Ohana-Uma família diferente escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Caso especial




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P.O.V. Steve.

Acabaram de ligar aqui e a moça parecia apavorada.

—Sede do cinco zero, em que posso ajudar?

—Eu acho que eu matei o meu namorado. E eu nem sei como.

—Tá bem, qual é o seu nome?

—Andie Bates.

Quando chegamos á residência o menino ainda estava vivo, chamei uma ambulância, mas a Clarisse apareceu e cancelou a ordem.

—Se esse menino não chegar ao hospital logo ele vai...

—Se ele chegar ao hospital os médicos não vão entender o que está acontecendo. A primeira coisa que os lesados vão fazer é injetar adrenalina e isso pode matá-lo.

—O que está acontecendo?

—Toma. Eu fiz pra você, é erva do diabo já vi fazer milagres em pessoas mais doentes que você.

—Pra mim?

—Você é uma súcubo. Seu problema está em regular o nível de sua energia vital, quando sua energia fica muito baixa você se alimenta de outros para repor o que foi perdido.

Ela fez movimentos com as mãos como se estivesse manipulando alguma coisa e logo o rapaz acordou.

—Charlie!

—Três gotas duas vezes ao dia. Meu nome é Clarisse Cullen, aqui o meu número, quando acabar me liga.

—Erva do diabo é veneno.

—Usada incorretamente sim, mas usada direito é a cura pro câncer literalmente. Impede o corpo de voltar-se contra si mesmo.

—Como sabia o que estava acontecendo comigo se nem eu sabia?

—Eu sou como você, sou especial. Ai. Ai! Steve ela quer sair!

Já fazem nove meses desde que a Clary entrou para a cinco zero, começamos a namorar e estamos noivos. Ela me contou tudo sobre sua família e sobre o pai de Eileen. O nome do cara é Alec Volturi, ele é um vampiro italiano, eles dormiram juntos uma noite e ela ficou grávida.

Só que como ela ficou com medo do chefe do Clã ao qual o pai de Eileen pertence cobiçar seus poderes mágicos ela fugiu assim que descobriu que estava grávida.

—Ele é um monstro Steve, Aro Volturi faz qualquer coisa por poder e se ele souber sobre a Eileen e descobrir que o Alec é o pai... as coisas vão ficar tensas.

—Vamos ao hospital.

—Não posso ir pro hospital. Eu sou uma bruxa que tá grávida de um bebê vampiro. Ai meu Deus tá doendo!

Eu fiz o parto da Eileen no apartamento da mulher que quase matou o marido porque era uma súcubo. Eu fui da marinha e recebi treinamento pra quase tudo, mas o parto da Eileen foi a coisa mais difícil que eu já tive que fazer. Ela tem olhos azuis iguais aos de Clarisse.

—Ele tinha olhos azuis quando era humano. Steve, prata.

Foi a última coisa que Clary disse antes de perder a consciência.

—Clary! Clarisse! Que droga.

Peguei o telefone e liguei pra ambulância. Os médicos não conseguiam passar as agulhas, elas quebravam contra a pele da Clarisse.

—Que que é isso?

—Prata? Prata. Prata! A agulha tem que ser de prata!

Eu vasculhei a enorme bolsa que a Clary carregava e lá encontrei as agulhas e pedi:

—Dá sangue pra ela beber.

—O que?

—Pra que lado é banco de sangue?

—Esquerda no fim do corredor.

Eu corri e trouxe bolsas e mais bolsas. 

—Dá pra ela.

—Se eu der o tipo sanguíneo errado ela morre.

—Ela já tá morta idiota. Dá logo!

—Tá bem.

A médica deu o sangue para Clary e ela rapidamente voltou a viver.

—Eileen. Cadê a minha filha?

—Tá aqui.

—Oi querida. Seja bem vinda.


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