O Calor do Gelo (Hiato) escrita por Kazulake


Capítulo 6
Capítulo 6 - Mente e Realidade


Notas iniciais do capítulo

Se vocês, assim como eu gostam de ler enquanto ouvem músicas, vou passar umas dicas para ouvir enquanto leem esse cap no estilo filme do Doutor Estranho xD
Cœur De Pirate - Crier tout bas
Most Beautiful Music: Song Of The Ancients / Fate
Feint ft. Laura Brehm - Words



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O rapazz caia na neve, rolando abaixo, cada vez mais pegando velocidade, transformando-se numa bola mal feita até que batia numa árvore. Ao se levantar, caia gelo em sua cabeça. Com dificuldade, o rapaz saia de dentro, cambaleando e caindo dentro da neve fofa.

— Que droga... - disse irritado, levantando-se novamente, andando devagar para não cair.

Ele se perguntava onde estava. Parecia a floresta dos arredores de Arandelle, cheia de neve e estava bem frio. Segue reto, sem rumo, tentando achar algum ponto de referência.

— O que estou fazendo aqui mesmo? Não me lembro... Que frio. - disse se ajoelhando, batendo os dentes.

Estava no meio de blocos de concretos cobertos por neve, um céu escuro e uma tempestade impiedosa. O rapaz tentava se levantar, mas suas pernas haviam congelado, ele estava preso ali, sozinho.

— O que está fazendo? - disse um homem próximo.

O rapaz se virava para ver e era uma silhueta masculina de luz, sem rosto, apenas o contorno de um corpo humano.

— Eu não sei... Não consigo me lembrar.

— Quem é você?

— Eu... - ele passava a mão em sua cabeça, tentando se lembrar, mas nada vinha em sua mente.

— Você é corajoso, caridoso, forte e traz alegria para todos em volta. Quem é você?

O rapaz passava a mão no solo, percebendo que havia um lago congelado abaixo dele e, olhava para seu reflexo. Ele era um garoto, de cabelos castanhos e olhos também castanhos, com pouca roupa de frio. Apenas um moletom azul e calça marrom, nem mesmo sapatos ou botas estava usando.

— Você está longe de casa, mas nunca deixou de ser aquele quem eu escolhi. - disse enquanto o rapaz enxergava a lua atrás de seu rosto.

Ele cerrava os punhos, estava começando a se lembrar de algo, mas era muito vago, não sabia o que eram aquelas memórias.

— Eu não tenho muito poder nesse mundo em que está, mas você ficou muito tempo usando a muleta, está na hora de andar com as próprias pernas.

— Eu não entendo... Quem é você? O que eu sou eu?! Me ajuda! - disse observando suas mãos congelarem agora, não conseguindo mexe-las.

— O poder está dentro de você. Sempre esteve. Basta libertá-lo, basta superar o frio, por que afinal... Você é a neve. O frio nunca te incomodou.

— Calor... - disse lembrando-se de sua irmã, que salvou num lago parecido com aquele, dos Guardiões, de Jamie, de Elsa. - Gelo... - ele olhava para seu corpo quase inteiro congelado.

— Eu sou a neve! - disse enquanto seus olhos tornavam-se azuis. O gelo em seu corpo é absorvido, ao mesmo tempo seu cabelo lentamente se torna prateado. Ele se levanta, com dificuldade, sentindo-se gelado, mas não estava doendo mais.

— Quem é você? - perguntou a silhueta. Jack olhava ao arredor, não estava certo, não havia vida, estava tudo triste e sombrio. Seu corpo brilhava, ele sabia o que fazer, ele sabia quem era.

— Eu sou Jack Frost! O Espírito da Neve! - disse fechando os olhos e abrindo os braços enquanto a neve naquele lugar brilhava e se transformava em poeira azul, sendo absorvida por ele.

Ao abrir os olhos, enxergava a cidade onde Jamie morava, descongelada, com neve o suficiente para as crianças brincarem. Ele olha para o lago agora, onde do outro lado estava uma cabana onde sua irmã e sua mãe tomavam um chocolate quente. Abaixo dele, o buraco de onde a salvou, onde caiu e se tornou algo maior.

— Sim, eu me lembro agora. Foi aqui onde tudo começou. - disse sorrindo.

— Eu sabia que conseguiria. - disse a silhueta.

— O que é este lugar exatamente, Homem da Lua. - disse Jack sorrindo. - É a primeira vez que converso com você pessoalmente, ou quase.

— Estamos entre o tempo e o espaço. Mente e realidade. Um mundo apenas seu, mas também de toda a magia do universo.

— Sei... - ele passava a mão na cabeça, não entendendo muito bem. - O que aconteceu aqui exatamente? Eu... Consegui, não é? Voltei a ser um guardião. - disse sentindo a magia fluindo dentro de si, mas não estava tão animado quanto deveria.

— Sim, conseguiu. Voltou a ser um guardião. Mas seu coração está com duvidas. Por que?

— Eu conheci uma garota... Eu gosto dela, acho que ela gosta de mim também, mas... Er... Eu sou imortal, ela não. Além disso, eu não poderei ficar aqui e, ela não poderá vir para meu mundo. Eu fiquei feliz por ter meus poderes, assim poderei ajudá-la a salvar a irmã dela e o troll mágico, porém se eu tivesse ficado como antes, mortal, sem poderes, eu poderia viver aqui com ela.

— Entendo. Jack Frost, eu sabia que esse dia chegaria. Você poderá voltar a ser mortal quando quiser. Você era jovem, muito jovem, eu sabia que algum dia, iria querer viver novamente, namorar, casar-se, ter filhos...

— Opa, calma aí! - disse ele envergonhado, rindo.

— Tudo bem. O que eu quero dizer é que você não está preso. Quando quiser, poderá deixar de ser um guardião para ter uma vida comum. Mas, fique sabendo, uma vez que desistir, não terá mais volta.

— Entendo. - disse ele sorrindo. - Você é um cara legal, Homem da Lua. Obrigado.

— Adeus... - a silhueta começava a brilhar mais intensamente, ofuscando toda a visão do rapaz.

— Não! Eu tenho outras perguntas, espera!

Jack desprendia sua mão do cajado, cambaleava e caia. Estava com as roupas novas de viagem, camiseta branca, jaqueta de frio azul amarada na cintura, calças marrom e botas. Ele se levanta, observando seu reflexo no cristal do cajado, observando sua aparência de espírito e, em seguida levanta voo, sem o cajado.

— UHUL! - disse dando algumas voltas no ar, em seguida observava Elsa e Vestalger dentro de uma cúpula colorida, com um circulo mágico de gelo abaixo deles.

Ele se aproxima de Farenor, perguntando o que estava acontecendo. O antigo Druída o parabeniza e lhe deixa a par da situação, falando que Elsa estava procurando saber de seus antepassados.

—--***---

Elsa caminhava em cima de uma árvore gigantesca, sendo seguida por uma versão miniaturizada de Vestalger, que voava atrás de si e a sua frente havia dois caminhos abertos por buracos.

— Use a magia, ela tampará os buracos e revelará o caminho. - disse o pequeno bardo com voz de criança agora. Elsa ria, era como se ele tivesse respirado gás hélio.

— Estou falando sério aqui!

— Por que raios você está assim? - ela ria novamente.

— Por que... Não sei! A magia é imprevisível. Esse é seu mundo, deve ser assim que você me enxerga, como um tipo de fada madrinha.

— Aí aí... - ela respirava fundo, tentando não rir.

— Está bem, vou consertar o caminho. Elsa disparava gelo na abertura, tampando-a e, de repente a imagem de duas pessoas apareciam, em caminhos diferentes.

A imagem de seu pai e sua mãe quando crianças, bebês, em seguida de seus avós que nunca conheceu. Sua avó materna, acendia uma fogueira com as mãos e, seu avô paterno, em outra visão, fazia um boneco de neve com as mãos.

— Você tem descendência elemental de fogo também, mas apenas o gelo se manifestou. - disse o fada druida.

— Pelo jeito, meus pais também não sabiam que meus avós eram magos.

— Siga o caminho que contêm a imagem de seu avô, afinal gelo é seu elemento.

Elsa seguia então o caminho pela esquerda, o caminho que mostrava a imagem de seu avô paterno, levando-a para uma sala com outras duas ramificações de galhos. Ela seguia sempre as ramificações de gelo. Havia gerações que não tinha magia, o que a fez se perder por entrar em caminho errado, por sorte era só voltar o caminho e escolher o certo. Numa linhagem de sua família, houve uma pessoa má, cujo poder do gelo se tornou negro e cruel. A pessoa teve um fim trágico, morta por outro mago.

— Então, meu gelo se tornaria sombrio, assim como em alguns pesadelos.

— Está em seu sangue, afinal. 

— Vamos continuar. - disse Elsa, não querendo falar muito sobre aquilo.

Ela consertava outras ramificações até chegar onde aparentemente era o final. Uma mulher poderosa, feita de gelo puro, transbordando magia de si lhe aguardava, sentava num trono de gelo ao lado de um homem mortal.

— Quem é você? - perguntou Elsa.

— Eu sou Glássia. O terceiro gelo verdadeiro. - disse a mulher levantando-se, desfilando graciosamente até Elsa.

— Você é minha antepassada. É você a responsável pela magia que tenho. - disse Elsa.

— Você tem raiva de mim?

— Não! Quero dizer... Não sei, talvez um pouco. - disse ela, confusa, balançando sua cabeça.

— Magia nem sempre é sinônimo de felicidade. Eu mesma sofri muito até controlar meu poder, mas alguém me ajudou. Consegui fazer o bem para o mundo, me tornando uma ótima rainha para meu povo.

— Você sofreu também? Vendo-a assim, é difícil de acreditar.

— Acredite. - Glássia colocava sua mão no ombro de Elsa, transmitindo alguma de suas memórias para ela.

— É parecido com o que eu passei.

— Sim. Eu não controlava muito bem, assim como você. Mas agora, você consertou a ligação com seu passado, agora... Você tem acesso total ao poder do gelo.

O corpo de Elsa brilhava, o gelo percorria seu corpo, congelava sua pele, formando uma camada, deixando-a cristalizada assim como Glássia.

— Eu me sinto forte e... Completa. - disse Elsa segurando uma esfera de gelo etéreo em sua mão. - Obrigada. - Glássia sorria e assentia, em seguida abraçava sua descendente.

— O mundo pode parecer sombrio e malvado, mas isso não pode te afetar. Mantenha a chama de seu coração sempre acesa. Seu coração interfere diretamente na magia, então cuide bem dele.

— Eu tenho pessoas que me ajudam nisso. Infelizmente, duas delas correm perigo agora. Uma é meu maior tesouro, minha irmãzinha. - disse Elsa cabisbaixa.

— Você vai conseguir, eu sei disso. - disse Glássia voltando para seu trono.

— Escuta... Antes de eu partir, quero saber... Você se casou, teve uma vida comum, mas... Como foi? Ele era normal, não era?

— Hahaha! - disse o homem com uma risada aconchegante. - Sou uma pessoa normal, apenas um cavaleiro.

— Você está completa, não tem porque temer mais seu poder, mas não se esqueça dele. O gelo é você e você é o gelo. - disse Glássia acenando.

— Temos que ir. - disse Vestalger, ofegante.

— Você está bem? - disse Elsa pegando-o nas mãos.

— Estou cansado, manter a conexão com seus antepassados exige muito de mim. Podemos ir?

— Por que não disse antes? Eu não fazia ideia! Me desculpa.

— Não queria lhe pressionar, para uma jornada segura você tem que estar confortável.

— Adeus, Glássia. - disse Elsa, em seguida sua visão se tornava ofuscada pelo brilho do Druida.

Ela abria os olhos e o circulo mágico abaixo de si se desfazia, em seguida o escudo colorido em volta era desfeito e Vestalger caia no chão. Elsa estava com o corpo cristalizado, mas podia se mexer tranquilamente. A Rainha levanta o homem com facilidade, percebendo que estava mais forte fisicamente naquela forma.

— Ele vai ficar bem, deixe-o ai, vai apenas dormir um pouco. - disse Farenor, em seguida Elsa notava Jack ali, sorrindo, com a aparência que o conhecera.

— Tudo bem... - disse colocando-o no chão, fitando Jack que vinha voando em sua direção, abraçando-a.

— Conseguimos, Elsa! - disse Jack, em seguida beijando-a intensamente. A pele cristalizada de Elsa desaparecia aos poucos e Jack ia levitando-a.

— Conseguimos. - disse a rainha, cheia de alegria e esperança. Eles voltavam ao solo, fitando um ao outro, tocando as testas em seguida e rindo, em seguida depositando um beijo nos lábios do outro.

A ideia de Jack era partir imediatamente, mas o antigo druida os instruiu a passar a noite ali para recuperarem as forças e estarem sem por cento preparados para enfrentar Nyx. Ambos concordaram, era a decisão mais sensata afinal.

Em volta da lareira eles estavam reunidos sentados em sacos de dormir feitos de folhas, criados por Farenor, enquanto Vestalger ainda dormia no quarto dele.

— Então, vocês são descendentes de um elemental, assim como eu? - pergutou Elsa.

— Sim... - Farenor mexia na panela acima do fogo, em seguida provava. - Está pronto. - ele retira a panela acima do fogo, em seguida pega umas tigelas e distribui para ambos. A sopa quente é despejada para eles e Farenor deixa a panela de lado após servir a si mesmo.

— Somos descendentes de Vedal, a quarta floresta verdadeira.

— Que bizarro, como uma floresta teve filhos? - perguntou Jack, em seguida tomando um pouco da sopa.

— Assim como Glássia, antepassada de Elsa tinha uma forma humana, os outros elementais também tinham.

— Eu me sinto tão bem agora, como se tudo fizesse sentido, sem medo algum. - Elsa brincava com o gelo em seus dedos.

— Bom... Estou indo dormir, é melhor que façam o mesmo, amanhã será um dia difícil para vocês. - disse Farenor deixando-os.

— A fogueira irá apagar logo, se quiserem que ela fique acesa pelo resto da noite, coloquem aquelas lenhas a direita, elas duram mais. - disse velho indo para seu quarto.

Elsa entrava em seu saco de dormir, percebendo que era bem grande, cabia facilmente um cavalo ali dentro.

— Você não vai dormir? Ah é... - disse Elsa ao ver Jack ainda sentado, olhando para o fogo.

— Exatamente, eu não durmo.

— Deve ser meio chato as vezes, quero dizer... Em momentos como esse, a única opção é dormir.

— Eu estou acostumado, o tempo passa diferente para mim.

— Entendi... - Elsa pigarreava. - Esse saco de dormir é bem grande, não é? Cabe muita gente nele.

— É mesmo.

— Sven caberia aqui facilmente, com alguns trolls juntos.

— Hahaha! É verdade.

— Duas pessoas pessoas aqui ficariam muito confortáveis.

— Ficariam mesmo.

— Hmpf... - Elsa ficava vermelha, mas franzia a testa.

— O que foi?

— Você vai ficar sentado aí a noite toda?

— Acho que sim, estarei zelando por seu sono.

— Você é tão lerdo, mas ao mesmo tempo é um fofo.

— Hã?

— Eu me sentiria mais segura se você deitasse aqui também. - Elsa ficava extremamente envergonhada, dizer aquilo em voz alto era mais constrangedor do que imaginava.

— T-tem certeza? Quero dizer, eu quero sim, mas... - Jack não sabia o que fazer.

— Não, eu estava brincando. Hahaha! - Elsa ria de nervoso, em seguida se virava. - B-boa noite.

Jack Frost ainda estava atordoado pelo convite, mas toma uma decisão. Ele se levanta e abre a lateral do saco de dormir e se deita ao lado dela. Elsa se vira, com um sorriso envergonhado e o beija, em seguida apoia sua cabeça sobre o peitoral do rapaz, envolvendo-o com seus braços.

— Isso é tão bom. - disse Elsa.

— É mesmo. - ele bocejava.

— Por que não tenta dormir também?

— Não é assim que funciona, mas ficarei bem, durma. - disse beijando a cabeça dela. Alguns minutos depois Elsa pegava no sono, dormindo tranquilamente.

Jack Frost sentindo seu coração batendo e o calor emanando por todo seu corpo, deixando-o mais relaxado, sentindo vivo e ao mesmo tempo leve, com os olhos pesados. Antes que percebesse, ele também dormia.

Na manhã seguinte, quando já estavam de pé, eles conversavam uma última vez com Vestalger antes de partir para o resgate de Anna. O Druida disse que tinha algo para eles, para ajudá-los.

— Estas roupas irão melhorar um pouco as capacidades que vocês já possuem.

Para Elsa, um robe de mago azul e, para Jack uma armadura mágica mais leve. Eles agradeciam saiam para vestir o equipamento. Minutos depois, Elsa vinha primeiro.

Em sua cabeça havia um manto claro, no qual ela tirava a touca, mostrando a tiara prateada na testa. No tronco, um corpete de seda azul com detalhes mais claros. Lembrava muito de seu primeiro vestido de gelo que fizera, por baixo havia uma roupa mais colada ao corpo, como uma segunda pele, azul escura. O manto ia até as mãos, na qual se alargavam, mostrando um acessório no antebraço, azul com detalhes claros e a segunda pele terminava na ponta nas mãos ,deixando a ponta dos dedos a mostra. Em sua cintura um cinto com vários bolsos acima do cinto da calça e botas que vinham até o joelho.

— Eu adorei a roupa! Muito confortável, mas acho que falta uma coisa... - disse Elsa balançando a mão acima da cabeça, dando detalhes mais claros no manto e na calça. — Agora está perfeito.

Jack dava as caras agora. Usava uma camiseta marrom, onde por cima havia um manto azul que formava uma capa lateral, porém estava usando sua calça de frio que ganhara em Arandelle e as mesmas botas.

— E o resto da armadura? - perguntou Vestalger.

— Eu fiquei pesado para voar, prefiro manter minha velocidade.

— Entendo...

— Uau! Elsa, você está muito bonita! - disse Jack.

— Obrigada! - ela sorria, corada.

— Vocês estão indo agora? Será que eu poderia acompanhá-los? Tenho assuntos pendentes a tratar com Nyx. - disse Vestalger.

— Qualquer ajuda será bem vinda. - disse Elsa.

— Majestade, eu fico honrado. 

Jack pigarreava.

— Que assuntos seriam esses? - perguntou Jack Frost.

— No caminho eu conto... Agora, vamos. Jack e Elsa montavam nos seus cavalos e em seguida Vestalger os encontrava, montado num cavalo sem sela. Finalmente prontos, eles partiam para o covil de Nyx, para resgatar Anna e Pabbie.


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Notas finais do capítulo

Estou sentindo uma treta!



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