Filha de um pirata... e uma princesa?! escrita por Melissa Potter


Capítulo 12
O dia em que quase morri


Notas iniciais do capítulo

oi oi meus amores como é que vcs estão meus lindos? voltei com mais um capitulo fresquinho para vcs eu sei q demorou três semanas, mais dessa vez não deu mesmo para ser antes pq aconteceu uns problemas ai na minha vida que meio que me fez ter menos inspiração e só dava para mim escrever quando eu a possuía então eu tive problema com isso por conta dos problemas da vida XD enfim meus amores o que capitulo dessa vez esta grande (meu deus isso não acontecia a muuuuito tempo) então eu espero que gostem bastante dele e que aproveitem quem sabem quando terá capitulo grande assim de novo? XD boa leitura ;)



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Quando completei dez anos, a pior tempestade que eu já vi na minha vida nos pegou, perdemos muitos marujos. Naquela época, eu nunca tinha visto alguém morrer, sabia apenas o que era a morte e que as pessoas boas iam para o céu e as más para um lugar muito ruim chamado inferno, porém, a morte em si, eu nunca havia visto. Até meu aniversário de dez anos, na saída da ilha do aniversário para outro maravilhoso reino, veio a tempestade. E eu vi a morte muito de perto.

— Vamos começar a arrumação, marujos! Já deixamos Charlotte e Miguel dormindo nos quartos. – Killian mandou, se aproximando, junto a João, de onde a festa tinha acontecido.

Os marujos desmontaram e desarrumaram toda a festa, colocaram as comidas e bebidas que sobraram de volta no navio, apagaram a fogueira que haviam feito e, após estar tudo em seu devido lugar dentro do navio, eles partiram rumo ao reino seguinte. Killian optara por não usar nenhum tipo de portal, pois tinham comida e bebida o bastante para irem ao reino sem precisar de magia; seria mais demorado, porém também não tinham pressa.

Mas, se tivesse feito isso, talvez não tivessem sido pegos pela enorme tempestade que os atingiram quando já estavam a uma distância considerável da ilha. Ela veio de repente, não dando tempo para fugir para nenhum outro lugar e ela veio forte, muito forte.

— TEMPESTADE! – Berrou um dos marujos aos plenos pulmões.

Killian e os outros marujos entraram imediatamente em alerta e logo, os marujos corriam para todos os lados ao som das ordens gritadas por Killian direcionada aos marujos.

Não havia se passado muito tempo que estavam na tempestade e todos estavam completamente molhados, a situação estava muito difícil. Enquanto tentava controlar o leme do navio, Killian observou alguns de seus marujos serem derrotados, a situação estava extremamente difícil.

Abaixo do deque, Charlotte acabara de acordar com o som dos gritos de seu pai e de passos muito apressados acima de sua cabeça junto ao balanço violento que estava no navio, tão violento, que suas coisas estavam todas bagunçadas, algumas até quebradas. Charlotte procurou por Dinah com os olhos e viu a gatinha se esconder embaixo de suas cobertas.

Com dificuldade por conta do balanço, Lottie se levantou e foi cambaleante até a porta de seu quarto, viu que não estava trancada e saiu para o deque. Ela parou ao observar o estado em que estava o deque. Marujos corriam por todos os lados, o mar tão agitado que fazia com que entrassem algumas ondas no navio, levando muitos marujos. Ao ver aquilo, Charlotte sentiu como se algo tivesse lhe espremendo o coração, ela os conhecia desde que nascera, ver aquelas pessoas morrerem… ver a sua família morrer abalou-a profundamente.

Algumas partes do navio, Charlotte viu, estavam destruídas, já imaginava a cara de seu pai com a sua Jolly destruída daquele jeito e o mau humor que ele estaria até que tudo aquilo estivesse consertado. Charlotte se apoiava no batente da porta para poder se equilibrar, ninguém a tinha visto ainda, ela soltou-se do batente e deu três passos para frente, foi quando ela viu que uma das velas estava indo em direção ao seu pai no leme do navio com rapidez e força total, sem pensar, Charlotte gritou.

— Papai! – Charlotte pensando desesperadamente que não podia perder ele também. Killian olhou alarmado em direção a voz da filha, não era para ela estar ali.

Logo, ele soube o motivo do grito da filha, ao ver, como por mágica, a vela que estava indo em sua direção, ir ao chão. Ele olhou para a vela no chão de olhos arregalados.  “Charlotte.” Pensou ele. “Charlotte acaba de salvar minha vida.” Ele olhou novamente para a filha parada no mesmo lugar perto da porta que levava aos quartos, a menina olhava aliviada para o pai, estava ensopada por conta da chuva.

— Charlotte, volte para… – Killian não conseguiu terminar sua fala por conta do que aconteceu em seguida, algo que ele sabia que nunca esqueceria e que parecia ter acontecido lentamente.

Killian viu outra vela, agora indo em direção à Charlotte e nada pôde fazer, nem se tivesse tempo de fazer alguma coisa, a madeira da vela atingiu Charlotte em cheio na barriga, tirando-a do chão e lançando-a ao mar. O coração de Killian falhou várias batidas.

— Não! Charlotte! – Killian gritou com todas as forças, sem pensar, ele abandonou o leme e correu em direção aonde a filha havia caído, ignorando totalmente os gritos de Smee e João chamando por ele, só pensava em salvar sua filha quando pulou no mar atrás dela.

Embaixo d’água, depois de muito se debater tentando voltar para a superfície, Charlotte apagou por conta da falta de oxigênio e da dor em suas costelas e barriga, e foi afundando, e afundando… Killian estava um pouco mais afastado dela, não via a filha em lugar nenhum, estava muito escuro ali em baixo, ele apenas achou a filha porque o colar de cisne no pescoço da menina emanava um brilho muito forte. Rapidamente, Killian nadou até ela, envolveu-a pela cintura e a levou de volta para cima.

Os marujos, na Jolly Roger, ajudaram o capitão a subir de volta no navio com a filha desmaiada nos braços.

— Por favor, por favor, não esteja morta. Por favor, meu bem, não esteja morta… – Killian repetia depositando-a no chão do deque sem notar que a tempestade já passara, ele estava desesperado e com medo, lágrimas desciam em cascata por seu rosto. – Por favor…

— Capitão, afaste-se. – Smee abaixou-se próximo aos dois, Killian, porém, estava relutante em se afastar de sua filha e, de tão nervoso que estava, não estava conseguindo ajuda-la. Smee começou a socorrer Charlotte.

Killian não prestou muita atenção de tão nervoso que estava, João tentava acalma-lo, mas ele apenas se acalmou quando viu a filha tossir toda a água que tinha ingerido para fora e abrir os olhos tão iguais aos dele.

— Papai… – Charlotte falou quando o pai a abraçou fortemente, tomando cuidado para não machucá-la, colocando-a em seu colo e a aninhando ela ali em seus braços.

— Oh, meu amor! Que bom que está bem, eu senti tanto, tanto medo! – Killian confessou, o choro já amenizado.

— Estou com frio… estou com dor. – Charlotte disse fracamente.

— Killian, acho que a vela a machucou, vamos leva-la para o seu quarto. – João se fez ouvir. Killian se levantou com a filha nos braços e a levou para o quarto da menina e a colocou na cama.

— Precisamos tirar essa roupa dela e seca-la. – Killian falou. – Smee, pegue uma de suas outras camisolas.

Smee dirigiu-se rapidamente até o guarda-roupas da menina e pegou a primeira camisola que lhe veio a frente, enquanto Killian tentava de todo jeito aquecer a filha, que tremia batendo o queixo. Eles tiraram a roupa molhada da menina, trocando por uma seca, e, com uma toalha, tentaram secar os cabelos loiros de Charlotte.

— Killian, deixe Smee cuidando de Charlotte, vamos ver o que perdemos com a tempestade. – João o chamou, queria achar um jeito de distrair o capitão. Killian, relutante, o seguiu para fora do quarto. – Se importa de antes vermos como está Miguel?

Após Killian dizer que não, eles dobraram o corredor, andaram um pouco até chegarem ao quarto de João e de seu filho. E foi aí que Killian percebeu algo que João havia feito e ele não. Trancar a porta do quarto da criança. Os dois entraram e Miguel veio correndo abraçar o pai.

— Você está bem? Não está machucado? – João perguntou, ainda com o filho nos braços e Killian dirigiu-se a uma das camas e sentou-se.

— Eu estava com medo. – Miguel admitiu num sussurro.

— Tudo bem, meu amor, eu estou aqui agora. – João respondeu indo sentar com o filho na outra cama. O menino deitou a cabeça no colo do pai e, enquanto o silêncio se estabelecia, João acariciava os cabelos do filho, até que o menino adormeceu e só então, João olhou nos olhos de Killian e os ver abatidos e culpados.

— Capitão… está bem?

— Foi minha culpa, João… minha culpa… o estado de Charlotte… ela está naquele estado por minha culpa. – Killian murmurou em resposta.

— O que está dizendo, Killian? – João questionou confuso e não acreditando no que estava ouvindo.

— Eu… eu não tranquei a porta do quarto de Lottie…, por conta disso, ela saiu do quarto. Por conta disso, minha menina está naquela cama machucada e com frio por que a água em que ela quase se afogou estava gelada… – Killian falava com as lagrimas voltando a descer rapidamente.

— Killian, o que aconteceu não foi culpa de ninguém, simplesmente aconteceu. – João tentou confortá-lo. – Não, coloque a culpa em sim mesmo, nós sabemos que deixar a porta aberta foi um erro seu, mas Charlotte ter se machucado não foi culpa sua, foi da tempestade.

— Eu quase a perdi… por pouco eu não a perdi, minha única lembrança viva de Emma… Oh, meu deus, ela me deixou encarregado de proteger e cuidar de nossa filha! – Killian continuou lamentando-se.

— Capitão, me escute, isso tudo foi um acidente. – João repetiu. Killian olhou profundamente em seus olhos – Foi um acidente.

Killian respirou fundo e enxugou as lágrimas.

— Sim, foi um acidente e minha pequena pirata irá ficar bem. – Killian declarou.

— Sim, ela vai. – João concordou com um pequeno sorriso.

— Irei verificar o estrago que tivermos. – Killian levantou-se e impediu João de se levantar completando sua fala. – Não precisa vir, fique aqui com o seu filho, eu já estou bem.

João acenou com a cabeça concordando e Killian saiu do quarto os deixando sozinhos. Ele dirigiu-se ao deque e o que viu o deixou furioso, triste e abalado e também de muito mal humor. Teriam um dia cheio para organizar e consertar tudo aquilo e também jogar ao mar os corpos dos mortos que permaneciam no navio. Killian perdera muito nessa tempestade, mas agradecia por não ter perdido a própria vida e deixando Charlotte sozinha e também por a menina estar viva em seu quarto. Teriam que usar feijão mágico para ir para outro reino consertar tudo aquilo. Com a ajuda dos marujos sobreviventes, Killian organizou tudo como podia naquele momento.

Quando terminaram, todos já exaustos e o dia quase todo no fim, Smee saiu do quarto de Charlotte e foi em direção a Killian que lhe olhou ansioso por notícias do estado da filha.

— Como ela está? – Killian indagou quando Smee se aproximou o bastante.

— Está descansando agora. Killian…, ela machucou as costelas e seu estomago também está machucado. – Smee o respondeu. – Além de eu suspeitar que ela pegou uma gripe por conta da água gelada, creio que teremos que ir a floresta encantada atrás de Regina, já fiz tudo que podia, mas a única solução que encontro para cura-la é Regina.

— Sim, você está certo, iremos a floresta encantada. – Killian disse nervoso. – Posso vê-la?

— Sim. – Smee confirmou. Rapidamente, Killian foi ao quarto da filha e a encontrou deitada na cama, a menina sorriu fracamente ao vê-lo.

— Papai. – Charlotte o cumprimentou. Killian apressou o passo até ela e sentou na cama em frente a menina.

— Olá, meu amor. – Killian falou beijando-a carinhosamente na testa.

— Está doendo. – Charlotte reclamou da dor e Killian quase desabou com aquelas duas palavras da filha.

— Nós iremos trazer Regina aqui, minha querida, ela irá fazer a dor ir embora.

— Regina… – Charlotte disse com um pequeno sorriso.

— Sim, querida, ela irá cuidar de você. – Killian sorriu do mesmo jeito. Charlotte aumentou o sorriso. Depois de um tempo, caiu no sono.

— Killian. – João falou entrando no quarto e se aproximando. Killian o olhou. – Como ela está?

— Fraquinha. –Killian respondeu. – precisamos levar ela para Regina.

— Sim, Smee me falou. Ele já está colocando o feijão mágico no mar. Acho uma ótima ideia ir até Regina, talvez ela saiba explicar o que aconteceu. – João conversou.

— Do que está falando? – Killian questionou confuso.

— Não viu o que aconteceu? – João indagou e viu que Killian ainda estava confuso. – Assim que Charlotte caiu na água a tempestade passou, nem ondas tinham.

— O que? – Não estava conseguindo acreditar no que tinha ouvido.

Realmente, quando caí na água a tempestade se acabou no mesmo instante. Infelizmente, papai não encontrou a resposta para isso com Regina, ela não soube explicar o porquê da tempestade ter parado quando caí no mar.

Fiquei curada em cerca de três semanas com os cuidados maravilhosos de Regina. Aproveitei para matar a saudade de minha segunda mãe, ela ficou muito abalada por me ver daquele jeito… A Jolly Roger, contudo, demorou mais para consertar completamente e, com a perda de marujos, papai procurou por tripulação nova para ficar no lugar dos que morreram… nossa, fiquei muito mal com as mortes, eles faziam parte de minha família, até hoje me lembro deles, de cada um. Eu quase me juntei a eles… devo tudo a ajuda de minha mãe.

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Em outro reino, muito longe de onde estavam…

Emma olhava para a imagem da filha na cama, tanto ela quanto sua filha estavam fracas.

Emma usara quase toda a sua energia para ajudar Killian a achar a filha de baixo d’agua, e estava agora descansando em sua cama improvisada observando a filha de perto, não querendo perder nada de sua recuperação até que ficasse bem.

— Não se preocupe, minha menina, irá ficar tudo bem. – Emma falou apertando um colar em forma de cisne em seu busto.

Sim, mamãe, irá ficar tudo bem.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado ;) pf comentem oq acharam do capitulo me deixaria muito feliz de vdd eu amo os comentários de vcs eles sempre me deixam muito feliz é muito bom saber a opinião de vcs :D bom eu gostaria de agradecer ao pe te erre por ter comentado ao capitulo anterior como sempre deixando lindos comentários :3 eu gostaria tbm de agradecer a todas as pessoas que leram ao capitulo anterior e as pessoas que chegaram agora muito obg por disponibilizarem um tempo de suas vidas para ler oq escrevo muito obg mesmo isso é muito importante para mim pessoal :) bom como sempre eu não sei quando eu irei postar mais espero que seja logo pois as minhas provas bimestrais já são no próximo mês e como vcs sabem eu não posto em período de prova :/ então vou tentar agilizar para que vcs não fiquem sem nada ta meus amores? enfim espero vcs nos comentários ou no próximo capitulo



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