Hiperbórea: a Queda escrita por Yumemi


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Aos queridos leitores que dedicaram uma parcela de seu tempo para ler essa curta fanfic e assim prestigiar o trabalho deste que lhes escreve eu dirijo meus sinceros agradecimentos. Essa oneshot, que marca meu retorno ao mundo das fanfics, é muito especial porque mostra a história pregressa de personagens importantes para uma futura fanfic que tratará de uma guerra de grandes proporções envolvendo Athena e diversos deuses e que terá muitos novos personagens. Encarem-na como um teaser do que está por vir. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/720410/chapter/1

HIPERBÓREA: A QUEDA

Yumemi

 

A poucos quilômetros do sopé de um das mais altas montanhas da Suíça, invisível aos olhos dos humanos graças a uma poderosa barreira mágica que evitava os olhares perscrutadores de curiosos, havia uma pequena gruta muito antiga. No fim desta, alcançável após alguns minutos de caminhada em terreno escorregadio, existia um quase imperceptível dispositivo na parede, o qual ativava um mecanismo que conduzia a uma passagem subterrânea. Esta, por sua vez, levava a um amplo salão subterrâneo, no qual, em três lados da parede, havia objetos imensos semelhantes a espelhos de proporções agigantadas. Todavia, em vez de refletir o que estivesse à sua frente, a superfície desses espelhos era brilhante e parecia viva. Tratava-se de um portal dimensional concebido por uma espécie de magia avançada, há muito perdida no mundo dos humanos.

O que jazia do outro lado era uma antiga cidade cujo nome fora apagado das páginas da história, persistindo somente em lendas antigas e esquecidas. Seu nome era Hiperbórea. Seus habitantes, europeus descendentes dos gregos, advinham de linhagens antigas da Grécia, que já existiam na época em que os deuses ainda caminhavam pela Terra e sentavam-se à mesa com os humanos para compartilhar de lendários banquetes oferecidos pelos reis e rainhas das cidades-estado.

Hiperbórea era uma cidade em que magia, tecnologia e religião conviviam em impressionante harmonia. O domínio das artes mágicas, originalmente ensinada aos hiperbóreos por Hécate milênios atrás, era parte essencial da vida na cidade, sendo aplicada em diversos campos do conhecimento e da engenharia e mesmo em tarefas comezinhas da vida diária. A tecnologia, por sua vez, servia para otimizar o uso da magia, o que resultava, por exemplo, em lâmpadas que utilizadas a energia mágica ambiente como combustível para manter-se em funcionamento, bem como para facilitar a atuação dos hiperbóreos onde a magia não se mostrava possível.

No coração do lugar, erguiam-se as duas mais importantes construções. A primeira era o imponente Castelo Cinzento, uma construção imensa onde residia a família real, composta por descendentes do deus Bórus, os quais eram todos agraciados com grandes talentos e uma expectativa de vida extraordinariamente grande. A outra era o colossal Templo de Apolo, o deus protetor da cidade, dentro do qual funcionavam as academias de magia e de ciências. A sociedade hiperbórea distinguia-se pela valorização do conhecimento e pelo adequado funcionamento das instituições responsáveis pela manutenção da paz e da ordem social. Com efeito, a maior prova de seu funcionamento era o baixíssimo índice de conflitos e a rara ocorrência de assassinatos.

Desde a chamada "era de ouro" da mitologia, o lugar permaneceu incólume, protegido de interferências externas pela barreira mística que os Grandes Sacerdotes mantinham com seus grandes poderes. Todavia, a grande ruína daquela civilização foi a inexistência de um grande exército de proteção. Havia tropas locais e a cidade também tinha seus campeões, estes versados no domínio do cosmo como meio de defesa. Porém, os números dos integrantes eram limitados, dado que Hiperbórea era pacífica desde sua criação. Ademais, a família regente tinha plena confiança no potencial defensivo dos aparatos tecnológicos do local, bem como nas muitas barreiras que impediam que qualquer um se aproximasse. Funcionara assim por séculos, tanto é que a cidade não fora invadida uma única vez, nem mesmo pelas deidades que buscaram invadir a Terra.

A situação de paz e relativa harmonia social perdurou até o dia em que, dois mil anos após sua fundação, Hiperbórea conheceu os fogos do conflito pela primeira vez e eis que seus regentes perceberam a magnitude de seu equívoco.

Os invasores consistiam num exército de não mais que quinhentos guerreiros e chamavam a si mesmos de "Arautos de Cernunnos". Por suas armaduras e armas aparentemente arcaicas, pareciam ter saído direto das páginas de algum livro de ficção medieval. Pareciam um alvo fácil para as modernas armas construídas com a magia e a tecnologia dos hiperbóreos, tanto é que, embora tenham ficado surpresos quando o exército logrou êxito em adentrar a gruta e chegar aos portais, os líderes presumiram que não havia nada a temer e que o sistema de defesa existente daria conta de liquidar os invasores.

Mas o que ocorreu foi o exato contrário.

As armaduras que os Arautos trajavam eram de um metal misterioso imensamente resistente às armas e magia dos hiperbóreos. Apenas as armas de feixes de partículas e as magias mais avançadas e destrutivas (que apenas os Grandes Sacerdotes sabiam usar com razoável perícia, posto que as artes ofensivas eram um tabu na sociedade hiperbórea) conseguiam algum sucesso. Suas espadas, lanças e setas exibiam um poder destrutivo ridiculamente grande, capazes de partir ao meio uma pequena casa com um único golpe. Mas talvez o traço mais notável dos invasores fosse sua ferocidade. Pareciam se embebedar com a destruição e morte que espalhavam.

De início, assim que perceberam a envergadura dos adversários, as tropas locais e campeões da cidade opuseram alguma resistência ao exército inimigo. Todavia, após algum tempo o exército de defesa foi sobrepujado pelo elevado número de invasores e o que se seguiu foi um massacre. Homens, mulheres, idosos, crianças e até mesmo bebês... foram todos alvo da incontida brutalidade dos Arautos. Os que não eram mortos, eram feitos prisioneiros. Nem mesmo os talentosos membros da família real e os Grandes Sacerdotes, que combinaram suas forças para uma defesa final que culminou na morte de uma centena dos inimigos, conseguiram prevalecer e sobreviver à tragédia.

Quando a batalha terminou, o céu estava enegrecido pela fumaça das construções incineradas. Havia um fedor de sangue, suor, vísceras e cadáveres em decomposição no ar. Não havia como dar três passos nas ruínas sem tropeçar num cadáver. Mas ainda era cedo para o inferno ter terminado, pois, finda a escaramuça, parte das tropas decidiu dirigir sua brutalidade às prisioneiras de guerra. Era uma cena dantesca... homens e mulheres de diversas idades violados pelos ferozes soldados, seus choros e gritos de terror preenchendo os arredores. Eram todos, invariavelmente, degolados depois do estupro e tinham seus corpos jogados nas chamas que ainda ardia intensamente em dezenas de construções.

Enquanto isso, dois esquadrões especiais, cada um conduzido por um dos líderes dos Arautos, esquadrinhavam a cidade com vista a catalogar e documentar os espólios de guerra. O próprio Sacerdote-Chefe, líder supremo dos arautos, conduziu a busca realizada no Castelo Cinzento.

Horas mais tarde, os Arautos reuniram-se no imenso pátio do referido castelo, fazendo dali uma espécie de fortaleza temporária enquanto as tropas descansavam. Dos quinhentos invasores, pouco mais da metade ainda vivia. Os líderes e seus guarda-costas, reunidos na Sala do Trono, dividiam os espólios de guerra planejavam como mais bem utilizar os recursos que haviam recolhido no local. Era tudo, na mente daqueles homens, pela glória do grande deus chifrudo, Cernunnos, aquele a quem planejavam ressuscitar numa grande e complexa cerimônia. Todas as terras conquistadas e bens adquiridos constituíam a pedra angular a partir da qual, após o renascimento de seu deus, seu grande império seria construído.
           

Estavam parados há quatro horas quando a neve começou a cair.

Era verão na Europa, portanto o clima daquela cidade, que era atrelado ao clima da Suíça, deveria ser sempre ameno naquela época do ano. Teria a inteligência cometido um engano ao recolher as informações sobre o lugar? E se não foi um engano, o que explicava a repentina neve e o vento glacial que de repente passara a soprar? A temperatura parecia descer a cada segundo que se passava. Nem mesmo depois que as tropas reunidas no pátio adentraram o Castelo e cerraram-lhe as janelas a sensação pareceu melhorar.

O que, afinal, estava acontecendo?

— Estamos amaldiçoados! – disse um deles.

— É a retribuição dos deuses desse povo! Teme o nosso deus e querem nos impedir de trazê-lo de volta – acrescentou um segundo.

— Parem de blasfemar! – retrucou o Sacerdote-Chefe, quem, junto com os demais líderes, tinha ido até o saguão de entrada aferir a razão por trás aquela comoção. – Não há deus maior que o nosso! Como seus Arautos, nada pode deter nosso poder! Mostrem sua bravura, homens! Decerto esta é apenas uma tempestade passageira! Agora deixem de tolices e encontrem algum local quente para se abrigarem.

Ao discurso inflamado seguiu-se um clamor de concordância por parte dos soldados. Sim, eles eram os orgulhosos Filhos da Floresta, a espada sagrada a destruir os inimigos de seu deus e cumprir a vontade divina. Que seria deles se demonstrassem temor por uma tempestade, por severa que esta fosse? Já haviam passado por provações e batalhas muito piores, afinal.  

Como que em resposta às palavras do Grande Sacerdote, ouviu-se uma gargalhada gélida como uma lâmina ecoar pelo local. Um segundo depois, uma presença aterradora se fez sentir. Era como se todo o ar tivesse passado a exercer uma pressão absurda e opressora sobre eles. Aqueles homens nunca havia sentido tamanho medo na vida, um medo instintivo, irracional, que fazia suas espinhas gelarem e disparava-lhes o coração. Lá fora, a neve começou a cair mais pesadamente na forma de imensos cristais de gelo e, em razão da súbita nevasca, mesmo a pesada porta começou a congelar.
           

— Quem vem lá? – bradou o Sacerdote-Chefe, a imensa espada de duas mãos em punho. Instintivamente, todos os demais imitaram o gesto e em questão de segundos todo o exército estava novamente pronto para a batalha... mas contra quem?            

— Tolos – disse o dono da voz. Era mais que isso, era como se a vontade poderosa de alguém tivesse ecoado diretamente em suas mentes. – São indignos de pisarem este solo sagrado... Vocês, que tisnaram de sangue e dor a honra e a dignidade dos hiperbóreos, me enojam. Em nome de Zeus, soberano do Olimpo, eu os sentencio à morte.

Ditas essas palavras, um golpe titânico escancarou os maciços portões de entradas e eis, que, por um segundo, os homens puderam ver a silhueta de uma pessoa alta, cuja armadura cinzenta reluzia mesmo em meio àquela nevasca e cujos olhos azuis brilhavam de ódio.

— Desapareçam, mortais –, disse o homem.

E então a fúria dos céus veio a Hiperbórea.

Não houve tempo para réplicas. Não houve tempo para desespero ou medo. Antes que se dessem conta do que estava ocorrendo, a morte surgiu do chão na forma de imensas estacas de gelo terrivelmente afiadas. Era como se uma floresta de estalagmites mortais tivesse se erguido para ceifar suas vidas. Nem mesmo as poderosas armaduras resistiram. Tudo ocorreu tão rápido que quando a dor chegou para cada um, seu sangue já fluía aos borbotões e tingia o chão. Alguns, mais valentes, ainda tentaram reunir suas forças para quebrar as estalagmites, mas era impossível. Suas vidas, sua força... tudo estava fluindo para fora de seus corpos junto com o líquido rubro e férreo e no lugar ficava apenas uma sensação de frio que de início fazia seus corpos arderem, depois ia nublando os sentidos até que por fim os embalava num sono eterno.
           

Houve, contudo, um único homem forte o bastante para se libertar da estaca que perfurara-lhe o estômago. Apesar do frio e da dor, o Sacerdote-Chefe conseguiu se arrastar adiante até estar próximo o suficiente de seu algoz para contemplar-lhe a face. Era alto, robusto e trajava uma armadura cinzenta como um céu de tormenta. Tinha as longas madeixas na cor dourada e os olhos eram de um azul  tão claro que pareciam quase feitas de gelo.

— Q-Quem? Quem? – conseguiu dizer num fio de voz. – Um... deus?

— A fúria do Olimpo – foi o que respondeu o homem um segundo antes de pisar com força a cabeça do Sacerdote-Chefe, não apenas esmagando-a, como também rachando o chão.

(...)

Após concluir sua missão, o guerreiro de Zeus resolvera caminhar um pouco pela vastidão do palácio. Quase cerimonialmente, visitou todos os aposentos do castelo, parando por alguns segundos em alguns antes de seguir adiante.

“Que as almas dos que aqui pereceram descansem em paz”, desejou, em pensamento, ao cruzar os destroços do que antes era o portão de entrada do Castelo Cinzento.

Sentou-se, então, no último degrau da escadaria que conectava o pátio ao já inexistente portão e ali permaneceu a contemplar a cidade em ruínas.  Permaneceu ali por muito tempo, perdido em lembranças e pensamentos. Aquela havia sido a terra em que fora criado, a terra que seu pai protegera durante toda a vida. Outrora ele poderia ter estado ali, lutando para defendê-la, mas havia muito tempo que abdicara da mortalidade para viver como um Anjo de Zeus, um guerreiro impassível do Olimpo. E tais emoções são a primeira coisa que um Anjo deve descartar. “Guerreiros do Céu agem com base na razão, não no coração”, ainda se lembrava das palavras de sua mentora.

Perdido estava nesses pensamentos quando se deu conta de que havia outra presença, embora muito fraca, ali na cidade. Como poderia ser? Descartou de imediato a possibilidade de ser um dos Arautos, posto que a presença destes era mais poderosa que a que estava sentindo, o que deixava uma única opção.

— Um sobrevivente...

Movido por uma súbita urgência, o Anjo se pôs de pé imediatamente e percorreu em instantes a distância entre o pátio do Castelo e o Templo de Apolo, local onde sentira a presença, e logo notou uma trilha de sangue que começava nas escadarias do edifício e seguia templo adentro. Passou, então a segui-la.

O rastro de sangue levou-o até a Academia de Ciências. Depois de procurar por alguns momentos, encontrou, ao fim do rastro, uma pessoa caída na entrada do Departamento de Ciências Médicas. Era uma mulher bastante jovem, de estatura baixa, pele alva e longos cabelos ruivos que batiam quase na cintura, e suas vestes consistiam em sandálias e um longo vestido azul. Havia um ferimento profundo em seu ombro direito, que ainda sangrava, e, a julgar, por sua incomum palidez e pela quantidade de sangue que formara aqueles rastros, decerto estava a sofre com severa anemia. Mesmo assim, ainda tentava se arrastar em direção à porta do referido departamento.

O guerreiro celeste ponderou por alguns instantes. Não era sua função interferir e tampouco tinha qualquer obrigação expressa de fazê-lo. Ao contrário, as diretrizes do Olimpo eram precisamente no sentido de evitar desnecessárias interferências nos assuntos dos mortais. Se morrer de sangue era o destino daquela mortal... nada tinha ele de fazer a respeito senão desejar que sua alma encontrasse os Elíseos. Naquele instante, contudo, se lembrou da história de uma deusa indiferente que, apesar de não ter motivo algum para isso, salvou um mortal de morrer naquelas montanhas diante das quais estava. Encarou como uma espécie de sinal. Então decidiu agir.

— Não se mova ou agravará o ferimento – disse o guerreiro, agachado ao lado da mulher. – Nada tema, pois não a machucarei. Eu vim ajudá-la – acrescentou ele ao ver que sua aproximação fez surgir no rosto dela uma expressão de puro medo.

Ato contínuo, ele tocou, com a ponta dos dedos da mão direita, suavemente a ferida profunda e nela verteu um pouco de sua cosmoenergia, um truque antigo para estancar ferimentos e amainar a dor.

—...Vieram... de surpresa... – murmurou ela, com grande dificuldade, alguns instantes mais tarde. Parecia um pouco menos amedrontada. –... tantos... tanta morte... – dito isso, ela começou a chorar baixinho.

Em resposta, o guerreiro parou imediatamente o que estava fazendo e fitou os olhos muito verdes da mulher. – Os invasores estão mortos. Todos eles – anunciou. Era nítido o pesar em sua voz. – Ninguém mais profanará este lugar, isto lhe prometo – completou.

Tais palavras fizeram a mulher olhar bem fundo nos olhos do guerreiro por um momento. – Você... diz a verdade... – era nítida sua incredulidade. Enquanto isso, o Anjo de Zeus colocou a mulher nos braços. –... Como? – disse ela, por fim.

— A retribuição do Olimpo – retrucou o homem, lacônico, e logo depois começou a caminhar para dentro do departamento. A mulher, por sua vez, nada disse a princípio, limitando-se a assentir novamente com a cabeça. Pouco depois, fechou os olhos, permanecendo em silêncio pelo resto do trajeto.

Embora familiarizado como o local, o guerreiro precisou procurar um pouco até encontrar o aparato usado para transfusões de sangue. Era aquele mais um dos brilhantes produtos da avançada tecnologia hiperbórea. Diferentemente dos equipamentos dos humanos, aquele detectava imediatamente o tipo sanguíneo do paciente, monitorava o nível de sangue e procedia imediatamente à transfusão do tipo correspondente. Tudo que teve que fazer foi colocar a mulher na maca, colocar os equipamentos de monitoramento nela. Fosse ele um guerreiro desprovido de conhecimentos daquela área, a tarefa seria muito mais difícil. Para ele, porém, a tarefa seria fácil, posto que, anos antes de abandonar a cidade e seguir o caminho do Olimpo, aprendera em Hiperbórea lições sobre como ministrar primeiros socorros básicos.

—... obrigada... – disse a mulher logo depois de ser colocada na maca. As palavras foram verbalizadas num fraco tom de voz, posto que a sobrevivente estava muito debilitada em razão da perda de sangue. Tão fraca estava que nem reclamou quando, alguns segundos depois que ela falou, o guerreiro perfurou o braço dela com a seringa ao qual estava acoplada a cânula para a transfusão.

Feito isso, ligou a máquina.

— Descanse agora – disse ele por fim. – Você está segura agora. Vai ficar tudo bem – completou e então sorriu de maneira encorajadora.

A mulher fitou os olhos cor de gelo daquele homem uma última vez. Mesmo fraca, ela conseguiu esboçar um sorriso. Foi, então, fechando os olhos bem devagar e por fim caiu no sono.

O guerreiro sentou-se na cadeira próxima. Bastava agora esperar. Não fora tarde demais. Ela certamente conseguiria sobreviver. E, pensando nisso, não conseguiu deixar de esboçar um sorriso.

Ao menos uma pessoa havia se salvado daquela tragédia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hiperbórea: a Queda" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.