All of me escrita por lesblanchett


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Façam uma boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/720072/chapter/1

 

Era para ser um dia normal no departamento de homicídios, mas as coisas estavam longe de estarem normais, e Jane sabia disso, a morena não conseguia pensar em outra coisa a não ser nos lábios de Maura. Ela os desejava, os desejava como uma criança deseja seu doce preferido. Ela queria sentir o doce toque dos lábios de Maura nos seus. Ela queria fazer com que Maura fosse dela. Jane se perdia em seus pensamentos até que foi interrompida:
— Jane. — ela ouviu uma voz familiar a chamar.
— Maur. — a morena logo se virou para encontrar os olhos verdes da loira.
— Eu trouxe os resultados da autopsia do Caso 39.
— Maura entregou alguns papeis para a morena e então se retirou e voltou para sua sala.
A detetive revisou os papéis algumas vezes e então voltou a ficar pensativa tão pensativa que não percebeu que Frost e Korsak estavam falando com ela.
— Jane? Você está nos ouvindo? —Frost acenou para a morena tentando chamar sua atenção.
— Oi? Desculpe, eu estou um pouco entretida nesse ultimo caso, Maur me trouxe os resultados da autópsia. A vítima morreu por estrangulamento, mas segundo Maura essa não foi à única causa da morte, ela tem perfurações em todo o tórax e algumas marcas de facas no abdômen.
— Quem que quer seja esse cretino, o pegaremos! — Korsak falou com convicção.
— Eu sei disso. — Jane disse voltando-se para o que estava fazendo, pensar em Maura e o quão belo era seus olhos.
Jane estava se torturando com seus próprios pensamentos, ela não podia mais continuar com isso, foi ai que ela pensou em fazer algo. A detetive seguiu para a sala de autópsias com a finalidade de encontrar Maura e dizer como se sentia.
— Maur? — a morena perguntou antes de abrir a porta da sala da loira.
— Sim, Jane. Entre por favor. — a legista respondeu.
Jane atendeu ao pedido da loira e logo após entrar em sua sala ela fechou a porta. A detetive estava pensando em como faria aquilo, em como iria dizer o que sentia para a legista. E se dizer a Maura como se sentia fosse deixar as coisas entre as duas um pouco estranhas? E se Maura não se sentisse do mesmo modo que Jane? A morena estava disposta a correr o risco, estava disposta a sacrificar a amizade das duas e dizer para Maura como se sentia.
A morena se deparou com a loira inclinada sobre um corpo, outro caso em que elas estavam trabalhando. — “Bela hora para decidir se declarar para Maura, que romântica Jane. Vá embora enquanto há tempo” — pensou consigo mesma.
A morena estava prestes a dar meia volta e voltar para sua sala e fingir que nada havia acontecido, mas Maura a interrompeu.
— Quer me dizer algo, Jane? — Maura sorri.
— É que... Maur... Você precisa saber de algo. — a morena disse um pouco receosa.
— Preciso saber do que, Jane? Aconteceu alguma coisa? — Maura continuava a examinar o corpo da vítima.
— É que eu ... — a morena tentava falar, mas a cada tentativa ela notava o quão falho isso estava sendo.
— É que você? — a loira pela primeira vez tirou os olhos do cadáver a sua frente e seus olhos encontraram os da morena.
— Eu gostaria de saber se você quer ir comigo ao Dirty Robber depois do expediente.
— Claro. Te encontro lá as 20:00 horas. Okay? —concordou a legista.
A morena apenas assentiu com a cabeça e saiu da sala da loira. — “Eu queria saber se você queria ir ao Dirty Robber”¬— Jane debochava de si mesma por ter recuado e não ter dito o que realmente queria dizer. Mas de hoje não passava, ela iria se abrir com Maura, ela iria dizer o que realmente deveria ter dito para a moça.
 

~~~~~~~~ [...] ~~~~~~~


A loira foi a primeira a chegar ao Dirty Robber, ela sentou-se na mesa em que costumava sentar com a morena e a esperou. Maura ficou pensando no que havia acontecido mais cedo, ela havia notado que Jane estava estranha e a loira sabia bem que a morena não tinha ido até a sala de autópsias para convidá-la para ir ao bar depois do expediente. Assim que a morena chegou, acenou para a loira que a esperava entusiasmada, como de costume e foi para o bar pedir uma cerveja para ela e um vinho para Maura.
— Olá, Maur. — disse a detive enquanto se sentava em frente a loira.
— Olá, Jane. Você demorou. — a loira disse enquanto abria um sorriso.
— Eu passei em casa para tomar uma ducha, por isso demorei um pouco. As duas ficaram horas e horas ali naquela mesa conversando, Jane já estava na sétima cerveja e Maura estava a acompanhando no vinho. As duas se sentiam um pouco alta, e se Jane deveria dizer algo a Maura aquele era o momento perfeito. Se a loira o rejeitasse ela poderia apenas dizer que era o efeito da bebida. Jane estava pronta para falar quando Maura tomou a frente das coisas e então disse:
— Jane, eu acho que deveríamos ir para seu apartamento. Jane demorou um pouco para processar o que Maura havia dito.
— Claro, podemos ir já — a morena deixou a conta paga e a gorjeta do garçom e assim seguiram as duas para o apartamento de Jane.
 

~~~~ [...] ~~~~


Jane pegou uma cerveja para si mesma e uma taça de vinho para Maura, que estava a esperando na sala.
— Aqui está seu vinho — a morena entregou a taça para a loira e após fazer isso deu dois goles em sua cerveja e sentou-se ao lado de Maura.
— Obrigado, Jane. Eu estava pensando e cheguei à conclusão que precisamos fazer mais coisas juntas — tomou um pouco de seu vinho. Jane colocou sua cerveja sobre a mesa, retirou a taça da mão de Maura e fez o mesmo.
— Você tem toda razão, Maur —a morena inclinou seu corpo para frente e aproximou-se mais da loira, a medida em que ela ia aproximando-se mais ela podia sentir a respiração da legista em seu rosto. Jane selou seus lábios aos de Maura e a loira correspondeu colocando suas mãos na nuca da morena. Assim como Jane, Maura ansiava pelos lábios da amiga, elas aproveitaram cada segundo daquele momento. E foi só quando seus pulmões necessitavam de oxigênio é que elas se afastaram, mas não muito, apenas o suficiente.
— Jane.. —Maura tentou mas foi impedida pela detetive, que colocou seu dedo indicar sobre os lábios macios da legista.
— Quando eu fui em sua sala hoje eu estava convicta de que era o momento certo para te contar sobre meus sentimentos. E eu falhei, eu fui covarde demais e recuei, mas agora eu estou certa do que eu devo lhe dizer. — a morena confessou e a loira mantinha sua atenção nela. E então a detetive disse :
'Cause all of me
Porque tudo em mim
Loves all of you
Ama tudo em você
Love your curves and all your edges
Ama suas curvas e todas as suas formas
All your perfect imperfections
Todas as suas imperfeições perfeitas
Give your all to me
Dê tudo de você para mim
I’ll give my all to you
Eu darei tudo de mim para você
You’re my end and my beginning
Você é o meu fim e o meu começo
Even when I lose I’m winning
Mesmo quando eu perder estarei ganhando

A legista olhava para a detetive com os olhos transbordando, não só de lágrimas mas de amor. Amor. Era essa a palavra correta para expressar o que Maura sentia por Jane, e o que Jane sentia por Maura. — Eu te amo Jane, me desculpe por não ter dito primeiro. Eu sei como deve ter sido difícil para você se abrir comigo, para me dizer sobre seus sentimentos. Mas eu te amo, Jane. Eu te amo muito.
Com certeza Jane não se arrependia do que tinha feito, e aquelas palavras soaram como musica para os ouvidos da morena.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All of me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.