Poison- HIATUS escrita por Avallonne Vaults


Capítulo 1
Capítulo 1- I can hear the sirens


Notas iniciais do capítulo

Oi gente
*Eu estava com tantas saudades de vocês!
*Quero desejar feliz ano novo, e muitas felicidades!
*Bom, vim postar o primeiro capítulo da minha Fic de The Originals... *Espero que gostem!
**PROMETO a vocês que vou postar a atualização das outras fics que eu já tenho prontas.
*E " I can hear the sirens" é a música da Fleurie que eu peguei para ser o título da fanfic.
*Divirtam-se e Beijocas!



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"Após o incêndio ter expulsado os pardais
Todas as nuvens se penduraram como corujas"

 

 

 Enquanto olhava pelas frestas da madeira, via o sol bater em minha pele negra. Meus olhos percorriam o caminho que a luz do luar fazia. Lembrei de tudo que havia acontecido comigo até aquele momento e a raiva me corroeu. Logo pude perceber que minha mão estava sob a madeira, e que o mesmo lugar onde ela estava... A madeira apodrecia.   

Eu, minha madrasta, pai e irmãos morávamos no campo, no século XIX, mas infelizmente éramos da classe mais desfavorável do país, fazendo com que pessoas pobres como nós não fossemos percebidas.

       Há muitos anos a linhagem de meu pai fora amaldiçoada por bruxas. Um coven inteiro se uniu contra meu pai, e amaldiçoou a mim e todo o irmão que eu tivesse, assim seria com meus filhos e os filhos deles.  A maldição dizia que nós passaríamos a eternidade espalhando a podridão, contaminando e matando pessoas com pestes, pois onde quer que passássemos, as pessoas saberiam que estávamos marcados por três pontos horizontais abaixo do olho direito. Por um longo período de nossa infância, fomos mantidos em nossa casa em cativeiro sem contato com outras pessoas, pois aquela magia que se mantinha dentro de nós era incontrolável.

          Anos após isso, minha madrasta Deborah ficou grávida de novo, e então meu pai teve seu sexto filho. Foram os anos mais alegres da vida deles, mas...  Um dia uma tia nossa cuidava da criança que continha seus oito anos, foi então que ele quebrou o pequeno colar dela puxando-o de seu pescoço, ela ficou tão irritada que depositou uma bofetada no rosto dele. Nós todos estávamos no porão quando escutamos ela gritar, Rosa achou que fossem ladrões, mas quando ela conseguiu quebrar o tranco da porta, Scorpius estava com os olhos opacos, como se seus olhos estivessem virados para dentro de sua cabeça, e nossa tia estava morta, com os olhos abertos e manchas vermelhas na pele... Assim descobriram que ele também carregava a maldição e então começou a ser trancado no porão conosco. Ele era um menino difícil, e com a mente mais perversa que eu já tinha visto.

        Me lembro da mais forte motivação para uma fuga, e  justamente a motivação foi Scorpius. Então nesse momento que o plano foi colocado em prática.

         Um dia, quando tinha doze anos, ele fugiu de casa e fez o surto de uma peste na nossa cidade inteira, todos meus irmãos saíram comigo de casa para procurá-lo. Passaram-se vários dias e nenhum sinal de Scorpius.  Alec fez perguntas a várias pessoas durante dias, e acabou conhecendo uma moça ruiva que sabia onde estava nosso irmão, mas pelo caminho encontramos mais da metade da cidade morta... Já haviam rumores de demônios na cidade, e então após a fuga de meu irmão os boatos pioraram.

          Meus irmãos e eu andamos em busca do centro da cidade, e todos os seis quebramos o limite das regras de meus pais, indo até o lugar, onde estava havendo uma multidão formada a volta de uma pessoa amarrada a um mastro, seus olhos estavam brancos e os dentes pontiagudos. Essa visão fez a multidão gritar e se afastar, soldados colocaram fogo no menino, que pude perceber tarde demais que era meu irmão Scorpius. Eu iria correr até lá, mataria todos e se fosse possível seria queimada no lugar dele... Mas Cetus me segurou.

       Os rumores aumentaram, e após o dia que saímos todos a procura de nosso irmão caçula os vizinhos olhavam em nossa direção com desconfiança, sendo que nunca saíamos de casa.

       Quando voltamos, recebemos uma enorme bronca por causa do ocorrido, e então nos trancaram dentro do porão.

         - Isso não pode ser assim! Isso está errado! – Bati na parede – Temos que procurar alguém, alguma bruxa que desfaça essa maldição que carregamos!

        - Bel, acha que nossos pais já não fizeram isso? – Cetus sentou no chão. - Pare e pense um pouco!

        - Se vocês não irão fazer nada, eu farei! – Agachei-me perto da parede de madeira e comecei a arrancar pedaço por pedaço.

       - Você está maluca?! – Lúcios sibilou.

      - Não! Vocês é que não entendem, ou são um bando de covardes! – Olhei para os quatro irmãos que me cercavam. – Somos cinco agora! Viram o que aconteceu a Scorpius... Ele era apenas uma criança! Vocês não se perguntaram o motivo de nosso pai e a mãe dele sequer moverem  seus dedos para ver onde estava Scorpius?!

     - Beladonna, nós nos mantivemos seguros até agora, estamos vivos e não fizemos mal a ninguém até agora... – Olhei para Rosa e levantei uma sobrancelha. – Mas não posso tirar sua razão.

   - Sim, nos mantivemos bem escondidos, mas nossa vida toda será assim? Ficaremos escondidos para sempre? Sabe, eu quero fazer algo a respeito. E não se preocupem porque eu não vou matar ninguém! – Massageei as têmporas. – Sei que Rosa está com medo...

      - Eu não tenho medo de nada! –Logo ela estava em minha frente, com os olhos completamente brancos.

    - Tudo bem, você pode não ter medo de nada, mas eu tenho! Tenho medo de viver aqui para sempre, tenho medo de continuar na sombra dessa mulher que vocês chamam de mãe!

    - Beladonna, não exagere! –Alec interferiu.

    - Não acho que estou exagerando! - Arranquei mais uma madeira. – Nós vamos conseguir uma cura, eu sei! – Quando finalmente fiz uma pequena porta, tentei passar, mas algo me impediu... Era como uma barreira invisível que não me deixava seguir em frente.

     Lúcius tomou a frente e passou a mão em algo invisível, mas afirmando nossa certeza de que havia algo ali.

   - Isso foi feito por bruxas! – Se afastou.

   - Vocês são tão tolos! – Alec que estava brincando com uma pequena faca se aproximou. – Acham mesmo que eles iriam deixar isso fácil para nós? Olha quanto poder nós temos! Vimos o que Scorpius fez e em questão de semanas quase todos da cidade estavam mortos! Isso é incríve...

    - Pare com isso Alec, isso não é “Poder”! É totalmente o contrário, estamos lidando com algo grande e perigoso! – Lúcius piscou os olhos azuis com força. – Não sabe do que está falando!

    - Você acha que pelo simples fato de ser o irmão mais velho, vai continuar agindo assim? – Alec falou em um sussurro. Confesso que sentia um pouco de medo quando ele falava assim. – Nos tratando como se fôssemos crianças?!

    - Trato vocês da maneira que merecem ser tratados!

    - Chega vocês dois! – Rosa se colocou no meio dos dois, mostrando seus olhos opacos e desafiadores. – Essa briga não levará em nada... E de certa forma, Beladonna tem razão. – Balançou suas cabeleiras ruivas e sua pupila amendoada voltou. - Não podemos ficar aqui a nossa vida inteira!

       - A eternidade, você quer dizer...

      - Exatamente Cetus, obrigada!

      - Então... Vocês vão comigo?- Perguntei.

      - Aqui é que eu não irei ficar! – Ela veio até minha direção.

       - Eu não poderia deixar nossa irmã sozinha nesse mundo enorme!- Lúcius sorriu e caminhou até nós.

      - Eu nunca gostei desse lugar mesmo! – Cetus se juntou a nosso circulo. Todos olharam para o espaço vago onde deveria estar Alec e depois para seu rosto.

      - Calma pessoal, eu só estava brincando! – Sorriu e logo tomou seu lugar.

     - Que bom que estamos juntos! – Sorri com uma felicidade visível. Eu apenas esperava que isso não trouxesse perigo até nós. – Agora temos que achar um modo.

      -Na verdade, acho que já tenho!- Cetus sorriu misterioso.

     - Posso saber qual?

     - Conheço uma bruxa. – Todos olharam o dono da voz com curiosidade e receio ao mesmo tempo.

     - Uma bruxa Alec? Como?

    - Quando estávamos procurando Scorpius... Perguntei para aquela moça que disse onde ele estava ela disse que não sabia, mas no mesmo dia, a vi correndo para o fundo da floresta com o semblante preocupado e resolvi segui-la.

   - Você é maluco?! – Perguntei.

  - Acalme-se, me deixe terminar. – Disse ele divertido. – Ela foi para o escuro da floresta, onde haviam pequenas cabanas... E prováveis bruxas fazendo rituais. Ela foi recebida com muito afeto, só pode ser uma delas.

   - Tudo bem, qual o nome dessa bruxa? – Foi à vez de Cetus perguntar.

  - Ah, Genevieve.

  - Como iremos sair daqui? – Rosa questionou.

  - Não iremos. – Lúcius concluiu com um sorriso triunfante.

  - O que tem em mente?

  - Ora minha pequena Beladonna... Para que servem os primos? – Concluiu com seus cabelos longos e acastanhados caindo sobre os ombros.

  - Você ao menos sabe onde ela mora? – Perguntei a Alec.

     - Mas é claro que sei!


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que acharam?
*O que acham que eu deveria acrescentar ou diminuir na história?
*Quero ver vocês digitando AMORES DA MINHA VIDAA!!



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