Herói Anônimo escrita por Kevlaf


Capítulo 27
Batalha final parte 2 (final) - Por fim, heróis


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, aqui terminamos a série "Percy Jackson e os Olimpianos", ao final do capítulo vou deixar uma ficha técnica da situação e descrição de Ernest ao final dessa temporada, para que fique tudo bem claro em relação ás habilidades e algumas características do personagem. Peço desde já que ajudem a história a crescer, comentem algo que gostariam de ver nos próximos capítulos, que já entram na história da guerra com os gigantes.



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Capítulo 27

*Narrativa*

A batalha parecia perdida, por mais que Hades invocasse hordas e mais hordas de zumbi, o exército de Cronos era equiparável em termos de quantidade. Ernest corria de um lado para outro, golpeando, desviando e tentando manter todos em movimento.

— Vamos pessoal! – O jovem havia acabado de parar ao lado de Nico – Precisamos resistir!

O filho de Hades estava mais pálido que o normal, o suor escorria por seu rosto e sua fina espada de ferro estígio parecia estar ficando cada vez mais pesada para ele, porém, assim como todos os outros, continuava firme.

— Quanto tempo mais? Eles subiram já faz um tempo, né? - di Angelo perguntou, olhando de canto ao seu redor, suas costas coladas na de Ernest, um protegia a retaguarda do outro.

— Não sei, mas creio que esteja terminando – O jovem girou Spatium, desviando um golpe qualquer dos muitos que vinham em sua direção.

— Por que acha isso?

— Deve amanhecer em breve... Cuidado!

Os dois pularam para a direita, saindo do alcance do porrete de um hiperbóreo. O filho de Atena pôde perceber em uma fração de segundos o que iria acontecer: O gigante inspirou fundo e soprou, cada partícula de água que congelava podia ser vista pelo rapaz, que, ao se dar conta, via tudo muito lentamente, tendo apenas o tempo de empurrar Nico pular para fora do alcance do sopro.

— O que foi isso? – Um espantado filho de Hades estava no chão, olhando para seu salvador.

— Tenho uma ideia, mas depois te explico – Na mesma hora o mestiço avançou contra o gigante, sua consciência teve um estalo, entendendo que as coisas não estavam mais lentas, mas sua velocidade havia aumentado. Não estava mais tão rápido a ponto de ver as partículas de gelo, mas era o suficiente para se desvencilhar dos outros atacantes que tentavam intervir na luta com o hiperbóreo.

Em uma fração de segundos e, com muitos giros e golpes concomitantes, o filho de Atena havia deixado diversos monstros em forma de pó e um campo livre para lutar com o gigante, que parecia não ligar muito para o que estava acontecendo. O jovem correu em direção ao monstro, sentia o poder de Cronos correr por seu corpo juntamente com a fadiga que se o acompanhava, mas ignorou isso, se abaixando e passando ao lado do gigante para acertar um corte na altura das costelas (que era a altura da cabeça do garoto). O gigante urrou e balançou freneticamente os braços, tentando acertar o garoto, mas este já havia saltado para a retaguarda do hiperbóreo, atacando a região na base da coluna do monstro (supondo que a anatomia seja equivalente).

O ataque teria sido perfeito, porém Ernest já estava lutando havia horas naquele estado “acelerado” e, como em todo excesso, o corpo do rapaz cobrou o preço de tanto poder: Pouco antes da lâmina acertar as costas do monstro uma dor excruciante percorreu todo o corpo do jovem, como se tivessem injetado fogo em suas veias, isso fez com que a firmeza do golpe vacilasse e a lâmina saísse de sua trajetória, acertando o chão entre as pernas do gigante que, infelizmente, ainda estava no meio de sua agitação frenética. Resultado: Um semideus voando alguns metros no ar ao receber uma pancada no peito.

— Caralho – Murmurou para si mesmo o garoto – Que porra foi essa?

“Hmmm, talvez seu corpo ainda não suporte tanto poder por um período longo” – Cronos ressoou em sua mente – “Luke tinha um corpo todo preparado, você tem só um braço”.

— Podia ter me avisado antes – Foi o último murmúrio do mestiço antes de ver o porrete do hiperbóreo descendo em sua direção.

Tac.

A arma do gigante havia sido cortada, caindo ao lado do filho de Atena com um baque.

— Levante, tá querendo morrer? – Malcolm estava ao lado do irmão, com a mão estendida oferecendo ajuda para levantar, Nico se encontrava um pouco mais à frente, coberto do pó que virou o hiperbóreo.

O jovem aceitou a ajuda e colocou-se de pé, pegando sua espada no chão em meio ao pó da batalha.

— Você estava dizendo que tudo deve estar chegando ao fim porque está amanhecendo – Nico retomou a conversa de antes – Entendo que o exército de Cronos enfraqueça durante o dia, mas acho que não irão recuar com esse tanto de avanço.

— Não, eu quero dizer que quando amanhecer Percy irá completar a idade da profecia... E ele não vai se virar contra o Olimpo.

Os outros semideuses abriram e fecharam a boca incrédulos.

— Precisamos aguentar até amanhecer, sei que podemos conseguir – Concluiu o jovem.

—Sim, não podemos perder assim, tão perto! – Malcolm parecia ter se animado e, até Nico tinha um brilho de esperança no olhar.

(...)

A Terra toda pareceu tremer, os monstros bateram em retirada ao sentir aquela explosão atômica em miniatura.

— O que vem agora? – Alguma voz se levantou em meio ao pânico, representando toda a confissão que os heróis sentiam: Um terremoto parecia má coisa, mas os monstros corriam sem cantar vitória.

Em poucos minutos as ruas estavam vazias, os mortais confusos e assustados não entendiam o que acontecera naquele local, mas não parecia ser a preocupação dos semideuses, que se reagruparam na entrada o Empire State enquanto o terremoto diminuía e, finalmente cessava. Ernest olhou ao seu redor: Poucos sobreviventes, Hades havia sumido, Quíron estava apoiado em Sra. O’Leary, pálido e sujo, mas não parecia ter ferimentos mais graves que algumas possíveis fraturas. Após uma maratona de batalhas, finalmente o filho de Atena sentou-se na calçada e sorriu: Parecia ser o fim.

— Ei! – Uma voz conhecida chamou do hall do prédio – Estão chamando todos lá em cima.

O mestiço virou-se para olhar e viu uma sorridente Peggy parada ao lado do elevador, levantando-se com todo o cansaço foi ao encontro da namorada, não sem antes levar um susto ao perceber que a construção estava iluminada em azul.

— Vocês estão vendo isso?

Várias cabeças assentiram, mas ninguém parecia de fato se importar com aquilo, depois de uma noite daquelas, um prédio azul era a menor preocupação que podiam ter.

(...)

Todos esperavam fora da sala dos tronos, apesar de alguns como Clarisse e Thalia terem entrado e até terem lhe convidado, Ernest decidiu que, por sua condição, já tivera ameaças o suficiente para uma vida nas últimas noites que se passaram. O rapaz estava sentado no chão ao lado de sua namorada, que vistoriava seus ferimentos.

— Parece que dessa vez conseguiu não se machucar tanto, apesar dessas marcas – Passou a mão pelo braço direito do garoto, um arrepio percorreu o corpo do mestiço – O que é isso?

O rapaz olhou para seu braço: Eram marcas como quando se toma um tapa de alguém, um vermelho claro, mas seguindo os padrões das tatuagens de sangue que um dia tivera, não dava para distingui-las, mas era visível que não se tratava de uma pancada.

— Mais tarde conto sobre isso – Suspirou – Agora só quero uma boa noite de sono até, digamos, virar o ano.

A garota riu, também não estava machucada seriamente, claro, alguns cortes e hematomas poderiam ser encontrados, mas sua função de arqueira-curandeira a havia protegido durante a batalha.

— Será que vão demorar lá? Já faz um tempo que eles entraram... – Peggy ergueu uma sobrancelha, apreensiva.

O filho de Atena não soube responder, resolvendo permanecer calado.

— Ei, olhem! – Alguém exclamou por perto.

Ciclopes entravam no Olimpo, liderados por Tyson com um porrete quebrado.

— Acho que isso ainda pode ir longe – O jovem olhou para a namorada – Você ainda quer esperar por eles?

A filha de Apolo abanou a cabeça.

— Já ficamos aqui por dias, o que é mais um tempinho?

“A garota é esperta” – Cronos observou, sua voz ecoando na mente do garoto.

Ernest sorriu, concordando mentalmente e, logo mais, deitando-se no chão, olhando para o infinito céu acima de sua cabeça. Nesse momento de contemplação e cansaço, poderiam ter se passado horas, dias ou segundo, porém a próxima lembrança do semideus foi das portas da sala dos tronos abrindo-se e de seus amigos saindo, assim como os deuses.

Percy e Annabeth sorriram e acenaram ao sair, o casal retribuiu o gesto, indo ao seu encontro.

— Vocês conseguiram! – Peggy dava pulinhos de alegria.

— Luke conseguiu – Percy assentiu – Fico feliz que tudo acabou.

Ernest deu um soquinho na irmã, que lhe retribuiu com um empurrão de leve.

— Vamos dar o fora daqui, preciso de um banho e uma cama limpa – O garoto não podia deixar de sonhar com o calor da água quente.

*Comentários do registro*

— Bom, finalmente a batalha havia acabado, eu e Peggy batemos um papo com uma ou outra pessoa que ainda estava por lá e logo saímos para as ruas de Nova York para voltar ao acampamento, Percy e Annabeth saíram antes de nós e, estranhamente, não estavam lá esperando por nós.

*Narrativa*

— Cadê eles? É impossível que tenham pego um táxi, está tudo interditado!

— Estou mais preocupado em como nós vamos voltar pra lá, não rola ir andando no nosso estado atual.

A morena parou para pensar por uns instantes, logo ela puxou o namorado de volta para dentro do Empire State.

— Onde vamos?

— Voltar pro Olimpo, tenho uma ideia!

— Tudo bem, mas não precisa puxar tanto... Ai! Me solta! – Reclamou o rapaz.

(...)

— Então esse é o problema? – Apolo tinha um sorriso de orelha a orelha que cegava os dois jovens – Eu estou justamente indo para o acampamento, claro que posso dar uma carona pra minha filha e o... Bem... Agregado?

— Namorado! – Ernest protestou, Apolo apenas soltou um riso jovial e os conduziu para seu carro do sol conversível.

— Apertem os cintos, é uma viagem rápida!

(...)

O deus do sol deixou os dois junto ao pinheiro de Thalia, apensar da direção louca, Ernest cogitaria dar o título de pai do ano ao deus só pela carona pós-guerra.

— Vamos, o pessoal deve estar por aqui.

Os dois demoraram para chegar à Casa Grande, em parte por causa do cansaço da batalha, em parte por não terem pressa para mais nada, mas ainda assim chegaram em tempo de ouvir o anúncio de Apolo:

—Senhoras e senhores, permitam-me apresentar o novo Oráculo de Delfos!

Os dois correram em um último esforço ao ouvir essas palavras, porém, ao se aproximarem o ar pareceu congelar ao som da nova profecia proclamada por Rachel:

— Sete meios-sangues responderão ao chamado / Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado / Um juramente a manter com um alento final / E inimigos com armas às Portas da Morte afinal.

Logo Rachel voltou ao normal e, claro, todos já maquinavam e especulavam o que viria a partir dessa nova “Grande Profecia”.

— Bom, eu não sei vocês, mas... Eu vou tomar um banho e dormir! – Ernest abriu um sorriso ao anunciar isso, dar um beijo em Peggy e se retirar, deixando todos para trás.

(...)

Após o jantar todos pareciam mais felizes, ao sair e perceber que Percy ficaria sozinho, Ernest puxou Clarisse e Peggy para um canto.

— O que foi? – Até mesmo a filha de Ares tinha se assustado com o sequestro repentino.

— Chame o pessoal – O filho de Atena gesticulou com a cabeça na direção de Percy, que agora falava com Annabeth e um cupcake azul esquisito – Hoje vai!

As duas garotas provavelmente alteraram a linha do tempo de tão rápido que correram, logo haviam campistas espalhados pelas sombras do refeitório todo, apenas esperando o momento de se revelarem, até que...

— Já não era sem tempo! – Clarisse soltou um resmungo alto o suficiente para sinalizar que um novo casal havia se formado, aquele que todo a acampamento esperava há anos.

A partir disso se seguiu uma algazarra, levantaram os dois nos ombros e, em meio à toda bagunça, Ernest deu grito para Percy, que era carregado por ele:

— Finalmente, cunhadinho! Eu até diria para cuidar da minha irmã, mas nós sabemos que ela é quem vai cuidar de você!

O filho de Poseidon riu junto com Annabeth enquanto eram jogados no lago de canoagem, onde ficaram por um bom tempo, rindo por último e deixando todos os outros campistas esperando por sua volta.

Ficha técnica do personagem ao final da saga:

Nome: Ernest Jensen;

Idade ao final dessa saga: 18 anos;

Afiliação: Filho de semideuses de Ares e Atena, adotado pelo chalé de Atena;

Altura: 1,70m;

Peso: 72Kg;

Relacionamentos: Namorado de Peggy, (meio) irmão de Annabeth e (meio) cunhado de Percy;

Descrição: Caucasiano, pele bem clara, olhos verdes, cabelos negros curtos, barba bem aparada;

Armas: Espada curva parte bronze celestial e parte ouro imperial (Spatium), faca de caça de bronze celestial e duas facas de bronze celestial para arremesso;

Habilidades: Facilidade no manejo de armas, análise em situações de alto estresse, estrategista nato, ampliação da visão e percepção;

Observações: Abriga parte da alma de Cronos, quando está em sincronia com o poder do hóspede tem sua capacidade de velocidade e de reação aumentadas, assim como sua capacidade de análise e visão ampliadas. São dois estágios: Quando apenas amplifica as habilidades com suas forças fica com os olhos espelhados, quando se utiliza do poder de Cronos passa a ter o olho direito dourado (como o do titã) e as tatuagens de sangue banhadas nas águas do Estige passam a aparecer no braço direito e se espalham até perto do rosto do rapaz;

Status: Vivo.


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Notas finais do capítulo

Comentem, recomendem a história, é um estímulo para escrever um pouco mais rápido e para a história não parar!



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