OCICAT: The Ordinary Lives escrita por mary jane, bunny


Capítulo 1
Prologue


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem? Faz muito - MUITO - tempo que eu não entro no Nyah e não posto nada aqui também, mas enfim, eu queria escrever essa história e achei que aqui fosse um bom lugar para postá-la. Também vou estar postando ela no Wattpad (algum dia), mas como lá não é exatamente uma rede social de fanfics, não sei se vai dar muito certo.
Enfim, vou tentar não fazer um textão, mas vamos lá. Eu não li os quadrinhos de Guerra Civil, estou me baseando totalmente nos filmes, então me perdoem por qualquer erro. A história é meio cortada e eu não sei se pode estar confusa, me avisem se sim, por favor, mas era meio que esse o efeito que eu queria dar à OCICAT, como se fossem várias cenas diferentes de visões diferentes.
Bom, os principais personagens (que mais vão aparecer, assim espero) são a Cat, o Peter Parker, Tony Stark e a Natasha Romanoff. Vão ter muitos mais ao longo da fanfic, mas esses serão os principais por enquanto. A Cat foi completamente inspirada pela personagem Selina Kyle (aka Catwoman) da série Gotham, com várias diferenças, mas a ideia saiu de lá. Não dei fancasts específicos porque vocês podem imaginar os personagens como quiserem.(Eu sou realmente muito Spider-man trash então a fanfic vai ser mais focada na personagem principal e no Peter, desculpem). A co-autora, no caso Bunny, é a minha outra conta que eu não uso mais tanto quanto essa.
Faz muito tempo que não escrevo uma fanfic então realmente quero saber se alguém leu, gostou ou não gostou da história e se eu devo continuar, então se alguém ler e quiser dar sua opinião, você é super bem vindo ♥ Enfim, eu acho que é só isso mesmo, nós vemos no final do capítulo! c:



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20:48PM, Torre dos Vingadores – New York

Eram quase nove horas da noite quando a reunião do que havia sobrado dos Vingadores chegou ao fim. Tudo que Tony queria era ir para sua sala, tomar alguns – muitos – copos de qualquer coisa que encontrasse e ir dormir.

Esquecer tudo que estava acontecendo só por algumas horas, então começar tudo aquilo de novo no próximo dia. Desde que metade do time estava fora do jogo – por causa de todos os conflitos causados pelo Acordo de Sokovia – ele passava dias e noites tentando entender como tudo aquilo podia não ser sua culpa. Por que as coisas não podiam simplesmente voltar a ser como eram antes? Parecia, para ele, que o universo estava constantemente tentando ferrar sua vida várias vezes seguidas. Essa noite não seria diferente.

Ele realmente pensou que estaria livre depois que todo mundo foi embora, mas assim que o homem deu as costas para a porta da sala de reuniões, a voz de Natasha Romanoff chamou sua atenção. Ela provavelmente estava tão cansada quanto ele, mas tinha a incrível habilidade de não demonstrar nada disso em seu rosto perfeitamente neutro.

— Tony – A ruiva repetiu, sua voz naturalmente ameaçadora como sempre. – Eu preciso te mostrar uma coisa. É algo sério.

Ele não disse nada, apenas seguiu a mulher até que eles pararam em um lugar um pouco mais afastado. Tony não tinha a mínima ideia do que a agente queria mostrar a ele, mas ele esperou enquanto a ruiva tirava um smartphone de um de seus bolsos e mostrava a ele um vídeo que parecia ter sido filmado por uma pessoa sofrendo do mal de parkinson com um telefone com câmera dos anos 90.

Pelo que ele pode ver, era uma filmagem de um assalto, com uma pessoa saltando na cena de repente, imobilizando os dois assaltantes rapidamente. Eram imagens rápidas e borradas, mas ele pode perceber que a pessoa do vídeo tinha alguma habilidades – nada demais, já que eles estavam em Nova Iorque e Nova Iorque tinha novos super–heróis aparecendo por aí todos os dias.

Mas Natasha olhava para ele com sobrancelhas arqueadas, esperando por uma reação. Ele não tinha uma.

— O que?

— Essa é uma nova vigilante. As pessoas já começaram a chamá–la de Ocicat – Ela continuou encarando ele.

— E daí, Natasha? Isso aqui é Nova Iorque. Tem tipo, cinco grupos diferentes como os Vingadores e vigilantes em todo canto – E ainda assim era a cidade com mais criminalidade do país, que ironia.

A agente não pareceu afetada pela resposta dele, seu rosto confiante enquanto ela mostrava outro vídeo gravado, pausando em um zoom borrado da imagem.

Ele conseguia ver parcialmente o rosto da pessoa, embora um cachecol – ou talvez fosse um lenço – vermelho cobria a boca e o pescoço. Óculos de proteção redondos cobriam seus olhos e o que parecia uma massa borrada de cabelos cacheados cobria metade da imagem.

— Ah, vamos lá, Tony. As pessoas dizem que ela parece ser bem jovem – Ela continuou. – Você não a reconhece?

Ele semicerrou os olhos, tentando focar na imagem borrada no celular. É claro que parecia quem eles estavam pensando que parecia, mas simplesmente não podia ser. Haviam centenas de garotas que se pareciam com ela em Nova Iorque. Quais eram as chances de aquela ser exatamente a pessoa que eles tinham em mente? Além do mais, era impossível. Tudo o que a pessoa do vídeo fazia devia levar anos de treinamento.

— Não pode ser.

— É ela. Eu tenho certeza disso, Tony – Ela parecia certa, e ele não era tão burro de duvidar das palavras de Natasha Romanoff. Não depois de tudo o que tinha passado. – E como ela seria capaz de fazer todas essas coisas? – Eu não sei. Mas é ela.

01:45, Torre dos Vingadores – Nova Iorque

Tony agora estava determinado a ir para o seu quarto depois da sua pequena conversa com Natasha, andando com passos largos e rápidos pelos corredores, esfregando os olhos, mais cansado do que nunca – e tentando não pensar em tudo que estava acontecendo.

O resto dos Vingadores estavam escondidos, ele ainda não tinha superado todos os problemas com Pepper – obviamente – e agora essa história de Ocicat. Ele tentou prometer a si mesmo que não se importaria com isso, mas era difícil. Sabia que ficaria acordado até de madrugada, como sempre, provavelmente trabalhando em algo novo para se distrair. Sabia que não teria uma boa noite de sono, mas esperava tentar descansar antes de acordar no dia seguinte e ter que se preocupar com tudo novamente. Ele devia estar um pouco mais preparado.

— Boa noite, senhor Stark.

Ele suspirou. – Boa noite, FRIDAY.

Tony continuou andando até que a voz retornou.

— Senhor, tem alguém na sala de reuniões principal. Sem perigo – Tony parou. Ah não.

Eram quase duas horas da manhã, ele tinha tido uma noite – ano – péssimo e tudo o que queria era o mais simples que poderia ser. Arranjar problemas naquela hora era a última coisa em sua lista de desejos, mas se alguém tivesse invadido então ele teria que lidar com aquilo do jeito difícil.

Ele andou novamente até a sala de reuniões, seus passos determinados disfarçando o cansaço e a completa falta de interesse em tudo que podia estar por vir – e tinha uma arma na manga – literalmente – caso algo desse errado.

Mas quando ele entrou na sala, só se deparou com uma figura que tinha suas costas virada para ele, parada do outro lado. 

— Cat? – Ele perguntou, parado em frente a porta.

A jovem virou-se lentamente, olhando para ele. Não parecia nem perto de estar impressionada por ter sido pega invadindo a sala de reuniões dos Vingadores. Ela só estava ali, parada na frente da parede de vidro, a linha do horizonte da cidade dando à ela uma estranha iluminação azulada. A garota sorriu.

— Oi, Tony.

— Faz um tempo que não nós vemos – Ele deu alguns passos para frente, lentamente, como se a menina fosse um animal selvagem prestes a fugir a cada movimento brusco.

— É, eu acho.

— Pode me dizer por que você invadiu minha casa no meio da noite? – Ele perguntou, encostando-se na mesa.

Ela merecia levar um sermão, com certeza, mas ele estava cansado demais para tentar parecer bravo e a sua curiosidade falava mais alto.

— Além disso, como é que você entrou aqui?

— Eu só pensei em dar uma volta, ver como as coisas estavam... não esperei que você voltasse tão cedo.

— Que surpresa. Você cortou o cabelo.

— Já fazem três anos. O homem revirou os olhos.

— Bem, não é minha culpa. Eu sou um cara ocupado e você está sempre livre para vir visitar – obviamente não precisa ser convidada. Você recebeu o presente que te enviei no seu aniversário?

— Sim, Tony, obrigada. Não sei como eu vou usar aquilo, você podia ter só me mandado um cartão.

Tony cruzou os braços, visivelmente ofendido. – Eu te presenteei com um avançado computador científico de última geração e você me pede um cartão?

A garota olhou para baixo, dando de ombros.

— Bem, eu não sou uma cientista.

— Obviamente não.

Ela suspirou. Os óculos de proteção redondos estavam em sua cabeça, puxando o cabelo para trás. O lenço vermelho estava amarrado no pescoço, numa posição perfeita para que a garota pudesse rapidamente puxar sobre seu nariz e cobrir metade de seu rosto. Ela usava um casaco verde-exército e usava luvas. Como ele podia ter deixado aquela escapar? É claro que ele não perdia seus dias vigiando a garota – além de não ter tempo para isso, também não tinha interesse.

Natasha, por outro lado, parecia ainda ter certo afeto por Catherine, e como qualquer boa espiã, ficava de olho nela sem ser percebida. É claro que Natasha teria percebido antes do que ele a identidade de alguém com um nome tão óbvio quanto Ocicat, mas aquilo significava mais confusão para que ele tomasse conta. Se a garota estava se colocando em perigo por aí, aquilo não era problema dele.

— De qualquer jeito, foi bom ver você, Tony – Ela interrompeu seus pensamentos, acenando uma mão, seu tom de voz sarcástico sendo abafado pelo lenço vermelho que puxara sobre a boca. – Eu tenho que ir agora.

— Você não está levando nada com você, está? Cat parou, cruzando os braços e semicerrando os olhos – parecia ofendida e ele levantou os braços, rendendo-se.

— Levando? Eu não sou uma ladra, Tony!

— Ah, eu não sei! Desde que você começou com toda aquela historinha de vigilante é bom desconfiar, não é, Ocicat?

Ela arregalou os olhos por uma fração de segundo, somente o bastante para que ele conseguisse perceber. Seu rosto tomou uma tonalidade mais pálida e ela permaneceu imóvel, mas um sorriso desconfiado apareceu em seus lábios rapidamente.

— Como sabe que sou eu?

 Ele suspirou. Amadores.

— Eu tenho uma espiã russa no meu time e esses seus óculos de proteção baratos e cachecol são o pior disfarce que eu já vi.

— Eu estou trabalhando nisso – Ela virou-se novamente para ir embora mas ele a segurou pelo braço.

— Isso é perigoso, Cat!

— O que? – Perguntou, fazendo-se de desentendida.

— O que você está fazendo! Vai acabar morta.

— Até parece.

Tony definitivamente não estava com paciência para lidar com rebeldia adolescente típica às duas horas da manhã depois de uma reunião estressante. Não mesmo.

— Ah, vamos lá, como é que você faz isso, Cat? Eu vi os vídeos. Não é algo que você aprende da noite para o dia.

— Você ficaria surpreso.

— Quem está te treinando?

— Ninguém está me treinando!

— Então o que aconteceu? Ela fechou os olhos, levando os dedos à lateral de seu rosto como se todas as perguntas de Tony estivessem dando uma dor de cabeça. “Bem vinda ao meu clube”, pensou Tony, que agora estava sentado em uma das cadeiras com os braços cruzados, esperando respostas.

— Se eu soubesse eu te contaria, tudo bem? Mas eu não sei! Não tenho a mínima ideia. Tony puxou uma cadeira, apontando para que ela se sentasse. A garota esperou alguns segundos, ele continuou a encarandoe e ela rolou os olhos, andando até a cadeira e sentando-se na sua frente. Tony sorriu triunfante, mentalmente é claro – já tinha sido um adolescente chato, também. Sabia como lidar com essas coisas.

Enquanto isso, a postura de Cat tinha mudado completamente. Ela tinha os braços sobre a mesa, olhando para baixo, a testa franzida e a respiração pesada.

— Eu só sei que um dia eu acordei e as coisas tinham mudado, tudo bem? – Ela começou, seu tom de voz baixo lhe dava agonia. – Eu consigo... consigo escutar melhor. Consigo ouvir coisas há quilômetros de distância. E fazer todas aquelas coisas que eu não podia antes, estou mais rápida... forte. Eu não sei o porquê.

Ele descruzou os braços, olhando para os lados. Algo de errado estava acontecendo – algo muito errado. O lugar estava em silêncio, exceto pelo baixo murmurinho da cidade ao seu redor, o que dava ao momento certa estranheza e privacidade.

— Você quer saber? – Ele perguntou.

— Como assim? – A garota levantou os olhos, uma expressão confusa em seu rosto. Tony levantou-se, andando ao redor de sua cadeira e parando ao lado da mesa.

— Cat, eu posso te ajudar. Nós podemos descobrir o que está acontecendo com você.

— Por que eu precisaria da sua ajuda? – Ela perguntou, se afastando um pouco.

— Por que você- não, nós precisamos saber o que está causando isso. Pode ser perigoso, e se você está em perigo então eu não estou cumprindo a promessa que fiz ao seu pai.

Ela riu pelo nariz, zombando – olhando para ele como se ele tivesse contado a pior piada do mundo.

— Como se você fosse o melhor em cumprir promessas – Ela suspirou. – O que você sugere?

— Doutor Banner pode nos ajudar. – Ele sorriu, e então parou. – A Bailey sabe disso tudo?

— O que? Não, claro que não! – A garota arregalou os olhos, balançando as mãos. – Eu não sei nem como contar a ela. Aposto que ela não acreditaria em mim, de qualquer jeito.

— Ótimo. Venha aqui depois da escola, eu chamarei o Doutor Banner e nós vamos ver o que podemos fazer. Se o que for que está acontecendo com você seja perigoso, é melhor descobrirmos logo.

Ela acentiu, olhando para seus pés como se tentasse entender tudo o que ele tinha dito tão rapidamente. Então a garota parou, olhando para ele – e ele não conseguiria descrever o olhar em seu rosto. Era uma mistura de incerteza e medo.

— Você está querendo me ajudar só por causa do meu pai, não é? Ele suspirou, cansado.

— Eu fiz uma promessa muito tempo atrás. Estou tentando cumpri-la. – Certo – A garota acenou, virando-se. – Cat?

 Ela parou, olhando para ele.

— Na próxima vez, entre pela porta.

Ela sorriu, revirando os olhos de brincadeira e acenou com a mão, sumindo pelo parapeito da janela. Ele não se preocupou.

Do lado de fora, a cidade permanecia barulhenta e reluzente no meio da madrugada, como em qualquer outro dia comum.


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Notas finais do capítulo

Enfim, essa foi a primeira parte da história. Se você leu e gostou, por favor, comente. Se não, comente também porque é sempre bom saber. De qualquer jeito, obrigada e eu espero que tenham gostado! Não vou demorar para postar o próximo capítulo, mas qualquer coisa, vocês podem encontrar todos os links para me achar no meu perfil. Anyway, obrigada e até mais c:



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