Love & Feeling escrita por Huntzbergered


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá! Obrigada por dar uma chance, aehaeha
Eu tenho o péssimo hábito de escrever fics e não terminar, porque eu desanimo no meio, então eu já me desculpo agora caso isso acontecer. Ter gente incentivando é sempre bom, então deixa o comentariozinho no fim!!! Qualquer ideia ou sugestão é bem vinda também. É isso ai, boa leitura!



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Scorpius, com raiva, ignorava seus sentimentos. Apesar de suas tentativas de se divertir no verão com seus amigos, sua mente sempre o traia e seus pensamentos acabavam em Rose. Ele não podia admitir aquilo para ninguém, obviamente, mas era a irrefutável verdade. Por quatro anos, ele fora intrigado pela Granger-Weasley, e ao fim do seu quarto ano em hogwarts, ele não podia simplesmente fazer nada. Foi quando, no vagão do trem que ia de volta a Londres, ele deu um jeito de entrar em uma cabine sozinho com ela, escondido, pois estava se torturando por vários anos. A jovem era incrivelmente inteligente, absolutamente nada envergonhada, ela era destemida e sabia exatamente o que queria, sempre tendo o que queria – porque ela lutava por isso. Toda aquela coragem a deixava forte e segura, e Scorpius sempre admirou aquilo, pois ele não era assim. Draco sempre foi muito severo com seu filho – ele tentava não cometer os mesmos erros que seu pai cometera, e ele amava sua família acima de tudo, mas ele não conseguia evitar, as memorias de Lucio ainda eram marcadas nele, o que o impedia de ser o pai mais carinhoso e sem muitas exigências. Tudo aquilo que Scorpius queria ser – forte, seguro, confiante e respeitado – Rose era, e isso sempre o atraiu. Mas ele sabia que sequer uma amizade entre os dois seria provável. Draco não era mais visto como um Comensal da Morte – na maior parte do tempo – mas ele e a família Potter/Granger/Weasley ainda não eram os melhores amigos, e isso significava que era pequena a chance de que a amizade, ou qualquer tipo de relacionamento entre seus filhos, fosse aprovada. Pelo menos, isso foi sempre o que Scorpius achou.

 

Scorpius sentava inquieto em seu vagão seguindo para casa, sentindo-se impotente. Ele sabia que tinha que fazer alguma coisa, visto que, desde seu primeiro ano, Rose não saia de sua cabeça. Seus colegas de vagão, vendo sua impaciência, perguntavam se havia algo de errado, e ele sempre negava. Por fim, ele resolveu ir ao banheiro para esfriar a cabeça, quando a viu no corredor. Rindo com seus primos, Thiago e Alvo, ele não conseguia negar o quanto a achava bonita. Como eles estavam no caminho, ele não tinha escolha senão passar por eles.

— Oi, Scorpius. – Alvo, como seu companheiro de casa, foi o primeiro a cumprimenta-lo. Eles nunca foram exatamente amigos, mas ambos coexistiam pacificamente, conversando até, as vezes. Quase como se obrigados, os outros dois que acompanhavam alvo cumprimentaram Scorpius também. Scorpius, envergonhado, acenou com a cabeça para os três e continuou andando. Na volta do banheiro, Rose conversava com alguns alunos mais novos da Grifinória aleatórios, e Scorpius não resistiu ao impulso de falar com ela.

— Oi, Rose. – Ela olhou, curiosa, com um olhar intimidador, para o menino a sua frente que era praticamente um desconhecido. Rose sabia que ele não era mau, Alvo sempre dizia que ele não parecia muito com seu pai, então não estava preocupada, mas não sabia porque ele gostaria de falar com ela - Olá. – Seu tom era quase uma pergunta, mesmo ela não querendo soar rude.

— Ah... Você tá ocupada? – Ele estava calmo, seu auto-respeito não o faria ser envergonhado a ponto de não conseguir conversar com outros.

— Não, porque?

— Quer conversar?

Ela deu de ombros – Tá.

Eles entraram em um vagão vazio no fundo do trem.

— Então... – ele não podia negar que estava nervoso. – Eu sei que pode parecer bobeira, mas eu acho que... eu acho que gosto de você. – A surpresa da menina não conseguia ser escondida. – Quer dizer, não gosto, gosto de você, sabe? Eu mal te conheço, isso seria ridículo. Mas, eu não posso negar que, desde o primeiro ano, você não sai da minha cabeça, Rose Weasley. Eu nunca dei muita bola, mas... Não sei, ultimamente, tá mais constante. Eu sei que isso parece loucura. – Ele riu, quase como se desculpasse – Mas eu não conseguia guardar isso mais, eu acho.

— Uau... Eu...

— Tudo bem, não tem que se preocupar. Eu tava só, sei lá, contando.

— Não, é que... Eu realmente não esperava isso. Os outros caras, sabe, eles sempre deixam umas dicas, ou coisas assim, e eu sempre acabo descobrindo. Mas, você? Eu nunca poderia imaginar. – Ela parecia incrivelmente chocada. Ele deu de ombros.

— É, sei lá. Eu acho que só contei porque isso realmente não sai da minha cabeça e eu não sei mais o que fazer.

A ruiva parecia pensar um pouco, olhando para o menino. Na maioria dos casos, eles só queriam ficar com ela. E, ela também, então nunca fora um problema. Scorpius não era feio – longe disso – ele tinha uma pose firme, mas não orgulhosa. Ele não deixava os outros mexer com ele, e era bem serio. Seus traços marcados, com seus cabelos loiros e olhos acinzentados lhe conferiam uma beleza que parecia ser dolorosa. Quase como alguém doente, mas sem a pose fraca. Sem pensar mais, Rose o beijou. Scorpius estava meio chocado e totalmente pego de surpresa. Os dois continuaram ficando até que faltava pouco tempo para o desembarque.

— Como você se sente agora? Já conseguiu parar de pensar em mim?

Ele olhou para ela, com a sobrancelha arqueada, surpreso coma frieza da menina.

— Bom, não tem como eu descobrir agora.

— Então, faz assim. Nós podemos, não sei, conversar? Durante as férias, ou coisa assim, se você quiser. Se você ainda tiver “obcecado” – ela riu, quase debochada – a gente vê o que faz.

O menino estava surpreso por ela simplesmente sugerir algo assim. Ele achava que Rose ia mandar ele arranjar uma vida, ou coisa assim, não que ela fosse querer conversar com ele.

— Você tem certeza?

Ela acenou com a cabeça – O que eu tenho a perder? Além do mais, não seria legal eu te rejeitar sem te dar pelo menos uma chance, né?

— Ok.

— Olha, eu não to te obrigando a nada. É totalmente do seu interesse. Se você quiser escrever pra mim, tá tudo bem. Se não quiser, tudo bem também. Tchau, Scorpius. – Disse a menina, saindo do vagão.

— Tchau, Rose. – Ele estava meio desconcertado. Nunca, sob nenhuma hipótese, tinha considerado algo com Rose. Primeiro, ele achava que seria impossível, em todos os cenários, que isso desse certo. Mas, subitamente, era uma opção. Ou, pelo menos, ele podia conhecer mais ela. Não tinha certeza ainda que queria um relacionamento ainda, mas não queria desperdiçar a oportunidade. Confusão rondava a cabeça do jovem Malfoy, que seguia em direção à sua antiga cabine, para pegar suas coisas e poder, finalmente, ir para casa.

 

Agora, no ultimo dia de férias, Scorpius só conseguia sentir arrependimento.  Ele tivera meses para mandar uma carta, e não mandou. Não porque tivesse esquecido Rose – definitivamente não tinha – mas não achava que fosse uma boa ideia. Ele passou o primeiro mês inteiro se perguntando se deveria mandar, e depois que esse prazo passou, ele achou que fosse muito tarde. Agora, ele não sabia o que fazer. Sabia que teria que ver Rose no dia seguinte e pelo resto do ano letivo, mas não conseguia mais ignorá-la. Pensando no que faria, e sem chegar a uma conclusão, Scorpius foi dormir para se preparar para o – longo – dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

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