O começo da perda de tempo

Num belo dia de inverno, um monte de filósofos idiotas se reuniram para tripudiar a vida e discutir os seus assuntos favoritos. 

O principal deles e o que estava na moda era a matemática. Eles pensavam reunir todos os livros possíveis sobre o assunto numa biblioteca.

No geral, os desocupados têm idéias mórbidas e incompreensíveis. Seria isso realizável, ao menos?

Porém, por estarem na Idade Média, estavam sob o jugo da Igreja poderosa e arrogante que, por temor, ousou escondê-los.

Ela acreditava que com essa atitude manteria os seus cativos, ou melhor, fiéis sob a sua eterna influência.

No entanto, as situações de opressão intelectual sempre culminam em guerras infindáveis.

A rebelião às escondidas ocorria e a coitada da Igreja nada percebia. Mal sabia ela que a história ocorria em seus subterrâneos.

Os seus grandes castelos de nada serviam para lhe proteger das iminentes invasões.

Suas fortalezas eram altamente protegidas, mas não o suficiente. Elas foram superadas pelos nômades que por lá passaram.

Enquanto estes estavam a procura de novos alimentos já que as coisas estavam realmente difíceis para eles.

Aparentemente, o local donde vieram estava assolado por bestas altamente bestiais.

As bestas bestiais, em um ato de fúria extrema, destruíram tudo o que acharam pelo caminho.  

Elas estavam iradas já que a seca tinha assolado suas terras. Porém, o mesmo acontecia com os nômades.

Estes expulsos de suas terras originais passaram a vagar pelos locais até que um dia se depararam com a grandiosidade e opulência dos castelos antigos.

Desse momento em diante, resolveram traçar um plano de tomada de tais fortalezas.

A Igreja simplesmente desconhecia a escassez e penúria e não se preocupava em esconder a sua situação da miserável população dos arredores nem com os nômades desesperados.