Batman: Insanidade - T1: Boas Festas escrita por Larenu


Capítulo 3
E02S01 - Tiro Certeiro


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a ausência, estive reorganizando algumas coisas.

Tenho recados, mas os darei nas notas finais.

Aproveitem o capítulo! o/



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19 DE DEZEMBRO, 6 DIAS ANTES DO INCIDENTE

Batman acabara de parar o Batmóvel dentro da Batcaverna, escondida sob a Mansão Wayne, quando seu comunicador apitou. Era Tim Drake, o Robin, ligando direto da casa do Comissário Gordon.

Batman, estou ligando apenas para avisar que cheguei na casa dos Gordon. Tanto o comissário quanto sua filha estão a salvo.

— Certo. Entrarei em contato quando ambos puderem sair tranquilamente. Até lá, apenas você ou alguém com sua permissão deve poder sair ou entrar nessa casa. A polícia irá chegar amanhã pela manhã par levantar uma proteção devida na casa.

Robin assentiu e Batman desligou o comunicador. Em seguida, cumprimentou Alfred e se sentou ao Batcomputador para estudar a presença do Pistoleiro na cidade. Ao seu lado, seu fiel mordomo coletava informações sobre o possível envolvimento de Julian Day, conhecido como o Homem-Calendário, com a caça a James Gordon.

Para Batman, deduzir que o “Papai-Noel” mencionado por Sandra Wu-San, a Lady Shiva, era o Homem-Calendário não fora difícil. Apesar da pequena possibilidade de ele estar errado, o raciocínio era lógico. O Natal se aproximava e um grande crime envolvendo o rapto de Gordon estava sendo organizado pelo Papai Noel.

Afinal, Julian Day era conhecido por organizar crimes temáticos relacionados a feriados. Apesar de ser um dos poucos criminosos ex-cativos do Asilo Arkham que ainda estava em atividade, o Homem-Calendário não havia executado nenhum grande crime desde que voltara a estar livre. Um verdadeiro retorno dele às atividades criminosas era esperado.

Agora, porém, ele iria deixar que Alfred localizasse Day. Tinha trabalho a fazer com o Pistoleiro. No fundo, Wayne esperava que, se acabasse com os mercenários que buscavam Gordon, atrairia o Homem-Calendário para fora de seu esconderijo. Era improvável, mas, de qualquer forma, impedir o Pistoleiro seria um avanço em garantir a segurança de Gordon.

Ele se surpreendeu com o quão fácil foi achar uma pista para seguir. A filha do Pistoleiro, Zoe Lawton, desaparecera do orfanato em que vivia havia cinco dias. Fazia sentido que Floyd quisesse cuidar da filha enquanto estivesse na cidade.

Só faltava localizar um possível lugar em que Floyd estivesse com a filha. Foi então que o rádio interceptado do DPGC tocou, mudando completamente os planos de Batman.

“Comissário Gordon, sei que está me escutando. Estou com o prefeito e dois policiais como reféns. Vou te dar três horas para se entregar. Vou matar um refém a cada hora, então seja rápido. Me encontre na prefeitura, mas venha sozinho. Se eu sequer suspeitar da presença da polícia ou do Batman aqui, matarei todos.”

Batman xingou.

— Alfred, mudança de planos. Vou atrás do Pistoleiro.

— Tem certeza, Mestre Bruce? Ele me pareceu muito claro quando disse que quer o comissário Gordon vá sozinho.

— Não tenho outra opção. Gordon não irá para a prefeitura.

Dito e feito. Robin surgiu na tela do Batcomputador, parecendo preocupado.

Batman, o comissário está querendo sair para salvar o prefeito.

Fora de cogitação. Mantenha-o seguro, vou cuidar do Pistoleiro.

Certo.

Robin desligou e Batman se levantou da cadeira. Entrou no Batmóvel e deixou a Batcaverna, rumo à prefeitura de Gotham City.

Com a velocidade do Batmóvel, ele não demorou para chegar à prefeitura. Saiu de seu veículo um pouco antes de chegar lá efetivamente para tentar ser discreto e usou o impulso da ejeção para planar até a entrada da prefeitura.

Se entrasse pela porta da frente, provavelmente seria morto rapidamente por Lawton. Então usou o arpão para subir sobre o teto e olhou para dentro do prédio através da claraboia.

Lá dentro, os três reféns estavam amarrados uns aos outros no hall principal, e Pistoleiro mirava neles do segundo andar usando a parede para ricochetear a bala na cabeça deles se fosse necessário.

Batman ia precisar ser furtivo ao entrar para não chamar a atenção de Pistoleiro ao salva-los. Uma distração seria necessária, mas precisava ser cuidadoso para que Lawton não matasse os reféns.

Pegou um batarangue explosivo e abriu a claraboia com cuidado. Mirou no fuzil de precisão de Lawton e respirou fundo, sabendo que o menor erro seria fatal para os reféns. Então, lançou.

Ele acertou, e a explosão jogou a arma para longe. Em reflexo, Lawton usou as armas presas em no seu braço para atirar em Batman, que desviou e tacou mais um batarangue, dessa vez na corda dos reféns.

O Cavaleiro das Trevas pulou na rua e entrou chutando a porta. Viu o prefeito e os dois policiais correrem para dentro de uma sala, e pensou em ir atrás deles. Foi quando viu o Pistoleiro tirar sua máscara e se revelar como um atirador qualquer, e não o verdadeiro Floyd Lawton.

— Agora! — gritou o sósia.

Capangas armados com metralhadoras e pistolas saíram das diversas salas do prédio e começaram a atirar no Batman. Ele tacou uma bomba de fumaça e usou o arpéu para passar por cima deles, acertando um com uma voadora no processo.

Pegou o capanga mais próximo e puxou outro com a Bat-Garra, acertando a cabeça de um contra o outro. Usando o mesmo aparelho, arremessou outro capanga na parede e chutou o queixo de outro.

Quando a fumaça baixou, restava apenas o falso Pistoleiro que encarava o Batman boquiaberto, agora no andar de baixo.

— Onde o verdadeiro Pistoleiro está?

— Para a casa do comissário! — gritou ele, desesperado.

Batman assentiu e nocauteou-o com um soco. Saiu pela claraboia a tempo apenas de ver os policiais sequestrados algemarem os capangas.

Sem hesitar, planou até o prédio mais próximo e chamou o Batmóvel. Quando entrou no carro, ativou o comunicador e ligou para Robin.

— Robin, a polícia já chegou à casa dos Gordon?

Sim, acabaram de chegar. Por que a pergunta?

— A prefeitura era uma distração para mim, ele sabia que Gordon não iria. Ele deve estar aí neste exato momento.

Droga. Não se preocupe, Batman. Ele vai ficar encurralado.

Concordou e desligou, ignorando o otimismo do garoto.

 

•••

 

Pouco depois de Batman ter falado com o Robin, Tim Drake escutou um tiro do lado de fora da casa.

— Batman estava certo, escondam-se — ele ordenou.

O comissário Gordon e sua filha entraram na cozinha, acompanhados do policial Aaron Cash. Outro disparo foi ouvido. Droga, Batman, chegue logo, pensou.

Robin atentou-se aos sons de fora da casa.

— Cuidado, é o Pisto-! — escutou um policial gritar, sem terminar a frase.

Precisava ser corajoso. Com cuidado, saiu em silêncio pela porta dos fundos, onde dois policiais tremiam de medo. Subiu no prédio ao lado da casa e olhou em volta. Quando o disparo seguinte surgiu, determinou que o Pistoleiro estava atirando do último andar do prédio do outro lado da rua.

Se fosse cuidadoso, conseguiria chegar por trás e surpreende-lo. Foi até a esquina da rua e subiu no prédio ali localizado. Pulou até o prédio em que o Pistoleiro estava e entrou pelo acesso ao terraço.

Estava no mesmo andar que o mercenário agora. Pensou por um momento e deduziu qual era o apartamento em que o Pistoleiro estava. Respirou fundo e abriu a porta.

— Floyd Lawton, é melhor parar. Vou te levar às autoridades.

Escutou o Pistoleiro rir.

— Menino Batman, não seja tolo. Não vou precisar mexer um músculo para acabar com você. Não costumo ser piedoso, mas vou te abrir uma exceção. Vá embora.

Irritado, Robin avançou sobre ele. Pistoleiro jogou seu fuzil de precisão longe e defendeu os golpes do Menino Prodígio. Robin pegou seu bastão das costas e tentou acertar a perna de Lawton, mas levou um chute da outra.

Floyd jogou o Robin contra a parede e apontou a arma presa em seu braço para ele.

— Escute, “Batmirim”, eu não dou segundas chances. Você morre aqui e agora.

Quando o Pistoleiro estava prestes a atirar, contudo, um batarangue acertou e tirou as armas de seu braço.

— Merda.

Batman puxou Lawton pela máscara e a arrancou. Em seguida, abriu a janela e o pendurou de ponta cabeça, segurando-o pela perna.

— Comece a falar, Lawton. O que sabe sobre o Homem-Calendário?

— Homem-Calendário? Então ele é o Noel. Não sei de nada, homem morcego. Não faço pergunta aos clientes. Meu trabalho era só pegar o comissário e entrega-lo. Nada muito complexo.

Batman afrouxou sua mão.

— Eu fiz uma pergunta.

— Ah, vamos ser sincero, Batman. Você não vai me matar. É frouxo demais para isso.

— Não duvide de mim.

— Não duvido. De qualquer forma, você não mataria um homem na frente da própria filha.

Dito isso, a porta do quarto principal foi aberta, e uma criança saiu de lá dentro.

— Não machuca meu papai — ela pediu, com a voz indicando lágrimas iminentes.

Batman respirou fundo e puxou Lawton de volta. Foi tempo suficiente para os policiais chegarem ao apartamento e o algemarem, deixando a pequena Zoe assustada.

— Levem ela para o orfanato o quanto antes — disse Batman.

Ele então pulou pela janela e chamou o Batmóvel. O sol já estava para nascer, e Bruce Wayne precisava comparecer em reuniões das Empresas Wayne no dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

FICHA DE PERSONAGEM - PISTOLEIRO
Nome: Floyd Lawton
Profissão: Mercenário
Afiliação: N/A, trabalha por contrato para diferentes pessoas
Características: Ex-militar, pai ausente, atirador de elite, sem medo da morte
Armas: Fuzil de precisão, pistolas

O futuro desta fic está planejado. Teremos ao todo sete temporadas, que terão subtítulos. Criei-os em inglês, mas vou traduzi-los.
T1 - Happy Holidays ("Feliz Natal")
T2 - Damage Containing ("Controle de Danos")
T3 - The Killing Joke ("A Piada Mortal")
T4 - Heir of the Demon ("Herdeiro do Demônio")
T5 - Brothers Reunitided ("Irmãos Reunidos")
T6 - The Dark Knight Rises ("O Cavaleiro das Trevas Ressurge")
T7 - Never Ending (algo como "Nunca Acabará")

As informações sobre esta fic acabam aqui. Se você lê minhas outras fics, continue lendo. Se não, espero que tenha gostado e até ó próximo capítulo.

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Se forem no meu perfil, verão que atualizei as informações a respeito de minhas outras fics. Verão, por exemplo, que "Batman: Insanidade" não está no mesmo universo que "Zatanna: O Conceito de Magia". Verão também que haverá uma outra história de Marvel, chamada "Cho", que não esta no universo de "Marvel: Os Maiores Heróis da Terra".

Tanto a fic da Zatanna quanto a da Marvel vão voltar em breve. Estou organizando os planos para poder trazer conteúdo de mais qualidade no futuro, pois não estava satisfeito com o que eu estava produzindo.
Vou reescrever algumas coisas da fic da Zatanna, mas continuarei a da Marvel de onde paramos. Espero que possam acompanha-las mesmo depois de eu ter sido tão instável com ambas.

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Vou tentar manter o dia de postagem de "Batman: Insanidade" às terças.



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