Crônicas da Overwatch escrita por Deadpool Br


Capítulo 5
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Notas iniciais do capítulo

Ei...
Foi mal pela demora. Além de eu ter simulados e testes o caraiba a quatro durante esse tempo, me deu um branco. Desculpa mesmo. Depois de lerem, por favor confiram as notas finais.
Boa leitura.



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—Certo- disse Ramirez. -Tem certeza que quer essa missão?
Sí, claro- a jovem respondeu. -Nunca me senti tão pronta.
Respirando fundo, Ramirez concluiu:
Muy bien. Pegue os arquivos, do jeito mais cauteloso possível. Não olhe dentro dele. Boa sorte, niña.
Esse diálogo preenchia a mente da garota. Com apenas 15 anos, já estava realizando missões secretas para Los Muertos, e tinha orgulho disso... mas, como a subestimavam! Não achavam que ela era capaz nem para roubar um saco de farinha. Apenas Ramirez, seu tutor, a apoiava... Por isso ele a deu uma missão de tanta importância.
—Vou conseguir, papá- ela murmurou para si mesma, enquanto invadia o prédio da LumériCo.
A missão era relativamente simples: entrar, pegar as provas que incriminariam os engravatados, e sair. Só que aquele sistema era tão complexo, que qualquer hacker teria pesadelos com ele; para sorte da gangue, Sombra não era qualquer hacker.
...
Alguns minutos depois
Sombra ativou sua camuflagem termo-óptica, passando por um grupo de cinco guardas e entrou em um corredor. Deixando um translocador atrás de uma viga de aço, viu um painel de controle.
—Bien...- ela pensou, alcançando-o, -o trabalho ficou mais fácil.
Hackeando a interface, conseguiu acesso à planta do prédio, e localizou o computador central. Mais um pouco, e conseguiria os códigos do sistema de segurança, mantendo a página aberta em seu holo-projetor. Até que ouviu os guardas voltando...
—Mierda!- exclamou. Reativando a camuflagem, viu um deles apontar:
—Ey, jefe! O que é aquilo?
Era seu translocador.
—Não é nosso. Destrua!
A hacker então sacou sua pistola automática, e disparou contra o líder, enquanto chutava as "preciosidades" de um outro, que caiu de joelhos. Os três restantes se viraram para ela, e estavam prestes a atirar, quando ela ativou o translocador. Desaparecendo e reaparecendo instantaneamente atrás deles, foi fácil colocar balas na cabeça do primeiro, dar um golpe no pescoço do segundo e derrubar o terceiro.
Foi até o homem caído, e disse:
—Me dê seu cartão de acesso. Agora.
—Oblígame, perra— ele respondeu. Sombra simplesmente apontou sua pistola para ele, que lhe entregou na hora. Quando ela o pegou, alguns bits roxos o envolveram, e imediatamente uma lista de senhas foi formada. Após nocauteá-lo, reativou o translocador, correu até o elevador e, hackeando-o, dirigiu-se ao computador central.
...
Lá, uma tela gigante ocupava um terço do aposento. O holo-teclado se projetou, e ela começou a digitar: senhas, contra-senhas, firewalls quase impenetráveis. Vez ou outra, um guarda vinha checar a sala, ao que sua camuflagem lhe escondia perfeitamente.
De repente, uma série de arquivos começou a ser exibida. Leu os nomes:
—Acordo 120... Reunião 15... Parceria 46? Que diablos...
Abrindo os arquivos, viu alguns políticos conversando, casualmente. Porém em outros, eles pegavam em armas, trocavam dinheiro, ameaçavam outras pessoas...
Dios... mío. Isso é...
E o pior de tudo, é que cada cena que ela via parecia ter efeito na seguinte, interligando tudo. A LumériCo, a Blackwatch, Doomfist, Gangue Deadlock... todos juntos, num esquema enorme. De escala global... até que viu. O arquivo de Los Muertos. E lembrou-se das palavras de seu tutor.
—Qué hago ahora... não pode ser verdade.
Ficou com receio de abri-lo, mas o fez... e viu Ramirez e alguns outros membros, negociando com os engravatados.
—Não. Não, não, no, no, no...
Ela não podia confiar em ninguém. Fez o download, tinha que sumir... e o alarme tocou.
—ALERTA DE INTRUSO! RETIRADA DE ARQUIVOS NÃO AUTORIZADA!
Sombra entrou em desespero. E sentiu que além disso, tinha algo errado... abriu seus arquivos. Não era apenas o sistema sendo invadido: seus próprios dados estavam sendo retirados. Sua infância, sua juventude, suas perdas, seus ganhos, sua identidade. Tudo. Eles sabiam agora.
—Parada aí!- Soldados invadiram a sala , arrombando a porta, e apontaram seus rifles para a jovem hacker. Tornando-se invisível,   deixou-os entrar, e enquanto eles vasculhavam a sala, ela saiu. Respirando pesadamente, usou seu translocador de novo e o agarrou, saindo do prédio e se escondendo num beco. A sede da LumériCo estava sendo trancada, os soldados corriam por todos os cantos procurando por ela.
Abrindo de novo seu sistema, ela conferiu. Seus dados, mesmo que lentamente, estavam sendo transferidos diretamente para o computador central. Em pouco tempo, os engravatados iriam ter todos eles. Não havia outra escolha...
Selecionou todos os seus dados, abrindo a opção APAGAR. Ela deu um suspiro. Os poucos momentos felizes de sua vida, seriam jogados no lixo. Até que ela ouviu o barulho de uma arma sendo carregada.
—Não faça isso, hija. Eu lhe disse para não abrir os arquivos.
—Por quê, Ramirez...
—Aprenda, niña... informação é poder. E eles têm muito poder sobre nós.
Ele parecia reunir muito esforço para tentar puxar o gatilho.
—Vai mesmo me matar?
—Não apague. Você pode ser parte de nós... podemos fingir que isso nunca aconteceu.
Ela parou para pensar, os dados ainda sendo transferidos. Pensou nos "ideais" de Los Muertos: combater a corrupção do México, que favorecia os mais ricos e desfavorecia os necessitados. Mas até eles haviam se corrompido, por ter entrado naquele esquema.
—Não. Nós, Los Muertos, devíamos acabar com a corrupção... não nos unir a ela. Ver você nesses arquivos... me decepcionou muito, padre. Se é que ainda posso te chamar assim.
Sombra percebeu que ele não mais segurava a arma com tanta firmeza. Estava receoso de atirar.
—Por que você sempre tem que fazer tudo do jeito difícil, hein?
A garota ficou muda.
E ele apertou o botão APAGAR. Todos os arquivos em processo de transferência foram deletados, tudo apagado; como uma sombra perante a luz, ela deixou de existir.
—Corra... Sombra. Já comecei a me redimir ajudando você a escapar. Você precisa esconder os arquivos que pegou... eles podem custar sua vida.
Papá...- Ela pôde ouvir os soldados começando a procurar na rua, alguns estavam indo na direção deles.
Ele lhe deu um beijo na testa.
—Termine com esta conspiração. Eu sei que você pode, chica.
Com lágrimas nos olhos, ela deu um abraço apertado em Ramirez, que retribuiu, e ativou a camuflagem no mesmo momento que dois soldados entraram no beco. Como um membro de Los Muertos estava ali, e eles eram vistos como criminosos, eles não hesitaram em mirar e atirar. E enquanto reprimia um grito de horror, Sombra  correu para longe, desaparecendo com o peso de uma trama nas costas.


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Notas finais do capítulo

Motivos que me levaram a pedir para olharem as notas finais:
1- Sigam-me no Twitter, por favor. Lá eu farei updates, darei notícias, falarei de ideias, e posts em geral. Link: https://twitter.com/dpbr555_br
2- Estou com um bloqueio criativo para essas pequenas historietas, e tenho um outro projeto que queria começar com um amigo, que foi um grande entusiasta. Meus planos são: fazer mais UM capítulo, e encerrar por aqui. A não ser que vocês queiram que eu continue, dêem sugestões (de novo! êeee!), se quiser algum capítulo sobre um personagem em particular, eu posso tentar.
Era só isso. Obrigado pela atenção, falou!



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