O Presente escrita por Haru


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Eu queria ter postado no Natal, mas eu só terminei faz umas três horas. Eu escrevi durante a viagem que fiz... Na verdade, eu to na viagem ainda, e to roubando wifi.
Eu to odiando tudo, mas quando eu to odiando tudo, eu fico romantica e escrevo fics fofinhas assim.
Mas eu prefiro mais as dark, então antes de março, eu prometo escrever uma fic cheia de sadomasoquismo, sexo selvagem gay e nada de fofura.
Beijos da primavera ♥



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—Sabe... Você não deveria fazer isso. – Falou Elizabeta em reprovação.

— Eh, por quê?

— Porque no momento em que o Rod ver isso, ele vai broxar, Gil.

Essa que o avisou é Elizabeta Héderváry, uma das melhores amiga de Gilbert Beilschmidt. Era dezembro, e faltavam alguns dias para o temido, pelo menos para o Gilbert, Natal. Ele estava pensando o que daria para o seu namorado, Roderich Edelstein, de presente e sempre que pensava em algo, sua ideia era destruída por Elizabeta. Ele sabia que a amiga só queria ajudar, mas ela barrava qualquer ideia que o, autoproclamado, incrível Gilbert falava.

— Tsc, então o que você acha que o incrível eu deveria fazer? – Murmurou.

— Primero, não murmure para mim, ok?- Reprovou- Segundo, eu não sei, querido. Eu super shippo você e o Rod, mas quem vai lidar com a reação do moço é você e não eu.

— Uau. Você é uma ótima amiga – Respondeu irônico. – O incrível eu merece muito mais que isso!

— Olha, porque você não compra algo que ele quer, ou toca algo para ele com a sua flauta. Você sabe que ele adora te ouvir tocar.

— Mas ele tem tudo que quer e eu toco pra ele sempre... Não vai ser tão especial. – Esclareceu cabisbaixo.

— Mas me esclareça algo. Por que você está tal preocupado por causa de um presente?

— Porque esse é o quinto Natal que passamos como namorados e no ano passado ele fez algo muito especial e eu quero supera-lo.

— Ah, lembro. Ele te levou para ver seu irmão que está na Itália, né?

— Sim! Como posso superar isso? Eu tenho que dar ou fazer algo incrível para retribuir.

— Você não precisa fazer algo magnífico. Ele te ama. Mesmo se você der cocô com um laço, ele vai amar. - Afirmou.

— Você é muito otimista.

— Querido, eu sou realista. Vocês são dois bobos apaixonados não importa o que aconteça. Agora vai pra sua casa e me deixa em paz porque eu tenho meu clube do livro hoje.

— Ah, o “clube do livro”? Tá bom. Só não fala nada de mim e do Rod pro Kiku de novo, porque ele fica fazendo mangás yaoi de nós dois e é meio desconfortável. - Pediu saindo da sala.

— Haha, não posso prometer nada.

Passou alguns dias depois da conversa do Gilbert e de Elizabeta, e o tal ainda estava se remoendo com o que daria de presente para o namorado. Conversou com seu irmão, Ludwig, pelo telefone, seus melhores amigos, Antônio e Francis, sendo que o último não ajudou muito, pois só dava ideias pervertidas e um pouco sujas demais para se mencionar aqui.

Até que, faltando um dia para o natal, Gilbert entrou em pânico. Andou pela cidade inteira, e não viu nada que era bom o bastante, em sua opinião, para Roderich.

Já no princípio da noite, ele já tinha perdido as esperanças. Sentado no banco de um parque, começou a se lamentar.

— Ah, eu desisto! Eu não consegui achar nada. Que merda! – Choramingou- O que eu faço agora... Eu sempre consegui dar algo especial para ele...

— Por que você tá com essa cara de bunda, idiota?

—Ahn? Quem falou isso? – Confuso, procurou em sua volta até que seu olhar parou em uma figura de cabelos loiros bagunçados e sobrancelhas grossas. - A-Arthur? O que faz aqui?

— Me escondendo. – Deu de ombros enquanto sentava  ao lado do outro.

— É do Alfred...?

— De mais quem seria, cara de bunda?- Retrucou, revirando os olhos.

— Não precisa ser grosso.

— Ta. Mas agora é sério. Por que você tá choramingando aí?

— Bem... É que... Eu não consegui achar nada para dar para o Roderich amanhã. – esclareceu.

— Ata. Que motivo de bosta.

— Ei! Para mim isso é bem importante. - Se levantou- Se ele ficar bravo por não ganhar nada? Ou pior, se ele ficar decepcionado comigo e terminar tudo?! – Exclamou já em pânico enquanto andava de um lado para o outro enquanto esfregando o cabelo.

— Opa, pera aí! Não é o fim do mundo. Eu não vou dar nada pro Alfred esse ano e não to assim.

— Mas o Alfred não espera nada de você.

— Ei!... Ah, esquece. Você tem razão... Mas você precisa relaxar. Você e o viciado em música clássica são muito grudados, tão grudados que até me irrita. Um presente não vai mudar isso.

— Mas-

— Mas nada – O interrompeu-  Ganhar um presente não importa pro Roderich, o que  importa é passar esse tempo com você. Ele te ama. Isso é o que realmente importa.

— Arthur... – Emocionado o abraçou- Você, mesmo sendo carrancudo desse jeito, sabe consolar alguém. Muito obrigado.

— O que? – Envergonhado tentou se soltar. – Não fala merda, i-idiota.

Nesse momento, alguns metros dali, estava Alfred que finalmente tinha achado Arthur, só que como o Gilbert ainda estava a segura-lo, ele, numa crise de ciúmes, foi para cima do outro.

— SEU MALDITO! SOLTE-O AGORA! – Esbravejou enquanto segurava Gilbert pela gola da blusa. – ELE É MEU! TÁ ME ESCUTANDO!?

— PERA AÍ, ARTHUR, VOCÊ ENTENDEU ERRADO – Gritou desesperado tentando se soltar. – Puta que pariu! Você é forte mesmo.

— ENTENDI ERRADO?! VOCÊ PENSA QUE SOU IDIOTA? – Respondeu e o empurrou em direção ao chão.

Mas antes que Alfred fizesse algo, Arthur entrou na frente, ficando entre os dois:

— Você... É IDIOTA? – Gritou assustando a ambos. – Meu Deus, Alfred! Ele estava só me dando um abraço e você sabe que ele namora o Roderich. Eu só falei algo e ele me agradeceu.

— Oh, oh, e-era isso? – Murmurou já mais calmo. - O-Olha, mil desculpas, cara. É que o Arthie sumiu e você sabe, né?

— Não, não, tudo bem. – Falou enquanto se levantava. – Só pensa antes de agir, ok? O incrível eu só vai te perdoar essa vez.

— Hum, entendeu agora, Alfred? Tsc. Qual é? Você sabe que o Gilbert e o Roderich são praticamente casados.

— Tem razão.

Nessa hora, dentro de si, Gilbert sentiu um estalo. “É isso” pensou. No mesmo instante saiu correndo em disparada deixando os dois amantes ali, com rostos confusos enquanto se afastava.

— Ahn? O que foi isso? – Declarou Arthur, confuso.

— Não sei... – Respondeu se aproximando do mesmo e o abraçando forte. – Só sei quer hoje você não me escapa.

— O que?!

Depois de algum tempo Gilbert, que já tinha preparado o incrível presente, chegou na casa de Roderich, onde o mesmo estava em seu piano tocando um bela melodia. Gilbert preferindo não atrapalhar foi até o quarto onde escondeu o presente.

Já com o presente escondido, desceu as escadas onde, na sala, Roderich já tinha acabado de tocar.

Distraído, acabou derrubando um vaso, que chamou a atenção do namorado:

— Gil, é você? – Gritou de onde estava.

— Ah, sou eu sim, Jovem Mestre – Respondeu, entrando no cômodo que o outro estava, chamando-o pelo apelido que o tinha dado.

— Ah, eu fiquei um pouco preocupado... Você demorou um pouco.

— É que eu tinha que fazer uma coisa. – Falou indo em direção ao namorado e sentando ao lado dele.

— Hum... Tudo bem.

— O que? – Riu – Acha suspeito?

— Sim, claro – Falou rindo junto – Você é muito estranho, Gilbert.

— Estranho não! Eu sou incrível. – Exclamou, terminando a conversa dando um beijo no austríaco.

Ao longo da noite eles jantaram, conversaram e apenas aproveitaram a presença um do outro porque era tudo o que importava no momento.

De manhã, o primeiro a acordar foi Gilbert e, aproveitando a oportunidade, pegou o presente que tinha comprado. A conversa que teve com Arthur foi muito boa, pois fez com que ele percebesse o quanto amava Roderich e que queria passar o resto de sua vida ao lado dele. Já com o presente em mãos, voltou a cama e o colocou no dedo do outro, o que fez o namorado acordar, vendo isso logo sussurrou ao seu ouvido:

— Bom dia, Jovem Mestre.

— Bom dia, Gil. – Respondeu, colocando a mão no rosto do outro fazendo uma leve carícia.

Mas no momento em que fez isso, Roderich percebeu o objeto em seu dedo. Um anel dourado, esse era o presente que Gilbert comprou. Surpreso, disse:

— Gilbert... O que é isso?

— Seu presente de Natal.

— É um anel...

— Um anel de noivado. Por quê? Não gostou?

— Gilbert... – Sussurrou enquanto lágrimas desciam pela sua face. – E-Eu não gostei. Eu amei. Oh, eu te amo tanto.

— Eu também te amo, Roderich. – Respondeu enquanto o abraçava.  – Eu só preciso de uma confirmação. Você aceitou se casar comigo mesmo, certo?

Roderich sorriu e, saindo do abraço, segurou as mãos de Gilbert:

— Seu bobo. É claro que eu aceito me casar com você.

— Ah, esse é o melhor Natal de todos. Feliz Natal, Rod.

— Feliz Natal, Gilbert.

E assim esse se tornou o último Natal que passaram como namorados, mas o primeiro como noivos. E só era o começo para a nova parte da vida deles que iria começar.


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Notas finais do capítulo

Eu super aceito criticas construtivas.
Feliz natal (atrasado) e um otimo ano novo.



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