Filha de um pirata... e uma princesa?! escrita por Melissa Potter


Capítulo 18
Toda a historia...Ou parte dela?


Notas iniciais do capítulo

olaaaa pessoal como é vocês estão? dois meses sem postar nada, vocês estão com saudades? se sim o capitulo ta grandinho e tbm interessante para mim uma parte boa da historia toda :D bom gente eu demorei pq muita coisa aconteceu ao mesmo tempo nesses dois meses, e ainda estar acontecendo essa semana mesmo foi cheia e eu estou agradecendo a deus que hj é sexta ♥ ai nunca amei um sexta como essa senhor kkkk enfim não vou me demorar muito aqui é só isso mesmo eu espero de verdade que vcs gostem e aproveitem...boa leitura ;)



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Tudo estava diferente no reino dos cisnes. Isto ficou claro com apenas uma olhada no lugar. Eu não conhecia o reino como era antes, mas ao observar para tudo ao redor, eu pude ver, pude sentir que nem sempre aquele reino esteve naquele estado.

A mudança fez com que a procura pelo feijão fosse mais difícil, os lugares não eram mais os mesmos, eles não conseguiam achar nada. Assim como também não conseguiam achar algo que tirasse o bracelete de meu pulso. As buscas não tinham evolução nenhuma.

Era noite, o que significava mais um fim de dia com absolutamente nada. Isso já estava cansando Killian. Eles tinham que achar algo que os ajudassem de alguma maneira.

Com a magia de Charlotte, ele poderia rastrear algum feijão mágico, por isso a procura por algo que tirasse o bracelete de sua filha é muito maior que a procura pelo feijão magico.

Killian levantou a cabeça e olhou para o que antes foi – como Emma chamava – o cantinho deles. O lugar que construíram juntos, o lugar no qual pretendiam criar Charlotte, um reino onde todos eram bem vindos e tinham a chance de prosperar, o sonho dele e de Emma… agora completamente destruído. “O que diabos aconteceu com Henry? Como ele deixou tudo isso acontecer? O que diabos ele tem na cabeça?”; alguma coisa estava muito errada.

— Pai…

Killian virou-se e a viu, outro tesouro que criara junto a Emma, o fruto do amor deles, Charlotte, sua pequena pirata, estava cada dia mais bela e parecida com a mãe, especialmente na idade em que estava. A menina já estava se transformando em mulher e seu corpo e rosto já estavam demostrando isso, Killian riu baixinho ao lembrar de quando Charlotte começou a ser “mocinha” e ele não tinha ideia do que fazer, agradeceu aos céus, e aos muitos livros que ela tinha a disposição, que sua filha soube se virar sozinha.

— O senhor me chamou? – Ela indagou, esperando para ouvir o que ele tinha a dizer.

Killian a olhou de cima a baixo enquanto a menina se aproximava e parava ao seu lado.

Charlotte já estava pronta para dormir, usava uma de suas camisolas, era branca, com mangas longas e os cabelos loiros estavam soltos – como de costume quando ela ia dormir – e voavam com a brisa do mar.

— Sim, minha filha, eu a chamei… precisamos conversar. – Killian, percebeu que ela estava muito séria e calada, isso não era do feitio de Charlotte, ela é muito falante… mas, agora..., ele suspirou frustrado. – Por que já está pronta para se recolher? Ainda está cedo.

Charlotte olhou-o com um ar de deboche, ele conhecia aquele tipo de olhar, Emma fazia exatamente igual depois que eles brigavam e ele tentava conversar com ela.

— É a única coisa que posso fazer sem morrer de tedio, dormir e apenas dormir. – resmungou Charlotte.

— Querida, eu não quero brigar com você novamente, então nada de ironia, sacarmos ou deboche. – Killian pediu cansado.

Charlotte suspirou, abaixou o olhar e depois o dirigiu novamente para seu pai, cedendo. Ela não iria brigar.

— Está bem, não iremos brigar. Sobre o que quer conversar, pai?

— Eu quero deixa-la ciente de toda a nossa procura, concluímos que precisaremos de Regina para tirar isso de seu pulso…, como ela está na floresta encantada, Hermes irá viajar para lá pela terra, ida e volta, isso dará uma semana daqui para lá.  – Killian a informou e Charlotte percebeu que ele sabia onde estavam, porém, segurou sua língua na boca e não perguntou sobre, ainda estava irritada com o pai.

— Acha mesmo que tia Regina pode me ajudar? – Charlotte perguntou já ansiosa para rever sua segunda mãe que não via a alguns anos. Estava com saudades.

— Ela é a única bruxa de confiança que conhecemos, querida, ela é a única que pode nos ajudar…ela precisa nos ajudar.

Charlotte sentiu a intensidade da frase mais do que deveria e olhou confusa para o pai.

— O senhor fala como se tivéssemos correndo risco de morte. – Charlotte opinou em tom divertido.

Killian olhou para ela no fundo de seus olhos e, novamente, Charlotte sentiu a intensidade.

— Pai… não estamos correndo risco de morte parados nesse reino, estamos? – Charlotte questionou lentamente.

— Charlotte…

— Papai, o senhor nunca mentiu para mim. Por favor, não o faça agora. – Charlotte pediu. Killian suspirou e desviou o olhar por um momento.

— Querida… minha pequena pirata, eu vou me arrepender muito disso, mas Smee tem razão, uma hora você irá descobrir…, então, que seja por mim. – Killian respirou fundo, chegou a hora da verdade e ele não tinha ideia de como começar e de como Charlotte reagiria.

— Charlotte, lembra-se do que eu lhe contei que aconteceu no meu casamento com sua mãe? – Killian decidiu começar pelo que ela já sabia. Charlotte acenou concordando com a cabeça. – Eu não contei a história toda, na verdade, a história não termina no dia do nosso casamento, na verdade ela nem começa ai, é uma longa história, realmente longa, mas, por enquanto irei contar apenas a parte do dia em sua mãe nos deixou.

Charlotte endireitou-se ao ouvir aquilo, seu pai nunca havia contado sobre o dia em que ela nasceu, apenas que sua mãe havia lhe dado o colar com o pingente de cisne, nada mais.

— Nós estávamos visitando os seus avós. Um dia eu precisei cuidar de algumas coisas na Jolly e deixei sua mãe com eles no castelo. O trabalho demorou mais do que eu achei que iria demorar e já era noite quando um dos guardas foi até o porto me informar que Emma estava dando a luz, que você estava nascendo. – Killian sorriu para Lottie, que lhe retribuiu. – Então, eu fui como um louco de volta para o castelo, cheguei bem a tempo… sua mãe estava deitada já sentindo as dores do parto, depois de algumas horas, que pareceram uma eternidade, você nasceu minha filha… um bebê tão pequeno, frágil, perfeito. Sua mãe e eu estávamos muito felizes… até que ele, o crocodilo, apareceu de repente. De novo, ameaçou sua mãe e a você e disse que pegaria você de nós… e repetiu novamente que iria amaldiçoar você e sua mãe se Emma não entregasse os poderes. – Killian já não olhava mais para Charlotte, mas ainda teve tempo de ver a cara da menina quando lhe deu aquela informação… Charlotte não sabia da maldição. – Sua mãe nos teleportou para o porto, me deu você e me pediu para ir embora, dizendo que ela não podia ir conosco. Na hora eu não havia entendido nada, mas, acho que agora entendo, ou acho que entendo… suponho ela fez isso para despista-lo, as duas coisas que ele queria indo cada uma para um lado… Não podíamos voltar para o nosso reino e, muito menos, para a floresta encantada antes que você completasse quinze anos, que é a idade a qual ele disse que a maldição sob você se realizaria.

Um silêncio se estalou entre eles. Charlotte estava um pouco atônita com tudo que seu pai havia lhe contado, sua mente trabalhava mil pensamentos de uma vez só, seus olhos, sem que percebesse, voltaram-se para o reino desconhecido inteiro a sua vista – inclusive o castelo – e não demorou muito para ela arregalar os olhos muito surpresa e admirada.

— Pai… o senhor está querendo me dizer que… que estamos no nosso reino? Nós voltamos para casa? – Charlotte questionou, mal acreditando, sua cabeça ainda estava absorvendo tudo.

— Sim, minha filha, estamos no reino dos cisnes. – Killian a respondeu lentamente, ainda não olhando para a filha, preferia encarar o nada do que encara-la agora.

Charlotte não disse mais nada e continuou com o olhar voltado para o reino a sua frente, completamente admirada, olhava cada pedacinho do lugar.

— Estou amaldiçoada? … O senhor disse “novamente”, o que quer dizer que foi mais de uma vez… por que nunca me disse isso antes? Eu tinha o direito de saber. – Charlotte declarou com certo alarme, finalmente voltando a falar.

— Não, querida, você não está. Como eu disse, sua mãe nos tirou de lá, não deu tempo do crocodilo fazer nada com você. – Killian explicou.

— Por que não me contou nada disso antes? – Charlotte perguntou tentando o encarar nos olhos. – Pai, olhe para mim!

— Eu sempre fui um covarde quando se trata de contar sobre algo relacionado a sua mãe para você…, sinto medo de sua reação, sinto medo de como você poderia reagir. – Killian disse numa confissão, finalmente a olhando outra vez.

— Isso não se trata apenas de minha mãe, isso também se trata de mim, eu também fui ameaçada… pai, você disse que corremos risco de morte em nossa própria casa! – Charlotte falava e seus olhos começaram a lagrimejar de frustração. Killian não estava aguentando aquilo. – Você pretendia me contar algum dia? E se não tivéssemos chegado aqui por acidente? O senhor teria me contado algum dia?

Killian permaneceu calado por um momento, antes que Charlotte entendesse aquilo de forma errada, ele pronunciou-se:

— Devo admitir que somente depois de seus quinzes anos iriamos procurar por sua mãe e eu te explicaria tudo.

— Eu não acredito… realmente, não estou acreditando. – Charlotte parou o olhou nos olhos e virou-se. – Boa noite, papai. Eu preciso pensar.

E Killian decidiu deixa-la ir. Não sabia mais o que dizer a ela.

— Como foi com Lottie? – Smee questionou enquanto se aproximava e via a menina ir embora. Ele esperara a conversa terminar ao lado do leme do navio.

— Foi tudo péssimo, Smee, tudo péssimo. – Killian disse desolado. – Eu contei tudo para ela, a história toda.

E Smee entendeu o porquê da conversa ter sido turbulenta.

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No dia seguinte pela manhã, na Jolly Roger....

A tripulação inteira havia se juntado para se despedir de Hermes, Charlotte gostava muito de Hermes, por isso não se importava em ter acordado cedo para despedir-se dele e, bom, ela não iria desperdiçar a chance que seu pai lhe deu de sair do quarto.

— Boa viagem, Hermes. – Charlotte desejou quando chegou a sua vez e o abraçou. – Tome cuidado.

Charlotte nunca viajou por terra, mas pelas histórias que a contavam e que já havia lido, não eram lá tão seguras.

— Não se preocupe tanto, Lottie, ainda me lembro de como é viajar por terra. Só é eu seguir o mapa que compramos nesse reino que eu chegarei bem na floresta encantada. – Hermes replicou tentando tranquiliza-la. Ela percebeu que ele ainda não sabia que ela já sabia em qual reino eles estavam, e percebeu também a palavra mapa… Charlotte nunca vira um mapa do reino dos cisnes em nenhum lugar no navio.

— Um mapa não vai te livrar de ladrões e bichos selvagens. – Charlotte retrucou revirando os olhos.

— Pelo que me tomas, Charlotte? Eu sou um bom pirata, sei me defender muito bem! – Hermes disse divertido, fingindo-se de ofendido.

— Sei que é um bom pirata! – Charlotte deu um sorriso. – Mas, mesmo assim, tenha cuidado.

— Eu terei, Lottie. – Hermes a assegurou. E então ele se despediu do restante das pessoas e desceu do navio, enfim saindo da proteção mágica da Jolly.

Charlotte observou o homem até que ele sumisse por entre as pessoas e as casas.

— Eu imaginei muita coisa, mas nunca pensei que o reino onde eu deveria ter crescido fosse assim. – Charlotte murmurou ao sentir seu pai se aproximar e parar ao seu lado. Ela olhava para o reino dos cisnes de forma pesarosa, decepcionada até.

— Ele não era assim… muito pelo contrário, na verdade. Não existia miséria e nenhum mendigo nas ruas, sua mãe e eu não permitíamos. – Killian falou, também olhando para o reino dos cisnes, não o reconhecendo.

— Isso é tudo culpa minha. – Charlotte declarou. Killian olhou para a filha horrorizado, principalmente por que viu os olhos da filha lagrimejados novamente.

— Charlotte, o que está dizendo? Nada disso é sua culpa, querida.

— Eu deixei você e mamãe vulneráveis com a minha chegada…, sem mim vocês poderiam derrotar o crocodilo, estariam reinando agora e todo o reino não estaria assim! – Charlotte mostrou a sua lógica, finalizando com um gesto dos braços, sinalizando o estado de todo o reino dos cisnes.

— Filha, me escute… nada disso é sua culpa, Charlotte, você não pediu para nascer. E nunca diga ou insinue que você não deveria ter nascido, você foi o melhor presente que aconteceu na vida de sua mãe e da minha! Você é a melhor coisa de nós dois, então nunca diga tal bobagem. E tem outra coisa também, não é sua culpa o reino estar desse jeito…, eu não entendo o que está acontecendo, tem alguma coisa errada… – Killian a consolou, parando e analisando a tudo, como se o lugar fosse lhe dizer o que tem de errado. Charlotte respirou fundo, limpou as lágrimas e também começou a analisar.

— Acha que invadiram o reino e tomaram o trono? – Charlotte sugeriu quando seus olhos pousaram no castelo.

— Eu não sei, querida, eu não sei… alguma coisa deve ter acontecido. – Killian olhou para ela. – Eu não te contei, mas seu irmão, Henry, completou sua maioridade quando você tinha doze anos e assumiu o trono por ser herdeiro de sua mãe e, bom, ou seu irmão ficou louco quando virou adulto, ou realmente alguém tomou posse de nosso reino.

— Pai, temos que fazer alguma coisa… descobrir o que está acontecendo. – Charlotte disse, decidindo ignorar que seu pai não lhe contara mais uma coisa. O semblante de Killian se fechou totalmente e encarou Charlotte um pouco bravo, ele já sabia que iriam brigar.

— A prioridade é a sua segurança, Charlotte, então, escute, ninguém sairá desse navio até Hermes voltar com Regina. – Killian a avisou em um tom seríssimo. O que surtiu um efeito instantâneo. Charlotte boquiabriu-se e olhou furiosa para o pai, após isso, sua boca começou a abrir e fechar várias vezes.

— Como quiser, papai. – Ela disse por fim e virou-se voltando para seu quarto.

Quando Miguel a viu se afastar, ele a seguiu.

Em toda a minha vida, nunca imaginei que o reino de meus pais estaria tão acabado. Me senti culpada, triste e revoltada pelas pessoas que foram abandonadas.

Ao mesmo tempo em que me preocupava com Hermes, eu sabia que ele não era nenhum ignorante em viagens por terra… a ignorante era eu e, por isso mesmo, ficava imaginando mil coisas que poderiam acontecer com ele. Tudo isso fazia com que Charlotte Jones virasse uma bomba de nervos prestes a explodir.

E minha mãe nessa historia toda? Bom… ela não estava gostando nada de ver que papai e eu não parávamos de brigar.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado ;) pf comentem pessoal, ninguém comentou nada no capitulo anterior, eu gostaria de saber a opinião de vcs gente então se der comentem oq acharam eu agradeceria muito ♥ sim, eu gostaria tbm de agradecer a todas as pessoas que chegaram agora bem vindos pessoal muito obg por disponibilizarem um tempo de suas vidas para ler oq eu escrevo ♥ bom eu não sei novamente quando eu irei postar, como eu disse nas notas iniciais tem acontecido muita coisa ao mesmo tempo na minha vida e eu não sei o dia de amanha, então pode demorar um mês ou mais para mim postar mais quem quer capitulo antes disso reze quem sabe acontece algum milagre? kkkk enfim eu vejo vcs no próximo capitulo ou nos comentários



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