Não sei sobre você, mas a tamanha futilidade e superficialidade de certos adolescentes sempre me foi deveras irritante. Tome o seguinte grupo como exemplo: o topo da cadeia social, parecendo clones, nunca deixam de andar em bando, todos de braços dados; as meninas com o mesmo corte de cabelo e tom agudo no riso, os meninos com a mesma jaqueta do time escolar e pose de superioridade, internamente morrendo de medo que qualquer um ache um motivo para afetar sua masculinidade.

 Não passam de jovens sedentos por companhias, que sonham viver como realeza, mas não passam de abelhas operárias vítimas de uma abelha rainha invisível. Estão presos ás mesmas correntes, escravos da manutenção do status quo, sobrevivendo da opinião alheia e de espalhar rumores sobre inocentes. Adoram os privilégios de seus pais ricos, mas por dentro estão todos miseráveis, afinal sabem que foram jogados em um internato para apodrecer longe da família. A felicidade deles é tudo menos sincera.  

  Espero que me entenda quando digo que não são esses os adolescentes que me interessam. 

 Eu apenas precisava de uma maneira de ser notado pelos outros.