Estávamos no hotel, depois de mais um show bastante cansativo. Tenho que admitir que por mais que eu goste do meu trabalho, ele cansa minha beleza. No bar, apenas eu e Jimmy, e ele, contando estórias. Sempre fazia isso quando bebia.

- Cara, já te contei a história do patinho que... Puf!?

- Patinho o quê, James?
- O patinho que... Puf!
- Conta... – O olhei meio contrariado, meio com medo, meio sem entender. Enfim. O deixei contar a tal estória.
- Assim... Era uma vez, num reino distante...
- Espera Jimmy! Que porra que o pato que puf tem a ver com um reino distante?
- Vai ficar criticando ou vai me deixar contar, Sanders? Eu vou chegar lá. – Bufei e ele me olhou com a sua cara mais assustadora. Admito que Jimmy me dava medo... Às vezes.

- Foi o que pensei. Bem, voltando ao reino distante, era uma vez um anão, que cuidava de uma chácara. Bem, tinham patos nessa chácara e...
- Rev.. Chácara, patos, reino... Anão?
- Cala a boca, inferno! Bem, esse anão cuidava desses patos, mas tinha um pato especial que o anão cuidava com todo amor e carinho, que era verde limão. Até que um dia, ET’s apareceram na chácara e o pato foi correndo avisar ao anão, mas ele já tinha sido abduzido, e o pato lutou para salvá-lo, mas não conseguiu e... PUF! O patinho verde limão com pintas rosa-cintilantes e purpurina morreu.
- Ele tinha porpurina e pintas cor-de-rosa cintilante?
- Tinha, por quê?
- Jimmy, você está bem? – Não sei o que deu nele, mas de repente ele começou a se balançar de um modo meio... Histérico, eu diria.
- Já te contei a história do gato que não miava e era roxo com bolinhas amarelas?! – Ele pulava meio feliz, quase se jogando em cima de mim.
- Acho que não, e...
- Então senta aí pra ouvir! – E lá vamos nós outra vez.