Fortemente Ligados escrita por Melissa Potter


Capítulo 28
Capitulo 28


Notas iniciais do capítulo

Volteiiii meus amores ♥ estava com muitas saudades, nem postei nesse ano de 2023 para vcs aqui ainda, sinto muito de vdd esse capitulo já estava pronto a um tempo só precisava ser betado, eu iria postar ele no dia do aniversario da nossa Gina, mais nesse dia eu não irei poder então decidir adiantar para vcs o capitulo ♥ hj encerraremos o segundo ano do Harry, e devo dizer a vcs que estou ansiosa para começar o terceiro ano dele, enfim é isso eu espero que gostem e que aproveitem bastante esse capitulo...boa leitura ;)



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Se encontrava agora no fim, ou poderia dizer o começo, de uma câmara muito comprida e pouco iluminada, altas colunas de pedra entrelaçados com cobras em relevo sustentavam um teto que se perdia das suas vistas dando um aspecto estranho com a luz esverdeada que iluminava o lugar.

Harry se sentia cada vez mais ansioso se é que aquilo era possível naquela altura, seu coração acelerava cada vez que dava um passo à frente, tudo estava muito quieto e não se via sinal de Gina. Além de não a ver em lugar nenhum, não conseguia sentir o formigamento familiar que sentia sempre que ela estava por perto.

Com cautela, ele saca a varinha e a mantém de prontidão para qualquer coisa que pudesse lhe atacar ali. Foi na metade do caminho que ele começou a sentir Gina, contudo ele ainda não a via e se sentia cada vez mais fraco, como se algo sugasse suas energias, ele se forçava a se manter forte por Gina.

Foi na última coluna de pedra que ele conseguiu enxergá-la e senti-la com mais afinco.

Gina se encontrava deitada de bruços aos pés da estátua de um bruxo (Salazar Slytherin), os cabelos flamejantes contrastando com o uniforme preto da escola, Harry sente seus joelhos fraquejarem ao correr até ela.

— Gina... – murmura se jogando ajoelhado ao lado dela, largando a varinha no mesmo instante, nervoso, ele a vira de frente para ele com delicadeza. – Por favor, não esteja morta..., por favor.

Seu coração erra uma batida ao encarar o rosto pálido e frio de Gina, os olhos fechados, a cabeça pendendo parecia...

— Não... por favor, não esteja morta... – Harry sussurrava desesperado, o medo começando a lhe consumir, ele começou a sacudi-la pelos ombros. – Gina, por favor, acorde.

— Ela não vai acordar. – Uma voz masculina é ouvida atrás de Harry, assustado ele olha para trás.

Um rapaz alto, de cabelos escuros o observava, Harry teve a estranha impressão que estava o vendo borrado, ele logo o reconheceu.

— Tom Riddle?

Riddle sorriu e confirmou com a cabeça.

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Sentia-se como se estivesse dormindo, um sono pesado que a impedia de acordar, sentia seu corpo se enfraquecendo ainda mais, sua magia enfraquecendo ainda mais.

Ela conseguiu ouvir ao longe uma voz que lhe chamava como se fosse um eco, estava um pouco difícil de reconhecê-la, mais à medida que ela ouvia a voz anterior conversando com uma outra ela conseguiu reconhecer ambas as vozes. Harry e... Tom.

Ao reconhecer Harry ela tentou lutar para permanecer forte, tentou lutar para manter-se viva e voltar a ficar sã, Harry estava ali para salva-la, tudo ficaria bem certo?

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— Dumbledore foi afastado do castelo por uma mera lembrança minha! – Tom esbraveja para Harry.

— É o que pensa, ele não está tão afastado assim. – Harry rebate torcendo para que a fala tivesse ao menos um pingo de verdade.

Riddle abre a boca para falar algo, mas Harry cai de joelhos, seu rosto pálido contudo com expressão ainda raivosa, ele olha de Gina para Harry e meramente arregala os olhos em surpresa, um sorriso sinistro surgindo em seu rosto que ficava cada vez mais nítido, ele se aproxima de Harry e o garoto faz força para se manter de pé.

— Mais que maravilha... – Tom solta depois de algum tempo olhando para os dois, ele se aproxima da estátua de Salazar e fala em língua de cobra.

“Fale comigo, Slytherin, o maior dos quatro de Hogwarts.”

Harry acompanha cada passo dele, sentia-se enfraquecendo, uma dor em seu peito começava a surgir, uma cobra enorme sai da boca da estátua, Harry rapidamente fecha os olhos, era o basilisco.

“Pegue a garota.”

E com Horror, Harry escuta o rastejar da cobra indo de encontro a Gina.

Tom observava tudo com atenção e um sorriso sinistro no rosto, o qual não combinava com o rosto bonito. O basilisco se enrolou em Gina dos pés à cabeça, e Harry sentiu seu próprio corpo sendo enroscado em alguma coisa, estava apavorado e não ousava abrir os olhos, no segundo seguinte estava sentindo-se sufocar algo invisível estava o apertando, Tom solta uma gargalhada.

— Ora vejam só! – Riddle exclamou, olhava de Gina enroscada na cobra para Harry sufocando com o nada no chão. – Vocês são ligados.

— O-oque? – Harry solta com dificuldade, do que Merlin ele estava falando?

— Mas isso é maravilhoso! – Tom fala para si e continua sua fala para Harry se aproximando dele. – Sabe, Potter, pessoas que são ligadas tem uma fraqueza... interessante, dizem que quando o seu parceiro morre uma dor absurda o toma, um vazio o preenche e por mais que tente nunca será feliz de verdade... vamos testar essa teoria?

E Harry se sente sendo esmagado com mais força e seu ar indo embora rapidamente, estava quase desmaiando quando uma música ecoou pela câmara, era misteriosa e de dar arrepios, Riddle parou o que fazia com Harry e Gina e prestou atenção no que estava acontecendo, chamas surgiram no alto da coluna mais próxima deles.

Uma fênix surgiu das chamas, segurava algo nas garras, a fênix voou até Harry que se recuperava do sufocamento e tentava pensar, estava virado de costas para Tom e o basilisco, a fênix deixou o que carregava em frente a Harry e pousou muito próxima a ele, Harry olhou para a fênix, a qual o encarava de volta, ele logo a reconheceu, era Fawkes.

— O velho chapéu seletor. – Tom constata examinando tudo que acontecia, olhava da fênix para o embrulho a frente de Harry. De fato, era o chapéu seletor, de repente Riddle começou a rir. Ria tão alto e com vontade que todo o seu riso foi ecoado pela câmara.

— Então é isso que Dumbledore envia a seu fiel escudeiro? Um pássaro e um chapéu velho? Sente-se seguro, Potter? Acha que agora conseguirá salvar sua parceira? – Tom debocha.

Harry não fala nada, agora que podia respirar novamente a sua raiva voltou a brotar em seu corpo junto com uma coragem que ele não sabia exatamente de onde vinha.

— Sem mais rodeios, Potter. – Riddle recomeça a falar – Como foi que você sobreviveu? Como conseguiu esse feito? Conte-me tudo.

Enquanto não tinha ideia do porquê Dumbledore lhe enviara Fawkes e o chapéu seletor, Harry decide responder as perguntas de Tom, queria distrai-lo enquanto pensava no que fazer, contou tudo o que sabia sobre o que aconteceu aquela noite de 31 de outubro, ao término do relato, Tom lhe solta um sorriso malicioso, ele se volta novamente para o basilisco.

— Mate ele. – Harry o escuta falar para o bicho e imediatamente se levanta do chão, a fênix perto de si levanta voo.

Harry começa a correr, os olhos fechados e as mãos estendidas para frente tateando para não trombar nas colunas. Voldemort dava risadas do que acontecia, seria fácil matar ao garoto.

Harry cai com força no chão e sente gosto de sangue em sua boca, o basilisco agora cada vez mais próximo dele.

De repente um som alto surgiu, logo acima de Harry, um som de algo batendo com força e logo em seguida algo pesado bateu em Harry e o jogo contra a parede mais próxima, Harry espera ser atacado pela cobra gigante, o que não aconteceu. Os barulhos e sibilos raivosos continuavam, Harry não aguentou, ele tinha que olhar.

Abriu os olhos o suficiente para ver o que se desenrolava e viu Fawkes sobrevoando o basilisco, que tentava abocanhá-la a todo custo até que Fawkes, faz uma investida repentina para cima da cobra e uma enxurrada de sangue suja o chão, e a cobra se vira para Harry antes que ele pudesse fechar os olhos.

Mas nada lhe acontece, Fawkes havia perfurado os olhos do basilisco. Riddle urra furioso para que a cobra deixasse a fênix e atacasse Harry, a cobra se debatia desorientada, o rabo quase batendo em Harry várias vezes. Em seu desespero, Harry implora para o vazio que o ajudassem e momentos depois algo é lançado em seu rosto. O chapéu seletor. Harry o coloca na cabeça e deseja ajuda com mais força, algo duro e pesado cai em sua cabeça fazendo-o ver estrelas. Zonzo ele tira o chapéu e puxa o que tinha dentro. Uma espada, cravejada de rubis. Harry a empunha e Tom continuava a gritar para o basilisco atacar Harry e deixar a fênix para lá.

A cobra finalmente para de atacar a ave e tenta investir as cegas em Harry, e uma pequena luta entre ele a cobra gigante se inicia.

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Pouco momentos depois...

Gina sentia-se como se um bando de hipogrifos tivesse passado por cima dela, seu corpo estava dolorido e suas pálpebras pesadas, lentamente ela começou a acordar ao se mexer geme de dor, seu corpo reclamava do movimento que fez, contudo ela consegue se sentar e de imediato sente a presença de Harry ao seu lado, seus olhos se arregalam quando batem na visão do basilisco morto não muito longe de si.

Assustada ela olha ao redor vendo Harry todo sujo de sangue e o diário destruído em suas mãos, não conseguiu prender o nó que surgiu em sua garganta diante daquela visão e as lágrimas desceram descontroladas sem que ela pudesse evitar, e não queria evitá-las, ela estava com tanto medo.

— Harry... – ela arqueja e Harry a abraça meio desajeitado. – Harry é tudo culpa minha, eu... Eu tentei... tentei contar a você e Rony, mas... não tive coragem de contar... na frente de Percy... juro que não tive intenção... intenção de machucar ninguém, Riddle me forçou... me fez fazer aquelas coisas.

Harry a escutava a abraçando e fazendo um pequeno carinho em seu cabelo confortando-a, Gina ainda estava com a cara enterrada no peito de Harry chorando.

— Como... Como foi que matou aquela... aquela coisa? Onde está Riddle? A última coisa que me lembro é dele saindo do diário. – Gina o pergunta em meio aos soluços.

— Tudo bem, está tudo bem, Gina. – Harry se pronuncia tentando a tranquilizar, ele pega o diário destruído e a mostra. – Está tudo acabado, Riddle se foi ele e o basilisco se foram, agora, Gin, vamos embora daqui.

Gina já havia se acalmado um pouco, porém as lágrimas ainda desciam sem impedimento.

— Vou ser expulsa! Sonhei tanto em vir para Hogwarts. – Gina declara enquanto Harry a ajudava a se levantar e começarem a caminhar de volta. – Oh, meu Merlin, o que mamãe e papai vão dizer?

Acompanhados de Fawkes, Harry e Gina saem da câmara e se encaminham para onde Rony se encontrava, ao chegarem no local Harry grita para o amigo que Gina estava viva e bem, Rony expressa seu alívio e puxa primeiro a irmã (pela passagem que ele havia feito enquanto os esperava) extremamente aliviado de a irmã estar bem.

Depois de uma pequena explicação sobre Fawkes e a espada, Gina chorava ainda mais depois de ver Rony, o que ele irá pensar ao saber que foi ela? Harry percebe os sentimentos de Gina em relação a Rony e interrompe as perguntas do amigo (as quais ele nem começara direito) para depois que saíssem dali. Ele pergunta sobre o professor Lockhart e Rony o mostra completamente desorientado e sem memória alguma, ele não sabia até mesmo seu próprio nome.

Eles começaram a pensar em uma maneira de sair dali, Fawkes dava sinais de que queria que eles a acompanhassem, e então juntos, uns agarrados aos outros eles saem dali com a ajuda de Fawkes, chegando ao banheiro da murta que fica decepcionada ao ver Harry vivo.

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Um tempo depois, no escritório de Dumbledore, Hogwarts...

Molly estava assustada, não conseguia segurar as lágrimas, estava com medo do que poderia ter acontecido a Gina, Arthur também estava com medo, mas tentava se manter forte pela esposa. Dumbledore e Minerva (embora nervosos) se mantinham em silêncio, respeitando o espaço de sofrimento dos dois.

Até que a porta foi aberta e Harry sujo de poeira e sangue entrou junto de Rony, Gina e o professor Lockhart todos igualmente sujos (somente de poeira).

Molly assim que seus olhos batem na filha grita seu nome em felicidade e corre em direção a Gina a abraçando forte, Arthur a acompanha abraçando as duas ao mesmo tempo; Molly analisa a filha minuciosamente e ao ver que Gina estava bem um alívio enorme a preenche. Sua filha estava bem, agora estava na hora de ver os outros dois e com isso ela abraça Harry e Rony na mesma medida em que abraçou Gina analisando-os (principalmente Harry, quando viu o sangue) da mesma maneira e viu que os dois também estavam bem.

— Oh, Harry, você salvou minha Gina, você a salvou, como, Merlin foi que você fez isso? – Molly indagava.

— Acho que é algo que todos nós gostaríamos de saber. – Minerva se pronuncia pela primeira vez desde que eles haviam chegado.

Harry os olha hesitante, ele trocou um olhar rapidamente com Gina, que incrivelmente o motiva a contar a história, ele então começa a contar tudo, desde o momento em que começou a ouvir as vozes. Ele evita falar sobre Gina e o diário, estava com medo de que eles a expulsassem. Ele volta seu olhar para ela que chorava silenciosamente e depois para Dumbledore que sorri e se pronuncia pela primeira vez desde que as crianças haviam chegado.

— O que me intriga é, como foi que Voldemort conseguiu enfeitiçar a Srta. Weasley, sendo que minhas fontes me informaram que no momento ele está nas florestas da Albânia.

— O-o que foi que disse? – Arthur gagueja – Você-sabe-quem enfeitiçou minha menina? Mas como...? Como ele?

— Com esse diário. – Harry informa mostrando o diário destruído que ainda carregava. – Riddle escreveu nele quando tinha dezesseis anos.

— Interessante, ele sempre foi um dos alunos mais inteligentes que Hogwarts já teve. – Dumbledore comenta. – Poucos sabem, mas um dia Voldemort já se chamou Tom Riddle, é seu nome de batismo. Eu um dia já fui seu professor, se aprofundou tanto nas artes das trevas que acabou ficando irreconhecível.

— Mas, por que... por que ele fez isso com Gina? – Molly questiona pensando na possibilidade de que de alguma forma ele tivesse descoberto sobre a ligação de Harry e Gina.

— O diário dele. – Gina se pronuncia pela primeira vez, a voz falhando. – Conversei com ele o ano todo.

— Ginevra! O que foi que sempre disse a você e seus irmãos? Nunca confie em nada que é capaz de pensar se você não pode ver onde fica o cérebro! – Arthur a repreendeu resignado. – Por que não contou nada a mim ou sua mãe? Era óbvio que esse objeto estava carregado de artes das trevas.

— Eu não sabia, estava junto dos meus outros livros pensei que... Fosse um presente ou algo assim. – Gina se justifica as lágrimas nunca deixando os seus olhos.

— Aconselho que a Srta. Weasley vá para a ala hospitalar, ela passou por uma situação horrível, madame Pomfrey estará acordada, administrando o suco de mandrágora, logo as vítimas do basilisco estarão acordadas. – Dumbledore declarou.

Gina arregala os olhos, não queria estar perto das pessoas as quais machucou naquele momento, apenas Harry nota seu desespero, os dois trocam um olhar e Harry a tranquiliza com o olhar e vê Gina suavizar o rosto assustado.

— Então, Mione estará bem. – Rony diz sorrindo animado.

— Não houve nenhuma sequela. – Dumbledore os informa.

Molly puxa Gina delicadamente para irem até a enfermaria, Arthur atrás delas, todos muito abalados com o que aconteceu.

— Molly, Arthur, creio que chegou a hora. – Dumbledore comenta, olhando de Gina para Harry discretamente. – Depois dos cuidados da Srta. Weasley, é claro.

Molly e Arthur trocam um olhar e concordam com a cabeça saindo dali logo em seguida com Gina.

Dumbledore dispensa Minerva e se volta para Rony e Harry, lhes dá prêmio por serviços prestados à escola e duzentos pontos para a Grifinória para cada um, logo após, Lockhart é notado e Rony conta a Dumbledore o que aconteceu com o professor, Dumbledore então pede para Rony que leve Lockhart para a ala hospitalar também, ficando assim sozinho com Harry.

Eles conversam sobre o diário, Tom e o fato de o chapéu seletor ter quase colocado Harry na Sonserina, mas a espada de Godric confirma a Harry que ele é um verdadeiro grifinório.

Quando Harry já estava quase saindo da sala do diretor após a conversa deles, a porta é aberta bruscamente e Lucius Malfoy entra furioso junto com um elfo doméstico a tira colo o qual Harry logo reconheceu. Dobby.

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Momentos depois, enfermaria de Hogwarts...

— Você libertou o elfo doméstico dos Malfoy? – Gina diz impressionada com a audácia dele, Harry confirma animado.

— E não me arrependo nada, a cara que ele fez quando rolou escada abaixo foi ótima. – Harry conta e Gina o acompanha nas risadas. – E, bom, Dobby mereceu ser libertado.

— Creio que sim. – Gina concorda sorrindo, os olhos dela batem no relógio da parede. – Você não quer voltar para a festa?

— Está me expulsando, Weasley? – Harry fala em tom divertido.

— Não, apenas acho que estaria se divertindo melhor do que conversando comigo em uma enfermaria, Potter. – Gina replica sorrindo.

— Queria estar com você. – Harry confessa. Ele sabia que ela ainda não estava totalmente pronta para encarar os outros alunos. Gina sorri para o que ele disse e foi nesse momento que Dumbledore entrou junto aos pais de Gina.

— Olá, Srta. Weasley, já se sente melhor? – Dumbledore a cumprimenta assim que chegam perto deles, Gina apenas acena com a cabeça. – Ótimo, gostaria de ter uma conversa séria com a senhorita e com Harry.

— Uma conversa séria? – Gina pergunta ficando nervosa.

— Não se preocupe, não tem nada a ver com o infortúnio que lhe aconteceu. – Dumbledore a tranquiliza e se vira para os pais dela. – Molly, Arthur gostariam de vocês mesmos começarem a contar?

Molly concorda com a cabeça.

— Harry, primeiro gostaria de dizer que sua mãe e eu éramos muitos amigas antes mesmo dela começar Hogwarts. – Molly começa a contar com um sorriso triste ao lembrar-se de sua amiga e parceira de ligação, sentiu o vazio em seu peito lhe sufocar aos poucos, era difícil falar e lembrar de Lilian sem consequências. – Começamos nossa amizade ainda meninas, quando descobrimos nossa ligação.

Harry a olha confuso com o termo usado, Gina, porém arregala os olhos surpresa para a mãe.

— A senhora e a mãe de Harry eram ligadas? – Gina a interroga ainda tentando entender a informação que lhe foi dada, ela entendia pouco do assunto, mas sabia o que aquilo significava e entendia agora o aspecto de tristeza e solidão que as vezes ela via na mãe, era por causa da morte de Lilian, o rompimento da ligação.

— Sim, querida, nós éramos. – Molly confirma o que ela queria saber com lágrimas nos olhos.

— Oh, mamãe, eu sinto muito... – Gina lamenta, Harry continuava sem entender.

— Eu não entendo, o que é ser ligado? – Harry as questiona.

— No mundo bruxo, existem pessoas que são ligadas a outras, ou seja, sentem as dores e os sentimentos um do outro. – Molly começa a explicar, já que de todos ali, ela era a que mais entendia do assunto, já que, já foi ligada a alguém, Harry e Gina escutavam tudo com atenção. – Quando um se machuca fisicamente o outro também se machuca de alguma forma ou em alguns casos até do mesmo jeito.

— E a senhora e minha mãe, tinham essa ligação? – Harry fala, mais afirmando do que perguntando.

— Sim, nós tínhamos. – Molly afirma mais uma vez com um sorriso triste. – Nossa ligação foi cortada depois que ela... se foi.

Um silêncio momentâneo toma conta enquanto Gina e Harry assimilaram que suas mães eram amigas e ligadas uma à outra.

— Mamãe, por que está nos contando tudo isso, agora? – Gina quebra o silêncio, mas não é sua mãe que a responde.

— Por que, Srta. Weasley..., – Dumbledore se faz ouvir, sua voz calma e serena. – A senhorita e o senhor Potter também são ligados.

Harry e Gina arregalam os olhos ao ouvirem aquilo.

— Descobrimos na noite em que Gina nasceu. – Arthur se pronuncia pela primeira vez desde que chegaram ali. – Foi uma surpresa para todos nós.

— Então... tudo aquilo que acontecia de estranho comigo a minha vida toda... – Gina fala, ela mesmo se interrompendo quando seu olhar cruza com o de Harry, ele também já estava começando a entender.

— Era eu. – Harry completa a fala dela.

— Sim, meus queridos, era. O que acontecia com um, acontecia com o outro. – Molly confirma.

Outro silêncio se segue enquanto Gina e Harry voltaram a assimilar o que haviam lhes falado.

— Tem mais uma coisa. – Dumbledore avisa, quebrando o silêncio. – Parece que a ligação de vocês é diferente da comum..., mais poderosa.

— Mais poderosa? – Harry repete tentando entender ao máximo.

— Sim. E no próximo ano letivo iremos ajudá-los a entender melhor como ela funciona. – Dumbledore os informa. – Bom... é isso. Vou deixá-los com o casal Weasley, creio que vocês dois tem muitas perguntas que apenas Molly pode responder.

Em seguida ele sai dali deixando-os a sós.

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Não demorou muito mais e o restante do trimestre final passou.

Esses dias finais que se passaram foram dias tranquilos exceto talvez para Malfoy que havia parado de se exibir após seu pai ser retirado do cargo de conselheiro da escola, todos estavam bem, as aulas de defesa-contra-as-artes-das-trevas haviam sido canceladas, e Gina se sentia leve e feliz novamente.

Logo também chegou o momento deles voltarem para casa.

— Não se esqueça de me escrever. - Luna pede a Gina em meio a um abraço de despedida. – Ainda não me perdoei por não ter percebido que você não estava bem.

— Eu prometo, Luna..., se me prometer contar tudo sobre a viagem com o seu pai.

— Então está combinado. – Luna concorda e elas se abraçam mais uma vez e Luna se afasta quando Colin se aproxima, Gina quase foge quando o avista.

— Ei! Nem pense em fugir mais uma vez. – Colin a repreende ao chegar perto dela, Gina suspira frustrada e envergonhada. – Iria embarcar sem se despedir de mim?

Gina o olha tristemente.

— Ei, não foi sua culpa. – Colin a consola – Gina, não era você.

— Oh, Colin, por minha culpa você foi petrificado. – Gina lamenta.

— Não foi você. – Colin diz outra vez tentando enfiar aquilo na cabeça dela. – Foi você-sabe-quem, eu que sou culpado por ir atrás de Harry compulsivamente.

— É..., talvez você devesse maneirar um pouco. – Gina o recomenda rindo de verdade depois de muito tempo.

— No próximo ano letivo eu trabalho nisso. – Colin afirma dando uma piscadela ao fim de sua fala e os dois riem, é quando Gina é chamada por Fred para embarcarem, Gina abraça Colin e se junta a seus irmãos, Harry e Hermione, a quem ela ainda tinha um certo receio em falar após tudo que aconteceu esse ano.

Eles conseguem uma cabine só para eles e passam por uma viagem divertida aproveitando ao máximo os últimos momentos que tinham permissão para usar magia, jogaram snap explosivo, queimaram os últimos fogos de Fred e Jorge e treinaram alguns feitiços defensivos. Harry fica contente ao notar como Gina estava se recuperando bem. Eles ainda não haviam contado a Rony e Hermione sobre a ligação deles.

Quando estavam chegando a king’s Cross, Harry lembra-se de Percy.

— Gina, o que foi que Percy pensou que você iria contar a Rony e a mim?

— Ah... – Gina solta dando um sorriso maroto. – Percy tem uma namorada.

Fred se engasga com a água que estava tomando ao ouvir aquilo.

— O que!? – Fred exclama quando se recupera.

— É a monitora da Corvinal, Penélope Clearwater, era com ela que ele esteve falando o verão inteiro. Eles têm namorado escondido por toda a escola, um dia eu os peguei se beijando. – Gina os diz, seu semblante fica com uma sombra triste por um segundo. – Quando ela foi atacada ele ficou devastado, vocês não vão zoar com ele, não é?

— É claro que não. – Jorge responde imediatamente.

— De jeito nenhum. – Fred reafirma, os dois abafam os risos que queriam sair. Gina obviamente sabia que eles estavam mentindo.

Logo eles chegaram na estação e ao saírem Harry se aproxima de Rony, Gina e Hermione, ele estende um papelzinho para os três.

— Isso é um número de telefone. – Harry explica para Rony e Gina – No verão passado ensinei ao pai de vocês como se usa.

Ele agora se dirige para os três.

— Me liguem na casa dos Dursley, não suportarei mais outro verão tendo apenas Duda para conversar.

Eles soltam uma risada, Harry se afasta um pouco de Rony e Hermione e puxa Gina para um canto.

— Me mande cartas também, dei o telefone por precaução, quero notícias suas durante o verão, quero saber se está bem e como está lidando com tudo que aconteceu.

— Você não vai virar um protetor compulsivo como os meus irmãos, não é? – Gina o questiona arqueando uma sobrancelha.

— Não. – Harry a responde sem graça. – Mas é sério, quero saber se está bem.

— Mandarei notícias, Harry, fique tranquilo. – Gina o acalma.

Eles sorriem e se abraçam em despedida, logo indo cada um para o seu destino, Gina com o resto dos Weasley. E Harry com os Dursley.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado ;) pf comentem o que acharam do capitulo me deixaria muito feliz de vdd, além disso estou com saudades de vcs meus leitores quero muito saber o que acharam desse encerramento do segundo ano do nosso Harry, eu mesmo estou muito ansiosa para o terceiro ano, bom é isso vejo vcs nos comentários ou no próximo capitulo.



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