Lily Luna

Salão Principal

—Por que que a nossa coruja tá vindo aqui? Ainda nem é a hora de entregarem as cartas. – comentou Albus, se juntando a nós.

—E acho que sei o que ela está carregando. – falou James, apontando para um envelope vermelho que a coruja estava carregando. – Por que a mamãe nos mandaria um berrador? Albus?

—Eu juro que não fiz nada! Pelo menos não dessa vez...

Não conseguia parar de tremer, e a coruja se aproximava cada vez mais, até que ela pousou, em minha frente.

—O berrador é pra Lily?! – gritaram em conjunto.

Não respondi, apenas peguei a carta, e a abri.

—LÍLIAN LUNA POTTER! – começou. – COMO VOCÊ OUSA QUEBRAR AS REGRAS NO PRIMEIRO DIA DE AULA?! Se fosse o Albus, tudo bem, até entenderia...

—É verdade... – comentaram em conjunto, até Albus.

—Mas, filha! O que deu em você? Você sempre foi uma menina bem comportada! Bom, conversaremos mais depois. Com amor, mamãe.

—”Conversaremos depois” ? O que temos mais para conversar?! Está claro que estou de castigo! – exclamei.

—VOCÊ QUEBROU AS REGRAS?! – perguntou, ou melhor, gritou James. – VOCÊ NUNCA FEZ NADA ASSIM!

—Ela  foi para a Sala Precisa depois do jantar do primeiro dia. – mencionou Dominique, se servindo de um pedaço de bolo que estava na sua frente.

—Mesmo depois da Diretora Minerva dizer que não era permitido?

—Valeu, Domi. – falei ironicamente, me levantando e indo em direção ao dormitório.

Peguei os meus livros que estavam em cima da minha cama e os coloquei dentro da minha mochila. Desci as escadas correndo, porque estava atrasada para a minha aula, mas acabei esbarrando em alguém na Sala Comunal e caí.

—Foi mal, não te vi!

—Tudo bem, essas coisas acontecem... – respondi, me levantando e me virando para a pessoa.

—Sou Henry Longbottom, e você é Lílian, certo? Filha do casal Potter? Irmã do James? - não respondi, estava ocupada demais encarando o garoto. Henry Longbottom. O melhor amigo do James, e tenho que dizer, ele é super bonito! Tinha o cabelo castanho todo bagunçado, dando um ar de rebeldia, e seus olhos eram tão verdes e lindos que eu podia ficar os olhando o dia inteiro... – Tá tudo bem?

—Tá, tá sim... e sim, eu sou a irmã do James...

—Acho que nunca te vi por aqui, se não lembraria... Você é bonita demais para se esquecer. – ele estava me cantando?! – Bom, eu já vou indo, te vejo por aí!

—T-Tchau! – gaguejei. Por Dumbledore, mais que vergonha! Aposto que eu estava mais vermelha que um tomate!

Estava tão ocupada pensando no que tinha acabado de acontecer, que esqueci completamente da minha aula! Quando percebi, já tinha dado o horário da aula acabar, então saí do dormitório e fui correndo para a Sala de Poções, para eu não me atrasar para a próxima que teria.

...Sete Da Tarde...

Quando as aulas finalmente acabaram, troquei de roupa, colocando uma legging e um moletom que estava escrito grifinória, soltei o meu cabelo, e fui para o campo de quadribol.

Chegando lá, vi Hugo voando, provavelmente treinando para algum jogo importante.

—Hugo! – gritei, tentando chamar sua atenção.

—E aí, ruivinha?! – perguntou, descendo da vassoura. – Preparada para sua aula?

—Eu acho que sim...

—Ótimo! Primeiro, você sabe como voar numa vassoura?

—Não.

—Sério? Você é filha do Harry Potter, um dos maiores apanhadores da história, e não sabe voar numa vassoura?

—Achei que o objetivo de toda essa história era fazer as pessoas pararem de me conhecerem como “Filha do Harry Potter”.

—Você entendeu o que eu quis dizer.

—Sim, eu entendi! Meu pai quis me ensinar Quadribol, só que eu nunca quis aprender.

—Tá bom, só sobe na vassoura que eu te ajudo. – falou, me dando a vassoura.

Fiz o que ele mandou, mas não conseguia arranjar coragem para tentar voar.

—Hugo, eu não consigo.

—Consegue sim. Tenha coragem!

—Eu não consigo!

—Ok, faz isso: Pense nas coisas que te fazem mais feliz, como se fosse conjurar um Patrono, e não pare de pensar nem um segundo. – comecei a pensar na minha família e amigos, e nos momentos mais feliz que tivemos juntos. – Agora, é só dar o impulso.

Estava tão perdida nos meus pensamentos, que dei o impulso sem nem pensar, e quando percebi, já estava voando.

—Por Merlin! – exclamei, olhando para baixo.

—Não olhe para baixo, se foque no que está na sua frente! – olhei para o lado, e descobri que Hugo estava me acompanhando, na sua vassoura. – Se incline para virar!

Obedeci, mas não com muito sucesso.

—Não deu muito certo! Me ajuda!

—Calma, ruiva! É só se concentrar! Você está muito preocupada com altura! Se preocupe apenas em voar!

Respirei fundo, e me inclinei para a direita, fazendo uma curva perfeita.

—Você está indo bem! Agora tenta subir um pouco mais!

Tentei, mas na hora, me escorreguei, e caí da vassoura.

—Lily! – Hugo gritou.

—Hugo! – gritei.

Estava caindo rapidamente e estava com muito medo, e fiz a única coisa que me veio em mente:

—Aresto Momentum!