Descendants 2 escrita por America Jackson Potter


Capítulo 5
Scars Half Open


Notas iniciais do capítulo

Hey ♥ primeira vez que apareço aqui, eu acho
Enfim, quero agradecer a Sinistra por ter feito comentários sobre a fic ♥ estou muito agradecida, sério!
Espero que gostem dessa capítulo!



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Já me disseram isso. Mas não posso fazer nada: meu pai é assim e o pai do meu pai também, assim como o pai do pai do meu pai.

— Max Hatter 

...

O acidente da Ally e as formigas foi esquecido, tanto que todos esqueceram depois que a loira foi liberada para voltar ao quarto. Ariana e Rose estavam esperando a garota retornar.

— Está melhor? — Ariana perguntou assim que a loira saiu do banho. Havia ainda algumas marcas das picadas de formigas, mas Ally não parecia incomodada. Respirou fundo e olhou pelo reflexo do espelho para a ruiva com um sorriso, falso.

— Claro! Estou ótima, por que não saímos para fazer alguns biscoitos? — Ally revirou os olhos e escolheu uma roupa, voltando para o banheiro para se trocar.

— Ally, não podemos te ajudar se não cooperar conosco. — Rose bateu na porta.

— Querem me ajudar é? — Ally apareceu com a toalha na cabeça vestindo o mesmo vestido azul que adorava tanto. As duas amigas assentiram. — Ótimo, me ajudem a tirar todos da Ilha dos Perdidos daqui.

As duas amigas se entreolharam. Rose abaixou a cabeça e Ariana olhou para Ally:

— Não podemos fazer nada, é um decreto real e vossa majestade...

— Por que está sendo tão certinha? Não deveria, você não vai ser rainha. — Ally a provocou. Ariana respirou fundo.

— Se não quer minha ajuda, era só falar. — Ariana saiu do quarto fechando a porta atrás de si. Rose suspirou alto e olhou para a colega de quarto.

— Você tem de...

— Não aja como se fosse minha mãe Rose, porque não é. — Ally fechou a cara e começou a desembaraçar o cabelo.

— Quando é o casamento?

— Daqui a alguns meses, vão mandar os convites em breve. — Ally apertou os olhos fazendo uma careta.

...

Max estava de baixo da mais velha árvore da escola. Gostava de ficar lá, suas melhores ideias vinham quando estava ali. Só que algo estava estranho, o garoto não conseguia pensar direito, não conseguia organizar seus pensamentos e muito menos entende-los. Estava tão perdido que nem viu que alguém esbarrou em seu pé, só sentiu o cutucão no seu ombro.

— Está me ouvindo garoto?

— Ah, desculpe. — Olhou para cima e encontrou os grandes cabelos ruivos vivos, pareciam com os de Ariana, mas eram mais vivos. — Nem te notei ai, desculpe.

— Ótimo! Foi a loira oxigenada que falou para me ignorar? — Isabelle ergueu uma sobrancelha impaciente. Max ia abrir a boca para retrucar, mas a garota foi mais rápida: — Não me responda, só que fique avisado para não deixar sua cartola por ai!

— Ah, tudo bem. — Ele deu de ombros. Isabelle jogou a cartola para o lado. — E não sigo ordens da Ally, se quer saber.

— O quê?

— Não estava te ignorando por querer, só estava perdido nos meus pensamentos.

— Ata, e eu sou uma coelha cor-de-rosa. — Isabelle disse ironicamente.

— Fico feliz em conhecer uma coelha cor-de-rosa — Max sorriu brincando.

— Você é louco.

— Já me disseram isso. Mas não posso fazer nada: meu pai é assim e o pai do meu pai também, assim como o pai do pai do meu pai.

— Ah claro — Isabelle deu de ombros.

— Você não é parecia com sua mãe. — Max sorriu gentilmente.

— Você não me conhece. E acho que nem a ela.

— Ouvi histórias, e pelas suas, vocês são parecidas.

— Histórias não contam tudo.

— Tem razão, o País dos Maravilhas sumiu antes deu poder conhecer vossa majestade e a filha.

— Está flertando comigo? — A ruiva ergueu uma sobrancelha.

— Não, só estou concordando com você — ele deu de ombros, pegou a cartola e se levantou. — Bom, até mais, vou andando, preciso chegar na loja do meu pai a tempo para um chá com ele. Se quiser pode v...

— Não gosto de chá.

— Mais uma pessoa? Nossa! Chá é tão bom.

— Não para mim.

— Certo, tudo bem. — Max fez uma reverencia e colocou a cartola de volta. — Até mais alteza.

Isabelle ficou sem reação, não entendia porque ele havia feito aquilo, ela era uma vilã, não era? Realmente merecia ser chamada de alteza? Seu reino sumiu, não governava nada. A ruiva ficou furiosa, tudo o que sentia que conhecia e poderia chamar de lar havia desaparecido. E Alice era a culpada.

...

— O que está acontecendo? — Max perguntou assim que entregou a xícara de chá com biscoitos para Ariana.

— Nada, só precisa disso. — A ruiva deu um sorriso e tomou um gole da bebida. Max puxou a cadeira e se sentou ao lado de Charles.

— Não estão me contando o que? — O moreno ergueu uma sobrancelha.

— Bem, tecnicamente, você tem uma pequena parte relacionado. — Charles respondeu levando a caneca com chocolate quente a boca.

— Ora, agora sei dos boatos sem saber?

— Bem, é sobre a Ally. Sua futura meia-irmã louca. — Ariana falou cruzando os braços e encarando o amigo.

— Ela não é louca, eu sou. — Charles olhou sério para o amigo. Max brincava, mas sabia ser sério. — O que aconteceu?

— Ally quer mesmo tirar todos os filhos de vilões da Ilha. — Ariana se aproximou para sussurrar. — E é todos mesmo.

— Só por que ela não quer a filha da Rainha de Copas aqui. — Max revirou os olhos. — Posso tenta-la fazer entender, mas ela não vai me escutar.

— Por que você não é o pai dela, acertei? — Ariana sorriu fraco e se remexeu na cadeira pegando a xícara.

— Espera, é por isso que seu pai vai casar com a Alice? Para Ally ter um pai? — Charles deu um fraco tapa no ombro do amigo.

— É complicado isso, tem condições nisso tudo. — Max suspirou alto.

— Ally está paranoica com isso. — Ariana ficou com a xícara perto do rosto, sentindo o calor do chá. — Mas você disse que ela está feliz.

— Uma coisa que aprendi é: Ally é bem falsa quando quer.

— Bem, acho que essa notícia não pode se espalhar. — Charles tomou o resto da bebida.

O que os três não imaginavam era que ali atrás, bem no canto da loja, um sorriso brilhante apareceu e desapareceu rápido para ser notado.

...

A Ilha dos Perdidos é cercada por uma gigante porção do mar, mas ainda é possível ver a terra firme, e os reflexos das enormes torres do castelo da Fera. A tumba é o lugar perfeito para observar o continente da Ilha, essa atividade era o passatempo preferido de vários adolescentes do lugar, imaginar como seria sair dali e jogar o caos por todo lugar. Bem, talvez Victor Valete não pensasse assim: queria apenas ser livre e viver sem ter que pensar nos pecados do pai.

— Você está distraído. — Comentou Daiana, filha de Drizella Tremaine, sentando do lado do garoto. — Não me diga que está pensando em Isabelle. Você já viu que ela não quer nada com você, quer mais alguma prova é?

— Não estou apaixonado por ela. — O moreno deu de ombros. — E você sabe quais eram os termos daquele namoro.

— Claro que sei, você vive repetindo eles. Até hoje. — A garota disse revirando os olhos. — Mas você está apaixonado por ela, mesmo depois de tudo. E não adianta mentir, eu te conheço, Victor.

— Me apaixonei pela única garota que me disseram para não apaixonar. — O moreno escondeu o rosto nas mãos. Daiana se virou para ele e tirou suas mãos para encara-lo.

— Não escolhemos por quem nos apaixonamos. — Ela deu um leve sorriso. — E eu não sou boa para conselhos, então não sei o que falar sobre isso.

Ambos derem uma risada, Victor balançou a cabeça descendo de uma das tumbas que estavam sentados.

— Você vem?

— Não, está na minha hora de imaginar minha vida fora daqui. — Ele balançou a cabeça e saiu do cemitério, deveria ir para as aulas que estavam tendo nas catacumbas, mas não estava afim de aguentar Dr. Facillier gritando, ou Mamãe Gothel dizendo que vaidade é mais importante, ou Yen Sid ensinando a como usar um computador que mal funciona na Ilha.

...

Já era noite em toda Auradon. O toque de recolher já havia sido soado, todos já deviam estar com as luzes apagadas e dormindo. Mas claro, o quarto de Gil e Harry era exceção.

— Então... por que vieram aqui? — Harry se sentou no pequeno sofá do quarto encarando as três garotas.

— Bem, discutir um plano. — Kaya sorriu se sentando no braço do sofá.

— Pensei que vocês iriam demorar mais para bolar o plano de tirar a barreira. — Gil cruzou os braços.

Uma tirou todos os objetos da mesinha de centro, Harry resmungou, mas a garota não havia dado atenção a isso. Isabelle colocou um mapa no centro.

— Onde conseguiram isso? — Harry ergueu uma sobrancelha. — É o mapa de Auradon antes de tudo.

— Sim, como você sabe? — Uma perguntou se ajoelhando no chão.

— Filho de pirata, esqueceu? — O loiro deu um sorriso e começou a analisar o mapa. Havia uma linha azul clara, bem fraca, ligando o continente a Ilha dos Perdidos, o garoto passou a mão por ela. — Isso significa que o mar não é tão fundo aqui.

— Certo, pense nisso enquanto vê este mapa. — Isabelle arrumou o mapa da atual Auradon. — Viu? A linha continua.

— Não significa nada. — Gil falou analisando tudo. — Ainda há água por cima dessa linha.

— Biblioteca proibida fica no ponto mais baixo da Ilha. — Kaya disse encarando Gil. — Você não acha que essa linha, seja um túnel? Se for, dá para passar sem sabermos.

— Três coisas: não temos certeza sobre se isso é um túnel, se for, não sabemos onde isso dá aqui em Auradon e Dr. Facillier tem algum motivo para manter a biblioteca fechada. — Disse Harry.

— Certo... era só uma ideia mesmo. — Kaya deu de ombros.

— Mas se não acharmos algum outro jeito, podemos investigar esse possível túnel. — Disse Gil.

— Okay, então vamos imaginar essa situação. — Isabelle começou a andar para o lado e outro do quarto. — Se um caro amigo pirata nos disponibilizasse o barco do pai, era só desligarmos a barreira.

— Jolly Roger não está à disposição.

— Mas você não tinha dito que... — Gil não teve tempo de terminar a frase, porque Harry tinha jogado uma almofada para ele.

— O que, Harry? — Isabelle o fuzilou com o olhar, fazendo com que o loiro desviasse. — Vamos, capitão, você pode nos contar sim. — Isabelle foi para trás do sofá e passou as mãos pelos ombros do garoto.

— Meu pai disse que o Jolly Roger poderia ser libertado, mas a barreira precisava ser quebrada. Além de que, para irmos à Terra do Nunca, iriamos precisar de pó de fada.

— Arranjamos isso. — Isabelle sorriu maldosa. — Sempre consigo o que quero.


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Notas finais do capítulo

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