Digimon Emperor escrita por Rock


Capítulo 2
Capítulo 1 — O começo de uma aventura! Parte 1: nosso herói foi preso!?


Notas iniciais do capítulo

É aqui que a história realmente começa!



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Eu me chamo Akiyoshi Hongo, tenho 16 anos e ainda estou na escola, bem, estaria agora... se eu não estivesse preso! Irei contar a história desde o início para que todos entendam o que passei para ser preso.

Tóquio, Japão — 06:00 AM.
Residência dos Hongo.


Era por volta de seis da manhã quando aconteceu aquilo. Minha mãe não parava de me chamar para eu ir até a escola, eu não queria ir para a escola, estava quase de férias e já tinha passado em todas as matérias.

— Akiyoshi Hongo, não me obrigue a subir aí em cima!

— Tá bom, tá bom, tá bom! — Repeti para que ela ouvisse. — Saco... eu já passei em tudo, não preciso ir mais lá! Todo mundo vai faltar!

— Você não é todo mundo! Se todo mundo pulasse de uma ponte você pularia!?

— ...

Essa é a minha relação com minha mãe, Aki Hongo, uma dona de casa que batalhava para que seu filho tivesse um futuro brilhante e seu marido não se desgastasse de seu trabalho. Mas sabe como é, mãe é mãe... e a minha mãe...

— Akiyoshi!

— Eu tô quase pronto! Droga... não sei como os vizinhos nunca reclamam de nós... como é que ela conseguiu arrumar um marido com essa atitude chata, hein? Tsk... hum?

Naquele momento, enquanto estava vestindo meu uniforme, vi algo sobre minha escrivaninha bagunçada por livros, cadernos, folhas e material escolar. Era um pequeno dispositivo cinza com apenas três botões e uma pequena “antena” do lado superior esquerdo. Tinha algumas inscrições sobre um anel que cobria uma tela digital e, do nada, uma forte luz brilhou dele. Um holograma surgiu e dele as palavras:


 “C O N G R A T U L A T I O N S

apareceram, seguidas de um ovo que parecia ter chocado, mas nada havia lá.

Eu não tinha entendido muito no momento e os passos pesados da minha mãe subindo as escadas não ajudaram muito, tudo o podia fazer era esconder rapidamente o aparelho dentro de minha mochila. E lá estava ela, parecia mais um Ogremon do que uma mãe com sua camisola rosa e seus cabelos com rolinhos para deixa-la mais “bonitos”. Nem pude tomar meu café da manhã em paz, ela embrulhou-o para mim, me entregou e logo fui despachado para a rua.

— É melhor correr, não quero receber um aviso de que você se atrasou, Akiyoshi. — Disse ela, batendo a porta na minha cara.

Não é lá o melhor exemplo de gentileza, mas é minha mãe e eu amo ela, mesmo que na hora eu estivesse com raiva dela, raiva a ponto de desafia-la e fazer algo idiota. No caminho da escola me encontrei com Takeichi, meu amigo, e fomos para lá juntos... até que algo, ou melhor, alguém nos encontrou. Takeichi, fraco fisicamente, um garoto magrelo e pálido, de cabelo engomado, era muito extorquido por um delinquente das redondezas e de outra escola que a nossa. Segundo esse delinquente, Takeichi devia vários favores para ele.

— OI! Quem é esse outro fracote, Takeichi!? Não me diga que pediu ajuda a esse frango pra me peitar! Hein!?

— N-N-Não é isso, T-Takamura-sama! E-Eu... e-eu...

— Você o quêêê!? Eu não te escutei, maldito! — Disse Takamura que pegava Takeichi pelo colarinho.

Eu não pude aguentar aquilo, então entrei na briga. Peguei Takamura pelo braço e o abaixei rudemente, pedindo para parar com essa besteira. Ele ficou irritado e se aproximou de mim, parecendo crescer de tamanho a cada aproximação. Seu topete loiro, típico de delinquente, era ridículo, mas seus olhos expressavam perigo e seu corpulento corpo ajudava a me deixar preocupado. Um sorriso foi dado por ele e sua pesada mão direita parou no meu ombro.

— Pois bem... vejo que tem coragem, frango. Então vai honrar a dívida do seu amigo? — Perguntou com um olhar debochado.

— Tsk... tudo bem. O que preciso fazer?

Tóquio, Japão — 07:00 AM.
Loja de conveniências.


Se eu tivesse sabido o que realmente era para fazer, nunca teria aceitado. Como dizia Takamura, ele estava duro e precisava comprar alguma comida para o chefe da gangue dele e, como não queria faltar “respeito”, me mandou distrair o dono da loja de conveniências enquanto ele roubava algumas coisas. Mesmo repudiando a ideia, como dizer não para um gorila que pode te destruir com um soco? Quase entrando na loja, virei para o brutamonte e perguntei:

— Você só não pode extorquir o dinheiro do Takeichi?

— Não dá, tirei a grana dele toda semana passada.

Naquela hora olhei para meu amigo que se encolhida de vergonha, afirmando o acontecimento. Bati em minha própria face e a deslizei lentamente para baixo. Não tinha jeito. Eu precisava fazer aquilo. Engoli seco e entrei na loja, indo direto para o balcão. O dono daquela loja era baixinho, muito baixinho, chegando a ser um anão. Usava um par de óculos fundo de garrafa com lentes tão embaçadas que escondia seus olhos, fora sua grande barba e um pequeno avental de tamanho infantil. Parecia um personagem de RPG!

— B-Boa tarde, senhor...

O senhor não havia me notado ainda, estava lá, olhando para o nada com um sorriso no rosto. Dei estalos com os dedos na frente dele e, em um susto, ele pulou da cadeira, pegou um cabo de vassoura e tentou me acertar.

— Quem é!? Ladrão!? Eu vou chamar a polícia!

— N-Não! Eu sou um cliente, se acalme senhor!

O velho parou por um momento e retirou seus óculos, fazendo sua franja cobrir os olhos. Os limpou um pouco e logo os colocou novamente, me enxergando mais claramente. Percebendo seu erro, soltou o cabo de vassoura no chão e me implorou por perdão, afirmando que estava tendo muitos casos de roubo naquela região e uma preocupação a mais para seu velho coração ele não precisava.

Isso me deixou mais tenso e culpado por dentro, e, enquanto o senhor me pedia desculpas, pude ver pelo vidro atrás do dono da loja que Takamura já estava dentro, enchendo os bolsos com comida. Eu não pude aguentar, eu não tinha como conviver com aquilo por toda minha vida e então eu virei de costas e apontei para Takamura, gritando:

— Senhor, um ladrão!

Takamura olhou para mim com raiva, correndo para fora da loja com rapidez. Por instinto, corri atrás dele, atravessando o corredor e saindo da loja para caça-lo. Takeichi não estava mais lá, talvez tivesse fugido por medo.

Enquanto corria pude ouvir o dono da loja pedindo ajuda da policia que estava lá por perto, gritando a direção que deveriam seguir. Já estava alcançando o delinquente e, em um pulo, me joguei em cima dele, fazendo com que nós dois caíssemos em cima da calçada.

— Acabou pra você, Takamura... e acho que acabou pra você por um tempinho.

— Seu traidor... acha que vai se safar assim tão fácil? Se eu for pro Inferno você vem comigo!

— O quê...?

Saí de cima dele rapidamente e a polícia veio até nós de bicicleta. Takamura tentou fugir, mas foi segurado por dois policiais que o algemaram rapidamente. Um deles me agradeceu por ajudar na captura, mas Takamura, com um sorriso maligno, soltou um comentário:

— Ajuda? Mas seu policial... ele me ajudou a roubar. Ele distraiu o velho da loja para que eu roubasse tudo...

— Takamura! Filho da...

— Ei, garoto. Isso é verdade?

— E-Eu... isso é mentira!

Um dos que seguravam Takamura suspirou e já preparou sua algema. Se fugisse seria considerado culpado, seria suspeito demais. Tive de me entregar por hora.

Tóquio, Japão — 08:00 AM.
Delegacia.


Um fato interessante: Takamura é maior de idade, ou seja, minha cela foi bem separada da dele. Mas um fato muito pior me aguardava: minha mãe. Eles ligaram para minha mãe que os respondeu da forma mais gentil possível, segundo eles, e quando isso acontece... é porque eu vou apanhar.

Confiscaram tudo. Minha bolsa, celular, carteira estudantil. Fiquei preocupado, quieto no meu canto, esperando que fosse só um terrível pesadelo que acabaria uma hora ou outra. Não, minha confiança era que acabaria tudo bem. No fundo de tantas trevas, apenas minha confiança me mantinha em pé naquela situação.

— Vai tudo ficar bem, vai tudo ficar bem, vai tudo ficar bem...

O carcereiro estava indo almoçar, me avisando que não demoraria. Pelo menos o lugar estava deserto agora, poderia ter um momento de paz depois de tanta agitação. Minha bolsa estava lá, na mesa do carcereiro. Muito longe para alcançar. Estava tudo perdido... até que aquilo aconteceu: da minha bolsa aquele aparelho de manha cedo saiu dela, flutuando até mim e pousando em minha frente, no chão. Um novo holograma aparecia em minha frente com a seguinte frase:


“D O  Y O U  W A N T  T O  R U N  A W A Y  O R  F I G H T  ?”

( ) Y E S     ( ) N O

 

Naquela hora, com o fogo ardente queimando dentro de mim com pensamento de que tudo daria certo, eu respondi sem pensar duas vezes, com minha confiança nas alturas. Cliquei em sim. Assim o holograma se fechou e um portal foi aberto na minha frente, feito de coisas que pareciam... dados? Eu não sabia ao certo na hora. Só vi uma mão negra com garras me puxar de lá. Fui sugado pelo portal e o dispositivo desapareceu junto de mim.

DigiMundo, Ilha Arquivo. — ??:?? ??
Vila dos Começos.


Caí em o que parecia ser trevas, não pude ver todo o trajeto além de luzes negras me cercando até tudo realmente ficar preto para mim. Eu tinha desmaiado. Quando acordei me encontrava em uma floresta como qualquer outra, pensei estar sonhando até que, do nada, um pequeno dinossauro negro apareceu do meu lado, me dando um grande susto.

— Finalmente acordou! Você sabe como é difícil para o grande Eu esperar alguma coisa? Tsk... logo eu fui escalado como seu parceiro...

— M-M-Mon...

— Sim, meu nome é BlackAgumon, mas quem não sabe disso, certo?

E então gritei bem alto a palavra: “monstro”, ecoando tão alto que fez as criaturas que passavam por perto fugirem de mim por medo. Eu era um estranho lá. E foi assim o início de minha aventura naquele lugar tão peculiar: o DigiMundo. Mas não foi o início completo... ainda tinha “aquilo” para se resolver. Mas isso será dito em outra ocasião.


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Notas finais do capítulo

Se alguém entendeu a referências que fiz...

Akiyoshi Hongo é o pseudônimo do grupo que deu origem a Digimon.
Aki é o nome de Aki Maita, criadora dos Tamagochis, que, dessa vez, faz referência a Dona Florinda (e minha mãe também xD).
Takeichi é o nome de Takeichi Hongo, um dos membros da Akiyoshi Hongo.
Takamura é o nome do supremo Deus do Boxe de Hajime no Ippo: Mamoru Takamura. Ironicamente ele também era um delinquente antes de virar Boxeador.



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