu corpo novamente e foi descendo os beijos pela sua barriga.

— Daryl, sério.... – A mulher segurava e acariciava o cabelo dele enquanto ele ria contra sua barriga e começava a mordiscar.

— Ei, posso fazer uma coisa?

— O quê? – Ele levantou a cabeça tão rápido da sua barriga que ela se assustou.

— Você confia em mim?

— Claro que sim.

—Então eu posso fazer uma coisa que eu quero fazer? – Seu rosto estava mais vermelho que um pimentão, mas ele continuava olhando-a como uma criança que mal podia esperar pra saber o que havia ganhado de natal.

— Sim, faça. Seja lá o que você quer fazer. – Ela sorriu do grande sorriso que ele deu, e ela sabia que aquele homem a tinha na palma da mão.

 

Daryl sempre ouviu seu irmão se gabar sobre como era ir para baixo em uma mulher e fazê-la esquecer do próprio nome. Ele não colocava muita fé em Merle, pois era cada merda que saia da boca do seu irmão... Mas agora, ele tinha curiosidade de saber como era, tinha curiosidade de saber o quão mais ele poderia dar prazer a ela. Na noite anterior em que estiveram juntos, vê-la chegar ao ápice foi a uma das coisas mais maravilhosas que ele viu naquela mulher. Havia tantas coisas que ele amava sobre ela, que ele achava lindo sobre ela e nela. O rubor que se espalhou pelas maçãs do seu rosto, seus lábios semiabertos, seus olhos rolando para trás.  Era tudo tão bonito, e ele queria mais. Ele queria fazer mais isso, queria muito mais.

 

Ele tinha certeza que após ela ter deixado ele tinha um sorriso idiota estampado em seu rosto, e ele não se envergonhava dele. Ele rapidamente deu um selinho em seus lábios e foi beijando sua barriga e abrindo suas pernas.

 

—Querido, o que está fazendo?

— Shi, relaxe. – Sua voz estava confiante e ela se perguntava da onde surgiu tanta confiança.

 

Ele beijou o interior da sua coxa e a ouviu suspirar. Ele estava coberto pelo lençol, mas ela ainda podia ver seus movimentos e agora, provavelmente já sabia o que ele iria fazer.

 

Carol, estava um pouco nervosa sobre o que Daryl iria fazer, mas estava se permitindo confiar nele. Ela sabia o que era, mas não esperava que um homem gostasse de fazer isso em uma mulher. Para Carol, um homem não iria para baixo em uma mulher sem que ela pedisse ou ele quisesse algo em troca, ela sempre viveu vendo sexo oral como uma coisa que desse nojo aos homens. Daryl havia pedido sua permissão e ido de bom grado, talvez ele não sentisse nojo como tantos homens ou ela devesse recompensá-lo por isso depois.

 

Daryl não sabia muito o que fazer, até por que suas experiências com sexo eram quase nulas, mas ao olhar para a intimidade dela já pronta para ele, tudo que ele mais queria era prová-la, sentir seu gosto. Ele a provocou com os dedos, antes de finalmente colocar sua boca e prová-la. 

 

A mulher se contorcia e gemia em cima do colchão. Ela nunca tinha se sentido daquela forma e tudo era muito novo para ela também e no início a assustou, mas agora ela só podia pensar em outras loucuras e surpresas mais que o tímido homem pelo qual se apaixonou guardava dentro de si.

 

— Porra.... Daryl. Jesus... – Ela se aproximava do seu ápice e ele ainda a devorava com avidez.

 

Carol segurou firme nos cabelos de Daryl com uma mão e a outra agarrou os lençóis da cama. Seu corpo se arqueava e ela não conseguia mais controlar suas palavras, suas ações, seus gemidos. Seu orgasmo se aproxima, e era quase tão intenso quanto ao que ela havia tido na noite passada.

 

— Não pare, por favor, não pare. – Daryl sentiu a pressão em seus cabelos aumentar e considerou aquilo como algo bom, ela estava gostando.

 

Seus gemidos e grunhidos o incentivava, e ele deu um sorriso de canto. Talvez ele não fosse ruim nessas coisas, e sinceramente, ele estava gostando bastante de ir pra baixo em uma mulher.  Ele se sentia poderoso, o homem mais foda da terra e para alguns isso poderia soar de forma arrogante e egocêntrica, mas ele estava feliz de ver em Carol o olhar que ele havia visto na outra noite. Êxtase, amor, desejo e prazer.

Não demorou muito para que ela chegasse ao seu ápice gritando o nome dele. Daryl ficou alguns segundos sentados aos seus pés, mas depois se juntou a ela no topo da cama.  Seu olhar mostrava claramente que ela havia gostado, mas de alguma forma aquele silêncio o deixava aflito.

 

— O que foi? Você está bem?

— Sim, nossa. Apenas surpresa e recuperando o fôlego, mas eu estou mais do que bem.

— Surpresa?

—Bem, não é todo dia que tem um homem querendo ir para baixo em você. E para mim, os homens não gostavam muito destas coisas.

— Um homem nunca... Nenhuma vez? – Ele estava um pouco abismado agora. Para ele, era comum ver homens dizendo que haviam feito sexo oral com suas mulheres e ela dizer o contrário o deixou confuso.

— Não, nenhuma vez.

—Bem, apenas azar deles, posso dizer que é algo definitivamente maravilhoso. – Carol olhou pra ele de forma estranha e ele logo acrescentou uma informação para deixá-la aliviada, caso ela esteja pensando que ele fazia isso em tudo quanto era mulher. – E se você quer saber, você foi a primeira mulher em que eu fiz isso.

—Bem, então foi uma ótima primeira vez para ambos. – Ela sorriu. – E talvez agora, seria bom, apenas para relembrar, fazermos novamente o que fizemos na noite passada.

—Oh, eu concordo. Eu disse que nunca mandaria você parar novamente. – Ela gargalhou junto com ele.

 

Talvez Daryl nunca reclamaria mais sobre ter uma cama fria e Carol jamais teria seu corpo congelando no próximo inverno. Eles queriam recuperar o tempo perdido, e era exatamente isso que eles iriam fazer naquela manhã.

Depois de estar mais do que satisfeita sexualmente, Carol precisava comer e apesar de nunca ter dormindo tão bem quanto na noite anterior, ela não estava com sono como Daryl. Ele havia ficado alguns minutos acordados, mas acabou se rendendo ao sono assim que Carol começou a acarinhar seus cabelos.

 

Levantando-se devagar para não o acordar, a mulher pegou a camisa do homem pelo caminho, vestiu-se e seguiu para a cozinha para fazer o café da manhã.  Ela não ia a uma corrida a tempos, mas os suprimentos que Ezekiel e Morgan traziam para ela eram suficientes para fazer um bom café da manhã para ela e Daryl.

 

O reino era rico em frutas e ela agradecia bastante por isso, pois com as frutas o café da manhã podia ser um pouco além de ovos em pó e algumas outras coisas. Rapidamente, a mulher colocou os pratos e talheres na mesa, as frutas e o pão que ela havia feito recentemente na mesa. Foi até a dispensa e encontrou um pouco de carne que ela poderia juntar com os ovos e alguns grãos. 

 

A casa era silenciosa, e apesar de saber que Daryl dormia no único quarto da casa, era um silêncio bom, nada se comparando ao silêncio esmagador que havia a alguns meses atrás quando ela vivia sua solidão. No fundo ela não queria que aquilo acabasse, mas tinha uma forte consciência de que aqueles momentos estavam perto de acabar.

 

Ela queria estar com ele, muito. Mas agora parando para pensar ela chegou à conclusão de que tudo aquilo que havia acontecido entre eles só iria piorar o que estava por vir. Ele iria voltar para o grupo, ela continuaria nesta antiga casa e tudo voltaria a ser como antes. Não era como se ela realmente quisesse isso, mas era o certo... sim, o mais certo. O grupo precisava dele. Judith, Carl, Rick, Maggie e o bebê, todos eles precisavam de Daryl para os manter a salvo, ajuda-los e colocar comida na mesa. Ela precisa dele como ar, sempre precisou, mas havia conseguido ficar longe antes e talvez isso não iria ser um problema agora. Pelo menos foi o que ela pensava.

 

Antes, os sentimentos existiam, mas não eram tão intensos como agora. Seu relacionamento com o caçador havia ultrapassado o campo de amor platônico e amizade, e se tornado de fato o amor de um homem e uma mulher. Antes ela nunca poderia sentir saudade do que nunca havia tido, mas agora... Sim, agora isso poderia ser usado pela sua própria mente contra ela.

 

Nada se comparava ao seu toque, nada chegava perto dos seus beijos, nada se comparava a sensação de ser amada por ele. Por que sempre foi ele, e agora séria cada vez mais.

 

 

Adiando os pensamentos por um momento e colocando o café que havia feito na mesa, Carol não resistiu ao impulso de ir acordar o homem que dormia pesadamente em sua cama. Caminhando calmamente para o quarto, a mulher subiu na cama devagar e se curvou para depositar um beijo nas costas largas do amado. Daryl suspirou em seu sono e Carol continuou a beijar suas costas, percorrendo todas as cicatrizes que o caçador carregava em seu corpo assim como ele fez com ela na primeira vez que fizeram amor.  

Alguns minutos depois de começar a beijar suas costas, a mulher sentiu Daryl começar a despertar e ela se afastou um pouco para lhe dar espaço.

 

—Sabe, eu não dormia tão bem em anos. – A voz dele soava mais sonolenta do que ele realmente estava. – Bom dia.

— Bom dia, pookie. – Daryl sorriu pelo apelido e puxou seu rosto para um breve beijo.

— Você está com um gosto bom. – Ele a beijou novamente, e quando ela viu já estava deitada na cama com ele.

—Daryl, não. Eu fiz café para nós e eu tenho certeza que se continuarmos assim ele vai esfriar.

—Okay mulher. – Ele a soltou. – Eu preciso, uh, usar o banheiro antes.

—Vá, vou te esperar na cozinha. Fique à vontade. – Ambos se levantaram e foram seguindo seu caminho. – Tem toalhas no armário, caso você queira tomar um banho. – Carol gritou do corredor e continuou caminhando para a cozinha.

— Tá.

 

 

Enquanto tomava banho no banheiro de Carol, Daryl se pegava pensando no que viria em seguida. Essas horas em que passou com ela foram as melhores horas da sua vida, e a ideia de estar longe dela quando o dia terminasse doía no fundo da sua alma.

 

Por mais que ele quisesse, ele sabia que isso não era uma decisão só dele. Ele poderia ir embora e a deixar aqui por que os outros também precisavam dele, mas ela precisava dele e por mais que ela não tenha dito isso ele sabia. O resto do grupo precisava dele, mas ele precisava dela, pois ela tinha feito o caminho para o seu coração e nunca mais deixado aquele espaço vazio.

 

Ele prometeu a si mesmo que nunca mais a deixaria, mas no fundo ele tinha certeza que se ela o mandasse embora, que se ela pedisse para ele ir por que aquilo a faria feliz ele iria.  Ele nunca deixaria de amá-la ou a abandonaria para sempre, mas ele iria... ele faria a sua vontade.  Agora tudo seria mais difícil do que ele nunca esperou que fosse. Céus, ele poderia fazer amor com ela pelo resto da sua vida e nunca se cansaria disso. Ele nunca cansaria de olhar pra ela, de tocá-la... de tê-la em seus braços como ele teve a algumas horas atrás.  Ir embora depois de finalmente poder estar com ela como ele desejou era pior do que qualquer coisa que ele poderia imaginar. Sempre doía estar afastado dela, mas agora Daryl tinha a consciência que seria pior do que foi das outras vezes.

 

As vezes o amor vem e a gente não sabe o nome, não sabe o que é. Quando o desvenda, ele toma conta do nosso ser como se fosse a energia mais forte da terra e depois que ele se acomoda uma vez, tirar era quase impossível. O amor tinha dessas coisas, era a melhor sensação que uma pessoa poderia ter em sua vida, mas também conseguia ser devastadora.

 

Saindo do chuveiro rapidamente, ele só queria estar com ela. Mesmo que fosse pelas últimas horas, mesmo que fosse uma despedida. Daryl colocou sua cueca e sua calça, não se importando em colocar o cinto que a firmava melhor em seu corpo. Parando na entrada da cozinha, ele ficou observando-a em silêncio por alguns segundos e não conseguindo se conter, foi ao encontro da sua amada, abraçando-a por trás.

 

— Desculpe. – Daryl sussurrou em seu ouvido depois de senti-la saltar dentro de seus braços.

— Não foi nada, eu estava distraída. – Carol podia sentir a tensão que irradiava do seu corpo e teve a certeza que ele estava pensando sobre a mesma coisa que ela. Os braços fortes do homem apertaram mais sua cintura possessivamente deixando-a tão perto do seu corpo quanto possível, seu rosto foi enterrado em seu pescoço e ela podia sentir sua respiração acelerar. – Está tudo bem. Está tudo bem, Daryl. – Respirando fundo, ela acariciou seus braços em volta dela, numa forma de acalmá-lo e acalmar a si mesma.

— Eu te amo. – Seus olhos encheram de lágrimas quando ele disse aquilo. Daryl não era muito um homem de palavras, mas ela sentia-se feliz por ele dizer aquelas palavras mais uma vez para ela, e triste por saber que poderia ser a última vez que ela ouviria ele dizer tal coisa.

—Eu sei, eu também te amo. – Sua voz já estava embargada e um pouco engasgada pelo choro que segurava, ela sabia que ele notaria, mas ele não fez nenhuma menção sobre o assunto, ele apenas a segurou como ela queria que fizesse pelo resto da vida. 

 

 

Em seus braços, ela sabia o quanto a sensação de segurança era boa e no fundo, ela também sabia que quando ele fosse ela iria perder isso. Ela tinha a sensação de que ele pensava da mesma forma e por isso estava agarrado ao seu corpo com tanta força, mas agora, ela precisava mais dele do que ele podia imaginar. A solidão podia fazer bem para alguns, mas para ela, era fácil dizer que estaria perdendo sua mente em um breve momento. Afasta-lo era o melhor, para ele e para todos. Ela sabia que para ela não seria o melhor, pois o melhor ela estava vivendo com ele agora, mas ela poderia viver com isso. A única coisa com a qual ela não iria conseguir viver é perde-lo, perde-lo principalmente sabendo que foi por uma falta de ação dela, por uma fraqueza sua.

 

Daryl sabia o que se passava na cabeça de Carol e provavelmente era a mesma coisa que se passava na sua cabeça, e por mais que ele quisesse sacudi-la e dizer a ela para parar de pensar ele não podia fazer isso porque ele também pensava.  Ele precisava ser forte para ela, precisa ser forte para conseguir colocar na cabeça dela que o melhor para ela era estar novamente com sua família e que o melhor para eles eram estar juntos. Fechando os olhos e sentindo seu cheiro mais uma vez, ele beijou sua cabeça e afrouxou seus braços que envolviam a cintura dela.

 

—Pare de pensar nisso. – Carol virou em seus braços e ele beijou sua testa dessa vez. – Vamos tomar café, falaremos depois.

—Vamos.

 

Ambos se sentaram na mesa e começaram a comer. Apesar de não ter fome, as coisas estavam muito mecânicas e a comida era apenas um pretexto para manter a boca fechada. Ambos sabiam que alguém teria que começar a falar, mas ninguém queria começar algo eu poderia terminar com isso, com o que estava acontecendo com eles agora.

 

O silêncio já estava ficando constrangedor e pior, era notável que eles estavam evitando olhar um para o outro. Daryl já estava se sentindo mal antes, e agora, com Carol evitando olhar em seus olhos estava ficando pior ainda. Ele se arrumou na cadeira e coçou a garganta para chamar a atenção dela, quando Carol o olhou ele já podia ver lágrimas não derramadas em seus olhos, mas isso era inevitável, então ele preferiu começar.

 

—Você pensa em voltar comigo? – Ele a viu engolir em seco.

— Daryl, você sabe... eu não posso.  

— Sim, você pode. – Sua voz era baixa, mas ela entendia claramente o que ele dizia. – O seu lugar é com a gente, com a sua família.

— Eu não posso mais defender a minha família. – Ela disse entre os dentes. – Eu sou um fardo.

— Você nunca foi um fardo. – Ele passou a mão no rosto, cansado. A conversa mal havia começado e ele já se sentia completamente cansado.

— Agora eu sou.

—Pare de falar assim, por favor.

— Eu não posso defender a minha família, eu não posso defender as pessoas que eu amo e essa é a mais pura verdade.

— Ninguém quer que você nos proteja, ninguém quer que você mate por nós. Você não precisa fazer algo assim para puxar o seu peso.

— E eu vou fazer o que em um momento que eu precisar defender Carl, Jude, você.... Eu faço o que Daryl? Finjo que não estou vendo e deixo todos vocês morrerem? – Levantando-se bruscamente, Carol começou a tirar a mesa enquanto falava. - E quando eu precisar me defender, eu espero você vir se matar por mim? – Ela se encostou na pia olhou para ele. – Eu assisto você arriscar sua vida e morrer na minha frente por algo que EU deveria fazer e não fiz?

— Bem, se eu tiver que fazer isso eu farei. – Ele levantou também. – Se eu tiver que arriscar a minha vida para salvar você ou qualquer um da NOSSA FAMILIA eu farei. 

— Bem, eu não vou voltar. Então considere menos uma pessoa pela qual você terá que arriscar sua vida.

— Olha, - Ele suspirou. – se o problema é voltar, se é estar com todos os outros, eu posso ficar.  Eu posso ficar aqui com você, apenas nós dois. Eles vão entender.

— Você não pode ficar.

— O que? – Daryl estava incrédulo, e agora com um pouco de raiva. – Por que não?

— Você não pode ficar, Daryl. Eles precisam de você, todos eles. E agora, principalmente a Maggie.

— Pare, não use isso como desculpa! – Sua voz agora já estava elevada agora e ele sentia raiva no momento. Não raiva dela, raiva das coisas que ela estava falando.

— Não é desculpa, por favor. Daryl, eu não posso fazer isso... mesmo não voltando, ter você aqui é.... – Ela suspirou pesadamente.- Você não pode ficar.

— Você não pode fazer isso comigo de novo, Carol. Não é mais fácil dizer que você não quer, que estar sozinha é o que VOCÊ quer?

— Não é o que eu quero, é o que eu preciso Daryl. E eu não espero que você entenda, mas é o necessário para todos nós.

—Todos nós? Como você pode dizer o que é necessário para gente? – Ela podia ver traços do antigo Daryl, do caipira grosso e impulsivo, mas ela sabia que ele nunca iria machucá-la e tudo isso também não a assustava por que ela sabia que ele precisava dizer o que ele estava sentindo, o que ele guardou tanto tempo dentro dele.  – O necessário para gente é ter você de volta, por que você é parte de nós e todos nós te amamos. Nós precisamos de você Carol, eu preciso de você.

— Vocês vivem bem sem mim... – Sua voz saiu como um sussurro, enquanto a mulher se abraçava. Ela se sentia tão pequena naquele momento, tão sozinha... Da mesma forma que se sentia quando ele não estava lá, da mesma forma que ela se sentia quando estava longe de seus braços. – Você vive bem sem mim.... Vai viver.

 

Ela sabia que ia ser assim quando chegasse a hora, e foi por isso que todas as outras vezes ela preferiu não se despedir. Quando Rick a abandonou ela foi sem reclamar, porque doeria menos do que se despedir dele e saber que ele não a deixaria ir tão fácil. No momento em ele a encontrou no escuro próximo ao carro logo depois do Terminus, ela inicialmente não sabia o que fazer, se iria ou não embora, porém hoje ela sabe que se ele não tivesse impedido e eles não tivesse ido atrás daquele carro com a cruz branca ela iria ir embora e, faria isso sem se despedir por que assim doeria menos. Bem, em Alexandria não foi diferente.... Ela tentou, ela inicialmente fingiu ser quem ela não era e isso era um passo necessário para o recomeço, mas depois tudo foi se tornando uma bola de neve. Carol se envolveu com o Tobin para continuar mentindo para si mesma, para continuar achando que tudo estava normal e que ela não precisava dizer aquilo a ninguém, mas tudo foi evoluindo e ficando cada vez pior até que chegou o dia que ela teve que ir embora.

 

Ela pensou em Daryl, claro que sim, mas para ela ele não iria sofrer tanto pois ela já tinha começado a afasta-lo a muito tempo. E se ela fosse sem se despedir ele não iria sofrer tanto, ele não iria querer que ela ficasse e ele poderia continuar sendo feliz sem ela esquecendo-a de sua mente como um breve borrão. A mulher sabia que ele em algum momento correspondeu seu amor, mesmo não dizendo, mas como alguém poderia amar alguém como ela? Uma mulher que matou uma criança, uma mulher que matava a sangue frio sem se importar com nada.  Ela não era mais capaz de fazer isso, de matar sem hesitar. Carol não era mais capaz de escolher que iria morrer e viver, de matar pelas pessoas que ela amava e ter que correr o risco de um dia ter o sangue deles em suas mãos por omissão. Carol não queria ver as pessoas que ela amava morrer, ela não aguentava mais isso.

 

— Carol... – Daryl foi se aproximando dela e ela se esquivou dele. – Porra, eu não vivo bem sem você! – Ele gritou. – Eu não posso me ver longe de você mais uma vez, por que isso dói para caralho. Você não quer vir comigo? Tudo bem. Não quer que eu fique aqui com você? Tudo bem também, mas isso não me impede de morrer por você.

— É exatamente por isso que eu fui embora, porque não posso ver você morrer por mim! – Ela gritou com toda força que ela tinha. – Você não pode ficar e eu não posso ir.  Eu não quero ver você morrer, eu não aguento isso. – O coração dela já não aguentava mais a dor que havia dentro dele, e precisou apenas um piscar de olhos para toda aquela lágrima que ela segurava se derramar. - Eu não aguento ficar sempre com o medo pairando na minha cabeça sobre se você vai voltar de uma corrida ou não, se no próximo ataque você vai morrer, se na próxima vez que vier uma horda de caminhantes você não vai escapar. Eu não aguento viver sabendo que você vai se arriscar por mim um dia e pode não sair vivo. Tudo isso por minha causa, por que você não me quer longe como deveria ser!!

— O quê?? Que merda é essa que você está falando, Carol? Pare, pare de dizer isso. – Ele já estava puto com todo que estava acontecendo. Daryl podia sentir seu corpo tremendo e a vontade de chorar por saber que estava a ponto de perder a mulher que amava crescia cada vez mais. – Me arriscar por você é o risco que eu estou disposto a correr, por que.... Eu te amo, e se eu precisar morrer para te manter a salvo é algo que eu farei querendo você ou não.  

— Daryl, vá.

— O que?

— Apenas vá, você não pode ficar. Vá embora. – Ela viu a tristeza nos olhos dele antes de virar de costas. Fazer isso já era difícil, olhando para os olhos dele era mais ainda.

— É o que você quer? – Carol não respondeu. – Carol... Okay. – Daryl abaixou a cabeça e passou as costas das mãos no rosto para limpar as lágrimas que escorria dos seus olhos. – Tudo bem, hm.... Eu não vou pedir para ficar novamente, você sabe que não. E eu não vou voltar, porque é o que você quer e eu vou respeitar isso. Mas eu não serei capaz de esquecer essas últimas horas, por que...Carol, eu te amei. Eu te amei ontem à noite, te amei hoje de manhã, te amei nos últimos anos também, e claro, possivelmente vou continuar te amando pelo resto dos meus dias, mas eu não vou voltar.

 

Ele precisava dizer a ela antes de partir, e era fato de que ela já sabia disso, mas ele não queria que restasse dúvidas. Ele a amaria para sempre, e é claro que não a largaria assim. Mas ela não precisava saber, por que talvez, sabendo ela iria para mais longe e não era isso que ele queria. Ou talvez ele não contaria, por que... ele gostava de observá-la, observar a verdadeira Carol, e ela sabendo que ele estaria fazendo isso poderia tentar mostrar para ele de todas as formas coisas que ela verdadeiramente não estava sentindo ou fazendo, assim como ela fez em Alexandria.

 

Mais cedo, quando ele a abraçou na cozinha, ele sabia que era o fim e ele estava mais do que certo sobre abraçá-la forte. Daryl iria sentir falta dela mais do que das outras vezes, como nunca havia sentido antes e tudo era resultado dos maravilhosos momentos em que estiveram juntos, por mais que tenham sido curtos.

 

— Vá embora, vá! – Sua voz era baixa e embargada pelo choro, mas ele não era idiota e entenderia o recado mesmo se ela não falasse.

— Vou pegar minhas coisas e irei. Não se preocupe, serei rápido.

 

Pesarosamente ele foi até o quarto pegar o resto de suas roupas, e apesar dela ainda estar usando sua camisa isso não seria um problema para ele. Voltando para a sala, ele a encontrou lá. Em pé olhando pela a janela, lágrimas escorriam dos olhos dela e iam caindo na camisa que ela vestia. Daryl se sentia um merda por deixá-la sofrendo assim, mas a volta para o caminho do recomeço era algo que ele não poderia obrigá-la a fazer. Carol precisava querer recomeçar, querer se livrar desta culpa e dessa dor que a cobria como um grosso manto no inverno.

 

—Hm, - Ele coçou a garganta para chamar atenção dela, e apesar dela não se virar para ele, Daryl sabia que ela estava prestando atenção. -  você pode ficar com a camisa, eu não me importo. – Um sorriso triste brotou de seus lábios e a última palavra que faltava para ele se separara dela parecia presa em sua garganta.

O homem tentou adiar ao máximo o inevitável esperando que ela fosse virar para ele e pedi-lo para ficar, mas ao se passar alguns segundos de um silêncio terrível ele percebeu que ela não iria fazer isso. Era complicado dizer o que sentir nesse momento e ele sabia que nunca havia sentido isso antes, bem, talvez ele tenha sentido quando sua mama morreu ou quando teve que olhar para o seu irmão em forma de caminhante e mata-lo. Era quase a mesma coisa, quase o mesmo sentimento, não era como se Carol fosse morrer, apesar de ser um risco maior agora que estava sozinha, mas o que Daryl estava sentindo era um sentimento de dor, um sentimento de perda. 

Ele já havia sentindo isso das outras vezes, mas nunca se acostumaria com essa agonia, essa dor, esse medo. As coisas borbulhavam dentro dele com mais intensidade depois desses anos estando com ela e era difícil ignorar... Ele queria beijá-la pela última vez, mas não significaria nada, só iria amenizar pelos segundos que estaria com ela em seus braços a dor que futuramente ele continuaria sentindo. 

Os olhos já estavam doendo de tanto chorar e ela sabia que ao sair por aquela porta ele levaria um pedaço dela para sempre. O pedaço que iria acompanha-lo era a última parte da sua alma, a única parte que ainda estava viva por todos esse tempo porque pertencia a ele. Ela tinha aprendido o que era ser forte, o que era ser alguém que as pessoas admiravam e o principal de tudo, ela tinha aprendido o que era amor, o que significava amar. Para alguns era apenas mais uma palavra, para outros era um sentimento banal, um sentimento que era natural sentir. Carol não conhecia o amor de um homem e uma mulher, não sabia o que era ser amada de verdade por um homem, não sabia o que era a sensação de ter alguém que lhe olhasse com tanto carinho e desejo que fizesse suas pernas falharem... Carol não conhecia nada disso até ele aparecer e até seu coração chamar por apenas um nome: Daryl Dixon.

Daryl Dixon era o seu homem de honra, ele era seu melhor amigo.... Ele era seu amante. Como poderia uma mulher dizer que amava um homem e manda-lo embora como ela fez, faze-lo sofrer como ela fez? Bem, ela o amava e apesar da sua cabeça dizer que era o melhor pra todos, principalmente para ele, seu coração a xingava como nunca fez antes, seu coração dizia que ela era a mulher mais tola do mundo e que hoje ela estava sendo mais fraca do que nunca foi na vida.

A fraqueza não estava em amar, a fraqueza estava em sentir o amor e escolher não o aceitar. Talvez hoje ela aceitaria a voz de Ed que ainda insistia aparecer em sua cabeça algumas vezes aparecer e a chamá-la de fraca. Se ela fosse forte o suficiente ela o seguraria, o preteria com ela para o resto da eternidade e lutaria com unhas e dentes por ele, mas ela acreditava que não podia fazer isso. 

Carol estava quebrada e achava que a solidão era a cura, e que se afastar de todos que a amavam era a solução. Porém, a solução para os seus problemas estava justamente neles, justamente nele. Daryl também tinha partes dele que foram quebradas, mas nem por isso ele desistiu de lutar, nem por isso ele se entregou e deixou a dor consumir seu ser como ela estava fazendo. Ela o admirava tanto, tinha tanto orgulho dele e por esse motivo ela não tinha coragem de olhar em seus olhos e vê-lo ir embora. A vergonha de saber que jogou pela janela a chance de ser feliz, de mais uma vez na sua vida ser forte como ela deveria ser. 

Carol havia se transformado em uma máquina de matar. O peso da arma da era comum em sua mão, a mira já era fácil mesmo com o alvo em movimento, o sangue ferrada em suas mãos não eram nada. Inicialmente as coisas iam bem desta forma, mas depois de Karen e David, Lizzy e alguns outros, quanto sangue ainda passaria pelas suas mãos? Ela não aguentava mais ter sangue a sua volta, ter sangue em suas mãos. O medo de perder quem ela amava por uma omissão de sua parte também era imensa, pois Carol sabia que matariam por ela sem hesitar, mas que também poderiam morrer defendendo-a. Ela precisava evitar isso, precisava evitar a morte, a matança, o sangue. Quando os lobos invadiram Alexandria, ela fez o que era necessário, ela matou sem olhar quem era. Ela estava defendendo sua casa, sua família e quem ela amava, mas depois de Lizzy as coisas já estavam confusas e com isso só veio uma avalanche de confusão para sua cabeça. Ela não queria mais isso, mas ela também queria estar com ele por que ela o amava. 

— Adeus, Carol.  – Ela ouviu o barulho das suas botas arrastando no chão, ela sabia que ele estava indo e precisava vê-lo pelo menos por uma última vez.

Daryl já estava de costas fazendo o caminho para a porta quando ela virou para vê-lo, tudo parecia em câmera lenta. O impulso de gritar o nome dele e pedir para ficar era grande, a vontade de correr e se jogar em cima dele dizendo que ela era tola por um dia cogitar viver sem ele era imensa.  Era inútil dizer que ela ficaria bem, pois ela não ficaria.... Se o seu coração doía e gritava por ele com o mesmo ainda estando pelo menos por alguns segundos em seu campo de visão, imagina o que ela passaria quando ele estivesse a milhas de distância.  A olho nu era fácil de ver o amor que exalava de cada um, a maneira com que um gravidava em volta do outro, a forma com que eles se completavam. 

“Por favor, não vá! Por favor, não me deixe. ” 

Essas palavras estavam presas em sua garganta e correndo por sua mente. Ela queria ele, ela o amava. Aquele homem era quem a fazia a mulher mais feliz do mundo e ela não poderia deixa-lo ir. Daryl havia dito que precisava dela, mas no fundo ele talvez nunca tenha visto o quanto ela precisava dele. Talvez, ele era mais para ela do que ele realmente se dava credito. Ela não precisava olhar muito longe para enxergar que não queria que ele fosse, pois sem ele ela não era nada. Nada. Ela não queria mais fechar essa porta, não queria mais mergulhar nesse sofrimento somente porque era covarde demais para enfrentar o mundo ao lado dele. 

Ela não podia deixa-lo ir, e ela certamente não faria isso. 

Correndo o mais rápido que pode para alcança-lo, ela colidiu com as costas dele quando Daryl estava prestes a descer as escadas da casa. Ela envolveu seus braços magros o envolvendo em um abraço apertado, impedindo-o de ir mais longe, impedindo de ir a qualquer lugar longe dela. 

De início ele quase teve um ataque cardíaco quando algo colidiu forte com suas costas, e ficou ainda mais surpreso quando viu braços finos se enrolarem envolta do seu dorso como uma força que era quase capaz de deixa-lo sem ar. Daryl sabia que era ela, ele conhecia seu toque como ninguém, sabia perfeitamente como era estar no calor dos seus braços, mas não queria criar muita expectativa. Carol havia mandado ele ir embora e talvez isso tenha sido apenas um abraço de despedida, algo que ela não fez ou não teve coragem até ele passar pela porta.  O caçador não moveu um músculo, ele mal respirava com medo de fazer algo e ela correr de novo, ele apenas a deixou abraça-lo como queria a ter que ela quisesse falar. 

— Não vá, me perdoe, não vá por favor. – Sua suplica era completamente o oposto do que ele esperava ouvir. - Eu não tenho nada se eu não tiver você. 

Com a testa encostada em suas costas, Carol respirava o cheiro que tanto lhe inebriava. Era um cheiro amadeirado misturado com cigarros que se transformavam em um cheiro exclusivamente dele. Por mais que ele não estivesse com os braços em volta do seu corpo ainda a sensação de segurança e calmaria já pairava em seu ser, mas então ela gelou... ele não havia se movido e nem digo nada. Será que era tarde demais para voltar atrás? Será que até ele já tinha desistido dela e tinha aceitado a situação? 

Bem, aos poucos ela se afastou dele mas permaneceu em silêncio. Não sabia o que falar realmente, e ela podia sentir uma onda de constrangimento subir pelo seu corpo. Mas ela estava sendo idiota porque era Daryl, e mesmo que ele não gostasse ele nunca faria algo para magoada ou feri-la de alguma forma. 

— Eu sinto muito. - Constrangida, Carol já se preparava para ser ignorada e abandonada, porém a reação do caçador foi a mais imprevisível possível. 

Daryl se virou e em um movimento rápido a beijou. Depois de ouvir sua súplica ele sabia que ela estava quebrando e que depois que ela quebrasse ele poderia colar todos os seus caquinhos e deixá-la como nova, e assim aconteceu. Ele a beijou com todo amor e desespero que continha dentro dele, e ao se afastar o rosto da mulher já estava com algumas lágrimas derramadas. 

— Pare de se desculpar, eu estou aqui. - Carol foi puxada pelo caçador e seu rosto se escondeu no pescoço dele. - Shii, vai ficar tudo bem. 

— Por favor, fique. Não me deixe ir, por favor, não me deixe ir. 

De cara ele não compreendeu muito o que ela quis dizer com " não me deixe ir “, mas algum tempo depois segurando-a ele percebeu que ela se referia a ele não deixar ela se afastar, não deixar ela ir embora para longe dele. E isso, era algo que ele faria sem nem mesmo pensar sobre. 

— Eu sei que eu não tenho direito de te pedir nada, mas eu lhe peço que fique. Por favor, fique comigo. - Carol se engasgou um pouco com as lágrimas, mas continuou. - Se você quiser ficar eu não posso te garantir que será fácil, pois minha natureza agora automaticamente me manda afastar qualquer um que se aproximar e, provavelmente eu irei afastá-lo também, mas eu preciso de você. Só você pode concertar o que está quebrado dentro de mim, só você pode me concertar. 

— Eu sei, mulher. Eu não vou te soltar, nunca mais. - Daryl beijou a testa dela. - Vem, vamos conversar lá dentro. 

Eles voltaram para a casa e Daryl já foi largando sua mochila ali pela porta mesmo. Caminhando para o sofá, ele sentou e puxou ela para sentar em seu colo, colocando as pernas dela pra cima do sofá. Ele a abraçou forte e segurava a mulher como se ela fosse a coisa mais preciosas da sua vida, e de fato ela era. Aos poucos ele começou a tocá-la e por fim, a mulher já estava um pouco mais relaxada. 

— Nunca me deixe ir. 

— Nunca, mulher. 

— Eu te amo. - Pela primeira vez naquele dia ela tinha lhe dito com todas as palavras que o amava, e para ela, isso saiu de uma forma tão espontânea e a deixou tão aliviada que ela sentia que poderia fazer isso sempre.

— Eu sei. - Um pequeno sorriso brotou nos lábios do homem antes dele carinhosamente beijar a testa da mulher que ele tanto amava. 

“ If you love me hardcore, then don't walk away

It's a game boy

I don't wanna play

I just wanna be yours

Like I always say

Never let me go



Boy, we're in a world war

Let's go all the way

Put your foot to the floor

Really walk away

Tell me that you need me more and more everyday

Never let me go, just stay ”


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Notas finais do capítulo

E ai? Me digam o que acharam por favor. Esse é o último capítulo e eu gostaria de me despedir de vocês porque eu curti muito de escrever pra vocês, agradeço também cada um que comentou aqui e no Twitter também, bem é isso ai gente...

QUEM FOI QUE DISSE QUE EU NÃO IA MAIS POSTAR UM CAPITULO HOJE? HAHAHAHAHAAH Esse não é o último gente, claro que não... Bem, teoricamente é o último, massssss eu fiz um epílogo pra vocês, então ME AGUARDEM VIADO.

Bom, espero que tenham gostado desse cap. Beijinhuuxxx, rosa.



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